terça-feira, 30 de março de 2010

LEI DE JUSTIÇA, DE AMOR E DE CARIDADE

 

Sob a visão filosófica explicada por Allan Kardec o sentimento de justiça está na própria Natureza; razão pela qual o homem de bem se revolta quando ocorre uma injustiça.

O progresso moral desenvolve o sentimento de justiça, mas foi Deus quem colocou essa semente no coração do homem. É por esse motivo que os homens mais simples e primitivos têm uma noção mais exata do sentimento de justiça do que aqueles mais privilegiados economicamente e os mais cultos.

Mesmo que a justiça seja uma lei natural o que se observa, comumente, são as opiniões divergentes entre os homens

em relação à justiça. Se a justiça é uma lei natural, por que,

então, ocorre essa divergência de pontos-de-vista?

A noção de justiça varia de pessoa para pessoa porque geralmente as pessoas se deixam influenciar por outros sentimentos não compatíveis com o sentimento de justiça e, assim, alteram o resultado verdadeiro. As paixões pelas quais o homem facilmente se deixa dominar, por exemplo, levam-no a ter um ponto-de-vista errado quanto ao que seja justiça. Como os sentimentos variam de uma pessoa para outra, ao fazer um julgamento, o senso de justiça se modifica respectivamente.

A justiça consiste em respeitar os direitos do homem. Esses direitos são determinados pela lei humana e pela lei natural. Na lei humana os homens tomam como base seus costumes e seu caráter para fazer suas leis. Essas leis podem variar à medida que o homem amplia seus conhecimentos e suas idéias progridem; então, progressivamente, ele também compreende melhor a justiça. Ou seja, algo que há um século lhe parecia justo, na atualidade, pode lhe parecer uma barbaridade. Da mesma forma, o que hoje se considera como sendo certo, no próximo século poderá ser considerado errado.

As leis humanas estão sempre mudando; elas só serão mais estáveis à medida que o ser humano se aproximar mais da verdadeira justiça, isto é uma lei igual para todos e que se identifique com a lei natural.

A lei natural, sim, é imutável e é igual para todos, independentemente das diferenças de classes, de raças, de sexos ou qualquer outra.

Numa sociedade em que a maldade e a degradação dos valores morais se instalam há necessidade de leis mais severas. Mais importante que punir o malvado, porém, é eliminar o mal da sociedade através da educação. Somente a educação poderá melhorar o homem. Melhorado o homem, não haverá mais maldades e nem a necessidade de leis tão rigorosas.

A educação pode ocorrer pela influência positiva do homem de bem sobre os maus. É responsabilidade de cada pessoa trabalhar sempre visando o bem comum. Seja no que for que o homem trabalhe, ele deverá se perguntar: Estou trabalhando para o meu próprio bem e para o bem do meu próximo?

As leis espíritas podem contribuir para o progresso do mundo destruindo o materialismo que é uma chaga da sociedade. O materialismo desvia o homem dos interesses da alma

que deve ser seu verdadeiro interesse assim como sua vida futura, quando deixar a Terra.

As leis espíritas pretendem destruir preconceitos

e unir os homens como irmãos através da solidariedade.


Mas qual é o critério a ser usado para se alcançar a verdadeira justiça?


"O critério da verdadeira justiça é desejar para os outros o que se desejaria para si mesmo; e não de desejar para si o que se desejaria para os outros, o que não é a mesma coisa." Quem vive em sociedade tem como dever principal respeitar os direitos dos outros. Todo aquele que souber respeitar esses direitos será um homem justo. A missão mais sublime da religião cristã é fazer o homem entender que deve sempre tomar como base seus próprios direitos para respeitar o direito dos outros.

Na incerteza de como a justiça deve ser feita em relação ao seu semelhante, numa determinada circunstância, o homem deve perguntar-se como gostaria que agissem com ele, numa situação idêntica. O guia mais seguro que Deus deu ao homem

é a sua própria consciência.

O amor e a caridade são sentimentos complementares

ao sentimento de justiça, porque sem eles não será

possível realizar a verdadeira justiça.


NAIR LÚCIA DE BRITTO



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