domingo, 29 de março de 2009

TEXTUALMENTE PARANORMAL

TEXTUALMENTE PARANORMAL
(Autor: Antonio Brás Constante)

Todo escritor tem múltiplos universos, repletos de idéias dentro de si. Várias linhas de pensamentos atemporais que se conjuminam em curiosos contatos entre os seres saídos direto da ficção com os recônditos da mente de quem os escreve.

Foi numa dessas explosões de pensamentos e mundos que surgiu Odete. Uma dançarina francesa e desempregada do século XVIII, que ganhava a vida exercendo funções desinibidas, como um exercício de profissão em locais do baixo meretrício.

Apesar de ser francesa e eu brasileiro, graças a uma fusão textual e milagrosa, conseguimos nos entender perfeitamente. Ela gostava de falar, de narrar os episódios de sua vida, enquanto eu anotava tudo mentalmente (dentro do possível), já que Odete ficava fazendo cócegas no meu subconsciente com uma pontinha inexistente de seu dedão do pé.

Ela falou de todos os problemas que lhe atormentaram, bem como da felicidade em saber que eles já não existiam mais, pois o tempo (se passaram alguns séculos desde o seu ultimo e derradeiro suspiro), cura todas as chagas que a vida, sem aviso, abre em nossos corações.

De repente Odete se cala, me deixando seguir pensando sozinho a passos rápidos para uma ala desconhecida de minha consciência. Chegando lá, ela marca novamente sua presença através de meus sentidos, começando a dançar ao som de uma agitada rumba, cuja melodia até então eu desconhecia completamente.

Odete não demonstra qualquer preocupação com minhas dúvidas, partindo dali ao ritmo de seu próprio gingado. Outra vez me encontro sozinho entre o aqui e o ali. Entre a fantasia e a realidade. O reino da ficção é um ponto de parada com tamanho infinito e incerto. Porém, antes que minhas divagações pudessem ficar complexas demais para se escrever, ou profundas demais para se ler, Odete volta rodopiando com a leveza dos ventos da mais pura fantasia.

Ela chega como uma verdadeira cigana, pegando em minha mão e me puxando para cima de um tablado invisível, em total sintonia com o impossível. Mas, como até mesmo em textos estranhos nem sempre tudo são flores, sem o menor aviso o tempo fecha (traduzindo: um grande problema se aproxima com jeito de poucos amigos), o nome do problema tem o som de algo parecido com gergelim, Gengiskan ou gengivite. É o tipo de problema que gosta de chegar arrebentando tudo. Travando verdadeiras guerras mediúnicas, que causam seqüelas irreparáveis que repercutem até mesmo no mundo real (algo bem pior do que ficar com o cabelo despenteado).

Odete, percebendo o perigo, some em uma cortina de fumaça verde-esmeralda. Para evitar problemas eu sigo o exemplo dela (sem deixar qualquer rastro de fumacinha que possa me comprometer), encerrando o contato com os infinitos e múltiplos outros mundos, e abandonando à caneta que termina sozinha este texto, deslizando tranqüila sobre um papel timbrado com o símbolo extraído no âmago da retina de sua própria percepção e usando como tinta a imaginação...

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".


sexta-feira, 27 de março de 2009

Portal Pró-Menino lança 'ECA Comentado'

 
Novo serviço virtual traz os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente comentados por especialistas para que a correta interpretação esteja ao alcance do maior número de pessoas

 

 

São Paulo, 26 de março de 2009 – O Portal Pró-Menino (www.promenino.org.br), da Fundação Telefônica, acaba de estrear a ferramenta 'ECA Comentado', que traz interpretações de especialistas de diferentes áreas para cada artigo do Estatuto. Oded Grajew, Ruth Rocha, Paulo Freire, Pedro Dallari, Dom Helder Câmara e Antônio Carlos Gomes da Costa são alguns dos autores dos comentários publicados.

 

Com o intuito de ampliar o número de pessoas que entendam o ECA, o novo serviço do Portal Pró-Menino disponibiliza, online, o conteúdo do livro O Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado, coordenado por Munir Curi, jurista e escritor especializado em direitos da infância e juventude. Além disso, a nova ferramenta 'ECA Comentado' traz comentários de outros parceiros do Portal, como o Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente (Ilanud).

 

Essa é mais uma das ferramentas do Portal Pró-Menino, que visa contribuir para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes por meio da correta aplicação do ECA. Estatísticas atualizadas, fóruns de discussões, glossário, colaboração periódica de colunistas especialistas em infância e juventude são alguns dos serviços também oferecidos pelo Portal para que qualquer cidadão não só conheça, mas consiga colocar o ECA em prática no dia-a-dia.

 

Sobre a Fundação Telefônica

 

Criada em 1999 com o objetivo de coordenar o investimento social do Grupo Telefônica no Brasil, a Fundação Telefônica completa 10 anos de atuação no País. Nesse período, mais de 5 milhões de pessoas foram beneficiadas direta ou indiretamente com os projetos de desenvolvimento social, que tem como eixos centrais a consolidação dos direitos das crianças e dos adolescentes e a melhoria da qualidade da educação pública. Hoje, seus principais programas são EducaRede e Pró-Menino. A Fundação Telefônica mantém ainda os projetos Memória Telefônica e Voluntários Telefônica.

 

 

quarta-feira, 25 de março de 2009

Edital Pontos de Cultura de Santa Catarina

Encerra-se na próxima semana, no dia 31 de março, o prazo para inscrições no Edital Pontos de Cultura de Santa Catarina. Confira as informações no folder eletrônico anexo. Outras informações nos sites www.cultura.gov.br , www.fcc.sc.gov.br e www.sol.sc.gov.br.

