Os interessados em produção de filmes curta-metragem têm mais uma oportunidade para mostrar seus talentos cinematográficos. Com o apoio do Ministério da Cultura e o patrocínio da MRS Logística, Instituto Hedging Griffo, Icatu Hartford, Terra Networks e Volkswagen Caminhões e Ônibus, a Muzy Corp, consultoria especializada em projetos culturais, lançará o projeto Filma Brasil, concurso de produção de filmes de curta e média metragens, em formato digital, com foco em produção de conteúdo sobre qualidade de vida. A iniciativa conta também com o apoio da Nextel e Supergasbras.
O concurso, que é nacional, tem como objetivo gerar conteúdo que aborde a "qualidade de vida", fundamental para os portadores de diabetes, e dessa forma, levar educação a todos os pacientes da doença no Brasil. Pessoas físicas ou jurídicas brasileiras de natureza cultural podem fazer as inscrições, que acontecem de Abril e Junho. Para isso, basta acessar o site www.filmabrasil.com , que estará no ar no início do próximo mês.
Os valores dos prêmios são de R$40 mil e R$70 mil para os projetos de curta e média metragem, respectivamente. Para a definição dos dois projetos vencedores serão analisados o cronograma de execução, a viabilidade da produção (captação e finalização em processo digital), além da qualidade artística expressada no roteiro apresentado. A comissão julgadora será composta por profissionais que possuem larga experiência de participação em seleções, júris e outras atividades da área audiovisual.
De acordo com o presidente da Muzy Corp, Jorge Martins Muzy, o Filma Brasil também visa promover o cinema brasileiro, oferecer uma nova opção de fomento para a produção de obras de curta e média metragens nacionais, além de estimular a criação de roteiros para obras. "Este é o primeiro concurso nacional de curtas metragens que vai premiar o melhor roteiro e não uma obra já acabada, o que abre oportunidades para milhares de talentos que não conseguem transformar suas obras em projetos reais pela falta de recursos para produção. Ao realizarmos o projeto FILMA BRASIL, pretendemos atacar exatamente esta dificuldade, oferecendo a garantia financeira para a execução dos projetos. Desta forma, o FILMA BRASIL pretende contribuir para o aumento da capacidade de fomento à produção de curtas e médias metragens brasileiros. Queremos abrir espaço para o surgimento de novos talentos e democratizar o acesso e estes recursos, por meio da realização de concursos mais inteligentes", comenta Muzy.
Diabetes
Estimativas da Sociedade Brasileira de Diabetes mostram que há cerca de 12 milhões de portadores da doença no Brasil, sendo que metade não sabe que tem o problema. Além disso, um levantamento recente feito com 6,7 mil pessoas com diabetes em 10 cidades brasileiras aponta que 75% delas não fazem um controle adequado da doença.
Em função do enorme desafio de levar educação a todos os pacientes brasileiros, Muzy acredita que o Filma Brasil contribuirá para a conscientização e o esclarecimento da população. "Além do tratamento com medicamentos, o paciente precisa incorporar à sua rotina algumas atitudes, como alimentação adequada, prática de exercícios físicos, uso adequado da medicação oral e aplicação correta da insulina e é nesse contexto que entra o projeto Filma Brasil", conta o executivo.
O concurso é uma continuação do projeto Visões da Vida, um circuito gratuito de cinema itinerante à população, realizado no ano passado em 10 cidades paulistas, com a exibição de curtas-metragens e filmes em espaços públicos, ao mesmo tempo em que abordou a importância do cuidado com a saúde.
O que chama a atenção para as regras do edital são o seu alto valor como projeto cultural aprovado junto ao MinC (Pronac 075579), R$ 456.060,00, para criar um edital de produção cinematográfica que contemplará dois projetos, um de curta-metragem e outra de média-metragem, com os valores respectivos de R$ 40.000,00 e R$ 70.000,00. Ou seja, o Ministério da Cultura aprovou um projeto cultural que realiza uma atividade que deveria ser de sua exclusiva competência: editais de fomento à produção, e ainda com uma destinação de verba muito esquisita, para dizer o mínimo.
ResponderExcluirApenas R$ 110.000,00 dos R$ 456.060,00 previstos - aprovados pelo MinC - destinam-se à produção dos filmes. Os 3/4 restantes do orçamento serão (ou já foram) utilizados simplesmente para despesas de produção da própria empresa organizadora do edital. É um descalabro. Terceiriza-se uma função que deveria ser exclusiva do MinC (ao menos com utilização de dinheiro público) para contemplar um projeto que gasta mais dinheiro (três vezes mais!!!) para organizar um edital de produção do que para a produção dos filmes em si.
E mais: qualquer pessoa minimamente envolvida com produção cinematográfica sabe que é praticamente impossível produzir um filme de curta-metragem com cópia final em película 35mm com o valor de R$ 40.000,00. Somente os custos laboratoriais vão exigir mais da metade desse valor. Certamente não se pagará a nenhum profissional e todos trabalharão simplesmente de graça, o que é uma situação frontalmente contrária ao propósito de se estimular o mercado cinematográfico brasileiro.
Em tempos de discussão sobre alteração da Lei Rouanet, que Ministério da Cultura é esse que permite um absurdo desse tipo? Para auxiliar na compreensão do caso, seguem encaminhadas algumas mensagens trocadas entre alunos do curso de cinema da Universidade Federal Fluminense, alarmados com o absurdo que se configura.
Espero poder contar com a compreensão de vocês, ciosos de sua responsabilidade como jornalistas responsáveis pelos principais veículos de notícias do Rio de Janeiro, para investigar e colocar na arena pública uma discussão mais que necessária sobre o (des)uso de verbas públicas.
O que chama a atenção para as regras do edital são o seu alto valor como projeto cultural aprovado junto ao MinC (Pronac 075579), R$ 456.060,00, para criar um edital de produção cinematográfica que contemplará dois projetos, um de curta-metragem e outra de média-metragem, com os valores respectivos de R$ 40.000,00 e R$ 70.000,00. Ou seja, o Ministério da Cultura aprovou um projeto cultural que realiza uma atividade que deveria ser de sua exclusiva competência: editais de fomento à produção, e ainda com uma destinação de verba muito esquisita, para dizer o mínimo.
ResponderExcluirApenas R$ 110.000,00 dos R$ 456.060,00 previstos - aprovados pelo MinC - destinam-se à produção dos filmes. Os 3/4 restantes do orçamento serão (ou já foram) utilizados simplesmente para despesas de produção da própria empresa organizadora do edital. É um descalabro. Terceiriza-se uma função que deveria ser exclusiva do MinC (ao menos com utilização de dinheiro público) para contemplar um projeto que gasta mais dinheiro (três vezes mais!!!) para organizar um edital de produção do que para a produção dos filmes em si.
E mais: qualquer pessoa minimamente envolvida com produção cinematográfica sabe que é praticamente impossível produzir um filme de curta-metragem com cópia final em película 35mm com o valor de R$ 40.000,00. Somente os custos laboratoriais vão exigir mais da metade desse valor. Certamente não se pagará a nenhum profissional e todos trabalharão simplesmente de graça, o que é uma situação frontalmente contrária ao propósito de se estimular o mercado cinematográfico brasileiro.
Em tempos de discussão sobre alteração da Lei Rouanet, que Ministério da Cultura é esse que permite um absurdo desse tipo?