sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

UNS ERRAM E OUTROS PERDEM
(Autor: Antonio Brás Constante)

Há algum tempo atrás escrevi uma frase que dizia: “ninguém cometeu maior erro do que aquele que errou ao fazer tudo errado”. Frase estranha, com palavras esquisitas, que não soou legal, coisa mesmo de biruta. Nestes últimos dias, porém, a tal frase voltou as minhas lembranças, trazida por minha eterna professora, que certamente também dá aulas para você, sendo conhecida como VIDA.

Dona vida, educadora severa, que puxa as orelhas de quem quiser. Castiga e põe de joelhos, faz até marmanjo chorar. Com ela não tem rebeldia. Se alguém tentar matar aula, morre no mesmo dia. Mas ela, em sua essência, não pode ser taxada com alcunha de malvada, pois antes de reprovar qualquer vivente, ainda lhes dá a chance de fazerem um exame... De consciência (e é exatamente aí que tantos desperdiçam suas oportunidades de acertar aquilo que está errado).

Ela se reflete em ações, frutos de nossas próprias avaliações, onde até mesmo uma frase citada no início do primeiro parágrafo, ganha um sentido mais adequado. Uma frase, renascida talvez de um fato. Algo que em um mundo nada perfeito seria perfeitamente normal, mas que em nosso universo ainda gera decepção. Vou lhes dar como exemplo uma premiação.

Imagine que você possui um dom. Algo que lhe permite transformar tinta através do pincel em desenhos no papel. Agora imagine este seu talento levando-o a participar de um concurso em forma de salão, voltado para este tipo de exposição. Você envia suas obras e é agraciado com a notícia de que um de seus trabalhos foi contemplado, teve menção honrosa, bastando ir ao evento cultural para receber a recompensa por este ato de proeza.

Você então chega ao local da premiação, que ficaria algumas dezenas de quilômetros de sua morada, mas que poderia ser em outro estado, quem sabe outro País. O fato é que você vai até lá prestigiar o evento. Participa da cerimônia de entrega das premiações, recebendo do próprio patrono da imprensa da cidade (onde tudo foi organizado), o seu troféu e um certificado.

O artista, não cabe em si de tão maravilhado, mostra o troféu aos amigos, abre um espaço de honra em sua estante para coloca-lo. Sente-se, sobretudo, valorizado por esta conquista. Então toca o telefone, a voz do outro lado da linha, inicia a conversa se identificando e tecendo elogios ao artista, para enfim informar-lhe que terá de devolver o troféu recebido. Foi tudo um engano. Aceite um pedido de desculpas, por telefone, e assim que puder volte até nossa cidade trazendo aquilo que há poucas noites recebeu, para que possamos entregar a outro artista algo que você achava ser seu. Tudo muito discreto e informal. Por favor, não nos leve a mal, ainda é seu o certificado. Apenas iremos alterar sua foto* em nosso site, para sumir com os vestígios deste erro brutal...

Erros acontecem, e são como dominós em fila que caem. Está é uma das lições que aprendemos nesta vida. Afinal, quem nunca errou, cometendo um erro ainda maior ao fazer tudo errado? (Texto dedicado ao amigo Zé Gadis).

(*) NOTA SOBRE O TEXTO: Para quem ficou na dúvida se este é um texto de ficção baseado em fatos reais, ou um texto real baseado em acontecimentos fictícios, convido a todos para olharem a foto citada no penúltimo parágrafo, disponível no meu blog: http://abrasc.blogspot.com/ ou no site pessoal: www.abrasc.pop.com.br, pretendo também coloca-la no ORKUT.

E-mail: abrasc@terra.com.br

(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Obrigado pela preferência".

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domingo, 23 de dezembro de 2007

OBJETOS PERDIDOS E BEM ESQUECIDOS - (AUTOR: Antonio Brás Constante)

OBJETOS PERDIDOS E BEM ESQUECIDOS
(AUTOR: Antonio Brás Constante)

Geralmente as coisas perdidas pelas pessoas causam-lhes verdadeiro pânico. Perder um relógio, um anel ou mesmo uma carteira traz transtornos e sofrimentos aos seus donos, que por um azar do destino, ficam sem seus utensílios que, ou eram muito úteis, ou muito importantes ou muito caros.

Existem todos os tipos de acontecimentos que nos levam a perder algo. Um esbarrão, ou mesmo um bolso folgado, um furo na calça ou bolsa. Há quem consiga perder as chaves da casa (dentro de casa), os óculos ou mesmo o endereço anotado com todo cuidado.