(Representação Regional Sul do Ministério da Cultura)

PUC-SP oferece curso "Comunicação Interna na Era da Cibercultura"

Com uma abordagem sociocultural inovadora, o curso proporciona a oportunidade de uma revisão completa da concepção das práticas de comunicação entre capital e trabalho a partir de uma reflexão crítica sobre situações típicas da cibercultura

O conceito de comunicação interna é comumente usado no contexto das organizações empresariais para designar o conjunto de políticas e processos de troca de informação entre diretoria e funcionários, tendo como crença a idéia de que essas relações sociais estão circunscritas em um ambiente delimitado pelo território geográfico e pela configuração física e estável das empresas. Dessa forma, tal conceito pressupõe a existência de uma fronteira separando o ambiente interno da empresa de um ambiente externo a ela, e essa demarcação do espaço é tomada como referência para a ordenação das relações estabelecidas pelas organizações com grupos sociais de interesse.

Entretanto, no contexto contemporâneo é imprescindível considerar as influências da tecnologia digital sobre o modo de vida em sociedade e, por extensão, nas organizações empresariais. São visíveis as transformações culturais decorrentes da superação do espaço, em seu conceito geográfico, e da reconfiguração do tempo, em seu sentido cronológico. A mudança da representação desses dois vetores transformou o modo de vida em fluxo contínuo de informações e imagens, abolindo as fronteiras que tradicionalmente delimitavam as esferas do trabalho e do tempo livre. Por esta razão, cabe refletir sobre as conseqüências que a dinâmica cultural do capitalismo avançado produziu para o conceito da comunicação interna, uma vez que este compõe o ambiente em que se processam as mediações sociais.

Com uma abordagem sociocultural inovadora, o curso "Comunicação Interna na Era da Cibercultura", oferecido pela PUC-SP por intermédio de sua Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE), proporciona a oportunidade de uma revisão completa da concepção das práticas de comunicação entre capital e trabalho a partir de uma reflexão crítica sobre situações típicas da cibercultura. Os participantes poderão atualizar os conceitos que orientam as políticas e os processos de comunicação interna, repensando seus repertórios teóricos e suas práticas profissionais. 
 
O programa apóia-se nas teorias sobre o capitalismo avançado, a cibercultura e a comunicação organizacional. Com base nesses três eixos, serão discutidos os pontos de tensão entre o contexto contemporâneo e o modelo predominante de comunicação interna nas organizações empresariais, que ainda atuam referenciadas na idéia do território físico da produção, desconsiderando as mudanças sociais que ocorrem no contexto da cibercultura.

Dirigido a profissionais, pós-graduandos e graduandos nas áreas de Relações Públicas, Jornalismo, Filosofia, Sociologia, Antropologia, Ciências Políticas, História, Psicologia, Letras, Artes e Pedagogia, o curso tem início em 01 de Abril e aulas sempre as quartas-feiras, das 19 às 22h30 no campus Marquês de Paranaguá – Unidade COGEAE Caio Prado, que fica na Rua Caio Prado, 102 – Consolação – São Paulo.

 

Mais informações e inscrições: (11) 3124-9600, www.pucsp.br/cogeae e infocogeae@pucsp.br

 

PROJETO FILMA BRASIL DISTRIBUIRÁ R$ 110 MIL EM PRÊMIOS

 
Concurso tem como objetivo promover a conscientização e educação dos portadores de diabetes

 

Os interessados em produção de filmes curta-metragem têm mais uma oportunidade para mostrar seus talentos cinematográficos. Com o apoio do Ministério da Cultura e o patrocínio da MRS Logística, Instituto Hedging Griffo, Icatu Hartford, Terra Networks e Volkswagen Caminhões e Ônibus, a Muzy Corp, consultoria especializada em projetos culturais, lançará o projeto Filma Brasil, concurso de produção de filmes de curta e média metragens, em formato digital, com foco em produção de conteúdo sobre qualidade de vida. A iniciativa conta também com o apoio da Nextel e Supergasbras.

 

O concurso, que é nacional, tem como objetivo gerar conteúdo que aborde a "qualidade de vida", fundamental para os portadores de diabetes, e dessa forma, levar educação a todos os pacientes da doença no Brasil. Pessoas físicas ou jurídicas brasileiras de natureza cultural podem fazer as inscrições, que acontecem de Abril e Junho. Para isso, basta acessar o site www.filmabrasil.com , que estará no ar no início do próximo mês.

 

Os valores dos prêmios são de R$40 mil e R$70 mil para os projetos de curta e média metragem, respectivamente. Para a definição dos dois projetos vencedores serão analisados o cronograma de execução, a viabilidade da produção (captação e finalização em processo digital), além da qualidade artística expressada no roteiro apresentado. A comissão julgadora será composta por profissionais que possuem larga experiência de participação em seleções, júris e outras atividades da área audiovisual.

 

De acordo com o presidente da Muzy Corp, Jorge Martins Muzy, o Filma Brasil também visa promover o cinema brasileiro, oferecer uma nova opção de fomento para a produção de obras de curta e média metragens nacionais, além de estimular a criação de roteiros para obras. "Este é o primeiro concurso nacional de curtas metragens que vai premiar o melhor roteiro e não uma obra já acabada, o que abre oportunidades para milhares de talentos que não conseguem transformar suas obras em projetos reais pela falta de recursos para produção. Ao realizarmos o projeto FILMA BRASIL, pretendemos atacar exatamente esta dificuldade, oferecendo a garantia financeira para a execução dos projetos. Desta forma, o FILMA BRASIL pretende contribuir para o aumento da capacidade de fomento à produção de curtas e médias metragens brasileiros. Queremos abrir espaço para o surgimento de novos talentos e democratizar o acesso e estes recursos, por meio da realização de concursos mais inteligentes", comenta Muzy.

 

 

Diabetes

 

Estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes mostram que há cerca de 12 milhões de portadores da doença no Brasil, sendo que metade não sabe que tem o problema. Além disso, um levantamento recente feito com 6,7 mil pessoas com diabetes em 10 cidades brasileiras aponta que 75% delas não fazem um controle adequado da doença.

 

Em função do enorme desafio de levar educação a todos os pacientes brasileiros, Muzy acredita que o Filma Brasil contribuirá para a conscientização e o esclarecimento da população. "Além do tratamento com medicamentos, o paciente precisa incorporar à sua rotina algumas atitudes, como alimentação adequada, prática de exercícios físicos, uso adequado da medicação oral e aplicação correta da insulina e é nesse contexto que entra o projeto Filma Brasil", conta o executivo.

