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domingo, 31 de outubro de 2010
Blog da Revista Virtual Partes: Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta, Silas...
Sagrado Testamento Corpóreo de um Pós-Poeta, Silas Correa Leite
Poeta Silas Correa Leite
Quando eu morrer, quero deixar meu corpo todo, para, em meu nome, em nome do meu historial humanista de vida, fazer minhas últimas ações póstumas em defesa da ética, dos excluídos sociais, sempre protestando contra as riquezas impunes, os lucros injustos, as propriedades roubos, o cínico estado mínimo, e o câncer do neoliberalismo e suas privatarias, a globalização da miséria informal e o neoescravisno da terceirização amoral:
Vamos por Partes:
01)-Minha orelha esquerda deixarei para ser enviada ao Congresso Nacional Brasileiro, para ajudar que sejam ético-humanistas os ouvidores dos clamores das massas populares, já que o poder em nome do povo deve ser exercido, e assim possam customizar as leis para prover os Sem Teto, Sem Terra, Sem Trabalho e Sem Amor, os descamisados... mais as florestas e os povos das florestas;
02)-Meu olho esquerdo deverás ser enviado à ONU-Organização das Nações Unidas, para dizer que, mesmo depois de morto, feito uma metáfora de aviso, estou e estaremos de olho no trabalho oficial para que seja mais humanitária e menos reprodutora de injustiças dos países dominantes, do poderio financeiro e bélico deles, e criem efetivamente mecanismos de reprodução de riquezas e lutem contra oligarquias e monopólios que aumentam injustiça, geram a miséria e obtém lucros com a fome;
03)-Minha orelha direita deverá ser exposta no mais alto patamar de Itararé, minha aldeia natal, Santa Itararé das Artes, para ali poder ouvir, sentir e captar as vozes todas do ambiente, céus, rios, florestas, chuvas e espaços geofísicos naturais que me permitam estar simbolicamente atento ao clamor dos sentidos da vida em seu mais puro habitat humanizado;
04)-Meu fígado deverá ser embalado a vácuo e enviado ao bairro do Bixiga em Samparaguai, como um representante ético-humanista de boêmio pela própria natureza, e deverá assim estar sempre ao lado do que representa a vox populi da fauna notívaga e assim então poder ser acalentado pelas vozes dos artistas de rua, de bares e de tantos forfés em contentezas e prazeiranças da área etílica, pois, como disse o Chico Buarque de Hollanda, a seco, ninguém segura esse rojão;
05)-Meu coração de Andorinha será enterrado no Cemitério Lágrimas do Céu de Itararé, no mesmo túmulo de minha Mãe Eugenia, e ao lado dele brotarão flores de lágrimas, em memória de quem me deu a vida, e também em memória de meu pai Maestro Antenor que me deu inspiração, e também das pessoas que amei e partiram primeiro, e que me foram a razão de lutar, de ser e de sobreviver;
06)-Meu polegar esquerdo será enviado virado pra baixo, para as pessoas ou instituições que maltratarem animais, no sentido de expressar minha tristeza, meu protesto e meu gesto negativo contra todas as formas de deterioração de vida, inclusive da vida humana banalizada pelo consumo insano e dentro das infovias efêmeras a hipocrisia do ter valendo mais do que o Ser:
07)-Meu polegar direito deverá ser enviado à entidade, instituição, associação ou núcleo humanista que mais fizer em prol da vida, da defesa da vida, das causas sociais, da vida com compromisso ético e sócio-inclusivo, do humanismo enquanto defesa da liberdade, da democracia, da cultura para todos, pois a gente não só quer só comida, a gente quer prazer, diversão e arte como libertação;
08)-Meus pés serão transformados em ornamento, como um símbolo de busca de evolução, de aprimoramento espiritual, de sentido filosófico-existencialista ao verbo caminhar, pois somos, estamos e permanecemos, no sentido da grande busca que é a paz para todos, a provisão de luz para os espíritos viajosos carentes na espiritualidade do arco-íris atrás da estrada de tijolos amarelos, e contra todas as formas de opressão e mesmo do estado ineficaz em dezelo público;
09)-Meu dedo indicador será apontado contra as potências que fazem dos armamentos as piores formas de opressão, de domínio, buscando poder com sangue, destruindo vidas humanas em favor de estados bélicos, e será sempre inquisidor em sentido da busca pela paz no mundo, paz com justiça e pão, paz com justa distribuição de renda, paz em que não haja mais fronteiras, bandeiras, estados de guerra, como muito bem cantou John Lennon;
10)-Minha pele de Itarareense boêmio pela própria natureza, será transformada em produtos de couro, para num sentido lembrar sempre ao mundo que a pele de todos os animais ou do próprio ser humano são a mesma coisa; devemos preservar todas as vidas no planeta terra, em nome de uma sobrevivência conciliadora como o sonho de Shangri-lá, de Pasárgada ou de uma Jerusalém Celeste, em que o leão paste com o cordeiro, todas as vozes se unam, sejamos todos irmãos e todos por todo, na alegria e na tristeza;
