domingo, 31 de outubro de 2010

Blog da Revista Virtual Partes: Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta, Silas...

Blog da Revista Virtual Partes: Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta, Silas...: "Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta Poeta Silas Correa Leite Quando eu morrer, quero deixar meu corpo todo, para, em meu nom..."

Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta, Silas Correa Leite




Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta



Poeta Silas Correa Leite


Quando eu morrer, quero deixar meu corpo todo, para, em meu nome, em nome do meu historial humanista de vida, fazer minhas últimas ações póstumas em defesa da ética, dos excluídos sociais, sempre protestando contra as riquezas impunes, os lucros injustos, as propriedades roubos, o cínico estado mínimo, e o câncer do neoliberalismo e suas privatarias, a globalização da miséria informal e o neoescravisno da terceirização amoral:

Vamos por Partes:

01)-Minha orelha esquerda deixarei para ser enviada ao Congresso Nacional Brasileiro, para ajudar que sejam ético-humanistas os ouvidores dos clamores das massas populares, já que o poder em nome do povo deve ser exercido, e assim possam customizar as leis para prover os Sem Teto, Sem Terra, Sem Trabalho e Sem Amor, os descamisados... mais as florestas e os povos das florestas;

02)-Meu olho esquerdo deverás ser enviado à ONU-Organização das Nações Unidas, para dizer que, mesmo depois de morto, feito uma metáfora de aviso, estou e estaremos de olho no trabalho oficial para que seja mais humanitária e menos reprodutora de injustiças dos países dominantes, do poderio financeiro e bélico deles, e criem efetivamente mecanismos de reprodução de riquezas e lutem contra oligarquias e monopólios que aumentam injustiça, geram a miséria e obtém lucros com a fome;

03)-Minha orelha direita deverá ser exposta no mais alto patamar de Itararé, minha aldeia natal, Santa Itararé das Artes, para ali poder ouvir, sentir e captar as vozes todas do ambiente, céus, rios, florestas, chuvas e espaços geofísicos naturais que me permitam estar simbolicamente atento ao clamor dos sentidos da vida em seu mais puro habitat humanizado;

04)-Meu fígado deverá ser embalado a vácuo e enviado ao bairro do Bixiga em Samparaguai, como um representante ético-humanista de boêmio pela própria natureza, e deverá assim estar sempre ao lado do que representa a vox populi da fauna notívaga e assim então poder ser acalentado pelas vozes dos artistas de rua, de bares e de tantos forfés em contentezas e prazeiranças da área etílica, pois, como disse o Chico Buarque de Hollanda, a seco, ninguém segura esse rojão;

05)-Meu coração de Andorinha será enterrado no Cemitério Lágrimas do Céu de Itararé, no mesmo túmulo de minha Mãe Eugenia, e ao lado dele brotarão flores de lágrimas, em memória de quem me deu a vida, e também em memória de meu pai Maestro Antenor que me deu inspiração, e também das pessoas que amei e partiram primeiro, e que me foram a razão de lutar, de ser e de sobreviver;

06)-Meu polegar esquerdo será enviado virado pra baixo, para as pessoas ou instituições que maltratarem animais, no sentido de expressar minha tristeza, meu protesto e meu gesto negativo contra todas as formas de deterioração de vida, inclusive da vida humana banalizada pelo consumo insano e dentro das infovias efêmeras a hipocrisia do ter valendo mais do que o Ser:

07)-Meu polegar direito deverá ser enviado à entidade, instituição, associação ou núcleo humanista que mais fizer em prol da vida, da defesa da vida, das causas sociais, da vida com compromisso ético e sócio-inclusivo, do humanismo enquanto defesa da liberdade, da democracia, da cultura para todos, pois a gente não só quer só comida, a gente quer prazer, diversão e arte como libertação;

08)-Meus pés serão transformados em ornamento, como um símbolo de busca de evolução, de aprimoramento espiritual, de sentido filosófico-existencialista ao verbo caminhar, pois somos, estamos e permanecemos, no sentido da grande busca que é a paz para todos, a provisão de luz para os espíritos viajosos carentes na espiritualidade do arco-íris atrás da estrada de tijolos amarelos, e contra todas as formas de opressão e mesmo do estado ineficaz em dezelo público;

09)-Meu dedo indicador será apontado contra as potências que fazem dos armamentos as piores formas de opressão, de domínio, buscando poder com sangue, destruindo vidas humanas em favor de estados bélicos, e será sempre inquisidor em sentido da busca pela paz no mundo, paz com justiça e pão, paz com justa distribuição de renda, paz em que não haja mais fronteiras, bandeiras, estados de guerra, como muito bem cantou John Lennon;

10)-Minha pele de Itarareense boêmio pela própria natureza, será transformada em produtos de couro, para num sentido lembrar sempre ao mundo que a pele de todos os animais ou do próprio ser humano são a mesma coisa; devemos preservar todas as vidas no planeta terra, em nome de uma sobrevivência conciliadora como o sonho de Shangri-lá, de Pasárgada ou de uma Jerusalém Celeste, em que o leão paste com o cordeiro, todas as vozes se unam, sejamos todos irmãos e todos por todo, na alegria e na tristeza;

11)-Dos meus ossos então finalmente queimados serão feitos cinzas, em memória de Luther King, de Gandhi, de Maiakovski e de outros mitos que foram mortos ou se mataram por causa da fé, pela loucura de compreender e humanizar a vida como um todo; contra a opressão de qualquer tipo ou em nome de Deus, religião ou situação emergencial, e para que todos saibam que somos todos iguais, voltaremos ao pó, e em memória dos que cantaram o amor ao próximo, o amor à vida, ou à arte, e assim finalmente ficarão minhas cinzas para comporem o sagrado corpo de terra, a serem atiradas na curva do Rio Itararé, o rio que banha a minha aldeia-ninhal, o mais belo rio que banha o meu berçário-raiz;

12)-Meus cadernos de rascunhos, já perto de mil, quantos forem à época de minha travessia, deverão ser doados ao núcleo de filosofia ou de letras da USP-Universidade de São Paulo, para estudos, pesquisas, acertos, tentas edições possíveis e abertas, e todos os proventos de percurso, além de sustentarem uma fundação cultural de Itararé, Cidade Poema, terão seus direitos reservados para serem providos a instrumentalizações de inclusão social, defesa da vida, do meio ambiente, da auto-sustentabilidade que essa instituição precisa e deve em meu nome e historial representar;

13)-Meus restos, por fim, o que restar ao final de tudo, nessa empreita, plantem em vasos de flores e deixem pelas ruas de cacau quebrado de Itararé, terra-mãe, meu reino encantado, para que um aqui e um ali, leve para si, para seu canto, para seu lar, para o seu sonho, as pétalas de meu lado sentidor, proseador, meu lado sobrevivente, porque, afinal de tudo, apesar de tudo, a maior vingança é ser feliz, e só somos felizes mesmo quando todos possam ter o que comer, haja justiça transparente e o direito de protestar contra tudo e contra todos seja sagrado, pois, afinal, já disse o poeta, o importante é que a emoção sobreviva, e o amor é comunitário e serviçal.

E tenho dito – está escrito: Maktub

– Itararé/Sampa/31/10/2010


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Poeta Silas Correa Leite - E-mail:
poesilas@terra.com.br - Site
www.portas-lapsos.zip.net

sábado, 30 de outubro de 2010

Vitrine do Giba: Drummond, 108.

Vitrine do Giba: Drummond, 108.: "Amanhã, quando os brasileiros irão às urnas, você, mineirinho, completará 108 anos, justo tú que quando nasceu 'um anjo torto desses que viv..."

