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quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Terra indígena
(Aracruz (ES) - Na região conhecida como Areal, jovens índios tupinikim dançam ao lado de acampamento que estabeleceram em protesto pela retomada de suas terras tradicionais, em meio a plantação de eucaliptos da empresa Aracruz Celulose. Hoje, o Diário Oficial publicou a portaria demarcatória das terras reivindicadas Foto: Valter Campanato/ABr
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Literatura nas Escolas
Vejo com bons olhos que escolas estaduais e municipais estão estimulando os alunos à leitura e ao gosto pela literatura. Numa entrevista à tevê, fiquei bastante emocionada quando uma menina de apenas dez anos de idade, aluna de uma escola estadual do Rio de Janeiro, leu uma poesia de sua própria autoria. A poesia tem apenas dois versos, mas seria maravilhoso se a mensagem grandiosa chegasse a todos os brasileiros:"
O BOM CULTIVADORCULTIVA SEMPRE O AMOR..." Por Nair Lúcia de Britto - Poeta e Jornalista
O BOM CULTIVADORCULTIVA SEMPRE O AMOR..." Por Nair Lúcia de Britto - Poeta e Jornalista
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
MPF apresenta ações na Justiça comum contra acusados no esquema do mensalão
Wilson Dias/ABr Brasília - Entrevista dos procuradores da República Ana Carolina Resende, Michele Rangel Bastos e Francisco Guilherme Bastos, sobre as ações de improbidade administrativa contra os envolvidos no esquema do mensalão.
domingo, 19 de agosto de 2007
CRISTOVÃO TEZZA: escritor premiado lança mais um livro
Lançamento do livro: "O FILHO ETERNO",
de autoria do premiado CRISTOVÃO TEZZA, professor da UFPR.
EVENTO IMPERDÍVEL PRO
POVO "MORANTE" EM CURITIBA/PR:
21 de agosto, terça-feira, às 19 horas,
ONDE: ORIGINAL BETO BATATA
Rua Professor Brandão, 678
Alto da XV - Curitiba City
(0xx41) 3262 08 40
mais infos sobre a obra:
http://www.record.com.br/
O FILHO ETERNO, de Cristovão Tezza
O FILHO ETERNO é um corajoso relato autobiográfico, narrado em terceira pessoa onde Cristóvão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. Uma história emocionante narrada com primor por um dos mais conceituados escritores brasileiros contemporâneos.
de autoria do premiado CRISTOVÃO TEZZA, professor da UFPR.
EVENTO IMPERDÍVEL PRO
POVO "MORANTE" EM CURITIBA/PR:
21 de agosto, terça-feira, às 19 horas,
ONDE: ORIGINAL BETO BATATA
Rua Professor Brandão, 678
Alto da XV - Curitiba City
(0xx41) 3262 08 40
mais infos sobre a obra:
http://www.record.com.br/
O FILHO ETERNO, de Cristovão Tezza
O FILHO ETERNO é um corajoso relato autobiográfico, narrado em terceira pessoa onde Cristóvão Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. Uma história emocionante narrada com primor por um dos mais conceituados escritores brasileiros contemporâneos.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Piauí, Brasil
"Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado." Paulo Zottolo, presidente da Phillips e líder do "Cansei" em entrevista ao jornal "Valor Econômico" publicado ontem.
Elas cansaram (de quem???)
Estarão presentes no ato de hoje "totalmente apolítico" da campanha "Cansei", na Praça da Sé (SP), algumas personagens mulheres e as maiores comunicadoras da televisão brasileira: Hebe Carmargo e Ana Maria Braga que é casada de nova com um empresário que está em pré-campanha para vereador em São Paulo.
Elas estão "cansadas" da corrupção que assola o Brasil !!!!!!
Ah! a Regina Duarte, que participou como ativa militante das campanhas eleitorais de políticos do PMDB e do PSDB e a cantora Ivete Sangalo (que está com saudade do painho ACM).
Como é sexta-feira, eu também estou cansado.
Elas estão "cansadas" da corrupção que assola o Brasil !!!!!!
Ah! a Regina Duarte, que participou como ativa militante das campanhas eleitorais de políticos do PMDB e do PSDB e a cantora Ivete Sangalo (que está com saudade do painho ACM).