11)-Dos meus ossos então finalmente queimados serão feitos cinzas, em memória de Luther King, de Gandhi, de Maiakovski e de outros mitos que foram mortos ou se mataram por causa da fé, pela loucura de compreender e humanizar a vida como um todo; contra a opressão de qualquer tipo ou em nome de Deus, religião ou situação emergencial, e para que todos saibam que somos todos iguais, voltaremos ao pó, e em memória dos que cantaram o amor ao próximo, o amor à vida, ou à arte, e assim finalmente ficarão minhas cinzas para comporem o sagrado corpo de terra, a serem atiradas na curva do Rio Itararé, o rio que banha a minha aldeia-ninhal, o mais belo rio que banha o meu berçário-raiz;
12)-Meus cadernos de rascunhos, já perto de mil, quantos forem à época de minha travessia, deverão ser doados ao núcleo de filosofia ou de letras da USP-Universidade de São Paulo, para estudos, pesquisas, acertos, tentas edições possíveis e abertas, e todos os proventos de percurso, além de sustentarem uma fundação cultural de Itararé, Cidade Poema, terão seus direitos reservados para serem providos a instrumentalizações de inclusão social, defesa da vida, do meio ambiente, da auto-sustentabilidade que essa instituição precisa e deve em meu nome e historial representar;
13)-Meus restos, por fim, o que restar ao final de tudo, nessa empreita, plantem em vasos de flores e deixem pelas ruas de cacau quebrado de Itararé, terra-mãe, meu reino encantado, para que um aqui e um ali, leve para si, para seu canto, para seu lar, para o seu sonho, as pétalas de meu lado sentidor, proseador, meu lado sobrevivente, porque, afinal de tudo, apesar de tudo, a maior vingança é ser feliz, e só somos felizes mesmo quando todos possam ter o que comer, haja justiça transparente e o direito de protestar contra tudo e contra todos seja sagrado, pois, afinal, já disse o poeta, o importante é que a emoção sobreviva, e o amor é comunitário e serviçal.
E tenho dito – está escrito: Maktub
– Itararé/Sampa/31/10/2010
-0-
Poeta Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br - Site
www.portas-lapsos.zip.net
sábado, 30 de outubro de 2010
Vitrine do Giba: Drummond, 108.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Livro todo dia
III SIMPOESIA - Simpósio de Poesia Contemporânea
Casa das Rosas promove terceira edição
do SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea
O evento, que acontece entre 5 a 7 de novembro, propõe
novamente um intercâmbio entre poetas brasileiros e estrangeiros.
A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, espaço cultural do Governo de São Paulo administrado em parceria com a Poiesis - Organização Social de Cultura, promove a terceira edição SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea. O evento, que tem curadoria de Virna Teixeira, acontece entre 5 e 7 de novembro na Casa das Rosas, Av. Paulista, 37.
Para esta edição, o SIMPOESIA propõe novamente um intercâmbio entre poetas brasileiros (de locais distintos do país) e poetas estrangeiros. Três grandes nomes de impacto no cenário internacional estarão presentes no evento para apresentar e discutir seu trabalho: Bruce Andrews (USA), a poeta e tradutora Erin Moure (Canadá) e o holandês Arjen Dunke.
A programação este ano inclui uma participação maior de poetas mulheres; discussão sobre poesia contemporânea nas universidades e um foco em tradução. Haverá também uma palestra com o curador de Latin American Collections da British Library, Aquiles Alencar Breyner, que discorrerá sobre biblioteca digital e arquivo de material eletrônico na web. Haverá ainda incentivo à presença de poetas jovens e lançamentos de livros de poesia. A curadora Virna Teixeira tem boa experiência na produção de encontros literários e recentemente organizou o Festival de Poesia Tordesilhas em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, junto com o poeta Claudio Daniel.
Simpoesia - edições anteriores
O Simpoesia foi realizado pela primeira vez em outubro de 2008, através de uma parceria entre a Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura e a Universidade de São Paulo (USP), com curadoria da poeta Virna Teixeira e do professor Antônio Vicente Pietroforte. O evento contou com a presença de 50 poetas brasileiros, de diferentes regiões do país, incluindo autores já reconhecidos, como Roberto Piva, Claudio Willer, Glauco Mattoso, Claudia Roquette-Pinto, e Frederico Barbosa, e também com a presença de poetas jovens, professores e críticos literários. A programação interativa, que além de recitais e debates, incluiu shows, videopoemas e performances estendeu-se ainda para o Museu da Língua Portuguesa e a Academia Internacional de Cinema. Todas as atividades foram gratuitas e abertas ao público.
