O câncer de mama é o tipo de tumor mais  comum nas mulheres e, portanto, o mais temido em decorrência da sua freqüência  elevada e dos efeitos psicológicos negativos sobre a sexualidade feminina que  dele podem decorrer.
Esse câncer, quando diagnosticado em  fases iniciais, tem excelentes chances de cura, e mesmo quando diagnosticado em  fases mais avançadas, novas medicações têm proporcionado às mulheres portadoras  o convívio com a doença na forma crônica com excelente qualidade de  vida.
SINAIS DE ALERTA:
O principal sinal de alerta do câncer  de mama palpável é o nódulo ou tumor que pode, ou não, vir acompanhado de dor  mamária. Mas alguns tumores da mama podem não dar qualquer sintoma, portanto, é  imperativo que a mulher esteja familiarizada com as suas mamas para poder  perceber se ocorrem mudanças na forma, como abaulamentos ou retrações, na  coloração da pele que recobre a mama, ou o aparecimento de nódulos palpáveis até  nas axilas.
FATORES DE  RISCO:
Existem alguns fatores de risco que  aumentam as chances de uma mulher desenvolver o câncer de mama. O histórico  familiar é o mais importante deles, principalmente se um ou mais parentes de  primeiro grau como mãe, irmã tiveram câncer de mama.
A menopausa tardia, aquela que ocorre  depois dos 50 anos de idade, a primeira gravidez após os 30 anos de idade e a  nuliparidade (não ter tido filhos) também são fatores de  risco.
Mulheres que ingerem álcool  regularmente, mesmo em quantidade moderada, também têm mais chances de  desenvolver câncer de mama do que as que não fazem uso de  álcool.
O uso de contraceptivos orais ainda é  controverso para o aumento do risco do câncer de mama.
DIAGNÓSTICO  PRECOCE:
A recomendação que se faz é que as  mulheres de uma população normal façam o auto-exame da mama todo mês, e sejam  examinadas pelo médico anualmente, médico este que solicitará a mamografia, que  é uma radiografia da mama que permite a detecção de lesões milimétricas,  portanto 
Após a avaliação médica, existindo uma  suspeita de câncer, será realizada biópsia, que consiste na retirada de uma  pequena amostra de tecido da área suspeita para exame microscópico. Dessa  biópsia será feito o exame anátomo-patológico que confirmará se é um câncer ou  não.
TRATAMENTO:
O tratamento para o câncer de mama é  sempre de forma individualizada, mas, geralmente, inicia-se com a cirurgia que  tem o objetivo de eliminar todo o tumor visível. O tipo de cirurgia vai depender  em geral do tamanho do tumor. Citamos aqui alguns tipos:
Lumpectomia: onde se remove o tumor mantendo-se as  margens cirúrgicas livres de doença;
Quadrantectomia: remove o quadrante da mama onde estava  localizado o tumor;
Mastectomia: que é a técnica cirúrgica onde toda a  glândula mamária é retirada.
O próximo passo depois da realização da  cirurgia é a avaliação do médico Oncologista, para que ele possa efetuar um  "estadiamento" da doença, ou seja, possa fazer uma investigação, através de  exames clínicos e de imagem, da extensão do acometimento do tumor e a seguir  determinar se existe ou não a necessidade de Quimioterapia, Radioterapia ou de  ambos, e ainda de Hormonioterapia.
QUIMIOTERAPIA:
De forma simples podemos dizer que a  quimioterapia tem o objetivo de destruir células tumorais que possam ter migrado  do tumor inicial da mama e estejam circulando pelo corpo. A Quimioterapia,  dependendo do caso, pode ser aplicada na veia através de um soro, sendo que  geralmente essa administração não necessita de internação. Em alguns casos  pode-se também essa Quimioterapia ser dada em forma de comprimidos para serem  ingeridos por via oral.
RADIOTERAPIA:
É indicada para o controle local da  doença, ou seja, com o objetivo de destruir as células tumorais que podem restar  próximo ao local do tumor. É feita através de um aparelho que emite raios  direcionados ao local onde estava localizado o tumor.
TERAPIA  HORMONAL:
Usada nos casos de tumores que tenham  receptores hormonais positivos, que alimentam o tumor e fazem com que ele  cresça. Essa terapia hormonal tem a finalidade de bloquear e impedir seu  crescimento.
CONCLUSÃO:
O auto-exame das mamas é o método mais  fácil e rápido de diagnóstico precoce, e é importante que ele seja feito  habitualmente por toda mulher, mas devemos lembrar sempre que nem todo caroço é  um câncer de mama. Por isso, é importante também a consulta periódica com seu  médico.
Créditos:
Dra. Silvana Maria Trippi Moraes  Gotardo é oncologista, especialista em  radioterapia e diretora médica do Grupo  Oncoclin.
E  mail: oncoclin@oncoclinonline.com.br
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