quinta-feira, 26 de junho de 2008

VESTINDO A CAMISINHA HI-TECH

VESTINDO A CAMISINHA HI-TECH
(Autor: Antonio Brás Constante)

A cada dia a ciência cria novas curiosidades, que nas mãos de escritores acabam virando textos. Comigo não foi diferente. Primeiro foram os implantes de silicone musicais para os seios (“os seios tocam”), depois foi descoberta a clarividência através das nádegas (“bundomancia - olhando o futuro por trás”), e agora a novidade é a tal camisinha hi-tech, que promete dar uma mãozinha (sem a necessidade de se utilizar às mãos) para aqueles que precisam levantar coisas que vão além da própria moral.

Em um mundo aonde as invenções vem procurando amaciar as rotinas do dia-a-dia, o referido produto afirma fazer justamente o contrário para felicidade de seus usuários. Não tenho idéia de como funcionaria a tecnologia descrita (provavelmente seu modo de operação deverá ser similar ao dos elevadores), mas é sempre bom entender o funcionamento de acessórios dessa espécie, principalmente se você pretender um dia usá-los e se houver a necessidade de “downloads” (plugar por onde para se estabelecer à conexão?).

Neste cenário hi-tech, expressões sobre as facilidades de se dar o boot através do equipamento, podem ganhar interpretações inesperadas. A tal camisinha provavelmente já virá com um kit básico, composto com alguns comprimidos para dor de cabeça, procurando evitar as eventuais desculpas de mulheres que não estejam com muita vontade de interagir como uma tomada para este tipo de diversão.

Logo devem estar criando o viagra hi-tec, recheado de nanotecnologia voltada também ao prazer de seus consumidores. Quem sabe até com controle remoto para ajustes, tais como: tamanho, volume, etc. E com a função “auto-repeat” visando satisfazer até os mais animadinhos na cama. (ou seja lá o que forem usar nestas horas).

Como toda tecnologia esta sujeita a falhas, não faltariam aqueles que colocariam a culpa na camisinha por qualquer ausência de funcionamento durante seu manuseio, justamente no momento em que eles tivessem decidido parar de ler o manual para testar as novidades prometidas.

Talvez até tenham que criar um SAC (serviço de atendimento a camisinha), que lidaria com os mais diversos tipos de reclamações, como por exemplo: “não liga”, ou “não desliga”, ou ainda “a camisinha entrou em conflito com a prótese de silicone musical de minha esposa e cada vez que tentamos algo toca o alarme de incêndio aqui de casa através dos seios dela. Tenho que desligar agora porque alguns bombeiros já arrombaram a porta da frente enquanto outros estão jogando água pela janela exatamente em cima de nossa cama. Bem que um bundomante já havia me avisado que isto poderia acontecer...”.

Enfim, a tecnologia promete melhorias fantásticas em nossas vidas. Ressuscitando antigas atividades que antes residiam apenas nas lembranças de muitos. Resta-nos procurar evoluir juntamente com estas inovações, aproveitando ao máximo todos os seus benefícios e, na pior das hipóteses, sabendo como desativar o alarme de incêndio.

P.S: estou criando um site parodiando o seriado LOST, basta acessar: www.hploco.com/lost ou acessar minha comunidade no ORKUT: “LOST - HUMOR”

E-mail: abrasc@terra.com.br
Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc

NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).

NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Valeu pela preferência".

ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".

terça-feira, 24 de junho de 2008

Projeto de inclusão busca atender 200 pessoas com deficiência em Realengo

PNE Sports – Castelo Branco será lançado em 25 de junho



Inclusão social. A partir do dia 25 de junho, quarta-feira, às 10h, ela irá fazer parte da vida de 200 pessoas com deficiência, bem como de suas famílias, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. Trata-se do lançamento do PNE Sports – Pólo Castelo Branco: uma parceria do Instituto Ideas e da Universidade Castelo Branco (UCB), com patrocínio da Petrobras. Voltado para os que têm mais de 7 anos, o projeto social irá atender gratuitamente pessoas de baixa renda moradoras da região. A idéia é promover cidadania pela prática de atividades esportivas. As inscrições serão abertas dia 26, na Clínica-Escola Castelo Branco, e as atividades terão início em 7 de julho, segunda-feira. No lançamento, haverá apresentação de dança e capoeira.