Outros chegam ao extremo de esquecerem onde colocaram os lembretes que deveriam informar-lhes exatamente das coisas que não poderiam esquecer. Porém, nem tudo que é perdido se deseja reencontrar, um bom exemplo são as famigeradas balas perdidas, que vivem soltas e voando pelo ar a procura de alguma parede, árvore ou corpo para se alojar (existem até campanhas sobre o assunto, tais como: “adote uma bala perdida em seu coração”, para saber mais acesse www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc).

Essas balas em geral, nunca acham o caminho de volta para comungarem com o “indivíduo” que as disparou, ao contrário, se afastam dele o máximo possível, encontrando idosos e crianças entre outras vítimas inocentes, que acabam se transformando em moradia temporária para elas. Ainda assim, tem gente que insiste em dizer que não quer falar sobre o assunto, para eles esta história de balas perdidas entra por um ouvido e sai pelo outro. Esse é um tipo de atração realmente fatal (e sem a cruzada de pernas da Sharon Stone), para quem por acidente encontra estes minúsculos projéteis perdidos e mortais.

Uma das causas mais freqüentes para a perda de pertences é a bebedeira. Através dela as pessoas perdem a noção do ridículo, o caminho de casa, o casamento, ou algumas vezes o celular. Por exemplo, fulano acorda às onze horas da manhã, com uma bruta dor de cabeça. A última coisa de que se recorda é que pediu o quinto uísque em um bar perto do serviço, não lembrando mais o que lhe motivou a ir beber, mas ao verificar seus pertences descobre que seu celular sumiu. Imediatamente liga para o número de seu telefone:

- Alô? Aqui é o Clovis. Olha este celular aí é meu. Onde posso pegá-lo?

- Sim, claro. Aqui é da boate super alegre “pepino feliz”, realmente estávamos atrás do dono deste aparelho, que entre outras coisas, fez um belíssimo strip-tease em cima do balcão de bebidas, antes de sair acompanhado de dois belos rapazes vestidos de marinheiros. Era o senhor?

- Err... Não... Desculpe, foi engano.

Realmente, existem coisas que devem permanecer perdidas, e as lembranças de uma bebedeira, são um bom exemplo...


E-mail: abrasc@terra.com.br

(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)
BLOG (me rendi a este tal de blog) : http://abrasc.blogspot.com/
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domingo, 16 de dezembro de 2007

MANUAL BÁSICO DE INSTRUÇÕES DO SER HUMANO

MANUAL BÁSICO DE INSTRUÇÕES DO SER HUMANO
(Antonio Brás Constante)

Como seria bom se os seres humanos viessem com algum tipo de manual de instruções, ou pelo menos uma etiqueta que pudesse identificar do que são feitos e as precauções para com eles. Mas, provavelmente apareceria na etiqueta a frase: “material 100% inexplicável”. As instruções diriam que a tristeza pode causar-lhes vazamentos pelos olhos e a alegria ocasionar ruídos estranhos através de suas bocas. Haveria informações descrevendo como eles se ofendem com meras palavras, ou mesmo matam por meros trocados. Seria avisado que sofrimentos, decepções, amarguras e ressentimentos, machucariam seus corações e poderiam servir de estopim para desencadear muitos gestos irracionais, irresponsáveis e até fatais.

Logo na primeira página apareceria impressa a palavra “IMPORTANTE”, destacada em vermelho, e seguida de uma mensagem alertando ser expressamente proibido o contato da raça humana com serpentes falantes, maçãs proibidas, fogo, pólvora e, principalmente, PLUTÔNIO. Também diria que não é aconselhável agitá-los em hipótese alguma (no máximo umas palmadas ao nascer), porque quando agitados, entram facilmente em guerra (você não deixou eles perto do plutônio, deixou?), transformando suas ações em algo muito pior do que qualquer lixo radioativo.

Seria descrito que, mesmo acreditando que são os únicos no universo com capacidade criativa, a grande maioria dos humanos duvida de suas próprias aptidões, apegando-se a utópicos ícones, procurando encontrar neles, aquilo que estaria disponível dentro de si mesmos. Nas folhas do manual, estaria escrito que as pessoas possuem algo chamado de “inteligência”, e que esta propriedade altamente desenvolvida, causa-lhes rompantes (muitas vezes permanentes) de burrice, realizando atitudes imbecis contra tudo e contra todos. Falaria dos abusos cometidos contra outros seres vivos, utilizados como meros objetos. Ou daqueles que julgam a sua nação melhor do que as outras, tentando a todo custo subjugar e dominar os demais povos do planeta. Boa parte do texto preveniria sobre a ignorância dos que acham que sua cor de pele, opção sexual ou mesmo que suas crenças são superiores, e que por isso podem escravizar, humilhar, ou assassinar os que se mostram diferentes deles. Tantos seres mergulhados no mais puro egoísmo e estupidez.

