sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mayra Aguiar é campeã mundial na Rússia











A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 

Com o ouro, Mayra Aguiar, que nasceu em Porto Alegre, tornou-se a brasileira com o maior número de medalhas em mundiais, considerando-se tanto homens quanto mulheres. No total, ela tem quatro: além do ouro conquistado nesta sexta-feira, ela foi prata no Mundial de Tóquio em 2010, e bronze em Paris, em 2011, e no Rio de Janeiro, ano passado. 
A judoca gaúcha Mayra Aguiar, de 23 anos, consagrou-se campeã mundial da categoria meio-pesado feminino (até 78kg), nesta sexta-feira (29), no Mundial de Judô da Rússia. Mayra passou por todos os adversários e ganhou o ouro após derrotar a francesa Audrey Tcheumeo na decisão. 
A luta mais difícil de Mayra foi contra a sua grande rival, a americana Kayla Harrison, na semifinal. Ela já havia vencido Mayra na semifinal da Olimpíada de Londres, em 2012, quando consagrou-se campeã olímpica. Na ocasião, Mayra ficou com a medalha de bronze. Na Rússia, a gaúcha deu a volta por cima e venceu a adversária, passando para a final. 
Kayla terminou com o bronze. Esta é a 38ª medalha do Brasil em mundiais. Além de Mayra, já foram campeões mundiais Rafaela Silva (2013), Luciano Corrêa (2007), Tiago Camilo (2007) e João Derly (2005 e 2007).
Neste sábado (30), último dia de competição individual, cinco brasileiros vão lutar: Luciano Corrêa no meio-pesado e David Moura, Rafael Silva, Maria Suelen Altheman e Rochele Nunes no pesado. No domingo (31), serão disputadas as competições por equipe.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PARTES MIRIM


A FELICIDADE TEM MORADA EM NÓS, PORQUE O NOSSO CORAÇÃO SE ALEGRA E O NOSSO EU SE ENCHE DE VIDA QUANDO COMPARTILHAMOS O BEM!
BOA SEMANA!



                                    










HOMENAGEM AO NOSSO EDITOR

GILBERTO DA SILVA.
FELIZ ANIVERSÁRIO!
12/09.

"PARTES MIRIM"

sábado, 2 de agosto de 2014

QUANDO FICAMOS TRANSPARENTES

 POR MARLI GONÇALVES
Em que dia? Que momento? Aqui pelo meu lado não fez barulho, nada, nem um clique. Um dia percebi que havia ficado transparente, só podia ser isso. Estranho, quando a gente vai envelhecendo, ou amadurecendo, começamos a ficar meio invisíveis para um monte de coisas de que a gente não gostaria. Não gosto nada disso. Se bem que tem hora que é bem legal desaparecer, mas só quando nós temos o controle total disso.

Não. Não é que você suma. Não é isso. Só não te veem. Parece que fica transparente, invisível, especialmente em determinadas situações. As pessoas quase te atravessam, tanto com o olhar como até de forma física, fato que, aliás, aproveitando o assunto geral, anda me irritando sobremaneira. Você está lá andando na rua, na sua linha, e vem vindo alguém igual a uma toupeira e que espera que seja você quem desvie o seu caminho para ela passar gloriosa. É como se ela não te visse, ou pouco se importasse. Comigo não, violão! Viro um tronco. Fico que nem um soldadinho marchando, durinha; mantenho meu passo, e já me preparo para rosnar bem claramente, se o adversário olhar feio e aí me notar, ou esbarrar, em geral distraídos com os seus celulares, filhinhos ou amigos. Fico igual ao tigre que avisou muito ao menino que estava bem nervoso, antes de arrancar-lhe o braço. Tudo tem limite.

Sou baixinha, mas invocada. E se tinha coisas que já me irritavam antes, agora que sou mais eu, com o passar dos anos, o bom é nem precisar deixar barato. Vejam só: sempre fui tida como meio, digamos, exótica, a palavra que tiram da cartola cada vez que tentam definir meu estilo. Não é mau ser exótica. Não é isso. Mas é que sei bem o cisquinho de crítica que o adjetivo contém. Exclui um pouco você do mundo. Mas, enfim, isso quer dizer que sou sim - ou era - notada por ser diferente. 

Por causa de um projeto, que em outro dia conto qual é, tenho procurado saber mais e pensado muito nessa coisa das mudanças todas (e muitas, tolas) que vêm com o tempo e sobre as quais precisamos fazer igual ao bobinho slogan do Aécio Neves, precisamos conversar. São porque são. Tenho falado mais com pessoas da minha idade, ou com um pouco bem mais. Foi quando descobri que um dos maiores problemas do amadurecimento não é cair da árvore - é a invisibilidade. Mulheres reclamam, homens reclamam disso. Pelo que andei vendo, inclusive, quem tem filha ou filho crescido parece que sofre mais ainda, porque aí há um parâmetro de comparação. Eu não tenho filhos, mas já tive essa sensação de inexistência quando saía com minha cadela husky pelas ruas há alguns anos. Ela era linda, branca, olhos azuis, e todos os olhares se voltavam quando passava, como se a dona aqui, do outro lado da guia da coleira, fosse invisível. 

Por um lado havia o orgulho. De outro, certo desapontamento quando desejava queaquele olhar, particularmente, fosse para mim. Não é uma questão sexual apenas. Mas ninguém quer ou gosta de não ser visto. Toda mulher passa seu batonzinho, arruma o cabelo, pinta as unhas - feias, gordas, casadas, solteiras, bonitas - para que outras e também outros apenas reparem. Uma vista-d'olhos serve.