“É uma oportunidade para a pessoa com deficiência testar os próprios limites e potencialidades, bem como prevenir doenças secundárias à sua condição”, avalia a coordenadora do curso de Educação Física da UCB, a especialista em educação psicomotora Rosana de Freitas Fachada. “Por meio da prática de atividades esportivas é possível levantar a auto-estima dessas pessoas e, ao mesmo tempo, desenvolver a capacidade motora. Com esse projeto, acredito que a gente consiga promover a integração social”, diz. Uma equipe multidisciplinar irá trabalhar no PNE Sports – Castelo Branco. Ela é formada por fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, profissionais de educação física e pedagogos da UCB. Serão oferecidas aulas de natação, atletismo, basquete, futsal, dança e bocha. “Estamos muito felizes por transformar um sonho em realidade, promovendo a inclusão social das pessoas com deficiência e criando uma base esportiva para futuros campeões, não só na vida, mas também no esporte”, diz o vice-presidente do Instituto Ideas, Claudio Bittencourt,.



De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,5% da população tem algum tipo de deficiência. Isso equivale a mais de 24,5 milhões de brasileiros. “Estamos conscientes de nossa responsabilidade social em contribuir para melhoria das condições de vida de uma parcela dos que residem nas redondezas da universidade”, diz o vice-reitor acadêmico da UCB, Marcelo Pacheco. “Iremos oferecer a essas 200 pessoas com deficiência e a seus familiares ambiente estruturado para recebê-los, além de nossa equipe multidisciplinar capacitada e com compromisso em reverter a atual realidade”, completa Pacheco. Para permanecer no programa social, é preciso ter freqüência mínima nas atividades e a família deve participar de palestras e cursos. No PNE Sports – Castelo Branco, os integrantes que se destacarem pelo alto rendimento, podem ser indicados para competições porque a Universidade Castelo Branco conta com dois professores que são classificadores internacionais. Eles podem avaliar o desempenho e fazer a indicação, inicialmente, para competições estaduais.



Inscrições abertas

Os interessados em fazer parte do PNE Sports – Pólo Castelo Branco, precisam se inscrever nos dias 26 de junho, quarta-feira, 30, segunda-feira, 2 de julho, quarta-feira, 3, quinta, 4, sexta, 9, quarta, 10, quinta e 11, sexta-feira. Sempre das 13h às 17h, na Clínica-Escola Castelo Branco. As atividades têm início no dia 7 de julho, segunda-feira. A meta é atender 200 pessoas com deficiência. O candidato deve apresentar: laudo médico, certidão de nascimento, atestado de aptidão de atividade física, duas fotos 3x4, comprovante de residência e carteira de vacinação. A Universidade Castelo Branco fica na Avenida Santa Cruz 1631, Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. A inauguração será no dia 25 de junho, às 10h, no Teatro Carlos Wenceslau da UCB. Mais informações: (21) 2406-7766 e 3216-7838.



Equipe capacitada da UCB

Na proposta do PNE Sports – Castelo Branco, serão promovidas atividades esportivas, sócio-culturais, palestras regulares, assistência social e acompanhamento psicológico para os atendidos e respectivos familiares. E não pára por aí. A idéia é oferecer também aplicação de técnicas de relaxamento, exercícios de psicomotricidade, jogos, dinâmicas pedagógicas, entre outros. Para isso, dezoito profissionais da Universidade Castelo Branco, entre supervisores, coordenadores, professores de educação física, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, administradores psicomotricistas, fisioterapeutas e assistentes sociais fazem parte da equipe técnico-científica. Os estagiários serão preparados de forma prática, teórica e científica, com desenvolvimento de trabalhos e artigos científicos para a divulgação do projeto e contribuição no campo acadêmico. Desde 1984, a UCB oferece à população os serviços da Clínica-Escola Castelo Branco. Ele serve de campo de estágio para os estudantes. Nela, cem pessoas com deficiência já são atendidas, pelo convênio com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS).