 

O concurso é uma continuação do projeto Visões da Vida, um circuito gratuito de cinema itinerante à população, realizado no ano passado em 10 cidades paulistas, com a exibição de curtas-metragens e filmes em espaços públicos, ao mesmo tempo em que abordou a importância do cuidado com a saúde.

 

 
 

 "Conversas com Arte-Educador"

 No dia 28 de março, o Centro Universitário Maria Antonia dá continuidade ao ciclo de encontros do programa "Conversas com Arte-Educador", com uma palestra de João Francisco Duarte Júnior.

Nas palestras desse ciclo, arte-educadores convidados apresentam relatos sobre seu percurso profissional e suas pesquisas, gerando novos debates sobre a prática de arte-educação e fornecendo subsídios para projetos na área.

Em 2008, o programa contou com a participação de Paulo Portella, Heloísa Ferraz, Mirian Celeste Martins, Lucimar Bello, Ivone Richter e Iveta Borges. Os encontros estão programados para o período entre março e novembro, sempre no último sábado de cada mês, às 17h30.

 

João Francisco Duarte Júnior é professor do Instituto de Artes da UNICAMP. Publicou, entre outros, Fundamentos estéticos da educação (Papirus, 2005) e O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível (Criar, 2001).

 

Serviço:

Ciclo de encontros Conversas com Arte-Educador

com João Francisco Duarte Júnior

28 de março

sábado, 17h30

entrada franca (retirar senhas 30 minutos antes)

Centro Universitário Maria Antonia – 3º andar – salão nobre

 

Informações

3255-7182 – r. 46 – educama@usp.br

www.usp.br/mariantonia

           

domingo, 22 de março de 2009

AS INSUPORTÁVEIS GUERRAS QUE SUPORTAMOS

AS INSUPORTÁVEIS GUERRAS QUE SUPORTAMOS
(Autor: Antonio Brás Constante)

Nós, seres humanos, somos animais que se autodomesticaram durante a própria evolução, buscando assim conseguir viver em sociedade. Em nosso dia-a-dia brigamos com nossos medos para podermos viver em paz, criando pretensas ilhas de tranqüilidade para escapar das guerras que nos cercam por detrás de nossas cercas. São tantas essas guerras que muitas vezes nem percebemos sua presença como um ato de guerra, pois em diversos casos elas ganham outros nomes, sendo chamadas, por exemplo, de crises sociais. Porém, independente do nome que tenham, o resultado é sempre o mesmo: morte e sofrimento.

Vamos começar citando a guerra do trânsito. O indivíduo engatilha a primeira marcha do seu carro e sai armado pelas ruas. Onde a imprudência aliada ao veículo faz com que a travessia por cada sinaleira, esquina ou estrada, se transforme em uma espécie de roleta russa. O proprietário compra aquela máquina que tanto lhe fascina, sem se dar conta de seu potencial como arma assassina. Basta engatar a marcha para destravar a arma. E os bons motoristas seguem suas lidas, sem perceberem que a qualquer momento poderão estar tirando uma vida. Não é à toa que morre mais gente no trânsito que em muitas guerras ditas como “oficiais”.

Guerra das drogas, entre elas o álcool, onde o viciado torna-se vítima e algoz das mortes causadas por seus próprios atos, ou inoculando doenças através de seringas compartilhadas. Cada viciado é um prisioneiro que, ao tentar se libertar (de padrões sociais, de problemas existências, do simples ócio, ou da própria consciência), acaba sendo preso pelo elixir mágico que lhe prometia felicidade instantânea como recompensa.

Guerra da violência. A estupidez é a maior munição, sem distinção sobre o grau de instrução, já que muitos seres estudados, gostam de jogar ovos podres pelas janelas de seus suntuosos apartamentos bem situados (procure sobre o assunto e achará tais culpados). Outros preferem espancar de forma selvagem quem consideram ser inferior aos seus conceitos arrogantes (preconceitos dilacerantes).

Guerra da fome (desnutrição) – A guerra silenciosa que mata por falta de pão. Que tira o sorriso de tantos rostinhos inocentes. Que vai definhando pobres corpos até que estejam miseravelmente fracos, ficando expostos por baixo da pele todos os seus ossos. É a morte se sustentando por falta de sustento.

Guerra das doenças – como a AIDS, que gera a morte de muitos que queriam apenas prazer, de muitos que queriam apenas viver, de tantos contaminados sem saber. Guerra contra os mosquitos que subestimamos e que agora estão nos matando, já que o saneamento anda faltando.

Mas, o pior inimigo é fruto soberano de uma simbiose sangrenta, entre o homem e seus sentimentos totalmente desumanos de ódio, ignorância, ganância, egoísmo e intolerância, apenas citando alguns. Se quisermos preservar nossa existência, devemos deixar de lado a indiferença e se engajar na guerra contra todas as guerras, trocando a contumaz escolha de violência, por uma opção de paz.

E-mail: abrasc@terra.com.br

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quarta-feira, 18 de março de 2009

LOST - HUMOR (Achados e bem perdidos).

LOST - HUMOR (Achados e bem perdidos).
(Autor: Antonio Brás Constante)

Para os fãs de LOST, foi criada uma comunidade no ORKUT que tem a pretensão de ser uma paródia deste seriado, chamada de “LOST – HUMOR”, e acontece em um prédio onde dezenas de pessoas caem de elevador em uma misteriosa sessão desativada de achados e perdidos. O maior mistério lá é saber como couberam tantas pessoas dentro de um único elevador. A propósito o endereço da comunidade é: www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=58462601

Segue abaixo alguns dos personagens mais conhecidos e devidamente caricaturizados (ou algo assim) para deleite de quem quiser também se perder nestas mal traçadas linhas com trejeitos de humor.