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Livro todo dia

Rosely Boschini*


No Dia do Livro, comemoramos o crescimento
do hábito de leitura no cotidiano dos brasileiros.

Há 199 anos, mais exatamente em 29 de outubro de 1810, quando a Corte portuguesa encontrava-se no Brasil protegida da guerra imperialista de Napoleão Bonaparte, registrou-se a transferência da Real Biblioteca para o Rio de Janeiro. Nosso país nunca mais foi o mesmo, pois os livros têm o poder de mudar a história, ao preservar memórias, transmitir conhecimento, formar consciências e garantir aos cidadãos o direito essencial da liberdade de expressão, pensamento e da formação de juízo de valores.
Contribuiu para a difusão da leitura no então Vice-Reino, o nascimento da indústria gráfica, surgida em 1808, também na Cidade Maravilhosa, com a instalação da Imprensa Régia. Repetiu-se no Brasil fenômeno semelhante ao que se observara cerca de 350 anos antes, na Europa, quando o alemão Gutenberg criou os tipos móveis e passou a imprimir. O primeiro trabalho que saiu de seus prelos foi uma Bíblia. Um dos exemplares originais, aliás, encontra-se no acervo da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, aquela mesma que um dia recebeu as coleções da família real, compostas por 60 mil peças, entre livros, manuscritos e mapas.
Para se ter idéia da capacidade transformadora da leitura, por volta de 1450, o Velho Continente tinha cerca de 50 milhões de habitantes, dos quais apenas oito milhões alfabetizados. A transformação do livro de privilégio em algo mais acessível, propiciada pela impressão mecânica, multiplicou por três, em poucos anos, o número de europeus que sabiam ler e escrever.
Por isso, é importante comemorar com ênfase cada aniversário da chegada da Biblioteca Real ao Brasil. A data, 29 de outubro, foi oficializada como o Dia Nacional do Livro. Atualmente, nosso país produz 386,4 milhões de exemplares anuais (pesquisa “Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro 2009”, realizada pela Fipe/USP, para a CBL e o SNEL). O estudo, que também aponta significativa queda de preços, evidencia os esforços das editoras, livrarias, distribuidores e do segmento de venda porta-a-porta para que a leitura seja cada vez mais parceira do desenvolvimento.
       Há, ainda, duas iniciativas emblemáticas da CBL que apresentam consistente resultado no tocante à disseminação do livro: a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Este ano, em sua 21ª edição, tivemos a presença de 743 mil pessoas. A resposta dos visitantes ao empenho em prol do estímulo ao hábito de leitura foi estimulante, pois, segundo o Instituto Datafolha, 80% dos presentes compraram livros na feira; e o Prêmio Jabuti. Este, criado em 1959, chegou em 2010 à 52ª edição e, mais uma vez, como já ocorrera em 2009, estabeleceu novo recorde absoluto de participação, com 2.867 inscrições.    
         Não menos importantes são as ações de divulgação do mercado editorial brasileiro no exterior. Este ano, com apoio do convênio Brazilian Publishers, firmado pela Apex-Brasil e a CBL, a participação brasileira na Feira do Livro de Frankfurt, a mais importante do mercado editorial do mundo, teve grande visibilidade e resultou na venda de direitos autorais no valor de 550 mil dólares. No âmbito institucional, neste evento a Câmara firmou acordo com Frankfurter Buchmesse (organizadora da Feira de Frankfurt), para que o Brasil seja o País tema em 2013.
São prioritários, ainda, programas capazes de facilitar o acesso ao livro pelas crianças e jovens matriculados na rede pública de ensino. Nesse sentido, além da ampliação das ações federais (como o Programa Nacional do Livro Didático — PNLD e Programa Nacional Biblioteca da Escola), são necessárias mais iniciativas conjuntas entre União, estados e municípios e a iniciativa privada. Exemplo bem-sucedido da viabilidade desse objetivo é o projeto Minha Biblioteca, iniciado em 2007 na cidade de São Paulo, com forte apoio e participação da CBL.
Ainda é imenso o desafio relativo à meta de converter o Brasil num país de leitores e, portanto, mais desenvolvido, livre e justo! No entanto, os avanços verificados no âmbito dessa meta nos permitem afirmar, sem dúvida, que o livro, não só em 29 de outubro, já é presença marcante no dia a dia dos brasileiros.

*Rosely Boschini é presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

29 de outubro_ DIA NACIONAL DO LIVRO!


III SIMPOESIA - Simpósio de Poesia Contemporânea

 

Casa das Rosas promove terceira edição
do SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea


O evento, que acontece entre 5 a 7 de novembro, propõe
novamente um intercâmbio entre poetas brasileiros e estrangeiros.

 

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, espaço cultural do Governo de São Paulo administrado em parceria com a Poiesis - Organização Social de Cultura, promove a terceira edição SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea. O evento, que tem curadoria de Virna Teixeira, acontece entre 5 e 7 de novembro na Casa das Rosas, Av. Paulista, 37.

Para esta edição, o SIMPOESIA propõe novamente um intercâmbio entre poetas brasileiros (de locais distintos do país) e poetas estrangeiros. Três grandes nomes de impacto no cenário internacional estarão presentes no evento para apresentar e discutir seu trabalho: Bruce Andrews (USA), a poeta e tradutora Erin Moure (Canadá) e o holandês Arjen Dunke.

A programação este ano inclui uma participação maior de poetas mulheres; discussão sobre poesia contemporânea nas universidades e um foco em tradução. Haverá também uma palestra com o curador de Latin American Collections da British Library, Aquiles Alencar Breyner, que discorrerá sobre biblioteca digital e arquivo de material eletrônico na web. Haverá ainda incentivo à presença de poetas jovens e lançamentos de livros de poesia. A curadora Virna Teixeira tem boa experiência na produção de encontros literários e recentemente organizou o Festival de Poesia Tordesilhas em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, junto com o poeta Claudio Daniel.

 

Simpoesia - edições anteriores

 

O Simpoesia foi realizado pela primeira vez em outubro de 2008, através de uma parceria entre a Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura e a Universidade de São Paulo (USP), com curadoria da poeta Virna Teixeira e do professor Antônio Vicente Pietroforte. O evento contou com a presença de 50 poetas brasileiros, de diferentes regiões do país, incluindo autores já reconhecidos, como Roberto Piva, Claudio Willer, Glauco Mattoso, Claudia Roquette-Pinto, e Frederico Barbosa, e também com a presença de poetas jovens, professores e críticos literários. A programação interativa, que além de recitais e debates, incluiu shows, videopoemas e performances estendeu-se ainda para o Museu da Língua Portuguesa e a Academia Internacional de Cinema. Todas as atividades foram gratuitas e abertas ao público.

O Simpoesia II, realizado em 2009 na Casa das Rosas e no Instituto Cervantes, passou a contar também com a participação de poetas estrangeiros. Poetas como William Alegrezza (USA), Victor Sosa (México), Rodolfo Hasler (Cuba/ Espanha), Tracy Grinell (USA), Luís Serguilha (Portugal), Stefan Tobler (Inglaterra), entre outros, estiveram em São Paulo para recitais e conversas em torno da tradução, revistas de poesia e crítica literária. Parcerias foram firmadas com o Consulado do México e a Centro Cultural da Espanha em São Paulo. Ocorreu também uma feira de pequenas editoras independentes de poesia do Brasil e Argentina, organizada pela revista Grumo. O evento foi um sucesso de público e crítica e reuniu mais de mil pessoas nos quatro dias de encontro.

Programação

Sexta-feira – 5/11

19h: Abertura do evento
19h30: Leitura
Com Ismar Tirelli (RJ), Marize Castro (RN), Leonardo Gandolfi (RJ), Claudio Daniel (SP), Farnoosh Fathi (EUA), Martin Palacio Gamboa (Uruguai).