Como é sexta-feira, eu também estou cansado.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
NORMOSE
Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?
Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
\u003cbr\>Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Martha Medeiros ( 05.08.07-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS)
Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo. A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?
\u003cbr\>Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original.
Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros.
É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.
Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.
Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.
Martha Medeiros ( 05.08.07-Jornal Zero Hora-P.Alegre-RS)
cuidando da nossa casa
20 maneiras de ajudar o planeta
Mudança de hábitos pode, sim, conter o avanço da degradação ambiental
Depois de dois relatórios apocalípticos, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) divulgou, no início deste mês, um documento um pouquinho mais alentador. O IPCC, que reúne 2 000 cientistas de todo o mundo, foi criado pela ONU para estudar as conseqüências do aquecimento global no planeta. Se os primeiros textos produzidos neste ano falavam em extinções em massa, elevação dos oceanos e devastações generalizadas, esse último diz que as coisas ainda podem ter conserto. Tudo depende, basicamente, da disposição dos governos para abrir o cofre (para investir na redução dos níveis de poluição na atmosfera e no desenvolvimento de tecnologia limpas, por exemplo) e de uma mudança de hábitos dos consumidores. "Preservação realmente funciona se um número muito grande de pessoas estiver envolvido", afirma Frank Sherwood Rowland, professor do departamento de química da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos Estados Unidos, e ganhador do Prêmio Nobel pela descoberta do processo de decomposição da camada de ozônio. Rowland está certo. Em relação à água, por exemplo: "se em uma cidade como São Paulo, com cerca de 10 milhões de habitantes, cada um reduzir o banho em apenas um minuto, a economia poderá atingir impressionantes 60 milhões de litros por dia", calcula Denise Hamú, secretária-geral do WWF Brasil. Nada mau para um planeta em que apenas 0,3% da água doce está disponível. Aqui, especialistas sugerem pequenas mudanças de hábito que, se podem não ser suficientes para garantir a salvação da Terra, ao menos ajudarão a fazer de seu bairro ou cidade lugares mais agradáveis para viver.
No carro
1 PENSE EM TROCAR DE CARRO: veículos pequenos são mais leves e, por isso, mais econômicos. Enquanto um modelo utilitário, tipo 4x4, emite cerca de 9 000 quilos de CO2 por ano, um sedã médio produz 5 400 quilos
2 DÊ AO SEU CARRO UMA FOLGA: se ele ficar uma vez por semana na garagem, ao fim de um ano a economia em emissão de CO2 chegará a 440 quilos - volume que uma árvore de grande porte leva vinte anos para absorver no processo de fotossíntese
3 LAVE A SECO: a economia é de 316 litros de água para cada veículo, em média
4 NÃO JOGUE FORA A BATERIA DO CARRO: ao comprar uma nova, deixe a velha na revenda autorizada e certifique-se de que ela será encaminhada ao fabricante. É possível reciclar 95% de seus componentes, incluindo o principal, o chumbo-ácido, que pode contaminar o solo
Em casa
5 RECICLE O LIXO: cada família que adere ao programa de coleta seletiva reduz em cerca de 1 tonelada por ano a emissão de dióxido de carbono na atmosfera
6 JOGUE MENOS COMIDA FORA: aproveite talos, cascas e restos em receitas nutritivas. Restos de comida representam 60% do lixo que vem dos lares brasileiros, e sua decomposição resulta na produção de gás metano, ligado ao efeito estufa