Instituto Ideas
O Instituto Ideas é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) formada por uma diversificada equipe de profissionais que transformam suas iniciativas individuais em projeto multidisciplinar. Tem o objetivo de atuar na área social, por meio de empreendimentos onde a gestão profissional aliada à inovação promove o desenvolvimento sustentável.



Serviço:

PNE Sports – Pólo Castelo Branco - Projeto social com meta de atender 200 pessoas com deficiência, com atividades esportivas e sócio-culturais. Lançamento dia 25 de junho, quarta-feira, às 10h, no Teatro Carlos Wenceslau, da UCB. Parceria do Instituto Ideas e da UCB, com patrocínio da Petrobras.

Inscrições abertas: dias 26 de junho, quarta-feira, 30, segunda-feira, 2 de julho, quarta-feira, 3, quinta, 4, sexta, 9, quarta, 10, quinta e 11, sexta-feira. Sempre das 13h às 17h, na Clínica-Escola Castelo Branco. Mais informações: (21) 2406-7766 e 3216-7838.

Onde: Universidade Castelo Branco (UCB) - Avenida Santa Cruz 1631, Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

Documentos: laudo médico, certidão de nascimento, atestado de aptidão de atividade física, duas fotos 3x4, comprovante de residência e carteira de vacinação.

Drogas e drogas no Santos Futebol Clube

Publicada em 24/6/2008 às 11:34

Rodrigo Souto é pego em exame antidoping
Substância encontrada na urina do atleta, por enquanto, ainda não foi divulgada
Santos esperava lucrar com possível saída do jogador para o exterior (Crédito: Ivan Storti)
LANCEPRESS!

O time já está uma droga!!!!! Imagina com drogas...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Cartilha do turismo cinematográfico é lançada no Salão do Turismo

Foram produzidas cinco mil unidades que serão distribuídas para os estados e entidades do setor, com o objetivo de mostrar como o mercado de entretenimento pode ajudar na divulgação dos destinos turísticos



São Paulo, (22.06) – Foi lançada ontem (21.06), durante o Salão do Turismo 2008, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a cartilha do turismo cinematográfico. A idéia é ampliar as inserções do Brasil como provedor para locação de filmes, campanhas publicitárias, reality shows e outras produções do gênero. A cartilha tem como parceiros o Ministério do Turismo e a Dharma Filmes e Produções.



Foram produzidas cinco mil cartilhas que deverão ser enviadas para secretarias de turismo, conventions bureaux e distribuídas em eventos ligados ao turismo e ao cinema. Segundo a diretora–presidente da Dharma, Ana Cristina Costa e Silva, o objetivo desse trabalho é sensibilizar o trade turístico sobre como e quanto o turismo pode se beneficiar com a divulgação dos destinos do país no mundo do entretenimento. O filme “Coração Valente”, exemplificou, gerou um incremento de 300% nas terras altas da Escócia. “Quatro casamentos e um funeral” levou a três anos de lotação o hotel inglês The Crown. “O turismo cinematográfico gera resultados positivos para promoção do destino como também contribui para movimentar a economia de uma cidade e região”, avalia.



De acordo com o secretário Nacional de Políticas do Turismo, Aírton Pereira, o Brasil tem um grande potencial para desenvolver esse mercado, principalmente em virtude da variedade de locações, proporcionada pelo cenário de belezas naturais, clima, diversidade cultural e étnica, relativa capacidade técnica, parque tecnológico e infra-estrutura de produção. Esses dois últimos itens, segundo Ana Cristina Silva, precisam ser ampliados com o fortalecimento da indústria cinematográfica brasileira. No cenário internacional, o Brasil já é considerado como potencial concorrente dos destinos das produções audiovisuais, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, França, Austrália e Reino Unido.



