terça-feira, 2 de novembro de 2010

MUSEU AFRO BRASIL: EXPOSIÇÃO A ARTE DO POVO BRASILEIRO - QUATRO OLHARES . abertura dia 30 de outubro. Grátis

 
Exposição "A Arte do Povo Brasileiro. Quatro Olhares. Uma homenagem" mostra a autenticidade de  artistas e artesãos de todo o  País no Museu Afro Brasil

 

Exposição apresenta mais de 100 obras e homenageia Maria Cândido Monteiro, artista popular cearense, que morreu no mês de agosto

 

Duração: 30 de outubro a 27 de fevereiro de 2011

Local: Museu Afro Brasil – Parque Ibirapuera – Portão 10

Abertura: 30 de outubro, às 11 horas

Visitação: de terça a domingo, das 10 às 17 horas

Informações: 11. 3320-8900

 

A exposição " A Arte do Povo Brasileiro. Quatro Olhares. Uma Homenagem" será inaugurada neste sábado, dia 30 de outubro, às 11 horas, pelo Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura e Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo destacando a espetacular e autêntica arte popular brasileira. São cerca de 100 obras feitas em barro, madeira e tecido com colorido e lirismo que representam cenas do cotidiano religioso, de festas populares e do imaginário do povo brasileiro. Com curadoria do artista plástico, Emanoel Araujo, Diretor-Curador do Museu Afro Brasil apresenta obras de  Maurino Araujo (esculturas de madeira),  Lafaete Rocha (esculturas de madeira), Madalena Reinbolt (tapeçarias), Agnaldo Manoel dos Santos (esculturas de madeira), Maria Cândido Monteiro (barro), Heitor dos Prazeres (pintura),  Nhô Caboclo (esculturas de madeira), Nino (esculturas de madeira), Noemisa (barro), Mestre Vitalino (barro), Família Julião (esculturas de madeira), entre outros.

 

Nesta exposição 30 obras são assinadas por Maria Cândido Monteiro (1961-2010), uma das principais artesãs brasileiras, que morreu em agosto deste ano, e tão bem soube representar através da arte a vida de sua gente.  Nascida em Juazeiro do Norte (CE) começou a produzir suas peças aos oito anos de idade.  Por trabalhar o barro em conjunto com a mãe, Maria de Lourdes Cândido e a irmã, Maria do Socorro, ficaram conhecidas como "as três Marias". Seus trabalhos sempre apresentaram semelhanças entre si, embora cada artista mantivesse sua produção própria. Maria Cândido preocupava-se em produzir peças bem acabadas, inspiradas em fotos de revistas, jornais ou em outros materiais visuais com os quais tinha contato, misturando-os à sua imaginação. Não raro, ela começava a modelar o barro, sem qualquer intencionalidade e, ao final, surpreendia-se com os resultados obtidos. Além das placas decorativas, que chamava de "temas", fazia reisados, quadrilhas e lapinhas. Em uma entrevista para o livro "Em nome do Autor – Artistas e Artesãos do Brasil" (Proposta Editorial), Maria Cândido revelou que quando pequena ganhou de um professor um livro de Patativa do Assaré, poeta nordestino. "Fiz 25 temas sobre isso. Coisas da gente, eu gostei muito. Fica bem gostoso assim de fazer a história", disse.

 

A mostra também é composta de textos, referências bibliográficas  e painéis de quatro grandes incentivadores da arte popular brasileira, são eles: Clarival do Prado Valladares, Lélia Coelho Frota, Jacques Van de Beuque e Janete Costa.

 Clarival do Prado Valladares (1918 – 1983),   crítico de arte e historiador nascido em Salvador. Fez o curso de medicina em Recife recebendo o diploma de médico na Bahia em 1941, defendeu o doutoramento em 1952 e fez logo depois o curso de pós-graduação em Patologia na Harvard University. Deu aula na UFBA como docente de Anatomia Patológica e depois História da Arte em 1962. Foi crítico do Jornal do Brasil e editor dos Cadernos Brasileiros. Dentre suas publicações destacamos: Presciliano Silva: um estudo biográfico e crítico (1974), Rio Barroco (1978), Rio Neoclássico (1978), Arte e Sociedade nos Cemitérios Brasileiros. Aspectos da Arte Religiosa no Brasil (1981) e Nordeste Histórico e Monumental (1982-1983).  

Lélia Coelho Frota (1937 – 2010),   escritora e crítica de arte que dedicou mais de 30 anos a pesquisas sobre a arte popular brasileira. Suas obras são fontes de pesquisa indispensáveis para quem quer compreender a arte popular enquanto uma manifestação de arte para além de uma visão meramente folclórica ou turística. Ela é autora de dezena de livros, dentre os quais se destacam: "Mitopoética de 9 artistas brasileiros (1975), "Paisagem Intemporal de Cândido López" (1977), Mestre Vitalino (1988), Tiradentes, retrato de uma cidade (1993), Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro (2005). 

Jacques Van de Beuque (1922 – 2000),  colecionador francês que coletou por todo o país, com ajuda de amigos,  uma imensa quantidade de objetos artísticos de cultura popular. Ao longo de 40 anos conseguiu formar um acervo de milhares de peças, que serviram de base para a criação do Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro). 

Janete Costa (1932 – 2008), arquiteta, designer e grande incentivadora das artes populares. Fez a curadoria das exposições: "Fiesp/Ciesp", em São Paulo (1985), da "Bienal de artesanato" no Centro de Convenções em Recife (1986), da exposição "Viva o povo brasileiro" no Museu de Arte Moderna-MAM, RJ (1992), "Arte popular brasileira", no Riocult, Rio de Janeiro (1995), "Arte Popular Brasileira e Arte Popular dos Estados" no Carreau du Temple em Paris, (2005), "Que Chita Bacana", no Sesc Belenzinho em São Paulo, (2005), "Somos-Criação Popular Brasileira" no Santander Cultural em Porto Alegre (2006), "Do Tamanho do Brasil" no Sesc Avenida Paulista em São Paulo (2007) entre outras.

Sobre o Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.

Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu. A biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, "Carolina Maria de Jesus", possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.

O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa "Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade", atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.

 

Diretor curador: Emanoel Araujo

Diretor executivo: Luiz Henrique Marcon Neves

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº

Parque Ibirapuera- Portão 10

São Paulo- SP - Brasil

CEP: 040094-050

Fone: 55 11 3320-8900

www.museuafrobrasil.org.br

Funcionamento: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)

Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul

Entrada: Grátis

Para maiores informações: faleconosco@museuafrobrasil.org.br

Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.org.br ou

Fone: 55 11 3320-8900 ramal 121

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

“Fizemos história pelas crianças no G20”, diz adolescente em evento inédito da Save The Children e Plan International Brasil

  Ynara, 17, foi uma das adolescentes que entregou uma carta de 50 mil crianças a líderes do G20. Painel contou com a presença ministros e a...