Ainda assim, o manual teria páginas repletas de esperança, lembrando que muitos são os que superam suas origens animais e animalescas, tornando-se algo considerado adequado para os novos padrões ISO 2008 de qualidade em prol da vida. Pois, o ser humano também consegue ser humano, dispondo de capacidade para rir das próprias desgraças, superar limites, sorrir e sonhar.

Enfim, a energia que impulsiona a humanidade, provém do pior e do melhor material de toda existência. Algo que nos torna aptos a amar e a odiar. Doar ou roubar. Salvar ou matar. Construir ou destruir. Entre tantas outras coisas que iniciam através de um simples gesto que move nossas vidas: O ato de pensar.


TOCANDO O INALCANÇÁVEL
(Autor: Antonio Brás Constante)

O meu dedo apontou para o horizonte,
mas sua pele nada ali tocou;

Mesmo meus olhos que enxergam tão longe,
fitaram apenas paisagens sem valor;

Tentei com a mente, tão criativa,
mas a coitada me decepcionou;

Somente então tentei com a alma,
que alcançou enfim o que eu buscava
E nunca mais pra mim voltou.

E-mail: abrasc@terra.com.br

(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)
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sábado, 15 de dezembro de 2007

Viva Oscar!



Brasília - O Congresso Nacional, uma das obras do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que completa 100 anos hoje Foto: José Cruz/ABr

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Haicais em Setembro

Haicais em Setembro
Lançamento

Dia 19/12/2007, às 16:00h, na Biblioteca Municipal Dr. Fritz Müller
Alameda Duque de Caxias, Blumenau SC


Mais uma realização do Projeto Palavras Azuis !

Co-autores

Ana Marina Godoy
Benedita Azevedo
Isnelda Weise
Lorreine Beatrice
Luiz Eduardo Caminha
Maria de Lourdes Scottini Heiden
Tchello d' Barros
Terezinha Manczak
Débora Novaes de Castro
Rosane Zanini
Marlene Hüskes
Clevane Pessoa:Haruko

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Disco solo de Fernanda Takai é eleito melhor disco do ano de 2007 pela APCA

Em assembléia realizada na noite desta terça-feira, 11 de dezembro, no Sindicato dos Jornalistas do Estado de S. Paulo, a APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) escolheu os melhores de 2007. Na categoria música popular, Fernanda Takai ganhou com o melhor disco “Onde Brilhem os Olhos Seus”. Votaram: Inês Correia, Pedro Alexandre Sanches e José Norberto Flesch.

Seis razões para diminuir o lixo no mundo


Livro propõe o gerenciamento do próprio lixo, acompanhando tendência internacional de conscientização ambiental



