terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

"A LITERATURA DE TODOS OS TEMPOS"


                                                               A LITERATURA DE TODOS OS TEMPOS

Claudia Ivanike



                Alguns escritos que me chegam são sempre analisados de forma singular tentando juntar-me ao seu criador. É por isso que prefiro sempre os escritos mais antigos, onde posso compreender a verdade do EU. Do EU meu próprio eu, ou de outro poeta que escreveu... e isso ajuda no entendimento das linhas que já fiz. Recebi por e-mail uma linda poesia escrita por Gustavo Teixeira, chamada Ressurreição. O saudoso escritor despertou minha atenção porque já estive pertinho deste compasso na poesia romântica quando escrevi as poesias Meu Grande Amor; Eternamente; e Soneto de Carinho.  Esta característica tão próxima de escrever com a alma que liga os ideais entre as pessoas faz surgir uma sincronia jamais percebida para quem não é praticante do fascinante esporte das letras. Pauso. Sem intenção de referência aos profissionais da gramática, pois estes passam perto da circunstância aplicada ao texto... questão de bom senso.

                Gustavo de Paula Teixeira, (São Pedro, 4 de março de 1881 / São Pedro, 22 de setembro de 1937), escrevia com características peculiares do século XX. Seu trabalho ficou reconhecido como textos parnasianos e simbólicos e versos românticos alexandrinos, comuns à época. Filho de pai ex-seminarista e de mãe professora, aos dezessete anos ele também já alfabetizava em aulas na Fazenda Campestre. Ao conhecer as obras, procuro localizar um pouco do autor, que é o meio pelo qual podemos perceber a literatura naquele específico tempo. Rebuscando a literatura através de Gustavo Teixeira, hoje o registro é para julho de 1937, quando o escritor são pedrense foi eleito à revelia para ocupar a cadeira 10 na Academia Paulista de Letras, mas a pneumonia ceifou-lhe a vida sem que o mesmo pudesse usufruir da vaga. Ele deixou um trabalho com duzentos sonetos (1934/1937), o qual denominou de Último Evangelho, cuja obra estava sendo inspirada em figuras bíblicas e passagens do Novo Testamento.

                A literatura é mesmo um mosaico de tantas vidas escritas neste universo. Ao navegarmos por estas histórias, mais e mais informações se agregam compondo uma beleza de tantos saberes e demonstrações estilísticas que nos ensoberbece. Já nutrida com a biografia do autor pesquisado, o rumo foi à descoberta de outras poesias. Creio que hoje foi um dia especial!

                 


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