O Simpoesia II, realizado em 2009 na Casa das Rosas e no Instituto Cervantes, passou a contar também com a participação de poetas estrangeiros. Poetas como William Alegrezza (USA), Victor Sosa (México), Rodolfo Hasler (Cuba/ Espanha), Tracy Grinell (USA), Luís Serguilha (Portugal), Stefan Tobler (Inglaterra), entre outros, estiveram em São Paulo para recitais e conversas em torno da tradução, revistas de poesia e crítica literária. Parcerias foram firmadas com o Consulado do México e a Centro Cultural da Espanha em São Paulo. Ocorreu também uma feira de pequenas editoras independentes de poesia do Brasil e Argentina, organizada pela revista Grumo. O evento foi um sucesso de público e crítica e reuniu mais de mil pessoas nos quatro dias de encontro.
Programação
Sexta-feira – 5/11
19h: Abertura do evento
19h30: Leitura
Com Ismar Tirelli (RJ), Marize Castro (RN), Leonardo Gandolfi (RJ), Claudio Daniel (SP), Farnoosh Fathi (EUA), Martin Palacio Gamboa (Uruguai).
Videopoema “poço. festim. mosaico”, de Marize Castro.
20h30: Apresentação – Arjen Duinker (Holanda).
21h: Leitura – Bruce Andrews (USA).
21h30: Videopoema – Cidade Reposta, de Márcio-André (RJ).
Lançamentos
Títulos dos selos:
Annablume
Selo Orpheu, editora Multifoco
Lábios-espelhos, de Marize Castro
Sábado – 6/11
16h30: Debate – A novíssima poesia brasileira.
Com Nilson Oliveira (PA), Antônio Vicente Pietroforte (SP) e Edson Cruz (BA/SP).
Mediação: Leonardo Gandolfi (RJ).
18h: Palestra sobre arquivos digitais de poesia, com Aquilles Alencar Brayner (British Library).
19h: Leitura
Com Adriana Zapparoli (SP), Antônio Vicente Pietroforte (SP), Edson Cruz (BA/SP), Nícollas Ranieri (MG).
20h: Palestra sobre language poetry, com Bruce Andrews (USA).
20h30: Leitura – Erín Moure (Canadá).
21h: Lançamento de diversos títulos da Lumme Editor e da revista Polichinello.
Maratona de leitura com a participação de Adriana Zapparoli, Lígia Dabul, Micheliny Verunsck, Thiago Ponce de Moraes, Nilson de Oliveira, Leonardo Gandolfi, Assis de Mello, e Glauco Mattoso.
Domingo – 7/11
16h30: Painel – Mulheres tradutoras (recital).
Com Marina Della Valle (SP), Telma Franco (SP), Eva Balitkova (República Tcheca/SP), Erín Moure (Canadá), Virna Teixeira (CE/SP).
Mediação: Martín Palacio Gamboa (Uruguai).
Homenagem a Wilson Bueno, por Erín Moure.
17h30: Apresentação do livro fio, fenda, falésia, com Roberta Ferraz (SP) e Renata Huber (SP).
18h: Leitura
Com Donny Correia (SP), Arjen Dunker (Holanda), Bruno Brum (MG), Beth Brait Alvim (SP), Frederico Barbosa (SP), Micheliny Verunsck (PE/SP).
Performance poemacumba, de Leo Goncalves (MG).
Lançamento títulos Arqueria editorial / encerramento
Serviço
III SIMPOESIA – Simpósio de Poesia Contemporânea
Dias 5, 6 e 7 de novembro
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37 – próximo à Estação Brigadeiro do Metrô