Por ano, 30 bilhões de toneladas de lixo são jogadas no nosso planeta. 88% do lixo doméstico é descarregado em aterros sanitários. Em países mais desenvolvidos, a produção de lixo diária, por habitante, é de cerca de 3,2 Kg. Produzimos cerca de 80 milhões de toneladas de plástico por ano. Só no Brasil, 100 milhões de pneus estão espalhados nos aterros, rios, terrenos baldios e em mais de 3 mil lixões distribuídos pelo País.Com o aumento gradativo do buraco na camada de ozônio e do aquecimento global provocados pela emissão de gases poluentes, cresceu a consciência mundial, chamando a atenção da humanidade para a questão da geração e do destino do lixo. É natural, portanto, que se trabalhe essa consciência ambiental especialmente com as novas gerações.Trilhando este caminho, a Escrituras Editora publica Seis razões para diminuir o lixo no mundo, terceiro livro da série, iniciada pelo Seis razões para amar a natureza e Seis razões para cuidar bem da água, todos de autoria do professor Nílson Machado, da Faculdade de Educação da USP, e da pedagoga Silmara Casadei, com ilustrações de Vera Andrade.Escrito em linguagem poética extremamente lúdica, o jovem leitor descobre a origem da palavra lixo e seus diferentes tipos; a história do lixo na Pré-História, na Mesopotâmia, na Roma Antiga, na Idade Média; a criação do primeiro depósito de lixo do mundo; os primeiros serviços de coleta; as transformações surgidas com a Revolução Industrial, o surgimento das primeiras incineradoras; os 3Rs -- reduzir, reutilizar e reciclar
-- na prática: a exploração de recursos naturais, o consumo de energia, a poluição do solo, da água e do ar, os aterros sanitários, o desperdício de produtos reutilizáveis e alimentos, os gastos com a limpeza urbana, a geração de emprego e renda pela comercialização dos produtos recicláveis.
O livro mostra também os sucateiros como verdadeiros agentes ambientais e, finalmente, propõe a consciência do gerenciamento do próprio lixo.No final da obra, os autores apresentam projetos que obtiveram sucesso na revitalização de cidades que cuidam do meio ambiente, como Florianópolis, no reaproveitamento de brinquedos e outros objetos e o Banco de alimentos criado pela Ceagesp (São Paulo), indicando receitas culinárias com sobras. Propõem o teste (individual) da Pegada Ecológica, para analisar o impacto humano na Terra, e apresentam sugestões bibliográficas, além de abrir espaço para a criança planejar ações e projetos de reciclagem.Sobre os autores e a ilustradora:Nílson José Machado nasceu em Olinda, Pernambuco, mas vive em São Paulo desde 1969. É professor de cursos de graduação e pós-graduação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Escreveu diversos livros, frutos de seu trabalho acadêmico, como Matemática e Língua Materna, Epistemologia e Didática, Cidadania e Educação, Educação: projetos e valores e Conhecimento e Valor. Também é autor de mais de uma dezena de livros infantis, todos escritos em linguagem poética -- Bichionário, Lua e Sol, Cidadania é Quando..., Anão e Gigante -- e a coleção Histórias de contar, quejá abriga seis títulos: Contando de um a dez, Contando com o relógio, Amigos para ler e contar, Contando com o espelho, O pirulito do pato e A peteca do pinto.Silmara Rascalha Casadei nasceu em São Paulo (SP), é pedagoga e MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mestranda em Educação na PUC-SP, trabalha com crianças e jovens há 25 anos. Membro da Academia de Letras da Grande São Paulo. É autora de projetos de Educação Familiar eEducação para a Paz, dentre eles: Programa Convivendo em Família e Qualidade de vida para as crianças. É co-autora do projeto Voluntários da Paz e Leia -- Aprendendo a ler o mundo. Autora de livros para a infância e poetisa, sua paixão é escrever para ajudar o planeta. Orvalhinho - O médico de corações, Leia para crianças, Solidariedade na escola cidadã, O mundo encantado, Poemas dos Campos e Poemas do Mar são alguns de seus livros.Vera Andrade nasceu em São Paulo (SP) e formou-se em Comunicação Visual pela FAAP. É professora de Artes Plásticas, diagramadora, designer gráfica, diretora de arte, ilustradora e autora de histórias infantis. Já ilustrou mais de dez livros, sendo que de um deles -- Shortestórias -- é também autora.Consultoria: Michele Rascalha, bióloga e especialista em Educação Ambiental - USP.
Título: Seis razões para diminuir o lixo do mundo
texto: Nílson José Machado e Silmara Rascalha Casadei
Ilustrações: Vera Andrade
Coleção: Escritinha
Gênero: Literatura infantil
ISBN: 978-85-7531-276-6
Formato: brochura, impresso em papel Reciclato, 20,5 X 20,5 cm
Páginas: 56
Peso: 200 g
Preço: R$ 18,00
Escritinha - selo infanto-juvenil da Escrituras Editora

Os benefícios do bilingüismo

* Maria Cecília Materon Botelho


Ser bilíngüe é ter a capacidade de usar duas línguas com fluência. Uma proposta escolar adequada à nossa época é formar indivíduos bilíngües, que se expressem tanto em português quanto em inglês com a mesma desenvoltura. Português, porque é sua língua materna; inglês, porque o mundo globalizado demanda uma língua universal.
Os benefícios da educação bilíngüe são vários:
Benefícios na comunicação:
Um bilíngüe pode se comunicar com maior número de pessoas do que um monolíngüe, e assim poderá conhecer e se relacionar com pessoas de diferentes culturas.
Quando expostos a novas situações de aprendizagem como visitas a museus, viagens, ver filmes etc. eles percebem e entendem mais do que os seus olhos vêem. (Ex: uma criança na parada da Disney verá os bonecos dançando e gesticulando, mas o bilíngüe poderá entender o que eles dizem e os gestos que eles fazem, porque muitas vezes são gestos próprios da cultura.)
Um bilíngüe lê e escreve em dois idiomas, podendo ouvir músicas e ler livros na língua original; e também compreende mais profundamente as diferentes idéias e maneiras de pensar neles descritos.

Benefícios culturais:
Um bilíngüe tem acesso a duas ou mais culturas, o que pode significar dois mundos e experiências muito diferentes. Junto com a língua vêm expressões idiomáticas, histórias folclóricas ou reais, rituais, jeitos de demonstrar carinho etc.
Devido à compreensão de culturas diferentes, um bilíngüe desenvolve uma tolerância maior frente às dificuldades e diferenças, pois entende que existem diversas maneiras de pensar e agir.