Videopoema “poço. festim. mosaico”, de Marize Castro.

20h30: Apresentação – Arjen Duinker (Holanda).

21h: Leitura – Bruce Andrews (USA).

21h30: Videopoema – Cidade Reposta, de Márcio-André (RJ).

Lançamentos
Títulos dos selos:
Annablume
Selo Orpheu, editora Multifoco
Lábios-espelhos, de Marize Castro

Sábado – 6/11

16h30: Debate – A novíssima poesia brasileira.
Com Nilson Oliveira (PA), Antônio Vicente Pietroforte (SP) e Edson Cruz (BA/SP).
Mediação: Leonardo Gandolfi (RJ).

18h: Palestra sobre arquivos digitais de poesia, com Aquilles Alencar Brayner (British Library).

19h: Leitura
Com Adriana Zapparoli (SP), Antônio Vicente Pietroforte (SP), Edson Cruz (BA/SP), Nícollas Ranieri (MG).

20h: Palestra sobre language poetry, com Bruce Andrews (USA).

20h30: Leitura – Erín Moure (Canadá).

21h: Lançamento de diversos títulos da Lumme Editor e da revista Polichinello.
Maratona de leitura com a participação de Adriana Zapparoli, Lígia Dabul, Micheliny Verunsck, Thiago Ponce de Moraes, Nilson de Oliveira, Leonardo Gandolfi, Assis de Mello, e Glauco Mattoso.

Domingo – 7/11

16h30: Painel – Mulheres tradutoras (recital).
Com Marina Della Valle (SP), Telma Franco (SP), Eva Balitkova (República Tcheca/SP), Erín Moure (Canadá), Virna Teixeira (CE/SP).
Mediação: Martín Palacio Gamboa (Uruguai).

Homenagem a Wilson Bueno, por Erín Moure.

17h30: Apresentação do livro fio, fenda, falésia, com Roberta Ferraz (SP) e Renata Huber (SP).

18h: Leitura
Com Donny Correia (SP), Arjen Dunker (Holanda), Bruno Brum (MG), Beth Brait Alvim (SP), Frederico Barbosa (SP), Micheliny Verunsck (PE/SP).

Performance poemacumba, de Leo Goncalves (MG).

Lançamento títulos Arqueria editorial / encerramento

Serviço

III SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea
Dias 5, 6 e 7 de novembro
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 22h
Domingos e feriados: das 10h às 18h
Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74
Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-4477
Site: www.casadasrosas-sp.org.br


 

A Esperança Já Venceu o Medo Agora a Verdade Vai Vencer a Mentira




Votar em Dilma é dar continuidade ao governo LULA, então


50 RAZÕES PARA VOTAR EM DILMA50 DILMA!


BALANÇO DE GOVERNO PSBD-FHC-SERRA (8 anos)

PT-LULA-DILMA (7,8 anos)


1. Mercado Internacional Brasil sem crédito algum Brasil elevado para “Grau Investimento”
2. Política Internacional Fala fino com Washington e grosso com os
governos Latinoamericanos
Fala de igual para igual com Washington e Europa, cria
o G27 e exerce liderança democrática na América
Latina e nos países do 3º mundo
3. Crises Internacionais 3 crises pequenas arrasaram o País A maior crise da história aqui virou “marolinha”
4. Risco Brasil 2.700 pontos 167 pontos
5. Dólar R$ 3,26 R$ 1,66
6. Dívida com o FMI Triplicou Pagou
7. Dívida com o Clube de Paris 5 bilhões de dólares Pagou
8. Dívida Externa (% do PIB) 12,45% 2,41%
9. Dívida Pública (% do PIB) 55,5% 42,0%
10. Reservas do Tesouro Nacional 31 bilhões de dólares 225 bilhões de dólares
11. Exportações Anuais 60,4 bilhões de dólares 258,3 bilhões de dólares
12. Balança Comercial 8,4 bilhões de dólares negativos 265,3 bilhões de dólares positivos
13. Transações Correntes 186,2 bilhões de dólares negativos 110,1 bilhões de dólares positivos
14. Geração de Energia Elétrica Apagão, racionamento e taxação sobre
consumo doméstico elevado
1.567 empreendimentos em operação (95.744.495 kW),
65 em construção (26.967.987 kW ) e 516 outorgados
15. Petrobrás
Planos de privatizá-la para “Petrobrax”, ações
“rifadas” em Wall Street 40% abaixo do valor,
contratos por concessão, plataformas
estrangeiras afundando mar afora
Autosuficiência em petróleo, contratos do pré-sal via
sistema de partilha, biodiesel, infraestrutura nacional,
lucros do pré-sal para educação, saúde, segurança,
ciência e inovação e meio-ambiente
16. Política de Câmbio Câmbio fixo que estourou a economia Política responsável de câmbio flutuante
17. Taxa de Juros SELIC 26,5% ao ano (48,5% em 1999!) 8,5% ao ano, a menor taxa da história
18. Investimentos em Infraestrutura R$ 22 bilhões ao ano R$ 73 bilhões ao ano
19. Crescimento Industrial 1,94% 8,77%
20. Produção de Bens Duráveis 2,4% 14,8%
21. Indústria automobilística Crescimento de 1,8% Crescimento de 5,4%
22. Indústria Naval Desativou Reconstruiu
23. Investimento do BNDES em micro e
pequenas empresas
R$ 8,3 bilhões R$ 36,0 bilhões
24. Empregos 5 milhões, 780 mil com carteira assinada 15 milhões, 11 milhões com carteira assinada
25. Desemprego no País 12,2% 7,4%
26. Salário Mínimo 55 dólares (1,3 cestas básicas) 307 dólares (3,7 cestas básicas)
27. Custo da Cesta Básica Aumento de 81,6% Aumento de 15,6%
28. Rodovias 90% danificadas 70% recuperadas
29. Ferrovias Novas 0 (Zero) 3 megaferrovias em construção
30. Áreas Ambientais Preservadas 40 milhões de hectares 65,6 milhões de hectares
31. Universidades Federais Novas 6 13
32. Extensões Universitárias 0 (Zero) 131
33. Matrículas da Universidade Federal 531.634 1.010.491
34. Orçamento de Custeio e Capital das
Universidades Federais R$ 100 milhões R$ 2,1 bilhões
35. Programas Pro-Uni e Pró-Jovem Não havia programas similares Pro-Uni: 670 mil bolsas de estudo na Univ. Privada
Pró-Jovem: 183 mil bolsas para alunos de 18 a 24 anos
36. Escolas Técnicas 11 214
37. Combate à Pobreza 2 milhões saíram da linha da pobreza,
transferência de renda de R$ 2,3 bilhões
31 milhões saíram da linha da pobreza, transferência de
renda de R$ 12,1 bilhões
38. Compra de Terras para Reforma
Agrária R$ 1,1 bilhões (1999 a 2002) R$ 3,7 bilhões (2003 a 2005)
39. Crédito Popular Aumento de 14% Aumento de 34%
40. Empréstimo para Habitação R$ 1,7 bilhões R$ 9,5 bilhões
41. Eletrificação Rural 2.700 pessoas 12 milhões de pessoas
42. Crédito p/ Agricultura Familiar 2,4% 11,3%
43. Investimento/Anol em Saúde Básica R$ 155 milhões R$ 2,5 bilhões
44. Programa Saúde da Família 16.698 equipes 27.401 equipes
45. Atendimento Odontológico 17,5% 35,7%, o Programa Brasil Sorridente levou 15 milhões
de brasileiros ao dentista pela 1ª vez
46. Mortalidade Infantil Indígena 55,7 por 1000 habitantes 18,6 por 1000 habitantes
47. Acesso à Água no Semi-árido Não havia programa similar 1.762 mil pessoas e 152 mil cisternas
48. Distribuição de Leite no Semi-árido Não havia programa similar 8,3 milhões de brasileiros
49. Policia Federal 5.000 policiais 13.000 policiais
50. Combate ao Crime Organizado
Corrupção, Sonegação e Lavagem
de Dinheiro
20 operações da PF, 54 prisões,
Privataria,
Paraíso da Impunidade
358 operações da PF, 3.951 prisões
Respeito à Lei,
Punição dos Corruptos
E AÍ, VOCÊ AINDA TEM DÚVIDAS?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Educando: Seus Valores e o Meio Ambiente Uma Reflexão a cerca da Preservação da Água e do Solo na Perspectiva da Educação Ambiental