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 22h
Domingos e feriados: das 10h às 18h
Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74
Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-4477
Site: www.casadasrosas-sp.org.br
A Esperança Já Venceu o Medo Agora a Verdade Vai Vencer a Mentira
50 RAZÕES PARA VOTAR EM DILMA50 DILMA!
BALANÇO DE GOVERNO PSBD-FHC-SERRA (8 anos)
1. Mercado Internacional Brasil sem crédito algum Brasil elevado para “Grau Investimento”
2. Política Internacional Fala fino com Washington e grosso com os
governos Latinoamericanos
Fala de igual para igual com Washington e Europa, cria
o G27 e exerce liderança democrática na América
Latina e nos países do 3º mundo
3. Crises Internacionais 3 crises pequenas arrasaram o País A maior crise da história aqui virou “marolinha”
4. Risco Brasil 2.700 pontos 167 pontos
5. Dólar R$ 3,26 R$ 1,66
6. Dívida com o FMI Triplicou Pagou
7. Dívida com o Clube de Paris 5 bilhões de dólares Pagou
8. Dívida Externa (% do PIB) 12,45% 2,41%
9. Dívida Pública (% do PIB) 55,5% 42,0%
10. Reservas do Tesouro Nacional 31 bilhões de dólares 225 bilhões de dólares
11. Exportações Anuais 60,4 bilhões de dólares 258,3 bilhões de dólares
12. Balança Comercial 8,4 bilhões de dólares negativos 265,3 bilhões de dólares positivos
13. Transações Correntes 186,2 bilhões de dólares negativos 110,1 bilhões de dólares positivos
14. Geração de Energia Elétrica Apagão, racionamento e taxação sobre
consumo doméstico elevado
1.567 empreendimentos em operação (95.744.495 kW),
65 em construção (26.967.987 kW ) e 516 outorgados
15. Petrobrás
Planos de privatizá-la para “Petrobrax”, ações
“rifadas” em Wall Street 40% abaixo do valor,
contratos por concessão, plataformas
estrangeiras afundando mar afora
Autosuficiência em petróleo, contratos do pré-sal via
sistema de partilha, biodiesel, infraestrutura nacional,
lucros do pré-sal para educação, saúde, segurança,
ciência e inovação e meio-ambiente
16. Política de Câmbio Câmbio fixo que estourou a economia Política responsável de câmbio flutuante
17. Taxa de Juros SELIC 26,5% ao ano (48,5% em 1999!) 8,5% ao ano, a menor taxa da história
18. Investimentos em Infraestrutura R$ 22 bilhões ao ano R$ 73 bilhões ao ano
19. Crescimento Industrial 1,94% 8,77%
20. Produção de Bens Duráveis 2,4% 14,8%
21. Indústria automobilística Crescimento de 1,8% Crescimento de 5,4%
22. Indústria Naval Desativou Reconstruiu
23. Investimento do BNDES em micro e
pequenas empresas
R$ 8,3 bilhões R$ 36,0 bilhões
24. Empregos 5 milhões, 780 mil com carteira assinada 15 milhões, 11 milhões com carteira assinada
25. Desemprego no País 12,2% 7,4%
26. Salário Mínimo 55 dólares (1,3 cestas básicas) 307 dólares (3,7 cestas básicas)
27. Custo da Cesta Básica Aumento de 81,6% Aumento de 15,6%
28. Rodovias 90% danificadas 70% recuperadas
29. Ferrovias Novas 0 (Zero) 3 megaferrovias em construção
30. Áreas Ambientais Preservadas 40 milhões de hectares 65,6 milhões de hectares
31. Universidades Federais Novas 6 13
32. Extensões Universitárias 0 (Zero) 131
33. Matrículas da Universidade Federal 531.634 1.010.491
34. Orçamento de Custeio e Capital das
Universidades Federais R$ 100 milhões R$ 2,1 bilhões
35. Programas Pro-Uni e Pró-Jovem Não havia programas similares Pro-Uni: 670 mil bolsas de estudo na Univ. Privada
Pró-Jovem: 183 mil bolsas para alunos de 18 a 24 anos
36. Escolas Técnicas 11 214
37. Combate à Pobreza 2 milhões saíram da linha da pobreza,
transferência de renda de R$ 2,3 bilhões
31 milhões saíram da linha da pobreza, transferência de
renda de R$ 12,1 bilhões
38. Compra de Terras para Reforma
Agrária R$ 1,1 bilhões (1999 a 2002) R$ 3,7 bilhões (2003 a 2005)
39. Crédito Popular Aumento de 14% Aumento de 34%
40. Empréstimo para Habitação R$ 1,7 bilhões R$ 9,5 bilhões
41. Eletrificação Rural 2.700 pessoas 12 milhões de pessoas
42. Crédito p/ Agricultura Familiar 2,4% 11,3%
43. Investimento/Anol em Saúde Básica R$ 155 milhões R$ 2,5 bilhões
44. Programa Saúde da Família 16.698 equipes 27.401 equipes
45. Atendimento Odontológico 17,5% 35,7%, o Programa Brasil Sorridente levou 15 milhões
de brasileiros ao dentista pela 1ª vez
46. Mortalidade Infantil Indígena 55,7 por 1000 habitantes 18,6 por 1000 habitantes
47. Acesso à Água no Semi-árido Não havia programa similar 1.762 mil pessoas e 152 mil cisternas
48. Distribuição de Leite no Semi-árido Não havia programa similar 8,3 milhões de brasileiros
49. Policia Federal 5.000 policiais 13.000 policiais
50. Combate ao Crime Organizado
Corrupção, Sonegação e Lavagem
de Dinheiro
20 operações da PF, 54 prisões,
Privataria,
Paraíso da Impunidade
358 operações da PF, 3.951 prisões
Respeito à Lei,
Punição dos Corruptos
E AÍ, VOCÊ AINDA TEM DÚVIDAS?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O Educando: Seus Valores e o Meio Ambiente Uma Reflexão a cerca da Preservação da Água e do Solo na Perspectiva da Educação Ambiental
Marco Aurélio da Silva; Aristéia Mariane Kayser; Evandra Cardosopublicado em 04/10/2010
http://www.partes.com.br/socioambiental/oeducando.asp
ASNONAUTA - O Amigo Viciado Que Se Tornou Um
Asnonauta - O Viciado Amigo Que Se Tornou Um...