Benefícios cognitivos:
Pesquisas mostram que bilíngües desenvolvem melhor suas habilidades nas áreas cognitivas: testes de QI feitos em diversos países demonstram maior rendimento dos bilíngües, se comparados aos monolíngües.
Pensamento criativoà Os bilíngües trabalham sempre com duas ou mais palavras para cada objeto e idéia. Existem muitas diferenças entre o significado das palavras em duas línguas e os bilíngües têm esse amplo vocabulário para descreverem o que querem e como pensam. Exemplo: eu escolhi a expressão benefícios do bilingüismo ao invés de vantagens, pois vantagem pode ter uma conotação de “levar vantagem” (a chamada lei de Gerson).
Sensibilidade no pensarà Ser capaz de mudar de uma língua para a outra constantemente pode levar a uma maior sensibilidade na comunicação. Já que um bilíngüe está constantemente monitorando qual língua usar em cada situação, eles se tornam mais sensíveis às necessidades do ouvinte em comparação a um monolíngüe.
Outros benefícios:
Um bilíngüe tem maiores opções de trabalho. E também maior facilidade para aprender uma terceira ou quarta línguas, aumentando assim sua capacidade de comunicação com outros povos e outras culturas.

* Diretora pedagógica da See-Saw/Panamby (cica@see-saw.com.br)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

12º PRÊMIO FORD MOTOR COMPANY DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

FORD E CI-BRASIL REALIZAM A ENTREGA DO 12º PRÊMIO FORD MOTOR COMPANY DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL
A Ford e a organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) promoveram no, dia 6 de dezembro, a entrega da 12ª edição do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental. O evento, que ocorre na planta da montadora em São Bernardo do Campo, tem a presença do presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos S. de Oliveira, do vice-presidente para América do Sul da CI-Brasil, José Maria Cardoso da Silva, de autoridades do governo e executivos da empresa, além de personalidades da área ambiental e jornalistas especializados.
Os vencedores são: Philip Fearnside, na categoria Conquista Individual; o projeto de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (RECA), na categoria Negócios em Conservação e a Associação Mico Leão Dourado (AMLD), na categoria Ciência e Formação de Recursos Humanos. Eles receberão um prêmio no valor de R$23.000,00 além de um troféu criado especialmente para a cerimômia.
Este ano, o corpo de jurados foi composto por Angelo Machado, da Universidade Federal de Minas Gerais, Cristiane Fontes, da Embaixada Britânica, Guarino Colli, da Universidade de Brasília, João Meirelles, do Instituto Peabiru e Vera Diegoli, da TV Cultura. Os membros do júri analisaram todas as propostas seguindo os critérios de replicabilidade, inovação, criatividade, consistência dos resultados obtidos e repercussão tanto para a conservação do meio ambiente, como para a melhoria da qualidade de vida das populações atingidas.
"Os 12 anos do Prêmio Ford são motivo de orgulho, pois pudemos incentivar e reconhecer pessoas que trabalham para criar novas formas de desenvolvimento sustentável, em harmonia com a natureza. O meio ambiente é uma das prioridades nas ações de Responsabilidade Socioambiental da Ford, juntamente com a educação e com o trabalho voluntário, pois acreditamos que este seja o melhor caminho para garantir a qualidade de vida das futuras gerações”, diz Marcos S. de Oliveira, Presidente da Ford Brasil e Mercosul.
PASSADO E PRESENTE

O Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental, realizado desde 1996 pela Ford em parceria com a Conservação Internacional, é considerado hoje um dos reconhecimentos mais importantes na área ambiental do Brasil. “Os projetos premiados representam inúmeras pessoas e instituições que têm trabalhado com dedicação e profissionalismo pela conservação da biodiversidade. Nada mais justo do que reconhecer essas iniciativas”, comenta José Maria Cardoso, vice-presidente para América do Sul da CI-Brasil. A premiação ganhou prestígio crescente não só pelo alto nível do corpo de jurados e transparência no processo de seleção como também pela credibilidade das instituições que a coordenam.
A CI-Brasil atua no país desde 1988, buscando estratégias que promovam o desenvolvimento de alternativas econômicas sustentáveis, compatíveis com a proteção dos ecossistemas naturais, levando em consideração as realidades locais e as necessidades particulares das comunidades. Está presente em mais de 40 países, em quatro continentes e seus diferentes projetos têm sido desenvolvidos na Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia, Pantanal e Ecossistemas Marinhos. A organização destaca-se pela colaboração com ONGs locais e regionais, instituições de pesquisa, órgãos do governo e iniciativa privada na condução de seus trabalhos.
Ao longo destes doze anos, a parceria entre Ford e CI-Brasil já premiou 55 personalidades e entidades dedicadas às causas ambientais, somando mais de 1.500 projetos inscritos, vindos de todas as regiões do Brasil. Em 2007, as inscrições triplicaram nas três categorias existentes.
Vencedores da 12ª edição do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental
Conquista Individual
Na categoria Conquista Individual, o ecólogo Philip Fearnside venceu o 12º Prêmio Ford de Conservação Ambiental pelo valioso serviço ambiental que presta para a Floresta Amazônica e por todo o conjunto de sua obra. Pesquisador titular do Departamento de Ecologia do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA), Philip desvendou a influência no efeito estufa da emissão de gases causada pelo desmatamento da Amazônia e propôs uma maneira original de calcular o custo da destruição da Floresta.
Ele estuda os impactos ambientais e as mudanças globais decorrentes de desmatamento nos trópicos, incluindo as conseqüências ao efeito estufa. Seus trabalhos englobam diversos estudos sobre projetos de desenvolvimento na Amazônia, com destaque para o planejamento de assentamentos de colonos, hidrelétricas, silvicultura, colonização privada, pecuária, cultivação contínua, sistemas agroflorestais e manejo florestal. Fez análises da sustentabilidade e dos impactos ambientais e sociais de grandes projetos públicos e privados e foi um dos primeiros cientistas a colaborar na argumentação a favor da criação de reservas extrativistas. Ele divulga os resultados de seus trabalhos e descobertas em palestras e amplia sua disseminação e alcance por meio da imprensa.
Desde 1979, Fearnside já produziu inúmeros títulos de relevância nacional e internacional e seu portfolio atual contabiliza 361 publicações, entre livros, artigos, trabalhos completos em anais, capítulos de livros, resumos publicados, uma tese e volumes organizados, além de um número incontável de apresentações em eventos, como seminários e congressos.
Várias razões definiram a escolha de Philip Fearnside como vencedor da categoria. Ele traduz a linguagem científica para o popular, disseminando conhecimento técnico por meio de suas publicações. Consegue trazer à tona a importância dos serviços ambientais advindos da manutenção da Floresta para mitigar o efeito estufa, substituindo a destruição, que serve como base da economia atual, e propondo uma nova alternativa de sustento para a população rural na Amazônia. Atesta sobre a importância do papel da Floresta para a regulação do clima e busca quantificar a relação entre o desmatamento e o efeito estufa na Terra. A densidade de seus trabalhos científicos com foco na Amazônia e o alerta para o tema da mudança climática já lhe renderam diversos prêmios importantes. Muitos de seus esforços repercutiram na conservação da biodiversidade amazônica brasileira.
Negócios em Conservação
O vencedor da categoria Negócios em Conservação foi o projeto de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (RECA), que transformou a realidade de assentados de Nova Califórnia, em Rondônia. Graças à iniciativa, a difícil tarefa de viver e conviver com as diferenças em meio à Floresta Amazônica foi convertida em uma experiência compartilhada por uma comunidade solidária, unida e produtiva.