O Educando: Seus Valores e o Meio Ambiente Uma Reflexão a cerca da Preservação da Água e do Solo na Perspectiva da Educação Ambiental
Marco Aurélio da Silva; Aristéia Mariane Kayser; Evandra Cardoso
publicado em 04/10/2010



Deste o descobrimento do Brasil em 1500, sofremos a degradação do meio ambiente. Sabemos; que não existe uma política educacional efetiva, uma vez que o sistema educacional não prioriza a educação ambiental.  Tendo como propósito educar e conscientizar o indivíduo ou a sociedade quanto urgência de preservação do Meio Ambiente, foi instituída a lei 9.605/98 “Vida ou Lei dos Crimes Ambientais” de forma positiva pune o infrator que comete Crimes Ambientais, percebe-se a legislação é moderna, sabemos que tem falha, mas quando bem aplicada à mesma reduzirá em muito os déficits Ambientais.
Palavra Chave: Educando; Educação Ambiental; Preservação; Valores


http://www.partes.com.br/socioambiental/oeducando.asp

ASNONAUTA - O Amigo Viciado Que Se Tornou Um




Asnonauta - O Viciado Amigo Que Se Tornou Um...




ELE ERA O MEU MELHOR AMIGO. Bonito rapaz, simpático, educado, inteligente, família rica, fazia amizade muito facilmente, de fácil convívio, sempre companheiro e solidário com todo mundo. No começo queria ser florista ou médico, depois presidente da república, depois astronauta, depois baladeiro ou cantor de rock.Começou com um cigarro Hollywood (era bonito e chique o maço), sem filtro, e umas caipirinhas aqui e ali com amigos, mais cervejas, aberturas e precipitações de estimas próprias da idade jovial. Sonhava em viajar bastante, conhecer a vida, costurar histórias de aventuras, sacar o mundo, ser poeta, quem sabe até ir até o Nepal ou virar gente de papo cabeça, auto astral, seguro de si, tipo zen.Saiu de nossa aldeia a Estância Boêmia de Itararé, para aprender lições novas, curtir baratos afins, adquirir experiências mágicas, pintando uma busca de vida para ser feliz, com grande perspectivas de sucesso, fazer seu pé de meia, brilhar na vida, deixar sua marca na história.Amou e foi amado.Mudamos de caminhos. O tempo quis assim. Nos perdemos pela estrada da vida. Eu repensei loucuras e caprichei nos estudos, em busca do meu ideal, a minha lenda pessoal, entre elas Ser Escritor.Soube dele procurando sarna pra se coçar, quebrando a cara, tornando-se arredio. Era muito sensível, tava literalmente "numas". De maconhas, comidas naturebas, químicas experimentais, trilhas e gente da pesada, os seus rebeldes e modernos de ocasião pra consumo. Agrediu familiares. Rifou a vida.Andou fugido de várias maneiras. Vendeu sua coleção de sonhos impossíveis, trocou farpas e esperanças, montou barracos com autoridades e parcerias, além de ter juntado más companhias, entre tantos manés de percurso, amigos do alheio, amigos de ocasião, interesseiros Amigos da onça. Era um guerreiro em trincheira errada, sem sacar direito lutas íntimas, ou buscar ajuda em quem ocasionalmente o poderia salvar de si mesmo...Eu era pobre, simples, feio e triste, não tinha direito a errar sob perda de ferrar todo um clã dependente de mim para marcar presença no livro da vida em tempos de vacas magras. Fiquei mesmo só nas cervejinhas em finais de semana. Ele foi experimentar cocaína na terra do nunca, perdendo a ilusão da estrada de tijolos amarelos e o controle de suas estadias e buscas.Começou a colecionar pesadelos, neuras, depressões do gênero. A família tentou gritar, fazer com que ele pulasse fora daquela canoa furada. Era tarde. Muito tarde. Tarde demais. Ele se achava o dono da cocada preta, o rei dos lances e das espertezas sem pé nem cabeça, com comportamentos que só prestavam pra ele, em atitudes babacas.Eu me formei com muito custo, tirei a barriga da miséria, reencaminhei parentes e entrei muito nessa força tarefa de sobreviver com as mãos limpas. Lancei um livro de poemas, larguei a farra, ganhei lastro. Ele, na economia informal de fundo falso, caiu perto da marginalidade do contrabando pirata. Quem o viu numa quebrada, teve medo do esqueleto que ele se tornou. Estava perdendo os dentes, a visão já míope, a fé, a moral. Refém de seu inferno particular, de sua marginalidade temporã, seqüestrado pela insanidade de desocupado entre amigos do alheio querendo tirar vantagens.Viciado barbaridade. E bobo ainda, se achando o máximo. E quase nada, nem ninguém. Na rua da amargura e se julgando o tal, o escolhido, entre restos e lixos. Embarcou numa canoa furada. Ficou acabado. Só vendo pra crer.Pensara que era o sabichão de sempre, mas não era. Tinha escolhido a via errada para se encontrar consigo mesmo. O gênio se perdera. Era um especialista em escapes químicos sem volta. A pobre mãe morreu de desgosto. Foi repudiado onde tentou se esconder, pois rejeitos sociais não aceitam cacos do espelho. Virou um marginal da periferia descalça. Cadê a inteligência? Deixou de se amar. Perdeu o respeito próprio. Entre bandidos e policiais na cola, virou um banana ou nem sequer isso. Perdeu referências. Apostou errado. Começou a apodrecer de alguma forma, Meu Deus! Um dia, uma data ignorada, entre bocas de fumo e válvulas de escapes, ratos, arapucas e esgotos a céu aberto, o acharam ligadão. Overdose por acidente, pois as tragédias amam perdedores. Foi aperitivo de vermes. Cemitério clandestino. Foi apagado das paradas.Era muito vivo e não sacou a besteira que fez de sua vida. Era muito inteligente e culto, e de que isso lhe valera? Eu chorei escondido quando soube. Fiz poemas de tristeza profunda por isso. Escrevi essa crônica várias vezes, até resolver passá-la a limpo, o que me doeu muito, me custou demais, me pesou tanto, mais do que podem imaginar. Pareceu-me uma balada perdida por um ocasional "laranja" da vida que não mandou bem. O que queria ser Astronauta - e foi um Asno, como disse um parente seu que perdeu dez anos de vida sofrendo pela frustração com tanta capacidade de sucesso atirada pela janela - e que o classificou em prantos de um pobre "Asnonauta".Viveu em vão. Perdeu a lição dessa viagem de existir. Passou pela vida e se atirou no leprosário dos anônimos pra uso e consumo da ralé com o pagamento da própria vida. Eu continuo só nas minhas cervejinhas, e olhe lá. Eu conduzo minha própria vida, nada e ninguém faz uso de mim. Eu mantenho o meu controle pra não me perder de mim. Ninguém me toca se eu não quero ser tocado. Eu sou o que me permito ser, com a mente sã, o corpo forte, a mente aberta, o olho vivo, sempre, no amor e na dor, orando e vigiando. Continuo só poeta. Não posso mudar o mundo, mas mudei a mim mesmo, e isso foi mais difícil do que eu pensava, do que eu mesmo podia imaginar. Os sensíveis sofrem. E ERA ELE QUEM TINHA UM FUTURO ESPETACULARMENTE PROMISSOR. Perdeu-se de si. Quando me lembro dele, meu coração pesa a memória de um lírio laranja que foi na onda de um vento transversal, sem saber que estava sendo usado, dando lucro pra marginais. Como tiraram proveito da bondade dela. Como usaram sua sensibilidade.Podia lhe dedicar uma vida inteira, e aqui agora aqui só lhe dedico de despedida e dor dessa minha triste crônica feita às pressas, no vácuo de uma correria louca para ser feliz dentro do meu próprio limite, com as minhas próprias forças naturais, com minhas próprias mãos de poeta sonhador...Com os meus próprios pés descalços de peregrino...Com a minha simples razão de SER FELIZ que é a melhor vingança contra tudo e contra todos!

