sábado, 30 de maio de 2009

DIA DOS NAMORADOS

 
 
 

Maria José Aranha de Rezende era uma cronista da cidade de Santos e colaborava assiduamente para o Jornal A TRIBUNA, daquele município.

Ela parecia uma mulher frágil, mas era uma pessoa forte e, sobretudo, doce; Impregnava doçura em seus textos literários.

 

Uma criatura que nasceu para dar amor, sem se preocupar se recebia amor. Para ela o importante nesta vida era amar não só o namorado ou o marido, mas o irmão, um amigo, um parente; alguém com as mesmas afinidades, os mesmos objetivos; que lhe devolvesse afeto.


Zézinha de Rezende, como era carinhosamente chamada, deixou muita palavra amiga publicada em livros... e muita saudade aos leitores que gostavam de ler as suas crônicas publicadas aos domingos.


Certa vez, quando o Dia dos Namorados se aproximava, uma de suas leitoras pediu-lhe que escrevesse uma crônica que ensinasse como encontrar a nossa alma gêmea, pois ela, a leitora, não conseguia encontrá-la. A cronista, então, respondeu:


"Como poderemos adivinhar, entre tantas almas, aquela que será irmã da nossa? É claro, minha amiga leitora, que não pretendo solucionar essa estranha pergunta, mas tentarei tecer em torno dela algumas divagações...


"Essa alma, todos havemos de tê-la, sem dúvida. O que é difícil é encontrá-la no meio da multidão que nos rodeia e, principalmente, reconhecê-la...


"Nos detemos muitas vezes apenas no atrativo das aparências das fisionomias e, quantas vezes, numa aparência menos cativante não se esconde uma outra personalidade capaz de doar um mundo de devotamento, de sacrifício e de amor!


"Penso que é necessário uma perspicácia muito aguda para podermos adivinhar, numa inflexão de voz, numa simples minúcia, num gesto, num olhar a nesga dessa alma que dorme no seu íntimo.


"É necessário quase nos tornar um escafandrista de almas, nessa incessante procura tão passível de desencontros e enganos!


"Quantas vezes isso acontece, quando sentimos que embora cruzando o mesmo caminho, passamos por ela sem detê-la e lamentamos, depois, a sua ausência sem remédio...


Como constatar, então, quando nos depararmos, inconscientemente, da nossa alma gêmea? Maria José explica:


Ele ou ela se "sentirá preso de uma alegria imprevista, como que tocado por uma misteriosa irradiação, sentindo o conceito exato da felicidade.


É nesse momento fugáz que reside a perspicácia para que, "jamais possa se lamentar como aquele poeta: Só depois que partiu me contou quem era, e nunca mais eu me senti feliz!"


Que a doce Maria José, na sua força de anjo bom, ilumine os escritores e os poetas para continuar a missão que ela deixou, de transmitir paz, amor e sabedoria... que a Terra tanto precisa.


Que as empresas de Comunicação abram suas portas para todos, desde os mais ilustres poetas aos mais humildes porque coube a eles a missão de transmitir o bem.


Deixar que um poeta guarde seus versos mofando numa gaveta é o mesmo que cortar as asas de um passarinho para que ele não possa voar livremente... é negar-lhe a imensidão do céu azul e o próprio ar! É o mesmo que estar cheio de luz e não poder brilhar!


NAIR LÚCIA DE BRITTO.



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