sexta-feira, 7 de julho de 2017

Por uma infância que dure a vida inteira


Por Ana Carolina Ferraz
Criança tem que brincar todo dia. Mas férias é tempo de brincar ainda mais! Nesta época do ano as crianças não tem horário certo para acordar, nem lição de casa para fazer. Ou seja, é tempo de usar todo o tempo livre para brincar e se divertir. Tá certo que nem sempre é possível conciliar férias escolares com férias do trabalho, e esse período acaba sendo um “problema” para muitas famílias. Mas o que devemos ter em mente é que as férias sempre são muito esperadas pelas crianças e mesmo não estando de férias do trabalho, este momento é uma ótima oportunidade para se conectar novamente com aquela criança que habita (ou deveria habitar) o seu corpo. Que delícia lembrar o tempo em que esperávamos ansiosos pela chegada do Papai Noel e que a nossa única preocupação ao deitar depois de um dia inteiro de brincadeiras era se o dia seguinte amanheceria com um lindo sol para iluminar mais um dia de brincadeira. Como era bom acordar e sair para a rua (muitas vezes de pé descalço) para brincar de “esconde-esconde”, “elefantinho colorido” ou “seu lobo tá pronto?”. E de repente, como num passe de mágica, alguém nos joga um pó de pirlimpimpim e nós crescemos! E crescendo, deixamos de brincar. E assim deixamos de ser criança! O segredo então é não parar de brincar. Mas por que paramos? Ah já sei! Porque gente grande deve ser séria e trabalhar muito. Que pena!
Como bem escreveu Vik Muniz, “você só é jovem uma vez, mas isto pode durar uma vida inteira”. E aqui peço licença ao poeta para trocar a palavra “jovem” por “criança”. Também somos crianças uma única vez. E isso também pode durar uma vida inteira! Só depende de nós.
Nestas férias, experimente fazer uma experiência e deixar-se contagiar pela imaginação de uma criança. Pode ser seu filho, sobrinho, filho da vizinha, não importa, tenho certeza, que assim como o pó de pirlimpimpim, essa criança te ajudará a resgatar a criança que está adormecida dentro de você! Você pode começar ensinando às crianças as brincadeiras prediletas da sua infância, aquelas que vêm se perdendo nos tempos atuais, quando já não podemos brincar mais nas ruas. Desta maneira, além de se divertir, você ainda vai alimentar a cultura infantil, oferecendo a possibilidade de inserir a criança na essência e na história de sua família. Muitas vezes, na busca por “novidades”, acabamos deixando de lado aquilo de maior essência em nossa infância e acabamos enchendo nossas crianças de brinquedos que vão se acumulando e sendo desprezados assim que surgem novos lançamentos e novidades no mercado. Assim, a experiência provocada pela brincadeira perde espaço para o excesso de brinquedos.
Para terminar digo que brincar é dar asas a imaginação e para que a brincadeira aconteça não é preciso marcar hora, nem lugar, é de graça e não engorda. Além disso, brincar é fonte inesgotável de prazer. E já que não há contra indicação, vamos brincar! Por uma infância que dure a vida inteira.
Boas férias e Bom divertimento!

Mais informações sobre a professora:
Ana Carolina Ferraz, pedagoga, especialista em Educação Infantil e Alfabetização. Trabalha como mediadora de leitura e professora de Educação Infantil no Colégio Integral, que tem unidades em Campinas, Paulínia e Vinhedo/SP. Idealizadora do projeto “Conversa de Quintal”, que promove cursos e oficinas de formação para pais e profissionais da área da educação, com ações de incentivo à leitura, desenvolvimento da imaginação e criatividade. Nas redes sociais, o “Conversa de Quintal” divulga informações sobre o Desenvolvimento Infantil e documentação pedagógica tendo como base os pilares “Educação, Literatura e Art






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quinta-feira, 6 de julho de 2017

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