Ocupamos sim um lugar no mundo e temos que bater o pé pela garantia desse nosso quadrado. Ninguém pode ou deveria poder ignorar ninguém. Gente não é rede social que você bloqueia, "aceita", deleta. Sempre brinco - depende, claro, de meu humor - quando chego a algum lugar, onde preciso que alguém me atenda, tipo restaurante ou balcão de bar, e que se passam alguns minutos com a situação igual que nem eu não estivesse ali. Minha voz até vibra, potente. "Preciso quebrar alguma coisa para ser atendida"?

Você é o melhor no que faz, mas não é lembrado ou chamado para fazer o que ninguém fará melhor, disso você tem certeza. Precisamos repensar, já que tudo está mais moderno, que viveremos mais, tantos usos e costumes se modificando, sobre a forma como envelhecemos todos, mas queremos e precisaremos nos manter ativos e bem vivos. Porque quanto mais os anos passam, mais a tal transparência ataca, deixando todos diáfanos, pontilhados, parecendo água viva, só notada quando queima. 

É preciso compreender que gente não é moda. Até porque se fosse, voltaria toda hora, igual calça boca de sino. Gente só é ultrapassada quando desiste, para de vez. Não pode ser esquecida de uma hora para outra, ou lembrada e festejada só quando morre, e entre lágrimas e lamentos de quem ali se tocar que tinha feito invisível quem estava o tempo inteiro ali por perto. 

Os mais velhos são muito mais capazes de exprimir com sentimentos e detalhes essa sensação que sentem, mesmo dentro de suas casas - há uma expressão que a gente costuma usar quando algo está ali, mas faz tanto tempo que se agrega, já parece fazer parte inanimada do cenário, como que estancado em uma foto antiga: viroumobília

Eu, daqui, ainda não tenho - graças! - tanta reclamação a fazer já que continuo "exótica" como sou desde criança e de alguma forma difícil faço e torno difícil não me notarem. É também de outro olhar que falo. De querer continuar encontrando no olhar do outro uma troca de informação qualquer, um desejo, uma atenção, e até um esbarrão também pode ser bem bom, se é que me entendem. Não quero ser perpassada em vão.

Não quero pouco caso. Meu orgulho ainda é muito besta.
São Paulo. Água! - onde anda você? Preocupações, 2014


Marli Gonçalves é jornalista Descobriu que há uma oração para São Cipriano, que se faz para criar um "manto de invisibilidade", mas só para se proteger dos inimigos. Coisa para pedir aos espíritos, se neles acredita. Esses, sim, estão aqui, invisíveis. Acredite. 
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E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br

Ibero-Americano termina neste domingo



Izabela Rodrigues compete no arremesso do peso (Wagner Carmo/CBAt)

São Paulo - Com a disputa de 21 provas - 18 finais e as três últimas do heptatlo -, termina neste domingo dia 3 a 16ª edição do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, em São Paulo. Como os anteriores, o último dia será dividido em duas etapas: a primeira das 09:00 às 11:30 e a segunda das 15:00 às 16:50.

A entrada é gratuita para o público.

O objetivo da delegação brasileira é a conquista do oitavo título da competição, já que venceu as edições de Manaus-1990 (Brasil), Mar del Plata-1994 (Argentina), Rio de Janeiro-2000 (Brasil), Cidade da Guatemala-2002 (Guatemala), Ponce-2006 (Porto Rico), Iquique-2008 (Chile) e Barquisimeto-2012 (Venezuela).

Uma das atrações neste domingo será a paulista Izabela Rodrigues da Silva, que disputará a final do arremesso do peso, a partir das 09:10. A atleta, que completa 19 anos neste sábado dia 2, conquistou na semana passada a medalha de ouro no lançamento do disco no Campeonato Mundial de Juvenis, disputado em Eugene, nos Estados Unidos.

"Antes de viajar aos Estados Unidos eu já estava convocada no peso para o Ibero-Americano. É uma prova que também gosto de disputar", disse a atleta, que terá a companhia de Kelly Medeiros como representante do Brasil na final deste domingo.

Entre as estrangeiras inscritas na final do peso estão a chilena Natalia Duco, a colombiana Sandra Rivas e a moçambicana Salomé Mugabe.

Dos 29 países que compõem a Associação Ibero-Americana de Atletismo, 24 estão representados em São Paulo. A competição reúne nestes três dias de eventos 365 atletas.

O 16º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo 2014 é uma realização da Confederação Brasileira de Atletismo, com patrocínio da CAIXA e apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Federação Paulista de Atletismo.
Da Assessoria de Imprensa da CBAt

Seleção Brasileira alcança 13 pódios no primeiro dia e lidera Ibero-Americano

Juliana de Paula Gomes dos Santos deu ouro ao Brasil nos 3.000 m (Fernanda Paradizo/CBAt)

São Paulo - O Brasil lidera o quadro de medalhas do 16º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, que começou ontem e termina amanhã dia 3, no Estádio Ícaro de Castro Mello, no Ibirapuera, em São Paulo. Depois das 12 finais disputadas na sexta-feira, a Seleção nacional deu um passo importante na busca do oitavo título por equipes da competição.

Os brasileiros têm cinco medalhas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze. A Espanha ocupa o segundo lugar, com duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Em terceiro está o Peru, com uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Mais oito países colocaram atletas no pódio: Peru, Argentina, Venezuela, México, República Dominicana, Colômbia, Portugal e Porto Rico.

O País segue em busca, ainda, de outra marca: superar Cuba no número total de medalhas de ouro na história do evento, disputado pela primeira vez em Barcelona, na Espanha, em 1983. Com as finais de ontem, a equipe nacional alcançou 158 ouros e está a três de Cuba, que tem 161. Já no quadro total de medalhas o Brasil ampliou sua liderança, com 457 pódios, contra 339 da Espanha, a segunda colocada.

 Da Assessoria de Imprensa da CBAt