(Depoimento Sobre um Amigo Perdido)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Conselho Consultivo avalia nova lista de candidatos a Patrimônio Cultural do Brasil

Serão avaliadas seis propostas de tombamento e registro como Patrimônio Cultural do Brasil do Amazonas, Mato Grosso, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul

 

Data: 4 e 5 de novembro de 2010

Local: Palácio Gustavo Capanema

         Rua da Imprensa, 16 – Centro – Rio de Janeiro - RJ

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan mantém sua proposta de ampliar o número de bens culturais protegidos, garantindo o acesso e o envolvimento da sociedade com seu patrimônio histórico. Neste sentido, o Conselho Consultivo Patrimônio do Cultural estará reunido, mais uma vez, nos próximo dias 4 e 5 de novembro, no Rio de Janeiro, para avaliar a proposta de proteção federal para mais seis bens culturais: o registro como patrimônio cultural brasileiro do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro que envolve mais de 22 etnias indígenas do Amazonas, e o Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, no estado do Mato Grosso. Na pauta estão também o tombamento da paisagem natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul, do conjunto urbanístico e paisagístico da cidade de São Félix, na Bahia, do Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, no Amazonas, e do Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro

 

Este ano, o Conselho Consultivo já esteve reunido outras duas vezes. Na primeira, em março, foram aprovados o registro da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás, e o tombamento da Vila Serra do Navio, no Amapá. Já no mês de junho, os conselheiros aprovaram o tombamento dos Lugares Sagrados dos Povos Indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso, os Bens da Imigração Japonesa, em São Paulo, e o Teatro Oficina, também no estado paulista.

 

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

 

Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões - AM

Os mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do Rio Negro correndo ao lado das águas turvas e barrentas do Rio Solimões, no Amazonas, podem se tornar o mais novo bem protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan no norte do país. O Iphan defende a proposta em função da excepcionalidade do fenômeno, considerando seu alto valor paisagístico.

 

Centro histórico de São Félix - BA

A cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano, se estabeleceu no século XVI em função da expansão do porto de Cachoeira, como o ponto de partida da Estrada das Minas, importante rota comercial que seguia para Rio de Contas, na Bahia, e para os estados de Minas Gerais e Goiás. Ainda hoje mantém a trama urbana original praticamente intacta. Também é espaço de manifestações culturais, sobretudo religiosas, da população local e mantém uma interação histórica, urbanística e paisagística com a cidade de Cachoeira, situada na outra margem do Rio Paraguaçu.

 

Paisagem cultural em Santa Tereza - RS

Localizada às margens do Rio Taquari e do Arroio Marrecão, Santa Tereza conta cerca de 570 moradores que habitam as 250 casas do núcleo urbano. Os outros quase 1,5 mil habitantes moram na área rural. A partir de 1887, os lotes foram distribuídos entre os colonos. Desde essa época a cidade destaca-se pela diversidade e a alta produtividade da agricultura desenvolvida em terras consideradas as mais férteis do estado. Ainda hoje a comunidade tira o sustento da lavoura. Entre os núcleos gaúchos, Santa Tereza é o mais singelo e também o mais íntegro do ponto de vista da ocupação urbana já que mantém quase intactas as características originais do seu traçado.

 

Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial - RJ

Conhecido como Monumento aos Pracinhas, localizado no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi construído entre 1957 e 1960 e projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas. O conjunto é integrado por três obras: uma escultura de metal homenageando a força aérea brasileira, outra em granito que homenageia os pracinhas das três armas e um painel de azulejos destacando os combatentes e os civis que morreram em operações navais. Simbolicamente, o Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, estiliza duas palmeiras amparando mãos que levam até o céu nossos pracinhas mortos em combate, cujos 468 túmulos se localizam no subsolo.

 

Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro - AM

Ainda hoje no Brasil, um sistema agrícola é capaz de determinar a organização social de etnias e permite, inclusive, um mapeamento das línguas e costumes. Em linhas gerais, esse é o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, entendido como um conjunto formado por elementos interdependentes, como as plantas cultivadas, os espaços, as redes sociais, a cultura material, os sistemas alimentares, os saberes, as normas e os direitos. O cultivo da mandioca brava (manihot esculenta) é a base desse sistema que reúne os mais de 22 povos indígenas que vivem ao longo do Rio Negro, em um território que abrange os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, até a fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela.

 

Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe

O Ritual Yaokwa é a mais longa e importante celebração realizada por esse povo indígena, atualmente uma população em torno de 540 indivíduos que vivem em uma única aldeia, na terra Enawene Nawe uma área de 742 mil hectares, homologada e registrada, localizada numa região de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica, no estado do Mato Grosso. Com duração de sete meses, este ritual define o início do calendário ecológico-ritual Enawene que abrange as estações seca e chuvosa de um ciclo anual marcado pela realização de mais três rituais: Lerohi, Salomã e Kateokõ. Parte fundamental do Yaokwa ocorre quando os homens saem para a pesca de barragem, construídas com sofisticadas armações que se configuram em elaboradas obras de engenharia, dispostas de uma margem à outra do rio. Este é o ponto alto do ritual que começa em janeiro, com a coleta das matérias-primas para a construção das barragens e com a colheita da mandioca.

 

Mais informações

www.iphan.gov.brwww.twitter.com/IphanGovBr

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Terreiro de Breque quarta na TV Brasil, quinta no Bar Funil e sábado no Vaca Atolada (grátis)

 
Terreiro de Breque quarta na TV Brasil, quinta no Bar Funil e sábado no Vaca Atolada (grátis)

Na telinha ou no bar, com ou sem cerveja, essa semana tem Terreiro de Breque em dose tripla! Na quarta-feira (27), a TV Brasil reprisa, no programa "Paratodos", às 20h, matéria sobre a roda mensal do TB na charmosa ilha de Paquetá. Já na quinta (28) a pedida é curtir o grupo no Bar Funil, a partir das 20h. Por último, sábado (30) ocorre a roda quinzenal do TB no botequim Vaca Atolada, a Embaixada Carioca, a partir das 21h. Ufa, a semana promete! Apareça!!!