Hello Kate – a gatinha e mocinha do filme, que luta, atira, corre, nada, enfrenta mil perigos sem nunca parar de sorrir. Apesar de ser boa de briga, de ser boa de trilhas, e principalmente, de ser muito boa, ela sempre acaba sendo capturada, para ser salva pelos demais mocinhos (não tão mocinhos) do filme.

Sawyê-yê-yê (James Citroen Picasso, ou Ford, ou Fiat) – Mau-caráter, golpista, gigolô, trambiqueiro e ladrão, com cara de cafajeste, jeito de cafajeste, pinta de cafajeste e até carteirinha do clube dos cafajestes. Com todos estes atributos é considerado um dos mocinhos do filme. Além de exímio lutador e atirador, também é o reprodutor oficial do filme.

Jin Frudo – coreano que não abriu os olhos para o que sua mulher andava fazendo e acabou ganhando um chapéu de corno. Gosta de pescar lambaris enquanto sua mulher prefere os namorados. Umas de suas funções na trama é garantir o emprego do pessoal responsável pelas legendas do filme.

Sun Mio – esposa de Jin. É tão magrinha que quando fica de perfil literalmente some na tela. Tem facilidades com línguas (em todos os sentidos). Por ser filha de um mafioso, alguns acham que ela é uma baita pistoleira.

Jheg – médico, provavelmente veterinário, pois vive se envolvendo com vários tipos de animais, tais como: piranhas, vacas, galinhas, etc. Tem uma coleção de chapéus iguais aos do Jin. Ao contrário dos médicos de verdade, ele não cobra pelas consultas.

Sayd Kih – Trabalhou anos com suporte e comunicação em uma empresa de telemarketing, torturando os clientes que ligavam para lá, sendo o torturador oficial do filme e ganhando assim, uma vaga entre os mocinhos da história (dizem que torturou o roteirista, para conseguir seu papel na trama).

Hurleytão – também conhecido como bolota, rolha de poço, gordão, entre outros apelidos carinhosamente colocados por Sawyê-yê-yê. Seu personagem é realmente uma loucura, tanto que praticamente todos os seus flashbacks se passam em um manicômio.

Locke Hipi-hipi Hurra – Único representante da ala dos carecas no filme. Metido a caçador. Gostava de sair para ir caçar em bailes Funk e boates, onde perseguia lobas e panteras, mas quase sempre terminava a caçada tendo de encarar algum dragão. Foi enganado pela mãe, enganado pelo pai, e até enganado pelo autor do seriado que lhe prometeu uma peruca. Perito em localizar pistas desde os tempos da escola. Chegou a encontrar com facilidade uma pista de corrida e outra de dança ainda no primário.

Ana Policia – Ex-policial, com provável passagem pelo esquadrão da morte. Gosta de interrogar prisioneiros amputando seus dedos. Há quem acredite que pessoas famosas foram interrogadas por ela, como por exemplo: o presidente Lula (alguns indivíduos maldosos poderão dizer que no caso dele o que foi extraído teria sido um naco do cérebro). É exímia atiradora conseguindo acertar com precisão o piercing no umbigo da personagem Shannon (causando sua morte), sem nem precisar mirar.

Vincentavo – um dos membros mais misteriosos do seriado, que fica sempre repetindo a mesma coisa: “au au”. Também é o mais peludo dos participantes. Gosta de abanar o rabo e enterrar ossos (fato que passou a ser feito pelos demais sobreviventes que começaram também a enterrar os diversos mortos e vivos do filme). Por ser difícil imaginar um labrador em um elevador, a raça do cachorro foi trocada por um pincher. Basicamente a função deste cachorro é fugir, para que alguns personagens corram atrás dele e se metam em confusão por causa disto.

Juli-ET – Diferentemente das outras loiras do seriado, Juli é extremamente inteligente (possível alteração genética em seu DNA). Ela é uma mulher dócil, gentil, que gosta de musica romântica, de clubes de leitura e de cozinhar bolinhos, ao mesmo tempo em que bate, dá choques, mata e mente para os outros, que neste caso não são os outros, pois os outros são outros. Mas para não confundir eles (que não são os outros) com os outros que realmente são outros, vamos parar por aqui.

Dezmontes – Após algum tempo perdido no seriado ganhou poderes de prever o futuro, e está só esperando ser resgatado para comprar um bilhete premiado e com o dinheiro poder cortar o cabelo. Provavelmente é o único que conhece o final deste seriado, pois até o quinto episódio de LOST mesmo os roteiristas ainda parecem perdidos sobre a história.

Charli Eirah – Aspirante de uma carreira (deste que seja purinha). Viciado em cachaça do tipo “long neck”, com o casco em formato de santinha. Tentou entrar para o time dos casados se enforcando com uma loira, mas acabou quase enforcado numa árvore.

Boomané (sobrenome: Zaão) – Parece estar sempre disposto a levar a pior, ficando na pior, uma vida inteira com seus pensamentos na pior. É tão teimoso quanto o personagem Boone do filme oficial, que não conseguindo morrer em decorrência da queda de sua aeronave, procurou outro avião na floresta para enfim se matar.

Shannon (sobrenome: “Pior”) – irmã de faz-de-conta de Boomané. Tenta provar para todo mundo que não é uma patricinha fútil e oferecida. Conta para quem quiser ouvir que a frase que mais repetia para seu ex-namorado era: “Só casando!”. (Atenção: Zando, o ex-namorado de Shannon, não aparece neste filme).

Claire Ianaddah – Parece ter vindo para ilha a passeio. Basicamente aparece alternando entre os estados de bom humor discreto e mau humor concreto. Sua maior colaboração foi ter dado a luz em um momento sombrio.

Mr. But Eko – Padre que comprou o diploma de santidade. Traficante. Revendedor de estátuas de santa Genoveva, cheias de cachaça. Aproximava as almas de Deus, tirando-lhes desta vida diretamente para vida eterna.