7 PREFIRA ALIMENTOS FRESCOS: comida congelada precisa de dez vezes mais energia para ser produzida
8 REGULE O TERMOSTATO DA GELADEIRA: se ela não estiver lotada, a refrigeração pode ser mínima. Manter a temperatura abaixo de 5 ou 6 graus aumenta o consumo energético em 7%
9 ENCHA A MÁQUINA: só use a máquina de lavar roupa quando ela estiver com sua capacidade máxima - cada ciclo consome 150 litros de água. Utilize a lavagem a frio sempre que possível. Ela economiza 92% de energia
10 TAMPE AS PANELAS: reduz o tempo de preparo e economiza 30% de energia
11 REJEITE PROPAGANDA INDESEJADA: nos Estados Unidos, já existe uma associação - a Direct Marketing Association - que registra os pedidos de quem não quer mais receber correspondência inútil, como ofertas de cartões de crédito, catálogos e propagandas em geral. Essa lista é repassada às empresas e reduz em até 75% a quantidade de cartas recebidas. No Brasil, não há serviço semelhante. A saída é ligar para o SAC da empresa responsável pela correspondência indesejada e pedir para ter seu nome retirado da lista
12 REAPROVEITE A ÁGUA DA CHUVA: construir coletores em telhados e calhas é bem mais fácil do que se pensa. Você pode usá-la para regar o jardim, lavar a calçada ou até mesmo para dar descarga no banheiro
13 TROQUE A DESCARGA: as tradicionais são responsáveis por até 40% do total da água consumida por uma residência. Já existem no mercado vasos com caixa acoplada ou válvula de parede com dois modos de descarga, uma de 3 litros, para líquidos, e outra de 6, para sólidos
14 PREFIRA LÂMPADAS LED, DE DIODO (a sigla vem do inglês Light Emitting Diode). Elas conjugam alta tecnologia com consumo de energia até cinqüenta vezes menor do que o das lâmpadas comuns e têm vida útil muito maior. Podem ser encontradas em várias cores: a de cor amarela não tem o efeito incômodo da luz fria das lâmpadas fluorescentes
15 RECICLE SEU TELEFONE CELULAR: até 80% dos componentes desses aparelhos podem ser reaproveitados. A operadora Vivo é pioneira nesse tipo de tecnologia no Brasil. Desde dezembro, recolhe aparelhos, baterias e acessórios usados de quaisquer marcas
16 PREFIRA AS PILHAS RECARREGÁVEIS: elas duram até cinco anos, contra noventa dias de uma pilha alcalina comum. Antes de jogá-las no lixo comum, verifique se elas têm na embalagem o selo da Associação Brasileira das Indústrias Elétrica e Eletrônica: um bonequinho jogando um objeto num cesto, acompanhado da inscrição "lixo doméstico"
17 DESPLUGUE-SE: quando não estiver usando seus aparelhos eletrônicos, tire-os da tomada. Cerca de 5% da energia utilizada em residências (e que corresponde à emissão de 18 milhões de toneladas de carbono na atmosfera por ano) é consumida para manter aparelhos em modo stand-by. Isso vale inclusive para carregadores de laptop e celular, que gastam energia mesmo que não estejam conectados a nenhum aparelho
No escritório
18 CONFIGURE A IMPRESSORA PARA O MODO IMPRESSÃO EM FRENTE E VERSO: papéis e produtos feitos de papel representam quase um terço de todo o lixo produzido no Brasil
19 UTILIZE PAPEL RECICLADO: para fabricar 1 tonelada de papel virgem, são necessários dezessete árvores e 26 000 litros de água a mais do que o exigido para fazer papel reciclado. Além disso, o cloro, que algumas empresas ainda utilizam no processo de branqueamento do papel virgem, resulta na liberação, no meio ambiente, de dioxina, substância altamente tóxica
20 LIMPE SEU AR-CONDICIONADO: aparelhos com filtro sujo consomem mais energia. Mantê-los sempre limpos garante a economia de cerca de 160 quilos de CO2 por ano
Se cada um fizer a sua parte, e isso é apenas uma questão de hábito, podemos garantir um planeta habitável para nossos filhos e netos. Não esperemos ações dos nossos governantes para começar. O futuro do planeta Terra está em nossas mãos!