Serviço
Programa "Paratodos" - TV Brasil
Data: quarta, 27/10, 20h

Bar Funil
Endereço: Rua Gomes Freire, 226 – Lapa, Centro, Rio de Janeiro
Data: 28/10 (quinta-feira), a partir das 19h
Entrada franca

Vaca Atolada, a Embaixada Carioca
Endereço: Rua Gomes Freire, 533 - Lapa, Centro, Rio de Janeiro
(na quadra entre as ruas do Rezende e da Relação)
Data: sábado, 30/10, 21h
Entrada franca



Terreiro de Breque
O Terreiro de Breque é uma confraria de boêmios inveterados, reunidos para tocar e cantar o samba, especialmente em seus matizes menos explorados, como o samba de terreiro, o samba de breque e o sincopado. No repertório, sambas inéditos, muito lado B dos compositores mais famosos e músicas de autores menos conhecidos e de componentes do grupo, com espaço também para marchinhas e maxixes.

Bar Funil
Fundado com um espírito de confraria, num local de muita história no carnaval carioca, o Bar Funil é garantia de cerveja gelada, petiscos típicos e música de qualidade, com espaço também para o novo.

Vaca Atolada
Cerveja gelada, petiscos deliciosos e o clima de quem conhece os ensaios, as rodas e os desfiles da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da Folia, o bloco de maior fôlego do carnaval carioca. Esta é a cara do bar Vaca Atolada, a Embaixada Carioca. Ao contrário de diversas casas noturnas da nova Lapa, o lugar faz jus ao título de autêntico botequim, sem frescuras e também sem a simplicidade de boutique da qual foge o verdadeiro frequentador de botecos.



Para saber mais sobre o Terreiro, acesse:
Perfil no Orkut
Entrevista para o jornal Algo a Dizer
Músicas próprias no Myspace
Ou pelo tel. (21) 8193-9746 


sábado, 23 de outubro de 2010

O HOMEM E A VIRTUDE

Por: Nair Lúcia de Britto


Em seu plano mais elevado, a virtude é um conjunto de qualidades essenciais que

caracterizam o homem de bem. Um homem virtuoso é bom, solidário, trabalhador,

moderado e modesto.

Entretanto o homem que se vangloria de suas virtudes não pode ser virtuoso

porque lhe falta a virtude principal: a modéstia; que, por sua vez, é substituída

pelo orgulho. A pessoa verdadeiramente virtuosa não gosta de se exibir, prefere

se omitir e evita os aplausos da multidão

Muitos virtuosos, como São Vicente de Paulo,* não se dão conta disso;

são desconhecidos do mundo, mas conhecidos por Deus. Deixam-se levar

pela corrente de suas boas inspirações para praticar o bem,

sem esperar nada em troca; esquecidos até de si mesmos.

Não se glorificam por suas qualidades; porque, nesse caso, perderiam

o mérito da principal do homem virtuoso, que é a modéstia.

Exultar a si mesmo é um sinal de orgulho e vaidade que, como nuvens

cinzentas, toldariam a visão das mais belas qualidades.

Por isso o homem virtuoso deve afastar esses sentimentos impuros do

seu coração.


Quando o homem pratica uma boa ação, a recompensa está na alegria

que sente em ver o bom resultado dessa mesma ação. É uma satisfação

íntima, uma grande felicidade interior e que não deve se degenerar

no desejo de receber elogios; para que essa felicidade não se transforme

simplesmente em vaidade.

Os espiritualistas sabem que o homem está muito longe da perfeição.

Mas esse é o caminho que todos devem buscar e, nesse trajeto, vale mais

menos virtudes com modéstia do que mais virtudes, com orgulho.

Todas as virtudes tem seu valor em particular porque todas elas são sinais

de progresso. Por exemplo, toda vez que repelimos a tentação de fazer algo

errado isto é uma virtude. Mas o que existe de mais sublime na virtude é

sacrifício de um interesse pessoal em benefício do bem comum, sem esperar

por recompensas.

O verdadeiro desinteresse é algo tão raro sobre a Terra que, quando isto

ocorre, é visto como se fosse um fenômeno. O apego aos bens materiais

distancia o homem da sua verdadeira destinação; enquanto que o homem

desapegado dos bens terrestres vê seu futuro de forma mais elevada.

A fortuna é uma responsabilidade destinada a alguns homens que

deverão prestar contas do que foi feito com ela. Se não for bem

usada, terão que responder por todo o bem que poderiam ter feito

e não fizeram; e por todas as lágrimas que poderiam ter enxugado,

se o dinheiro não tivesse sido dado àqueles que dele não tinham

a menor necessidade.

Todos têm uma missão a cumprir na Terra, grande ou pequena, não importa;

porque para Deus as distinções sociais não existem.

O importante é que toda missão deve estar sempre voltada para o bem.

Quem não respeitar esse princípio fundamental terá falhado!


(Texto baseado no Evangelho segundo o Espiritismo e Livro dos Espíritos,

de Allan Kardec)


*"Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, São Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Muitos acham que sua maior virtude foi a caridade, mas a humildade suplantava essa virtude" (Wikipedia).

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA ELEIÇÃO DE INTEGRANTES DO CADES IPIRANG

Estão abertas as inscrições para a eleição de representantes da sociedade civil para integrar o CADES - Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da região do Ipiranga. O munícipe maior de 18 anos que quiser participar deve inscrever-se, pessoalmente, até dia 5 de novembro, das 9h às 16h, na sede da Subprefeitura do Ipiranga (Rua Lino Coutinho, 444, Ipiranga), com Jacob ou Regina. Os candidatos devem apresentar documento de identidade com foto e CPF, comprovante de endereço ou de trabalho e carta de intenções e propostas. As eleições serão realizadas no dia 27 de novembro, na sede da Subprefeitura do Ipiranga.


 

CASA DE CULTURA REALIZARÁ SARAU CULTURAL NO IPIRANGA


No próximo dia 30 de outubro, às 18h, a Casa de Cultura Chico Science (Rua Abagiba, 20, Moinho Velho) realiza gratuitamente o II Sarau Poesia ou Morte! O evento terá apresentações musicais, danças folclóricas, teatro, moda e poesia e será aberto para intervenções do público. O sarau busca resgatar uma prática do século XIX, que consistia em reunião de amigos ligados à arte e cultura, para apresentar números musicais, declamar poesia, ler trechos de livros, cantos, concertos musicais e apresentações solo. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail rommel.werneck@opiagui.com.br. As inscrições podem ser feitas durante o evento.

 


 

CRITICAS

-----Mensagem original-----
De: Gilberto Nogueira de Oliveira [mailto:gilbertosombra@hotmail.com]
Enviada em: quarta-feira, 20 de mmmm de aaaa 23:29
Para: partes@partes.com.br
Assunto: CRITICAS

 

NÃO TENHO MUITA INTIMIDADE COM O COMPUTADOR. HOJE EU LI UMA POESIA DO GILBERTO SILVA E GOSTARIA DE MANDAR UM ELOGIO MAS É TÃO DIFICIL...
gilbertoescritor.blogspot.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vitrine do Giba: O Bom das eleições

Vitrine do Giba: O Bom das eleições: "O bom da eleição é que nossas máscaras caem, nossas idiosincrasias ficam mais evidentes e nela nos revelamos. Em alguns o autoritarismo..."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Instituições da Amazônia precisam aumentar a cooperação científica


Assunto será tema de conferência na Reunião Regional da SBPC em Boa Vista (RR).