Michael Juddaz – Assim como o apóstolo Judas da bíblia, Michael também traiu seus amigos, mas ao invés de ser por trinta moedas, no caso dele foi para salvar seu filho que na época pesava uns trinta quilos. Auxiliou os outros a capturar seus amigos e ajudou o pessoal dos recursos humanos a diminuir a folha de pagamento do filme, matando meia dúzia de atores durante seu ato de traição.

Benjamin – O Ben é mal (Ele ameaçou revelar os meus segredos se eu revelar os dele).

Monstro da fumaça – algumas teorias apontam que o monstro da fumaça é na realidade uma amostra de poluição extraída de uma das chaminés de São Paulo. Outros dizem que ele realmente esteve em São Paulo, mas não agüentou a poluição de lá e fugiu disfarçado como fumaça de cigarro, mas infelizmente acabou entrando em um prédio misterioso, indo parar na ala de não fumantes, sendo dragado pelo sistema de ventilação e ficando preso junto com os demais perdidos do lugar. O tal monstro da fumaça e da poluição é capaz das piores sujeiras.

CONTINUA... (ou não).

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RESPOSTA AO LEITOR

 
 
Recebi um e-mail do nosso leitor Camilo protestando contra cenas íntimas no BBB.
É lamentável!
Mas, repito, o maior problema está no público que gosta de assistir sexo e violência.
É preciso uma auto-educação, isto é, o próprio telespectador perguntar a si próprio:
ESTE PROGRAMA VAI ME TRAZER ALGO DE BOM?
O QUE EU ESTOU CONSTRUINDO, PARA MIM E PARA O MEU PRÓXIMO, DANDO AUDIÊNCIA?
Cabe à consciência de cada um dar a resposta certa!
Em caso negativo, é só mudar de canal!
Abraços
                                  Nair Lúcia de Britto
 


MAIS HUMANIDADE PARA COM OS ANIMAIS

 
Escrevi a poesia Gato Preto em defesa desses felinos que são sacrificados em razão de uma superstição absurda, que não tem razão de existir.
Soube, inclusive, que existem pessoas que, próximo de uma sexta-feira 13,  vão até locais de doação de animais para adotar um gato preto com o objetivo de sacrificá-lo.
Os gatos pretos são iguais a todos os outros gatos.
Este preconceito é tão desumano, como todos os outros que também são!
Nenhum mal nos atinge quando não fazemos mal a ninguém.Ou seja:  É SÓ FAZER O BEM QUE SE RECEBE O BEM.
 
                                      Nair Lúcia de Britto
 


sábado, 14 de março de 2009

A PARTIDA DO MEIO AMBIENTE.

A PARTIDA DO MEIO AMBIENTE.
(Autor: Antonio Brás Constante)

Desde o tempo em que os misteriosos mecanismos evolutivos permitiram a existência da raça humana neste mundo, sem perceber começamos a participar de uma partida pelo futuro da Terra, pelo nosso futuro, e pelo futuro daqueles que amamos.

Nesta disputa o nome “partida” define bem o que está acontecendo ao nosso redor, pois vários animais estão partindo rumo a derradeira extinção. Troncos de árvores vão sendo partidos em nome da ambição. O solo está se partindo sob nossos pés, vítima da implacável erosão, causada por nossos atos insensatos. Mas principalmente, estamos partindo para um caminho sem volta no que diz respeito à salvação do meio ambiente e, conseqüentemente, de nossas vidas.

Realmente parece que não estamos entendendo (ou querendo entender) o jeito correto de se participar desta competição, e isso é péssimo, pois para se competir, é desejável que os participantes demonstrem um mínimo de aptidão e competência (algo que parece estar nos faltando). Se alguém dúvida, basta olhar para o nosso comportamento, como por exemplo: mesmo sabendo dos recursos finitos em nosso planeta, estamos sempre jogando fora tudo o que aparentemente já não serve aos nossos caprichos superficiais, demonstrando muito pouco interesse em elaborar, aperfeiçoar ou mesmo praticar formas de reciclagem, que tentem aproveitar o que já tiramos da natureza através da reutilização de materiais.

Estamos competindo por nossa sobrevivência de forma individual, ignorando regras essenciais ao bem-estar geral, talvez por acharmos que não exista uma punição para estes tolos atos irresponsáveis. Quantos rios terão que morrer para criarmos consciência da importância de mudar nosso comportamento frente à utilização dos recursos naturais? Quantas florestas necessitarão ser devastadas para percebermos o quanto estamos errados? Quanto tempo ainda irá demorar até conseguirmos escutar os apelos de socorro da natureza?

Somos Bilhões de indivíduos vivendo em uma sociedade consumista, pensando de forma egoísta coisas do tipo: “eu posso deixar a luz acesa”, “eu posso deixar a torneira aberta”, “eu posso jogar lixo na rua”, etc. E assim o ser humano vai poluindo, esbanjando e destruindo os recursos que estão a sua disposição, por achar que não precisa fazer a sua parte para evitar o desperdício. E com isso contribui para agravar cada vez mais a derrocada de todos, empurrando-nos diretamente ao precipício.

Para piorar a situação, a cada dia aumentamos o número de jogadores em campo, sem perceber que quanto mais jogadores nascem pior o jogo fica para todos, pois os recursos são limitados frente a um consumo cada vez mais desenfreado.

Muitos chamam a natureza de mãe, mas agem com ela como verdadeiros filhos da mãe. Atuando como seres ingratos, que não sabem retribuir tudo que recebem de seu ventre de terra no qual pisamos, e por onde a vida corre em forma de água cristalina, bem como se renova de tantas maneiras milagrosas o ar que se respira, isso entre tantos outros presentes que destruímos tal qual crianças mimadas, que não sabem dar o devido valor ao que tem.

Gastamos tempo e dinheiro construindo piscinas para diversão, mas somos incapazes de construir reservatórios que captem a chuva, visando a preservação. Nos calamos frente à ganância mundial que impede a criação de fontes alternativas de combustível, obrigando-nos a continuar envenenando o meio ambiente para que eles possam continuar lucrando com seus gigantescos poços de petróleo inglório.