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Conselho Consultivo avalia nova lista de candidatos a Patrimônio Cultural do Brasil
Serão avaliadas seis propostas de tombamento e registro como Patrimônio Cultural do Brasil do Amazonas, Mato Grosso, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
Data: 4 e 5 de novembro de 2010
Local: Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa, 16 – Centro – Rio de Janeiro - RJ
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan mantém sua proposta de ampliar o número de bens culturais protegidos, garantindo o acesso e o envolvimento da sociedade com seu patrimônio histórico. Neste sentido, o Conselho Consultivo Patrimônio do Cultural estará reunido, mais uma vez, nos próximo dias 4 e 5 de novembro, no Rio de Janeiro, para avaliar a proposta de proteção federal para mais seis bens culturais: o registro como patrimônio cultural brasileiro do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro que envolve mais de 22 etnias indígenas do Amazonas, e o Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe, no estado do Mato Grosso. Na pauta estão também o tombamento da paisagem natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul, do conjunto urbanístico e paisagístico da cidade de São Félix, na Bahia, do Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, no Amazonas, e do Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro
Este ano, o Conselho Consultivo já esteve reunido outras duas vezes. Na primeira, em março, foram aprovados o registro da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás, e o tombamento da Vila Serra do Navio, no Amapá. Já no mês de junho, os conselheiros aprovaram o tombamento dos Lugares Sagrados dos Povos Indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso, os Bens da Imigração Japonesa, em São Paulo, e o Teatro Oficina, também no estado paulista.
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.
Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões - AM
Os mais de 10 quilômetros em que é possível observar as águas escuras e transparentes do Rio Negro correndo ao lado das águas turvas e barrentas do Rio Solimões, no Amazonas, podem se tornar o mais novo bem protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan no norte do país. O Iphan defende a proposta em função da excepcionalidade do fenômeno, considerando seu alto valor paisagístico.
Centro histórico de São Félix - BA
A cidade de São Félix, no Recôncavo Baiano, se estabeleceu no século XVI em função da expansão do porto de Cachoeira, como o ponto de partida da Estrada das Minas, importante rota comercial que seguia para Rio de Contas, na Bahia, e para os estados de Minas Gerais e Goiás. Ainda hoje mantém a trama urbana original praticamente intacta. Também é espaço de manifestações culturais, sobretudo religiosas, da população local e mantém uma interação histórica, urbanística e paisagística com a cidade de Cachoeira, situada na outra margem do Rio Paraguaçu.
Paisagem cultural em Santa Tereza - RS
Localizada às margens do Rio Taquari e do Arroio Marrecão, Santa Tereza conta cerca de 570 moradores que habitam as 250 casas do núcleo urbano. Os outros quase 1,5 mil habitantes moram na área rural. A partir de 1887, os lotes foram distribuídos entre os colonos. Desde essa época a cidade destaca-se pela diversidade e a alta produtividade da agricultura desenvolvida em terras consideradas as mais férteis do estado. Ainda hoje a comunidade tira o sustento da lavoura. Entre os núcleos gaúchos, Santa Tereza é o mais singelo e também o mais íntegro do ponto de vista da ocupação urbana já que mantém quase intactas as características originais do seu traçado.
Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial - RJ
Conhecido como Monumento aos Pracinhas, localizado no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, foi construído entre 1957 e 1960 e projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas. O conjunto é integrado por três obras: uma escultura de metal homenageando a força aérea brasileira, outra em granito que homenageia os pracinhas das três armas e um painel de azulejos destacando os combatentes e os civis que morreram em operações navais. Simbolicamente, o Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, estiliza duas palmeiras amparando mãos que levam até o céu nossos pracinhas mortos em combate, cujos 468 túmulos se localizam no subsolo.
Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro - AM
Ainda hoje no Brasil, um sistema agrícola é capaz de determinar a organização social de etnias e permite, inclusive, um mapeamento das línguas e costumes. Em linhas gerais, esse é o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, entendido como um conjunto formado por elementos interdependentes, como as plantas cultivadas, os espaços, as redes sociais, a cultura material, os sistemas alimentares, os saberes, as normas e os direitos. O cultivo da mandioca brava (manihot esculenta) é a base desse sistema que reúne os mais de 22 povos indígenas que vivem ao longo do Rio Negro, em um território que abrange os municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, até a fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela.
Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe
O Ritual Yaokwa é a mais longa e importante celebração realizada por esse povo indígena, atualmente uma população em torno de 540 indivíduos que vivem em uma única aldeia, na terra Enawene Nawe uma área de 742 mil hectares, homologada e registrada, localizada numa região de transição entre o cerrado e a floresta Amazônica, no estado do Mato Grosso. Com duração de sete meses, este ritual define o início do calendário ecológico-ritual Enawene que abrange as estações seca e chuvosa de um ciclo anual marcado pela realização de mais três rituais: Lerohi, Salomã e Kateokõ. Parte fundamental do Yaokwa ocorre quando os homens saem para a pesca de barragem, construídas com sofisticadas armações que se configuram em elaboradas obras de engenharia, dispostas de uma margem à outra do rio. Este é o ponto alto do ritual que começa em janeiro, com a coleta das matérias-primas para a construção das barragens e com a colheita da mandioca.
Mais informações
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Terreiro de Breque quarta na TV Brasil, quinta no Bar Funil e sábado no Vaca Atolada (grátis)
Na telinha ou no bar, com ou sem cerveja, essa semana tem Terreiro de Breque em dose tripla! Na quarta-feira (27), a TV Brasil reprisa, no programa "Paratodos", às 20h, matéria sobre a roda mensal do TB na charmosa ilha de Paquetá. Já na quinta (28) a pedida é curtir o grupo no Bar Funil, a partir das 20h. Por último, sábado (30) ocorre a roda quinzenal do TB no botequim Vaca Atolada, a Embaixada Carioca, a partir das 21h. Ufa, a semana promete! Apareça!!!
Serviço
Programa "Paratodos" - TV Brasil
Data: quarta, 27/10, 20h
Bar Funil
Endereço: Rua Gomes Freire, 226 – Lapa, Centro, Rio de Janeiro
Data: 28/10 (quinta-feira), a partir das 19h
Entrada franca
Vaca Atolada, a Embaixada Carioca
Endereço: Rua Gomes Freire, 533 - Lapa, Centro, Rio de Janeiro
(na quadra entre as ruas do Rezende e da Relação)
Data: sábado, 30/10, 21h
Entrada franca
Terreiro de Breque
O Terreiro de Breque é uma confraria de boêmios inveterados, reunidos para tocar e cantar o samba, especialmente em seus matizes menos explorados, como o samba de terreiro, o samba de breque e o sincopado. No repertório, sambas inéditos, muito lado B dos compositores mais famosos e músicas de autores menos conhecidos e de componentes do grupo, com espaço também para marchinhas e maxixes.
Bar Funil
Fundado com um espírito de confraria, num local de muita história no carnaval carioca, o Bar Funil é garantia de cerveja gelada, petiscos típicos e música de qualidade, com espaço também para o novo.
Vaca Atolada
Cerveja gelada, petiscos deliciosos e o clima de quem conhece os ensaios, as rodas e os desfiles da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da Folia, o bloco de maior fôlego do carnaval carioca. Esta é a cara do bar Vaca Atolada, a Embaixada Carioca. Ao contrário de diversas casas noturnas da nova Lapa, o lugar faz jus ao título de autêntico botequim, sem frescuras e também sem a simplicidade de boutique da qual foge o verdadeiro frequentador de botecos.
Para saber mais sobre o Terreiro, acesse:
Perfil no Orkut
Entrevista para o jornal Algo a Dizer
Músicas próprias no Myspace
Ou pelo tel. (21) 8193-9746
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
O HOMEM E A VIRTUDE
Por: Nair Lúcia de Britto
Em seu plano mais elevado, a virtude é um conjunto de qualidades essenciais que
caracterizam o homem de bem. Um homem virtuoso é bom, solidário, trabalhador,
moderado e modesto.
Entretanto o homem que se vangloria de suas virtudes não pode ser virtuoso
porque lhe falta a virtude principal: a modéstia; que, por sua vez, é substituída
pelo orgulho. A pessoa verdadeiramente virtuosa não gosta de se exibir, prefere
se omitir e evita os aplausos da multidão
Muitos virtuosos, como São Vicente de Paulo,* não se dão conta disso;
são desconhecidos do mundo, mas conhecidos por Deus. Deixam-se levar
pela corrente de suas boas inspirações para praticar o bem,
sem esperar nada em troca; esquecidos até de si mesmos.
Não se glorificam por suas qualidades; porque, nesse caso, perderiam
o mérito da principal do homem virtuoso, que é a modéstia.
Exultar a si mesmo é um sinal de orgulho e vaidade que, como nuvens
cinzentas, toldariam a visão das mais belas qualidades.
Por isso o homem virtuoso deve afastar esses sentimentos impuros do
seu coração.
