Quando eu era criança: uns quatro ou cinco anos, mais ou menos, lembro-me que mamãe comprava-me um almanaque infantil chamado Tico-Tico, que continha uma seleção de histórias em quadrinho, além de textos e poesias, lindamente ilustrados. Quando eu não sabia ler, mamãe lia para mim... Ela própria gostava muito de ler. E uma das poesias que ficou marcada fundo na minha lembrança era As duas flores, que eu queria porque queria reler, mas não me lembrava nem do título, nem o nome do autor.
Hoje finalmente eu a encontrei no site www.poemasdecoração.blogspot.com.
Ao referido site, o meu muito obrigada!
AS DUAS FLORES
Por: Castro Alves
São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol
Vivendo no mesmo galho
Da mesma gota de orvalho
Do mesmo raio de sol
Unidas, bem como as penas
Das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu...
Unidas, bem como os prantos
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar
Como o suspiro e o desgosto
Como as covinhas do rosto
Como as estrelas do mar...
Unidas... Ai quem pudera!
Numa eterna Primavera
Viver qual vive essa flor
Na rama verde e florida
Na verde rama do amor!
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