Apesar de enfrentarem problemas como a restrição orçamentária e a falta de pesquisadores, há na Amazônia brasileira um conjunto de universidades e instituições de pesquisa que, mesmo atuando ainda de forma um pouco isolada, têm contribuído significativamente para o avanço do conhecimento sobre o maior bioma do mundo. Se ampliassem a cooperação científica entre si e com instituições de pesquisa de outros países, seria possível que essas instituições fortalecessem e aumentassem suas capacidades de realizar pesquisas.
É o que avalia o diplomata brasileiro, chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, Ademar Seabra da Cruz Junior, que abordará esse assunto em uma conferência que fará na Reunião Regional da SBPC em Boa Vista – evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizará de 19 a 22 de outubro em Boa Vista (RR).
De acordo com o Cruz Junior, já existem alguns acordos de cooperação científica entre universidades e instituições de pesquisa de países da Amazônia, como um celebrado no âmbito da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e com países como a França, por exemplo. Porém, ainda são poucos e estão aquém das possibilidades e necessidades da região. “É preciso que haja maior sinergia entre as universidades e instituições de pesquisa da Amazônia brasileira com os demais países amazônicos e do exterior. Como elas apresentam um nível de pesquisa inferior, em termos quantitativos, em relação aos centros de pesquisa e desenvolvimento localizados em outras regiões do País, essa ação conjunta é ainda mais necessária”, afirma.
Segundo ele, o primeiro passo que deve ser dado nesse sentido é promover a integração entre as universidades e instituições de pesquisa da região por meio da unificação de seus programas de pesquisa. Os estudos desenvolvidos em centros de P&D de países amazônicos como o Peru e a Venezuela, por exemplo, poderiam ser articulados com os realizados por instituições brasileiras como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Já em uma segunda etapa seria preciso estimular a cooperação das universidades e instituições de pesquisa da Amazônia com centros de ciência e tecnologia estrangeiros. Na avaliação dele, por meio da criação de consórcios e redes colaborativas internacionais seria possível aprimorar a capacidade de pesquisa das instituições de ciência e tecnologia da região, que poderiam dar saltos em estudos em áreas estratégicas, a exemplo da biotecnologia.
“Há grandes centros de pesquisa na área de biotecnologia na França e no Reino Unido, por exemplo, que gostariam de desenvolver pesquisas com instituições amazônicas em regime de co-autoria e se instalarem na região”, conta. “Mas elas só não fazem isso ainda de forma sistemática porque, apesar de existir legislações no País que possibilitem isso, como as Leis da Biodiversidade e da Biossegurança, ainda não há um projeto estratégico para a Amazônia que assegure quais as vantagens comuns adviriam desse tipo de investimento. Quando a região tiver um plano nesse sentido, não faltarão recursos e apoio”, assegura.
Transformação – Na opinião do diplomata, a cooperação científica internacional na Amazônia também poderia resultar na criação de condições para a geração a longo prazo de um pólo de pesquisas na região em áreas como a própria biotecnologia que reuniria, além de instituições de pesquisa, pequenas e médias empresas internacionais, associadas a empresas brasileiras. Juntas, poderiam dar origem a novos empreendimentos na região, como indústrias de fitoterápicos ou de alimentos funcionais.        
“Não é do nosso interesse que a Amazônia seja utilizada para exportação de produtos de baixo valor agregado, mas sim em uma fonte sustentável de riqueza, que possa contribuir para a melhoria das condições de vida da população da região”, afirma. “Mas esse processo de decisão sobre um plano estratégico para a região, que transformaria seu perfil econômico, precisa ser feito com embasamento científico e a SBPC poderia liderar essa discussão.”      
Sobre o evento – A Reunião Regional da SBPC em Boa Vista (RR) será realizada de 19 a 22 de outubro de 2010, nas dependências da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O evento tem o objetivo de discutir políticas públicas de ciência e tecnologia (C&T) e disponibilizar conhecimentos que possam ajudar a promover o desenvolvimento sustentável da região. Mais informações: http://www.sbpcnet.org.br/boavista/home/
Sobre a SBPC: A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é uma entidade civil, sem fins lucrativos nem cor político-partidária, voltada para a defesa do avanço científico e tecnológico, e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Desde sua fundação, em 1948, a SBPC exerce um papel importante na expansão e no aperfeiçoamento do sistema nacional de ciência e tecnologia, bem como na difusão e popularização da ciência no País.
Sediada em São Paulo, a SBPC está presente nos demais estados brasileiros por meio de Secretarias Regionais. Possui cerca de 90 sociedades científicas associadas e mais de 10 mil sócios. Além de Reuniões Regionais, a entidade realiza sua Reunião Anual que é considerada o principal evento científico do Brasil. 

sábado, 16 de outubro de 2010

Romance de Estreia de Celena Carneiro, "Morde na Bolacha Junto Com a Goiabada"








Pequena Resenha Crítica

O Belo Romance de Estréia “MORDE NA BOLACHA JUNTO COM A GOIABADA” de Celena Carneiro


A razão de existir
Uma revolta humanista

Albert Camus




-Romance de estréia... romance de estréia... sempre dá um frio na barriga, quando você lança um, quando você sabe de um. Como escrevo e, por assim dizer, sinto na pele a dor do outro, quando pego o romance de estréia de um autor novo, fico só sondado, no devir o que pode ser a baita sorte de acertar na mosca, quero dizer, na obra, e, a até natural forçada da barra do lançamento imaturo ou incompleto da obra que acaba também por assim dizer sendo um tiro no pé. Medidas as proporções, tendo em vista inclusive o próprio currículo da autora, fui a luta, quero dizer, dei uma bela pegada no romance “Morde na Bolacha Junto Com a Goiabada”, Edibrás, Uberlândia, 2010.

Surpresa!

-O romance está muito bem escrito, ainda que comedido, mesmo assim avança tranqüilo e com qualidade narrativa, na construção de personagens. A pacata vidinha de uma dona de casa, as filhas, o marido que aprende a tocar violão e muda tudo, pondo musica nos atos e no modo de pensar. Vila da Aranha e os arremedos do historial.

Rita e Hilda e Miguel. Pra começar. E o entorno, acontecências interioranas, cidade pacata, vida humilde. Tudo começa como um remanso de águas, a contação vai entrando no âmago de cada momento, parágrafos, inimizades, prismas. A primeira morte que é para sempre. O primo visitante que finca pé nas entranhas da história. A história sendo costurada evolui. Bolacha com goiabada é o mote. E um sinal. Um marco.

Rita que fazia poesias, que andava sem calcinha, que enreda tudo no entorno. Olhos, janelas, a mãe e a dura sobrevivência possível. História de interiores, aqui e ali levantando véus, panos. Idas e vindas. Retalhos de sentir. Ah as colchas de retalhos da vida desses brasis gerais de tantos contrastes...

O pai e o pano de fundo dos arremedos ditatoriais. O pai que some de circulação. Bolinhos de chuva, bolinhos de arroz, bolinhos de lágrimas. O amor e suas contradições. O chuchuzeiro sobre o poço perigoso. Cisternas íntimas. A máquina de costura da mãe e os panos pretos da vida triste. Narrativas lambendo paredes, íntimos, afetos e incompletudes. Cercanias e o amor que foi embora e deixou barriga e filho.

E conta:

“Rita sente vontade de rir, agora a vida ia ser diferente e ela queria uma cesta igual aquela em sem casamento.

O primo já teria servido o exército, estaria trabalhando em alguma fábrica daquelas que estavam abrindo no setor industrial e ela continuaria costurando.

Juntos ganhariam muito dinheiro e então...

Seus pensamentos são interrompidos pela chegada de Mário, ele tinha ido cedo para o quartel e disse que voltaria somente a notinha”
.............................................................................................................................

E Celena Carneiro vai contando, pondo os olhos e os pés da gente na história que corre como um rio-romance.

O amor que se perdeu, a paixão que desertou do Exército em tempos tenebrosos. A guerrilha. Os campos do longe. As olhações no entorno. Você vai de bubuia nos causos e enredar deles na construção da obra.