Quando o homem pratica uma boa ação, a recompensa está na alegria
que sente em ver o bom resultado dessa mesma ação. É uma satisfação
íntima, uma grande felicidade interior e que não deve se degenerar
no desejo de receber elogios; para que essa felicidade não se transforme
simplesmente em vaidade.
Os espiritualistas sabem que o homem está muito longe da perfeição.
Mas esse é o caminho que todos devem buscar e, nesse trajeto, vale mais
menos virtudes com modéstia do que mais virtudes, com orgulho.
Todas as virtudes tem seu valor em particular porque todas elas são sinais
de progresso. Por exemplo, toda vez que repelimos a tentação de fazer algo
errado isto é uma virtude. Mas o que existe de mais sublime na virtude é
sacrifício de um interesse pessoal em benefício do bem comum, sem esperar
por recompensas.
O verdadeiro desinteresse é algo tão raro sobre a Terra que, quando isto
ocorre, é visto como se fosse um fenômeno. O apego aos bens materiais
distancia o homem da sua verdadeira destinação; enquanto que o homem
desapegado dos bens terrestres vê seu futuro de forma mais elevada.
A fortuna é uma responsabilidade destinada a alguns homens que
deverão prestar contas do que foi feito com ela. Se não for bem
usada, terão que responder por todo o bem que poderiam ter feito
e não fizeram; e por todas as lágrimas que poderiam ter enxugado,
se o dinheiro não tivesse sido dado àqueles que dele não tinham
a menor necessidade.
Todos têm uma missão a cumprir na Terra, grande ou pequena, não importa;
porque para Deus as distinções sociais não existem.
O importante é que toda missão deve estar sempre voltada para o bem.
Quem não respeitar esse princípio fundamental terá falhado!
(Texto baseado no Evangelho segundo o Espiritismo e Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec)
*"Inspirado por seu amor a Deus e aos pobres, São Vicente de Paulo foi o criador de muitas obras de amor e caridade. Sua vida é uma história de doação aos irmãos pobres e de amor a Deus. Muitos acham que sua maior virtude foi a caridade, mas a humildade suplantava essa virtude" (Wikipedia).
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
ABERTAS INSCRIÇÕES PARA ELEIÇÃO DE INTEGRANTES DO CADES IPIRANG
Estão abertas as inscrições para a eleição de representantes da sociedade civil para integrar o CADES - Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da região do Ipiranga. O munícipe maior de 18 anos que quiser participar deve inscrever-se, pessoalmente, até dia 5 de novembro, das 9h às 16h, na sede da Subprefeitura do Ipiranga (Rua Lino Coutinho, 444, Ipiranga), com Jacob ou Regina. Os candidatos devem apresentar documento de identidade com foto e CPF, comprovante de endereço ou de trabalho e carta de intenções e propostas. As eleições serão realizadas no dia 27 de novembro, na sede da Subprefeitura do Ipiranga.
CASA DE CULTURA REALIZARÁ SARAU CULTURAL NO IPIRANGA
No próximo dia 30 de outubro, às 18h, a Casa de Cultura Chico Science (Rua Abagiba, 20, Moinho Velho) realiza gratuitamente o II Sarau Poesia ou Morte! O evento terá apresentações musicais, danças folclóricas, teatro, moda e poesia e será aberto para intervenções do público. O sarau busca resgatar uma prática do século XIX, que consistia em reunião de amigos ligados à arte e cultura, para apresentar números musicais, declamar poesia, ler trechos de livros, cantos, concertos musicais e apresentações solo. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail rommel.werneck@opiagui.com.br. As inscrições podem ser feitas durante o evento.
CRITICAS
-----Mensagem original-----
De: Gilberto Nogueira de Oliveira [mailto:gilbertosombra@hotmail.com]
Enviada em: quarta-feira, 20 de mmmm de aaaa 23:29
Para: partes@partes.com.br
Assunto: CRITICAS
NÃO TENHO MUITA INTIMIDADE COM O COMPUTADOR. HOJE EU LI UMA POESIA DO GILBERTO SILVA E GOSTARIA DE MANDAR UM ELOGIO MAS É TÃO DIFICIL...
gilbertoescritor.blogspot.com
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Vitrine do Giba: O Bom das eleições
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Instituições da Amazônia precisam aumentar a cooperação científica
sábado, 16 de outubro de 2010
Romance de Estreia de Celena Carneiro, "Morde na Bolacha Junto Com a Goiabada"
O Belo Romance de Estréia “MORDE NA BOLACHA JUNTO COM A GOIABADA” de Celena Carneiro
A razão de existir
Uma revolta humanista
Albert Camus
-Romance de estréia... romance de estréia... sempre dá um frio na barriga, quando você lança um, quando você sabe de um. Como escrevo e, por assim dizer, sinto na pele a dor do outro, quando pego o romance de estréia de um autor novo, fico só sondado, no devir o que pode ser a baita sorte de acertar na mosca, quero dizer, na obra, e, a até natural forçada da barra do lançamento imaturo ou incompleto da obra que acaba também por assim dizer sendo um tiro no pé. Medidas as proporções, tendo em vista inclusive o próprio currículo da autora, fui a luta, quero dizer, dei uma bela pegada no romance “Morde na Bolacha Junto Com a Goiabada”, Edibrás, Uberlândia, 2010.