A Nova Zelândia, por exemplo, já se beneficia há décadas. Várias produções foram filmadas neste arquipélago, que tem quatro milhões de habitantes e tem, no turismo, a segunda fonte de recursos para movimentar a economia. Com a filmagem de 140 locações da trilogia do filme “O Senhor dos Anéis”, entre 1999 e 2003, foram gerados mais de 120 mil empregos e contribuiu para incrementar o turismo no País, que recebe cerca de 2,5 milhões de turistas.



Países como Austrália e África do Sul têm a isenção como parte da estratégia para atrair a recepção de produções audiovisuais. Segundo a presidente da Dharma Filmes, está sendo formada uma comissão interministerial brasileira para estudar medidas estratégicas como facilitação de vistos de trabalho, isenção fiscal, desembaraços aduaneiros para equipamentos de produções cinematográficas com o objetivo de ampliar a realização de locações de filmes em terras brasileiras

domingo, 15 de junho de 2008

O APELO DO MAR

Outro dia, ouvi na tv tribuna uma notícia que requer muita atenção, pois se trata de uma notícia acalentadora e um exemplo magnífico!
Empresários, ambientalistas, sufistas e outras pessoas que amam e valorizam a Natureza e o meio-ambiente resolveram se reunir num passeio de barco, rotineiro; sendo que, durante esse passeio, eles pescam vários detritos jogados ao mar, o que provoca sujeira e poluição.
A atitude voluntária foi muito bem recebida, apoiada e aplaudida pela Secretaria do Meio-Ambiente de São Vicente.
É um belo exemplo a ser seguido por outros municípios. Cabe, agora, à população colaborar com essas pessoas que se sensibilizaram e acudiram, ao ouvir o APELO DO MAR!

Nair Lúcia de Britto

sábado, 7 de junho de 2008

PRÊMIO CAIXA DE JORNALISMO SOCIAL E NEGÓCIOS EM TURISMO

Não perca tempo e faça já sua inscrição
Você, jornalista ou estudante de jornalismo, não pode perder a chance de concorrer a 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais) em prêmios. As inscrições para o Prêmio Caixa de Jornalismo Social e Negócios em Turismo seguem até o dia 20/06 e cada interessado pode inscrever, gratuitamente, quantos trabalhos desejar, desde que sejam correspondentes às pautas: Habitação, Saneamento Básico, Meio Ambiente, Saúde Preventiva, Ensino Fundamental, Negócios em Turismo e Sustentabilidade (a melhor matéria dessa pauta será contemplada com o Prêmio Especial do Júri)
Concorrem aos prêmios todos os trabalhos inscritos nas categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo, publicados nos veículos de comunicação com sede no Brasil, no período de 1º de maio de 2007 a 10 de junho de 2008. Todos os participantes concorrem ao Grande Prêmio de Jornalismo Social e Negócios em Turismo, que será entregue ao melhor trabalho inscrito entre os finalistas.
O vencedor de cada categoria receberá uma dotação de R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentos reais). Já a premiação do Grande Prêmio é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Cada vencedor, receberá, ainda, um troféu de autoria do artista brasileiro Raul Córdula. Os finalistas receberão um certificado pela participação e todos os inscritos no PRÊMIO CAIXA DE JORNALISMO SOCIAL E NEGÓCIOS EM TURISMO - 5ª Edição receberão uma assinatura semestral da Revista IMPRENSA, a partir do mês que encerra as inscrições.
Realizado pela Caixa Econômica Federal, promovido pela revista IMPRENSA, com apoio da FENAJ, o Prêmio Caixa de Jornalismo Social e Negócios em Turismo está em sua 5ª edição e é um dos maiores prêmios jornalísticos no Brasil com objetivo de reconhecer matérias que têm como tema a pauta social.
COMO PARTICIPARPreencha a ficha de inscrição e envie junto com a cópia de cada trabalho (conforme especificação descrita na ficha de inscrição), via correio ou pessoalmente, até 20 de junho de 2008 (será considerada a data da postagem) à Imprensa Editorial Ltda, aos cuidados de "EVENTOS". Endereço: Rua Rego Freitas, 454 - 6º andar - Conj. 61 - Vila Buarque - São Paulo - SP - CEP 01220-010.
SERVIÇORevista IMPRENSAPRODUÇÃO DE EVENTOSGabriela Miranda ou Lucilene IzaacTel.: (11) 2117-5300premiocaixa@portalimprensa.com.brAcesse o regulamento completo através do site: www.portalimprensa.com.br/premiocaixa