Enfim, neste campeonato com trejeitos de guerra, onde o inimigo utiliza alcunhas como “desmatamento” e “poluição”, devemos rever nossas ações e atitudes, deixando de agir como atacantes vendidos, que ficam ajudando o time adversário, passando a atuar na defesa e preservação da natureza, pois somente assim poderemos ganhar uma chance de futuro. Caso contrário, ao invés de desenvolvimento, seremos a primeira espécie a ser algoz de sua própria extinção.

E-mail: abrasc@terra.com.br

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segunda-feira, 9 de março de 2009

MUITO MAIS DO QUE SER UM PICHADOR

MUITO MAIS DO QUE SER UM PICHADOR
(Autor: Antonio Brás Constante)

O ser humano tem um certo fascínio pela escrita, infelizmente muitas vezes este fascínio é encoberto por camadas de repulsa, por encarar o ato de escrever apenas como uma tarefa e não como uma arte. Já nos tempos da pré-história muitos se aventuravam em registrar seu cotidiano através de pinturas nas paredes das cavernas. Eles pereciam, mas seus desenhos se eternizavam. Desenhos que venciam o tempo chegando até os nossos dias, como quem envia um e-mail sem se preocupar em receber a resposta.

Mesmo antes de aprender a andar, a criança já gosta de rabiscar. Passa o lápis colorido em uma folha de papel (ou em uma mesa, ou no chão, etc) e algo mágico acontece, pois aparece uma marca do nada, seguida geralmente de um grito de repreensão de algum adulto.

Passamos a escrever através da arte, através da ciência. Escrevemos por necessidade. Para libertar pensamentos. Escrevemos no próprio corpo em forma de tatuagens. Escrevemos livros, ou na própria história. Escrevemos a vida e os sonhos.

Mas tem um tipo de expressão escrita que me causa decepção, a pichação. Esta forma de rebeldia atrai muitos adeptos. Entre o pichador e a vítima da pichação existem dois mundos paralelos. De um lado encontramos gente que sente a adrenalina correr pelo corpo ao saber que está transgredindo algo. Do outro lado encontramos a parede nua, indefesa, que sofre a violência contra si, sendo violentada por marcas de spray.

No mundo do pichador, o feito é anônimo para sociedade, mas enaltecido entre sua tribo. A coragem de escalar muros e marcar o alheio com seus sinais compreensivelmente incompreensíveis. Já no mundo do dono do estabelecimento, o que acontece é a frustração de ter seu patrimônio depredado, maculado.

Nosso corpo é uma fonte quase inesgotável de substâncias químicas, causadoras de euforia. Alguns alcançam o frenesi destas substâncias, por exemplo, através da prática de esportes radicais. Mas há quem busque esta sensação de liberdade através da pichação.

O que poucos sabem é que existem outras formas de se produzir tais substâncias, ou mesmo de se destacar perante a humanidade. A solidariedade é uma dessas formas. “Ops, mas que papo careta!”, alguns poderão pensar. Para quem acha isso, devo lembrar que é preciso muito mais coragem para ajudar do que para vandalizar. O vandalismo é um ato egoísta, vazio. Enquanto a ajuda é algo construtivista que transmite força na leveza de suas ações.

A juventude dispõe de uma energia gigantesca, que poderia mudar o mundo. Mas boa parte desta força viva é desperdiçada na geração de marcas sem futuro. Quando você marca uma parede com spray, qualquer tinta pode desfazer sua obra. Mas quando você marca uma pessoa com seus gestos, parte de você passa a viver dentro daquela pessoa. Algo que pichação nenhuma jamais conseguirá fazer. É como tatuar seu nome na alma dos seus semelhantes, deixando de ser um anônimo pichador esquecido, para se tornar um artista imortal, um pintor de sorrisos.

E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Construção Diária


Salvador Dali




CONSTRUÇÃO DIÁRIA



E os sonhos recolhem
as migalhas diurnas
-desejos não realizados
não fogem aos
fantasmas das noites

E meu corpo
absorve
todo impacto
das minhas fantasias
mal dormidas

E toda manhã
tento juntar
os meus pedaços

Aos Domingos


Edouard Manet




AOS DOMINGOS



Aos domingos passeio
com meus pensamentos antigos

-Fantasmas do passado tão vivos!

Aos domingos como macarrão vejo filmes
e vou descansar de não-sei-o-quê

Aos domingos espero
o domingo passar
para me devolver o presente
amanhã

-Nos domingos estes vazios!

Aos domingos tiro feriado de mim

Pirataria




PIRATARIA


Meus olhos são aquáticos
Os pensamentos navegam
leves, soltos
Flutuam à deriva
-Tento ancorá-los-
Procuro um porto
onde possa abordá-los

Viagem


Caravaggio



VIAGEM



Esse sangue
esse poço
essa vontade
de me erguer
verticalmente
até o topo
de minha cabeça
definem o meu tamanho
dentro de mim

Fênix




FÊNIX


Dentro de mim
há uma fogueira
que separa as cinzas das cores
-o que renasce não é o corpo
mas o topo da transparência do meu ser

Trajeto





TRAJETO




E nesta altura
(da vida)
meus olhos acariciam
as ruas, os céus
e espero-me
asas e pés

volto desarmado
desta luta contra o nada
que existia em mim

As lembranças
são apenas lembranças
e não pisam o chão
nem moem o pão
-degusto os sabores
destas horas agora
e fico em paz

08 de março DIA INTERNACIONAL DA MULHER


08 DE MARÇO

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


Neste 08 de março a homenagem é especial para todas as mulheres.
Para aquelas que acordam cedinho, ou nem tanto.
Para aquelas que trabalham muito, ou nem tanto.
Para aquelas que sonham muito, ou nem tanto.
Porque todas despertam belas e com fibra conduzem suas vidas,
renovando a esperança.

Neste 08 de março a homenagem é especial para todas as mulheres.
Para aquelas que têm voz meiga e suave, ou nem tanto.
Para aquelas que são calmas, ou nem tanto.
Para aquelas que são solícitas, ou nem tanto.
Porque todas já experimentaram
o concretismo da ternura.
Neste 08 de março a homenagem é especial para todas as mulheres.
Para aquelas que dominam suas emoções, ou nem tanto.
Porque suas lágrimas já transportaram afeto.