Quando você lê, afinando a leitura, vê que a história refina-se e você passou da metade, dentro do mundo criacional da autora com boa mão conduzindo seus olhos, suas pensações, seu lado sentidor. Tudo tem cabimento. A vida o que é? Década de cinqüenta, de sessenta. Sofrências. Não é sempre assim, essa gente-humana desses cantões de um Brasil que fica num longe que nem cabe em sós, que nem sempre sabemos, que nem sempre achamos, sentimos, sacamos? Viver não é pré-pago.

Cadê o pai? Cadê vida? Cadê o amor? Cadê a esperança? Um dia as coisas mudam, ou nós nos mudamos das coisas? É preciso retratar esses tempos de penúrias. Dar testemunho.Com uma gostosa linguagem de crônica, “Morde a Bolacha Junto com a Goiabada” é o romance de estréia de Celena Carneiro. E ela estréia bonito, com sua prosa bonita, aprumada, feitio e feminilidade de olhares como agulhas cerzindo situações, momentos e clarificações.

E quando você chega ao final das 148 páginas, os caminhos se entrecruzam, os desfechos vão se somando, se aprumam, tudo o que resta é o prazer de ter lido e a vontade gostosa de ter estado no prazer da leitura. O grande amor da vida tem uma benção: sobreviver para contar.

As palavras como um conjunto de linguagem que representa a dignidade humana. Resistir. E a arte como libertação do ser de si. O livro de estréia de Celena Carneiro, “MORDE A BOLACHA JUNTO COM A GOIABADA”, põe açúcares e cores no prazer do ler gostoso da gente, pelo belo confeito de escrever da autora.

-0-


Silas Correa Leite
E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net
Autor de Campo de Trigo com Corvos, Contos, Editora Design, SC




Manifesto em Defesa da Educação Pública


Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.
Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.
Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.
Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.
Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.
No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

Fábio Konder Comparato, USP
Carlos Nelson Coutinho, UFRJ
Heloisa Fernandes, USP
Theotonio dos Santos, UFF
Emilia Viotti da Costa, USP
José Arbex Jr., PUC-SP
Marilena Chaui, USP
João José Reis, UFBA
Joel Birman, UFRJ
Leda Paulani, USP
Dermeval Saviani, Unicamp
João Adolfo Hansen, USP
Flora Sussekind, Unirio
Otávio Velho, UFRJ
Renato Ortiz, Unicamp
Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP
Enio Candotti, UFRJ
Luis Fernandes, UFRJ
Antonio Carlos Mazzeo, Unesp
Caio Navarro de Toledo, Unicamp
Celso Frederico, USP
Armando Boito, Unicamp
Henrique Carneiro, USP
Angela Leite Lopes, UFRJ
Afrânio Catani, USP
Laura Tavares, UFRJ
Wolfgang LeoMaar, UFSCar
João Quartim de Moraes, Unicamp
Ildeu de Castro Moreira, UFRJ
Scarlett Marton, USP
Emir Sader, UERJ
Marcelo Perine, PUC-SP
Flavio Aguiar, USP
Wander Melo Miranda, UFMG
Celso F. Favaretto, USP
Benjamin Abdalla Jr., USP
Irene Cardoso, USP
José Ricardo Ramalho, UFRJ
Gilberto Bercovici, USP
Ivana Bentes, UFRJ
José Sérgio F. de Carvalho, USP
Peter Pal Pelbart, PUC- SP
Sergio Cardoso, USP
Consuelo Lins, UFRJ
Iumna Simon, USP
Elisa Kossovitch, Unicamp
Edilson Crema, USP
Liliana Segnini, Unicamp
Glauco Arbix, USP
Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim
Luiz Roncari, USP
Francisco Foot Hardman, Unicamp
Eleutério Prado, USP
Giuseppe Cocco, UFRJ
Vladimir Safatle, USP
Eliana Regina de Freitas Dutra, UFMG
Helder Garmes, USP
José Castilho de Marques Neto, Unesp
Marcos Dantas, UFRJ
Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp
Luís Augusto Fischer, UFRS
Zenir Campos Reis, USP
Alessandro Octaviani, USP
Federico Neiburg, UFRJ
Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp
Cilaine Alves Cunha, USP
Evando Nascimento, UFJF
Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, USP
Juarez Guimarães, UFMG
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP
Marcos Silva, USP
Walquíria Domingues Leão Rego, Unicamp
Sérgio de Carvalho, USP
Rosa Maria Dias, Uerj
Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar
Ladislau Dowbor, PUC-SP
Ricardo Musse, USP
Lucilia de Almeida Neves, UnB
Maria Lúcia Montes, USP
Eugenio Maria de França Ramos, Unesp
Ana Fani Alessandri Carlos, USP
Mauro Zilbovicius, USP
Jacyntho Lins Brandão, UFMG
Paulo Silveira, USP
Marly de A. G. Vianna, UFSCar
José Camilo Pena, PUC-RJ
Lincoln Secco, USP
Mario Sergio Salerno, USP
Rodrigo Duarte, UFMG
Sean Purdy, USP
Adriano Codato, UFPR
Ricardo Nascimento Fabbrini, USP
Denilson Lopes, UFRJ
Marcus Orione, USP
Ernani Chaves, UFPA
Gustavo Venturi, USP
João Roberto Martins Filho, UFSCar
Nelson Cardoso Amaral, UFG
Evelina Dagnino, Unicamp
Vinicius Berlendis de Figueiredo, UFPR
Silvia de Assis Saes, UFBA
Carlos Ranulfo, UFMG
Flavio Campos, USP
Liv Sovik, UFRJ
Marta Maria Chagas de Carvalho, USP
Paulo Faria, UFRGS
Rubem Murilo Leão Rego, Unicamp
Maria Helena P. T. Machado, USP
Francisco Rüdiger, UFRS
Nelson Schapochnik, USP
José Geraldo Silveira Bueno, PUC-SP
Reginaldo Moraes, Unicamp
Luiz Recaman, USP
Roberto Grun, UFSCar
Edson de Sousa, UFRGS
Márcia Cavalcante Schuback, UFRJ
Luciano Elia, UnB
Ricardo Basbaum, UERJ
Julio Ambrozio, UFJF
João Emanuel, UFRN
Paulo Martins, USP
Analice Palombini, UFRS
Alysson Mascaro, USP
José Luiz Vieira, UFF
Marcia Tosta Dias, Unifesp
Salete de Almeida Cara, USP
Anselmo Pessoa Neto, UFG
Elyeser Szturm, UnB
Iris Kantor, USP
Fernando Lourenço, Unicamp
Luiz Carlos Soares, UFF
André Carone, Unifesp
Richard Simanke, UFSCar
Francisco Alambert, USP
Arlenice Almeida, Unifesp
Miriam Avila, UFMG
Sérgio Salomão Shecaira, USP
Carlos Eduardo Martins, UFRJ
Eduardo Brandão, USP
Jesus Ranieri, Unicamp
Mayra Laudanna, USP
Luiz Hebeche, UFSC
Eduardo Morettin, USP
Adma Muhana, USP
Fábio Durão, Unicamp
Amarilio Ferreira Jr., UFSCar
Jaime Ginzburg, USP
Ianni Regia Scarcelli, USP
Marlise Matos, UFMG
Adalberto Muller, UFF
Ivo da Silva Júnior, Unifesp
Cláudio Oliveira, UFF
Ana Paula Pacheco, USP
Sérgio Alcides, UFMG
Romualdo Pessoa Campos Filho, UFG
Bento Itamar Borges, UFU
Tânia Pellegrini, UFSCar
José Paulo Guedes Pinto, UFRRJ
Luiz Damon, UFPR
Emiliano José, UFBA
Horácio Antunes, UFMA
Bila Sorj, UFRJ
Isaltina Maria de A M Gomes (UFPE)