Mudança de hábitos pode, sim, conter o avanço da degradação ambiental
Depois de dois relatórios apocalípticos, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) divulgou, no início deste mês, um documento um pouquinho mais alentador. O IPCC, que reúne 2 000 cientistas de todo o mundo, foi criado pela ONU para estudar as conseqüências do aquecimento global no planeta. Se os primeiros textos produzidos neste ano falavam em extinções em massa, elevação dos oceanos e devastações generalizadas, esse último diz que as coisas ainda podem ter conserto. Tudo depende, basicamente, da disposição dos governos para abrir o cofre (para investir na redução dos níveis de poluição na atmosfera e no desenvolvimento de tecnologia limpas, por exemplo) e de uma mudança de hábitos dos consumidores. "Preservação realmente funciona se um número muito grande de pessoas estiver envolvido", afirma Frank Sherwood Rowland, professor do departamento de química da Universidade da Califórnia, em Irvine, nos Estados Unidos, e ganhador do Prêmio Nobel pela descoberta do processo de decomposição da camada de ozônio. Rowland está certo. Em relação à água, por exemplo: "se em uma cidade como São Paulo, com cerca de 10 milhões de habitantes, cada um reduzir o banho em apenas um minuto, a economia poderá atingir impressionantes 60 milhões de litros por dia", calcula Denise Hamú, secretária-geral do WWF Brasil. Nada mau para um planeta em que apenas 0,3% da água doce está disponível. Aqui, especialistas sugerem pequenas mudanças de hábito que, se podem não ser suficientes para garantir a salvação da Terra, ao menos ajudarão a fazer de seu bairro ou cidade lugares mais agradáveis para viver.
No carro
1 PENSE EM TROCAR DE CARRO: veículos pequenos são mais leves e, por isso, mais econômicos. Enquanto um modelo utilitário, tipo 4x4, emite cerca de 9 000 quilos de CO2 por ano, um sedã médio produz 5 400 quilos
2 DÊ AO SEU CARRO UMA FOLGA: se ele ficar uma vez por semana na garagem, ao fim de um ano a economia em emissão de CO2 chegará a 440 quilos - volume que uma árvore de grande porte leva vinte anos para absorver no processo de fotossíntese
3 LAVE A SECO: a economia é de 316 litros de água para cada veículo, em média
4 NÃO JOGUE FORA A BATERIA DO CARRO: ao comprar uma nova, deixe a velha na revenda autorizada e certifique-se de que ela será encaminhada ao fabricante. É possível reciclar 95% de seus componentes, incluindo o principal, o chumbo-ácido, que pode contaminar o solo
Em casa
5 RECICLE O LIXO: cada família que adere ao programa de coleta seletiva reduz em cerca de 1 tonelada por ano a emissão de dióxido de carbono na atmosfera
6 JOGUE MENOS COMIDA FORA: aproveite talos, cascas e restos em receitas nutritivas. Restos de comida representam 60% do lixo que vem dos lares brasileiros, e sua decomposição resulta na produção de gás metano, ligado ao efeito estufa
7 PREFIRA ALIMENTOS FRESCOS: comida congelada precisa de dez vezes mais energia para ser produzida
8 REGULE O TERMOSTATO DA GELADEIRA: se ela não estiver lotada, a refrigeração pode ser mínima. Manter a temperatura abaixo de 5 ou 6 graus aumenta o consumo energético em 7%
9 ENCHA A MÁQUINA: só use a máquina de lavar roupa quando ela estiver com sua capacidade máxima - cada ciclo consome 150 litros de água. Utilize a lavagem a frio sempre que possível. Ela economiza 92% de energia
10 TAMPE AS PANELAS: reduz o tempo de preparo e economiza 30% de energia
11 REJEITE PROPAGANDA INDESEJADA: nos Estados Unidos, já existe uma associação - a Direct Marketing Association - que registra os pedidos de quem não quer mais receber correspondência inútil, como ofertas de cartões de crédito, catálogos e propagandas em geral. Essa lista é repassada às empresas e reduz em até 75% a quantidade de cartas recebidas. No Brasil, não há serviço semelhante. A saída é ligar para o SAC da empresa responsável pela correspondência indesejada e pedir para ter seu nome retirado da lista
12 REAPROVEITE A ÁGUA DA CHUVA: construir coletores em telhados e calhas é bem mais fácil do que se pensa. Você pode usá-la para regar o jardim, lavar a calçada ou até mesmo para dar descarga no banheiro
13 TROQUE A DESCARGA: as tradicionais são responsáveis por até 40% do total da água consumida por uma residência. Já existem no mercado vasos com caixa acoplada ou válvula de parede com dois modos de descarga, uma de 3 litros, para líquidos, e outra de 6, para sólidos