Para aquelas que estão pertinho, ou nem tanto...
Porque ambas lembram saudade em algum lugar no universo.

Feliz 08 de março,
Dia Internacional da Mulher!
Partes Mirim



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quinta-feira, 5 de março de 2009

EM SETE PALMOS DE BARRO

EM SETE PALMOS DE BARRO
(Autor: Antonio Brás Constante)

A aliança no dedo
A promessa nos lábios
A rotina dos anos
A família num quadro;

A comida no prato
A toalha na mesa
A bebida no copo
Uma lágrima presa;

A criança descalça
O indivíduo no carro
A miséria nas ruas
Duas mãos para o alto;

A água na fonte
O sol sobre a Terra
O suor na fronte
O destino lhe espera;

O tiro da arma
Um grito perdido
Uma prece abafada
O peito atingido;

Sirenes na noite
No mato um gemido
Luzes sobre a relva
Um vulto estendido;

Um semblante sereno
Um terno engomado
Um corpo sem vida
Sete palmos de barro.


E-mail: abrasc@terra.com.br

Site: recantodasletras.uol.com.br/autores/abrasc

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quarta-feira, 4 de março de 2009

Seminario em Sao Carlos (SP) promove reflexao sobre inovacoes nos processos de ensino e aprendizagem na Educacao Superior

III Seminário de Inovações Pedagógicas acontece entre os dias 10 e 12 de março, na Universidade Federal de São Carlos

Entre os dias 10 e 12 de março, será realizado o III Seminário de Inovações Pedagógicas no ensino de Graduação da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Esta edição tem como tema "Inovando nos Processos de Ensino e Aprendizagem". A partir do trabalho com os docentes, o evento atende ao compromisso da Universidade de contribuir para a formação de profissionais cidadãos capazes de uma ação interativa e responsável na sociedade.
O evento é promovido pela Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad) da UFSCar, por meio da sua Coordenadoria de Desenvolvimento Pedagógico. O Seminário configura-se como uma oportunidade de ampliar conhecimentos, analisar, discutir, propor e vivenciar práticas pedagógicas inovadoras, bem como buscar maior integração do corpo docente. Entre os objetivos da iniciativa estão a reflexão sobre a inovação nos processos de ensino e aprendizagem; a vivência de práticas inovadoras na área; a apresentação de experiências pedagógicas desenvolvidas na UFSCar; e a discussão sobre a atuação do professor reflexivo na formação do profissional.
Para a Pró-Reitora de Graduação da UFSCar, professora Emília Freitas de Lima, o importante é ter resultados no trabalho do professor que interfiram na formação adequada do estudante. "Espera-se que o aprofundamento da discussão sobre processos de ensino e aprendizagem produza preciosos subsídios à formação profissional e pessoal dos nossos alunos", afirma ela.
Durante o evento serão realizadas palestras, oficinas, grupos de trabalho e apresentação de experiências pedagógicas desenvolvidas no âmbito da UFSCar. A programação do evento prevê atividades nos três campi da UFSCar, em São Carlos, Araras e Sorocaba. A programação completa do Seminário em cada campus da Universidade pode ser conferida em www.ufscar.br/inovacoespedagogicas. Para conduzir as palestras, oficinas e grupos de trabalho, o Seminário conta com a participação de cerca de 20 docentes e pesquisadores da UFSCar e de outras instituições do Brasil e de Portugal.
O público-alvo do Seminário é formado pelos docentes da UFSCar, mas também há vagas para professores de outras instituições, pós-graduandos e técnico-administrativos. A participação no Seminário é gratuita.
Mais informações podem ser obtidas na página eletrônica do Seminário, através do e-mail coordped@ufscar.br, ou pelos telefones (16) 3351-9589 e 3351-8434.

Documentarista é convidado para bate-papo na UniBrasil em Curitiba

O diretor do documentário Amadores do Futebol, Eduardo Baggio, é o convidado
do 3º Ciclo de Debates sobre Jornalismo e Novas Produções Universitárias da
UniBrasil (Faculdades Integradas do Brasil), de Curitiba. O bate-papo será
na próxima sexta-feira, 6 de março, às 19h, no câmpus da instituição – rua
Konrad Adenauer, 442, Tarumã. Baggio conversará com os participantes sobre a
produção do filme - exibido na Cinemateca de 20 de fevereiro a 5 de março -
e que retrata o atual futebol amador no Paraná, com seus cerca de 500 times
e 56 ligas. Outras informações pelo telefone (41) 3361-4242.

terça-feira, 3 de março de 2009

O Cinema de Chantal Aheman no CCBB



No Brasil, o trabalho de Chantal Akerman ainda é praticamente desconhecido pelo público. Entretanto, com mais de 40 filmes, entre ficção e documentário, Akerman é considerada pela crítica internacional como uma das mais importantes cineastas da atualidade. A artista já foi homenageada por importantes centros de arte internacionais, como o Tate Modern Museum, em Londres, o Sean Kelly Gallery, em Nova York e o Centre Pompidou, em Paris (que realizou uma grande retrospectiva de sua obra). Durante o mês de março de 2009, os Centros Culturais Banco do Brasil de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília realizarão uma Mostra dedicada à cineasta Chantal Akerman na qual serão exibidos vinte títulos dirigidos pela autora. A curadoria é a cargo de Carla Maia, mestre em Comunicação Social. Esta mostra conta com o apoio do Serviço Audiovisual.

Chantal Akerman estará presente no Cinemaison o dia 16 de março para apresentar dos filmes dela: L'homme à la valise et La captive.

CCBB São Paulo: 04 a 22 de março

CCBB Rio de Janeiro 10 a 26 de março

CCBB Brasília: 17 a 29 de março

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rede Brasileira de Pesquisas sobre o Câncer

Na próxima terça-feira (3/3), às 11h, será lançada a Rede Brasileira de Pesquisa sobre o Câncer, no Instituto Butantan, em São Paulo.