A grande inovação do RECA foi utilizar o sistema agroflorestal (SAF) - uma forma de uso da terra na qual se combinam espécies arbóreas lenhosas (frutíferas e/ou madeireiras) com cultivos agrícolas e/ou animais, de maneira simultânea ou em seqüência temporal e que interagem econômica e ecologicamente – para cultivar espécies típicas da região. Ao longo do processo, a comunidade, que inicialmente passava por problemas de convivência devido à união de culturas e modos de produção diferentes, combinou saberes e somou esforços para o desenvolvimento da região. Criaram a Associação dos Pequenos Agrossilvicultores, formada por migrantes com conhecimentos sobre a lavoura, vindos de várias partes do país, e seringueiros locais, que possuem experiência extrativista.
O SAF ocupa uma área de 1.800 hectares, tendo como culturas-base espécies como o cupuaçu, a castanheira, a pupunheira e o mogno. A extração segue os padrões locais e o transporte, o beneficiamento e a comercialização são realizados de forma coletiva. A remuneração dos associados é obtida pela venda de produtos e seu valor agregado, como a polpa, a semente de pupunha selecionada, a manteiga do cupuaçu, licores, doces e geléias. O projeto RECA investe também na educação, com a implantação da Escola Família Agrícola, e na saúde, com a capacitação de agentes para o combate à malária.
O projeto foi premiado por sua trajetória de sucesso e, sobretudo, pela capacidade de replicabilidade, dada a quantidade de assentamentos que existem no país. O RECA permite que a comunidade gerencie toda a administração do programa, desde plantio, colheita, beneficiamento local dos produtos, armazenamento e comercialização, até a recuperação de áreas destruídas.
Hoje, mais de 95% das áreas de plantio são de SAF`s, abandonando a monocultura e trazendo benefícios para as famílias e para o ecossistema da região. Sua excelente capacidade de organização comunitária beneficia diretamente 364 famílias, movimentando anualmente cerca de R$ 2 milhões. Eles contam com quatro agroindústrias de beneficiamento de produtos em funcionamento, onde cada estrutura possui 12 grupos, envolvendo a família dos agricultores, um líder e um coordenador para representar o RECA.
A comercialização dos produtos é realizada localmente e por meio de vendas diretas no atacado e varejo. Além das vendas no Brasil, também exportam o palmito da pupunheira para a França, pelo sistema de comércio justo e solidário. Outra importante realização do programa é a certificação Florestal, trabalhada pelo IMAFLORA, que certificou 30 famílias e a Certificação Sócia Participativa, um selo para produtos orgânicos que conta com 20 famílias certificadas. O prêmio é o reconhecimento de uma comunidade que trabalha pela melhoria da qualidade de vida, geração de renda das famílias de agricultores da região e recuperação do meio ambiente.
Ciência e Formação de Recursos Humanos
Denise Rambaldi, vencedora da 12ª edição do Prêmio Ford Motor Company de Conservação Ambiental, na categoria Ciência e Formação de Recursos Humanos, foi agraciada pelo trabalho desenvolvido na Associação Mico Leão Dourado (AMLD), organização não-governamental sem fins lucrativos, fundada em 1992 da qual é secretária geral desde 1994.
Sob a direção executiva de Denise, a AMLD transformou o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) em um símbolo da defesa ecológica no Brasil, revertendo o declínio populacional da espécie. De uma população inicial de 250 indivíduos, estimada na década de 1960, hoje há cerca de 1.400 desses primatas vivendo livres na floresta de baixada costeira do litoral fluminense.
Em 2003, o mico-leão-dourado passou da categoria de espécie “criticamente ameaçada” para “ameaçada” na lista vermelha dos animais em extinção da União Mundial para a Natureza (IUCN). Denise também contribuiu para a implementação do Parque Estadual do Ibitipoca, MG; implantação do Parque Municipal Eurico Figueiredo, MG; participou ativamente na criação da Reserva Biológica União/IBAMA e da APA da bacia do rio São João/Mico-Leão-Dourado/IBAMA. Para multiplicar o trabalho da associação, treinou mais de 250 estudantes e profissionais em biologia da conservação.
Sua produção intelectual conta com uma extensa lista de publicações, profere palestras em diversas universidades brasileiras e estrangeiras, embaixadas e consulados brasileiros em vários países.
Os membros do júri elegeram-na vencedora nesta categoria pela consistência dos resultados alcançados e, sobretudo, devido ao êxito do programa de conservação do mico-leão-dourado. É reconhecida nacional e internacionalmente pelo trabalho desenvolvido na AMLD, que inclui projetos de educação ambiental, utilização dos instrumentos de políticas públicas em prol da preservação da biodiversidade da Mata Atlântica e difusão de estratégias de conservação para as comunidades de entorno. Destaca-se por conseguir aplicar princípios da biologia da conservação em situações concretas para a proteção das espécies, pela excelência na formação de biólogos, sendo muitos deles premiados, e pelo fato de que seu trabalho serve de exemplo e inspiração para outras ONGs e profissionais.