14 PREFIRA LÂMPADAS LED, DE DIODO (a sigla vem do inglês Light Emitting Diode). Elas conjugam alta tecnologia com consumo de energia até cinqüenta vezes menor do que o das lâmpadas comuns e têm vida útil muito maior. Podem ser encontradas em várias cores: a de cor amarela não tem o efeito incômodo da luz fria das lâmpadas fluorescentes
15 RECICLE SEU TELEFONE CELULAR: até 80% dos componentes desses aparelhos podem ser reaproveitados. A operadora Vivo é pioneira nesse tipo de tecnologia no Brasil. Desde dezembro, recolhe aparelhos, baterias e acessórios usados de quaisquer marcas
16 PREFIRA AS PILHAS RECARREGÁVEIS: elas duram até cinco anos, contra noventa dias de uma pilha alcalina comum. Antes de jogá-las no lixo comum, verifique se elas têm na embalagem o selo da Associação Brasileira das Indústrias Elétrica e Eletrônica: um bonequinho jogando um objeto num cesto, acompanhado da inscrição "lixo doméstico"
17 DESPLUGUE-SE: quando não estiver usando seus aparelhos eletrônicos, tire-os da tomada. Cerca de 5% da energia utilizada em residências (e que corresponde à emissão de 18 milhões de toneladas de carbono na atmosfera por ano) é consumida para manter aparelhos em modo stand-by. Isso vale inclusive para carregadores de laptop e celular, que gastam energia mesmo que não estejam conectados a nenhum aparelho
No escritório
18 CONFIGURE A IMPRESSORA PARA O MODO IMPRESSÃO EM FRENTE E VERSO: papéis e produtos feitos de papel representam quase um terço de todo o lixo produzido no Brasil
19 UTILIZE PAPEL RECICLADO: para fabricar 1 tonelada de papel virgem, são necessários dezessete árvores e 26 000 litros de água a mais do que o exigido para fazer papel reciclado. Além disso, o cloro, que algumas empresas ainda utilizam no processo de branqueamento do papel virgem, resulta na liberação, no meio ambiente, de dioxina, substância altamente tóxica
20 LIMPE SEU AR-CONDICIONADO: aparelhos com filtro sujo consomem mais energia. Mantê-los sempre limpos garante a economia de cerca de 160 quilos de CO2 por ano
Se cada um fizer a sua parte, e isso é apenas uma questão de hábito, podemos garantir um planeta habitável para nossos filhos e netos. Não esperemos ações dos nossos governantes para começar. O futuro do planeta Terra está em nossas mãos!
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Os escândalos das concessões de radiodifusão
vale a pena ler o artigo do Dines no Observatório
O escândalo das concessões que ninguém vê
Por Alberto Dines em 14/8/2007
Só a Veja é que não Vê...
O escândalo das concessões que ninguém vê
Por Alberto Dines em 14/8/2007
Só a Veja é que não Vê...
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Carta Aberta ao senador Renan Calheiros.
Caro Renan,
Não se aborreça e nem me leve a mal, mas bateu uma vontade incontida de falar um pouco da vida cotidiana do Brasil da planície, que já o aguarda com certa ansiedade.
Continuo tocando com entusiasmo minha militância política. Agora, sem as atribuições inerentes ao mandato de senador, que você ajudou a retirar, de mim, com bastante empenho.
Tendo em vista a situação inusitada da instituição que você preside e levando em conta os acontecimentos nos quais você figura com destaque e excepcional desenvoltura, me pergunto se não seria o caso de agradecer o mal que você me causou.
Talvez você, em função da estressante e diversificada responsabilidade política, empresarial e familiar, tenha apagado da memória qualquer registro a meu respeito.
Portanto, permita, em poucas palavras, dizer em que momentos nossos caminhos se cruzaram.Sou aquele senador que, antes de completar o 3º ano de mandato, foi expurgado do Senado sem direito a defesa e substituído, com pompa e circunstância por um senador do PMDB, o seu partido. Lembra-se deste episódio?
Pelo sim pelo não, melhor garimpar os labirintos da memória.
O PMDB, vinte dias após as eleições de 2002, impetrou recurso junto ao TRE pedindo a cassação do meu mandato e de minha companheira Janete, pela compra de dois votos por R$ 26 cada, pagos em duas suaves prestações. Acusação sustentada por duas testemunhas, que até hoje sobrevivem por conta deste processo. O feito não prosperou e fomos declarados inocentes.
Mas o PMDB recorreu ao TSE. Entrou com um recurso dito "especial" que foi cair nas mãos do então ministro Carlos Veloso.