Surpresa!
-O romance está muito bem escrito, ainda que comedido, mesmo assim avança tranqüilo e com qualidade narrativa, na construção de personagens. A pacata vidinha de uma dona de casa, as filhas, o marido que aprende a tocar violão e muda tudo, pondo musica nos atos e no modo de pensar. Vila da Aranha e os arremedos do historial.
Rita e Hilda e Miguel. Pra começar. E o entorno, acontecências interioranas, cidade pacata, vida humilde. Tudo começa como um remanso de águas, a contação vai entrando no âmago de cada momento, parágrafos, inimizades, prismas. A primeira morte que é para sempre. O primo visitante que finca pé nas entranhas da história. A história sendo costurada evolui. Bolacha com goiabada é o mote. E um sinal. Um marco.
Rita que fazia poesias, que andava sem calcinha, que enreda tudo no entorno. Olhos, janelas, a mãe e a dura sobrevivência possível. História de interiores, aqui e ali levantando véus, panos. Idas e vindas. Retalhos de sentir. Ah as colchas de retalhos da vida desses brasis gerais de tantos contrastes...
O pai e o pano de fundo dos arremedos ditatoriais. O pai que some de circulação. Bolinhos de chuva, bolinhos de arroz, bolinhos de lágrimas. O amor e suas contradições. O chuchuzeiro sobre o poço perigoso. Cisternas íntimas. A máquina de costura da mãe e os panos pretos da vida triste. Narrativas lambendo paredes, íntimos, afetos e incompletudes. Cercanias e o amor que foi embora e deixou barriga e filho.
E conta:
“Rita sente vontade de rir, agora a vida ia ser diferente e ela queria uma cesta igual aquela em sem casamento.
O primo já teria servido o exército, estaria trabalhando em alguma fábrica daquelas que estavam abrindo no setor industrial e ela continuaria costurando.
Juntos ganhariam muito dinheiro e então...
Seus pensamentos são interrompidos pela chegada de Mário, ele tinha ido cedo para o quartel e disse que voltaria somente a notinha”
.............................................................................................................................
E Celena Carneiro vai contando, pondo os olhos e os pés da gente na história que corre como um rio-romance.
O amor que se perdeu, a paixão que desertou do Exército em tempos tenebrosos. A guerrilha. Os campos do longe. As olhações no entorno. Você vai de bubuia nos causos e enredar deles na construção da obra.
Quando você lê, afinando a leitura, vê que a história refina-se e você passou da metade, dentro do mundo criacional da autora com boa mão conduzindo seus olhos, suas pensações, seu lado sentidor. Tudo tem cabimento. A vida o que é? Década de cinqüenta, de sessenta. Sofrências. Não é sempre assim, essa gente-humana desses cantões de um Brasil que fica num longe que nem cabe em sós, que nem sempre sabemos, que nem sempre achamos, sentimos, sacamos? Viver não é pré-pago.
Cadê o pai? Cadê vida? Cadê o amor? Cadê a esperança? Um dia as coisas mudam, ou nós nos mudamos das coisas? É preciso retratar esses tempos de penúrias. Dar testemunho.Com uma gostosa linguagem de crônica, “Morde a Bolacha Junto com a Goiabada” é o romance de estréia de Celena Carneiro. E ela estréia bonito, com sua prosa bonita, aprumada, feitio e feminilidade de olhares como agulhas cerzindo situações, momentos e clarificações.
E quando você chega ao final das 148 páginas, os caminhos se entrecruzam, os desfechos vão se somando, se aprumam, tudo o que resta é o prazer de ter lido e a vontade gostosa de ter estado no prazer da leitura. O grande amor da vida tem uma benção: sobreviver para contar.
As palavras como um conjunto de linguagem que representa a dignidade humana. Resistir. E a arte como libertação do ser de si. O livro de estréia de Celena Carneiro, “MORDE A BOLACHA JUNTO COM A GOIABADA”, põe açúcares e cores no prazer do ler gostoso da gente, pelo belo confeito de escrever da autora.
-0-
Silas Correa Leite
E-mail: poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net
Autor de Campo de Trigo com Corvos, Contos, Editora Design, SC
Manifesto em Defesa da Educação Pública
Peter Pal Pelbart, PUC- SP
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