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A era da água

Por Everton de Oliveira - Hidrogeólogo e presidente da ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas


No Brasil temos uma tradição muito forte de uso de águas superficiais. Quando se fala em água, sempre são mencionados os mananciais de superfície: represas, lagos, rios, córregos. Entretanto, para surpresa de muitos, no Estado de São Paulo, o mais desenvolvido da federação, aproximadamente 50% dos municípios são abastecidos exclusivamente por águas subterrâneas.



Nosso país deve orientar-se pelo uso da água subterrânea em toda sua potencialidade. Os estados precisam estar equipados com leis adequadas para a gestão correta do uso deste recurso, além de se equiparem para sua preservação, uma vez que o esgoto doméstico é o principal poluente potencial de nossos aqüíferos e é função do estado de fazer sua coleta.



Água, hoje em dia, é assunto. Há até conjecturas sobre possíveis guerras futuras para o acesso à água. Hoje, água é pauta para várias discussões. E 97% da água disponível para consumo humano no planeta é subterrânea. Logo, a pauta deverá inexoravelmente caminhar para o entendimento desta como parte de nosso dia-a-dia. Todos nós vimos um poço um dia em nossas vidas, mas poucos de nós parou para pensar em como a água chega ao seu interior, se sua quantidade varia com o passar do tempo, se a qualidade também varia com o passar do tempo. As respostas simples para estas questões permitem-nos organizar nossas ações visando a preservação da água subterrânea e, por extensão, das águas como um todo. Por serem subterrâneas, esses 97% nos são praticamente invisíveis, somente aparecendo em nascentes, e lembradas quando vemos um poço.



Em primeiro lugar, as águas subterrâneas são armazenadas nos poros do material geológico que compõe os chamados aqüíferos, cuja etimologia remete a um material com capacidade de armazenar e transmitir água em quantidades apreciáveis. As águas de chuva, ao atingirem a superfície do solo dividem-se em uma parte que escoa superficialmente, indo alimentar diretamente os rios e lagos, e outra parte que se infiltra, indo alimentar os aqüíferos. Esse fenômeno chama-se recarga e é o responsável pela realimentação da água que aparece nos poços e, em grande parte, das águas que fluem nos rios e drenagens superficiais. Muitos rios do nordeste do Brasil são alimentados quase que exclusivamente por água subterrânea. Logo, a quantidade de água de um poço depende de sua recarga. Longos períodos de estiagem irão corresponder a uma menor disponibilidade hídrica subterrânea. Por outro lado, a qualidade da água subterrânea depende, em princípio, da interação com o material geológico que compõe o aqüífero e de possíveis alterações causadas pela introdução de compostos estranhos à sua composição: poluição. Ao contrário de rios e lagos, onde a poluição é imediata, pois o acesso à água é direto, nos aqüíferos a poluição é muito mais lenta, pois o fluxo das águas subterrâneas também é lento, tipicamente variando entre 1 metro por dia a 1 metro por ano. Nos aqüíferos, a água encontra-se mais abrigada tanto da evaporação quanto de potencial contaminação. Logo os aqüíferos são mais protegidos, mas não são imunes a contaminações e devem ser remediados (termo técnico) quando tiverem sua qualidade alterada. Inúmeras são as possibilidades de se poluir as águas em geral, e as águas subterrâneas em particular, mas o elemento poluidor mais onipresente é o esgoto doméstico. Como somos um país ainda mal servido pela coleta de esgotos, este infiltra-se no solo, indo eventualmente parar nos aqüíferos. Uma fossa nada mais é do que um sistema de infiltração. Preocupante, não? Devemos nos lembrar que o problema água hoje é pauta mais por estarmos sujando a água que posteriormente iremos utilizar, do que pela sua escassez, uma vez que a quantidade de água do planeta é praticamente invariável. Esgoto doméstico é um vilão, sem dúvida.