Charges!!!!


Aumento do IDH sem mais saneamento é mera retórica

"Enquanto o Brasil mantiver os atuais índices de saneamento e continuar matando crianças todo dia por falta de água tratada e coleta e tratamento de esgotos, ninguém pode se orgulhar de resultados sociais e de aumento do IDH, já que também não avançamos, segundo o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nos quesitos educação e saúde."
A declaração é do presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), José Aurélio Boranga, ao analisar o anúncio feito ontem no Palácio do Planalto, indicando um aumento no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, em relação ao ano passado, que permitiu que o país entrasse pela primeira vez no grupo dos países de Alto Desenvolvimento Humano. De acordo com o relatório do PNUD, em termos absolutos, o país ultrapassou a barreira de 0,800 (linha de corte) no índice — que varia de 0 a 1 —, considerada o marco de alto desenvolvimento humano. Em termos relativos, o Brasil caiu uma posição no ranking de 177 países e territórios: de 69º, em 2006, para 70º este ano.

Dados que envergonham
O presidente da ABES classificou como "vergonhosos" os dados sobre saneamento no Brasil, lembrando os dados divulgados no mesmo dia pelo Instituto Trata Brasil, do qual a ABES faz parte, dando conta de que mais de 50% da população não têm esgotos coletados e dos cerca de 47% que contam com esses serviços, apenas cerca de 31% são tratados (dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA), o que agrava a situação do saneamento e compromete o abastecimento de água.
"O Brasil ainda tem 7,5 milhões de pessoas que sequer tem banheiro com vaso sanitário em casa. Além disso, o Brasil gera, diariamente, mais de 162 mil toneladas de lixo urbano. Desse total, apenas 40% recebem tratamento adequado, em aterros sanitários. Mas, o destino final de 60% da coleta dos resíduos sólidos (domiciliares e comerciais) produzidos em todo o país ainda é o lixão. Pelo menos 10% (quase 19 milhões de pessoas) não são atendidas com serviços de coleta e disposição final de resíduos sólidos – o famoso lixo doméstico e urbano", lembrou Boranga.
O presidente da ABES cobrou do governo brasileiro o compromisso assumido de cumprir as Metas do Milênio traçadas pela ONU, que prevêem a redução à metade o número de pessoas sem acesso a serviços água e de esgoto, até 2015. Mas lembrou que isso significa que, em oito anos, para atender as Metas, o Brasil precisaria investir R$ 100 bilhões para conseguir dar saneamento à metade da população, ou seja, nove milhões de pessoas com água tratada e mais de 40 milhões de pessoas com esgotamento sanitário, tomando por base a própria estimativa de necessidade de recursos definida pelo governo Lula, de R$ 178 bilhões em 20 anos, a partir de 2004.
Mas com os atuais níveis de investimentos, segundo estudo recente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), o Brasil só conseguirá a universalização dos serviços de abastecimento de água em 2034 e de esgoto, segundo os dados mais pessimistas divulgados pelo Instituto Trata Brasil, no próximo século.
José Aurélio Boranga disse ainda que o anúncio do PAC, que acena com R$ 40 bilhões nos próximos quatro anos para o saneamento, poderia atenuar esse problema, desde que as liberações de recursos sejam transformadas em desembolsos efetivos. Mas de acordo com dados da própria Caixa Econômica Federal (CEF), principal agente financeiro do saneeamento, entre 2002 e 2007, foram feitos 754 contratos, que representam R$ 5,5 bilhões, dos quais apenas R$ 1,9 bilhão foi efetivamente desembolsado. Pelos dados do Ministério das Cidades, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) teria comprometido mais R$ 2,55 bilhões, o próprio Ministério mais R$ 1,92 bilhão, o BNDES outros R$ 1,07 bilhão e o Ministério da Integração Nacional R$ 720 milhões.

Morte anunciada
A falta de coleta e tratamento de esgoto – e a conseqüente contaminação da água por coliformes fecais – é a principal causa da mortalidade de crianças de zero a cinco anos de idade por diarréia e doenças parasitárias, enfermidades que proliferam em áreas sem saneamento básico. Sete crianças morrem todo dia no País, em decorrência de diarréia. Por ano, são mais de 2.500 crianças menores de cinco anos vítimas da doença que prolifera em áreas sem saneamento básico, segundo a pesquisa do Instituto Trata Brasil.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Curitibocas - dálogos urbanos

Curitiba é...
É o que? Diga aí. Você consegue definir a cidade? Urbanismo, ecologia, frio, gente fechada, ar europeu... O mesmo de sempre. Quanto disso é mito e quanto é verdade? Mais um teste: quem você elegeria como ícone de Curitiba?
"Curitibocas - Diálogos Urbanos" se lança numa tentativa de dar uma (ou várias) respostas a todas estas questões. A coletânea de 17 entrevistas com os principais ícones da cidade dará uma visão integral da essência da capital com diferentes olhares sobre arte, esporte, cultura, arquitetura, religião, política, música, entre outros. Oilman, Plá, Borboleta 13 e a Rainha do Papel de Bala são só alguns exemplos. Confira a lista completa aqui.
Atenção: as semelhanças com assuntos de outras cidades são mais que mera coincidência.
Não fique de fora! Venha ao lançamento do livro a bater um papo com os autores e com alguns dos entrevistados. Quer saber quando? Veja o vídeo: http://youtube.com/watch?v=czl8Lu7ZayY (caso contrário, leia: 7 de dezembro, 19h, livraria Saraiva do Shopping Crystal)
http://curitibocas.blogspot.com