Este senhor, como juiz relator, agindo mais como advogado de acusação e menos como juiz, convenceu seus pares de que eu e minha companheira Janete éramos culpados, reformando a sentença do TRE do Amapá, provendo, por inteiro, o recurso proposto pelo candidato derrotado Gilvam Borges.
Por último, relembro um momento raro na história da Casa que você ainda preside e à qual um dia pertenci.
Refiro-me a sessão do dia 25 de outubro de 2005. Naquele dia, você avocou para si os poderes da Mesa, do Regimento Interno, da Constituição Federal e do Plenário, fazendo ouvido de mercador aos apelos de cinqüenta e dois senadores e senadoras que se revezaram na tribuna clamando para que eu tivesse respeitado o direito constitucional de defesa, garantido até mesmo aos que cometem crimes hediondos com requintes de crueldade.Você manteve-se inflexível e cassou o meu mandato, para em seguida, em clima festivo e triunfante dar posse ao seu então assessor de gabinete Gilvam Borges. Decisão revertida em menos de 24 horas pelo STF, que considerou sua decisão uma afronta à Constituição Federal e determinou minha reintegração. Você acatou a decisão, mas pressionou a Mesa Diretora a criar um rito sumário de cinco dias para a minha defesa, um prazo inexeqüível para uma mínima investigação.
Bem, agora com tudo fresquinho em nossas memórias, vamos ao assunto que gostaria de compartilhar com você.Não resta dúvida, que se trata de um sentimento que poucos ousam confessar, entretanto, como sou franco, admito que sinto uma ponta de inveja ao comparar sua situação de desassossego, com a que tive de enfrentar.Não pretendo descer no varejo dos sentimentos, falemos do que é fundamental para esclarecer as acusações que lhe atingem para comparar com as que me atingiram.
A diferença, é que você ganhou o direito de ser investigado pelo Conselho de Ética, pela Polícia Federal e, sobretudo pela imprensa. É sobre esses aspectos que não posso esconder que realmente invejo a sua situação, pois tudo que queria era ser investigado.
No entanto não me foi dado esse direito. O Ministério Público Eleitoral não investigou por que, segundo ele, não havia crime, o TRE, por isso, declarou nossa inocência e a imprensa não procurou contar o nosso rebanho, para saber se teríamos bois suficientes para pagar os dois votos, que supostamente eu e minha companheira compramos para nos eleger.
No nosso caso, bastou a acusação do candidato derrotado do PMDB para nos cassarem os mandatos. É por isso, que o considero um homem de muita sorte, pois dispõe em abundância de tudo aquilo que você me negou: os meios necessários para provar minha inocência.
Para finalizar, me surpreendo pensando em voz alta - se diante daqueles absurdos, cometidos por você, contra mim, tivesse o Senado agido como determina o exercício do poder republicano, certamente não chegaríamos à situação caótica do presente.
Atenciosamente,
João Capiberibe, ex-preso político e exilado, ex-prefeito de Macapá, ex-governador do Amapá 1995-2002, ex-senador da República, 3º vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro.
Não se aborreça e nem me leve a mal, mas bateu uma vontade incontida de falar um pouco da vida cotidiana do Brasil da planície, que já o aguarda com certa ansiedade.
Continuo tocando com entusiasmo minha militância política. Agora, sem as atribuições inerentes ao mandato de senador, que você ajudou a retirar, de mim, com bastante empenho.
Tendo em vista a situação inusitada da instituição que você preside e levando em conta os acontecimentos nos quais você figura com destaque e excepcional desenvoltura, me pergunto se não seria o caso de agradecer o mal que você me causou.
Talvez você, em função da estressante e diversificada responsabilidade política, empresarial e familiar, tenha apagado da memória qualquer registro a meu respeito.
Portanto, permita, em poucas palavras, dizer em que momentos nossos caminhos se cruzaram.Sou aquele senador que, antes de completar o 3º ano de mandato, foi expurgado do Senado sem direito a defesa e substituído, com pompa e circunstância por um senador do PMDB, o seu partido. Lembra-se deste episódio?
Pelo sim pelo não, melhor garimpar os labirintos da memória.