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Cancer (INCA), em 2009 ocorrerão cerca de 465.000 novos casos de câncer no Brasil. Num esforço do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), articulou-se, em 2008, a criação da Rede Brasileira de Pesquisas sobre o Câncer, visando lançar ações coordenadas para o desenvolvimento e unificação da pesquisa sobre câncer no país.

Participam do lançamento o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, o diretor científico do Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer (LICR/New York), Andrew Simpson, representantes da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, do Instiututo Butantan, dos parceiros dos programas de pesquisa que integram a Rede, que tem como entidades o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Recepta Biopharma, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a Faculdade de Medicina da USP, e a Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Os materiais biológicos utilizados nos projetos, já em andamento, são cedidos pelo Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer (LICR/New York), importane parceiro nesta iniciativa.

SERVIÇO:
Terça-Feira - 03/03,  às  11h.
Instituto Butantan
Av. Vital Brasil, Nº 1500,
Prédio da Divisão Bioindustrial.
Contatos:
Assessoria de Comunicação do CNPq
Eliane - (61) 9963-2100

Câncer de Mama x Prevenção

Por: Dra. Silvana Maria Trippi Moraes Gotardo

O câncer de mama é o tipo de tumor mais comum nas mulheres e, portanto, o mais temido em decorrência da sua freqüência elevada e dos efeitos psicológicos negativos sobre a sexualidade feminina que dele podem decorrer.

Esse câncer, quando diagnosticado em fases iniciais, tem excelentes chances de cura, e mesmo quando diagnosticado em fases mais avançadas, novas medicações têm proporcionado às mulheres portadoras o convívio com a doença na forma crônica com excelente qualidade de vida.

SINAIS DE ALERTA:

O principal sinal de alerta do câncer de mama palpável é o nódulo ou tumor que pode, ou não, vir acompanhado de dor mamária. Mas alguns tumores da mama podem não dar qualquer sintoma, portanto, é imperativo que a mulher esteja familiarizada com as suas mamas para poder perceber se ocorrem mudanças na forma, como abaulamentos ou retrações, na coloração da pele que recobre a mama, ou o aparecimento de nódulos palpáveis até nas axilas.

FATORES DE RISCO:

Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de uma mulher desenvolver o câncer de mama. O histórico familiar é o mais importante deles, principalmente se um ou mais parentes de primeiro grau como mãe, irmã tiveram câncer de mama.

A menopausa tardia, aquela que ocorre depois dos 50 anos de idade, a primeira gravidez após os 30 anos de idade e a nuliparidade (não ter tido filhos) também são fatores de risco.

Mulheres que ingerem álcool regularmente, mesmo em quantidade moderada, também têm mais chances de desenvolver câncer de mama do que as que não fazem uso de álcool.

O uso de contraceptivos orais ainda é controverso para o aumento do risco do câncer de mama.

DIAGNÓSTICO PRECOCE:

A recomendação que se faz é que as mulheres de uma população normal façam o auto-exame da mama todo mês, e sejam examinadas pelo médico anualmente, médico este que solicitará a mamografia, que é uma radiografia da mama que permite a detecção de lesões milimétricas, portanto em fase inicial. A critério médico também poderá ser solicitado o ultra-som de mamas para complementar a avaliação, porém estas recomendações mudam se houver fatores de risco associados.

Após a avaliação médica, existindo uma suspeita de câncer, será realizada biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido da área suspeita para exame microscópico. Dessa biópsia será feito o exame anátomo-patológico que confirmará se é um câncer ou não.

TRATAMENTO:

O tratamento para o câncer de mama é sempre de forma individualizada, mas, geralmente, inicia-se com a cirurgia que tem o objetivo de eliminar todo o tumor visível. O tipo de cirurgia vai depender em geral do tamanho do tumor. Citamos aqui alguns tipos:

Lumpectomia: onde se remove o tumor mantendo-se as margens cirúrgicas livres de doença;

Quadrantectomia: remove o quadrante da mama onde estava localizado o tumor;

Mastectomia: que é a técnica cirúrgica onde toda a glândula mamária é retirada.

O próximo passo depois da realização da cirurgia é a avaliação do médico Oncologista, para que ele possa efetuar um "estadiamento" da doença, ou seja, possa fazer uma investigação, através de exames clínicos e de imagem, da extensão do acometimento do tumor e a seguir determinar se existe ou não a necessidade de Quimioterapia, Radioterapia ou de ambos, e ainda de Hormonioterapia.

QUIMIOTERAPIA:

De forma simples podemos dizer que a quimioterapia tem o objetivo de destruir células tumorais que possam ter migrado do tumor inicial da mama e estejam circulando pelo corpo. A Quimioterapia, dependendo do caso, pode ser aplicada na veia através de um soro, sendo que geralmente essa administração não necessita de internação. Em alguns casos pode-se também essa Quimioterapia ser dada em forma de comprimidos para serem ingeridos por via oral.

RADIOTERAPIA:

É indicada para o controle local da doença, ou seja, com o objetivo de destruir as células tumorais que podem restar próximo ao local do tumor. É feita através de um aparelho que emite raios direcionados ao local onde estava localizado o tumor.

TERAPIA HORMONAL:

Usada nos casos de tumores que tenham receptores hormonais positivos, que alimentam o tumor e fazem com que ele cresça. Essa terapia hormonal tem a finalidade de bloquear e impedir seu crescimento.

CONCLUSÃO:

O auto-exame das mamas é o método mais fácil e rápido de diagnóstico precoce, e é importante que ele seja feito habitualmente por toda mulher, mas devemos lembrar sempre que nem todo caroço é um câncer de mama. Por isso, é importante também a consulta periódica com seu médico.

Créditos:

Dra. Silvana Maria Trippi Moraes Gotardo é oncologista, especialista em radioterapia e diretora médica do Grupo Oncoclin.

E mail: oncoclin@oncoclinonline.com.br

www.oncoclinonline.com.br