No Brasil temos uma tradição muito forte de uso de águas superficiais. Quando se fala em água, sempre são mencionados os mananciais de superfície: represas, lagos, rios, córregos. Entretanto, para surpresa de muitos, no Estado de São Paulo, o mais desenvolvido da federação, aproximadamente 50% dos municípios são abastecidos exclusivamente por águas subterrâneas. Sim, água de poço. Além disso, outros 25% são parcialmente abastecidos por águas subterrâneas. Somente 25% do total são abastecidos exclusivamente por águas superficiais. Parece paradoxal a água subterrânea ser sempre mencionada como fonte alternativa. Mesmo regiões áridas, como o nordeste brasileiro, dispõem de recursos hídricos subterrâneos que podem e devem ser utilizados. As águas nesses reservatórios podem apresentar uma maior dificuldade relativa para serem explotadas, afinal é preciso construir um poço. Entretanto, isso é um problema menor se comparado à qualidade superior da água, que vai requerer menor tratamento, quando isso for necessário. Ou ainda se considerarmos a distribuição de água subterrânea, muito mais otimizada, uma vez que os poços são localizados próximos aos consumidores.



Temos na região Sudeste do Brasil o maior sistema aqüífero do mundo, o Sistema Aqüífero Guarani, que armazena um total de 45.000 km3 como reserva permanente, isto é, reserva que pode ser utilizada e que é recomposta pela infiltração das águas de chuva. Se lembrarmos que um cidadão precisa de 200 litros por dia, e que 1 km3 corresponde a 1 bilhão de litros... Bons poços no Guarani produzem mais de 400 milhões de litros por hora. Números fantásticos e animadores.



Claro que nem todo aqüífero é o Guarani, assim como nem toda água superficial é um rio Amazonas. Mas há abundância no país e a gestão integrada dos recursos hídricos deve orientar o uso racional desta imensidão de recursos que o país dispõe.



Nosso país deve orientar-se claramente pelo uso da água subterrânea em toda sua potencialidade. Os estados precisam estar equipados com leis adequadas para permitirem que técnicas corretas de perfuração de poços, de explotação de quantidades que não superem a capacidade de reposição de água pela recarga, enfim, de gestão correta do uso deste recurso, além de se equiparem para sua preservação, uma vez que o esgoto doméstico é o principal poluente potencial de nossos aqüíferos e é função do estado de fazer sua coleta.



Água vai continuar a ser assunto, e as águas subterrâneas virão cada vez mais à superfície das discussões em torno do uso racional dos recursos hídricos.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

CIA BARÁ realizará Oficina na Faculdade UMC

No dia 21 de junho de 2008, na Universidade UMC, será ministrada uma oficina cultural, para atores e não atores. No horário: 13:00hrs às 16:00hrs. A universidade fica localizada na Av. Imperatriz Leopoldina, 550.
As inscrições poderão ser feitas no local ou através do número: (11) 3648 5050. A oficina será ministrada pelo ator Diego Gonzalez com os participantes da Cia. Bará.
Serão oferecidos exercícios básicos para preparação do ator.
Técnicas de relaxamento; exercício respiratório; exercício vocal;
exercício corporal, com improvisações que serão apresentadas como resultado final.
Entrada: R$ 10,00.
A Cia. Bará iniciou sua carreira com um grupo de alunos universitários sob a direção da premiada atriz Sandra Corveloni.
Atualmente a Cia. segue com pesquisas preparatórias para sua próxima montagem sob a direção do ator Diego Gonzalez.

"Busco na alma do ser, na essência de cada um, ator ou não ator, suas possibilidades de interpretação e inter-relação com o mundo, e muito mais do que isso: com o universo em que estamos todos conspirados. E, para isso, faço uma espécie de iniciação-rito que consiste na 'QUEDA DAS COURAÇAS'" diz, Diego Gonzalez.