O PMDB, vinte dias após as eleições de 2002, impetrou recurso junto ao TRE pedindo a cassação do meu mandato e de minha companheira Janete, pela compra de dois votos por R$ 26 cada, pagos em duas suaves prestações. Acusação sustentada por duas testemunhas, que até hoje sobrevivem por conta deste processo. O feito não prosperou e fomos declarados inocentes.
Mas o PMDB recorreu ao TSE. Entrou com um recurso dito "especial" que foi cair nas mãos do então ministro Carlos Veloso.
Este senhor, como juiz relator, agindo mais como advogado de acusação e menos como juiz, convenceu seus pares de que eu e minha companheira Janete éramos culpados, reformando a sentença do TRE do Amapá, provendo, por inteiro, o recurso proposto pelo candidato derrotado Gilvam Borges.
Por último, relembro um momento raro na história da Casa que você ainda preside e à qual um dia pertenci.
Refiro-me a sessão do dia 25 de outubro de 2005. Naquele dia, você avocou para si os poderes da Mesa, do Regimento Interno, da Constituição Federal e do Plenário, fazendo ouvido de mercador aos apelos de cinqüenta e dois senadores e senadoras que se revezaram na tribuna clamando para que eu tivesse respeitado o direito constitucional de defesa, garantido até mesmo aos que cometem crimes hediondos com requintes de crueldade.Você manteve-se inflexível e cassou o meu mandato, para em seguida, em clima festivo e triunfante dar posse ao seu então assessor de gabinete Gilvam Borges. Decisão revertida em menos de 24 horas pelo STF, que considerou sua decisão uma afronta à Constituição Federal e determinou minha reintegração. Você acatou a decisão, mas pressionou a Mesa Diretora a criar um rito sumário de cinco dias para a minha defesa, um prazo inexeqüível para uma mínima investigação.
Bem, agora com tudo fresquinho em nossas memórias, vamos ao assunto que gostaria de compartilhar com você.Não resta dúvida, que se trata de um sentimento que poucos ousam confessar, entretanto, como sou franco, admito que sinto uma ponta de inveja ao comparar sua situação de desassossego, com a que tive de enfrentar.Não pretendo descer no varejo dos sentimentos, falemos do que é fundamental para esclarecer as acusações que lhe atingem para comparar com as que me atingiram.
A diferença, é que você ganhou o direito de ser investigado pelo Conselho de Ética, pela Polícia Federal e, sobretudo pela imprensa. É sobre esses aspectos que não posso esconder que realmente invejo a sua situação, pois tudo que queria era ser investigado.
No entanto não me foi dado esse direito. O Ministério Público Eleitoral não investigou por que, segundo ele, não havia crime, o TRE, por isso, declarou nossa inocência e a imprensa não procurou contar o nosso rebanho, para saber se teríamos bois suficientes para pagar os dois votos, que supostamente eu e minha companheira compramos para nos eleger.
No nosso caso, bastou a acusação do candidato derrotado do PMDB para nos cassarem os mandatos. É por isso, que o considero um homem de muita sorte, pois dispõe em abundância de tudo aquilo que você me negou: os meios necessários para provar minha inocência.
Para finalizar, me surpreendo pensando em voz alta - se diante daqueles absurdos, cometidos por você, contra mim, tivesse o Senado agido como determina o exercício do poder republicano, certamente não chegaríamos à situação caótica do presente.
Atenciosamente,
João Capiberibe, ex-preso político e exilado, ex-prefeito de Macapá, ex-governador do Amapá 1995-2002, ex-senador da República, 3º vice-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro.
domingo, 5 de agosto de 2007
Um movimento, uma atitude
Brasília - Ao fazer compras, Karim Scheneider, doceira, usa sacola de tecido em substituição às de plástico Foto: Elza Fiúza/ABr
Estados buscam alternativas para reduzir uso de sacolas plásticas
Gláucia Gomes Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Paraná é um dos estados onde o governo busca alternativas para as sacolas plásticas distribuídas nos supermercados e quer diminuir em 30% todo resíduo que vai para os aterros sanitários. Hoje, são produzidas no estado 20 mil toneladas de resíduos e cerca 160 milhões de sacolas plásticas por mês, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Para reduzir esse lixo, o governo estadual adotou medidas como a distribuição gratuita de sacolas oxi-biodegradáveis (que se decompõem em contato com o ar, o calor e a umidade, num prazo de 18 meses) e o diálogo com os donos das redes de supermercados para a conscientização e uso das sacolas (duas redes já aderiram às oxi-biodegradáveis). E dá apoio às discussões na Assembléia Legislativa, onde tramitam três projetos de lei sobre o assunto.
O secretário de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, lembrou que a lei determina às empresas retirarem e reciclarem as embalagens plásticas, mas isso não ocorre. "Como as indústrias não fazem esse trabalho, é preciso criar mecanismos para degradar o produto. O ideal seria que as pessoas não utilizassem esse tipo de embalagem, mas ainda estamos distantes disso", afirmou, depois de informar que dispõe de laudos de laboratórios internacionais atestando que a biodegradação não causa danos ao meio ambiente.
Já na Assembleia Legislativa de São Paulo também foi aprovado projeto de lei que obrigaria os estabelecimentos comerciais a trocarem sacolas de plástico comum por material biodegradável. Mas o governo estadual vetou o projeto, apesar do argumento de que o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas do chamado plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos. O projeto informa que esse total representa cerca de 10% do lixo do país e pode levar até um século para desaparecer.
O Rio de Janeiro também busca alternativas e enviará a Assembléia Legislativa, ainda neste mês, projeto de lei que proíbe a distribuição e torna obrigatória a substituição das sacolas por plástico fabricado com material biodegradável.
Estados buscam alternativas para reduzir uso de sacolas plásticas
Gláucia Gomes Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Paraná é um dos estados onde o governo busca alternativas para as sacolas plásticas distribuídas nos supermercados e quer diminuir em 30% todo resíduo que vai para os aterros sanitários. Hoje, são produzidas no estado 20 mil toneladas de resíduos e cerca 160 milhões de sacolas plásticas por mês, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Para reduzir esse lixo, o governo estadual adotou medidas como a distribuição gratuita de sacolas oxi-biodegradáveis (que se decompõem em contato com o ar, o calor e a umidade, num prazo de 18 meses) e o diálogo com os donos das redes de supermercados para a conscientização e uso das sacolas (duas redes já aderiram às oxi-biodegradáveis). E dá apoio às discussões na Assembléia Legislativa, onde tramitam três projetos de lei sobre o assunto.
O secretário de Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, lembrou que a lei determina às empresas retirarem e reciclarem as embalagens plásticas, mas isso não ocorre. "Como as indústrias não fazem esse trabalho, é preciso criar mecanismos para degradar o produto. O ideal seria que as pessoas não utilizassem esse tipo de embalagem, mas ainda estamos distantes disso", afirmou, depois de informar que dispõe de laudos de laboratórios internacionais atestando que a biodegradação não causa danos ao meio ambiente.
Já na Assembleia Legislativa de São Paulo também foi aprovado projeto de lei que obrigaria os estabelecimentos comerciais a trocarem sacolas de plástico comum por material biodegradável. Mas o governo estadual vetou o projeto, apesar do argumento de que o Brasil produz anualmente 210 mil toneladas do chamado plástico filme, a matéria-prima dos saquinhos plásticos. O projeto informa que esse total representa cerca de 10% do lixo do país e pode levar até um século para desaparecer.
O Rio de Janeiro também busca alternativas e enviará a Assembléia Legislativa, ainda neste mês, projeto de lei que proíbe a distribuição e torna obrigatória a substituição das sacolas por plástico fabricado com material biodegradável.
sábado, 4 de agosto de 2007
Antes tarde que mais tarde
Mesmo com o Brasil em 3o. lugar no quadro geral de medalhas do PAN do Rio/2007... a nossa língua portuguesa continua sendo a nossa musa dourada que vale ouro. Por ela é que exponho um comentário que recebi do escritor e advogado Arthur Lacerda, a quem pedi permissão hoje para publicar o que li dia 15 de julho (da autoria dele):
"Por ocasião de competições, como o atual PAN, os meios de comunicação empregam o vocábulo "medalhista", para indicar quem obteve alguma medalha.
Ora, medalhista não existe; é termo originado por jornalistas desconhecedores do idioma.
Quem recebe uma medalha, é medalhado, termo que existe para designar exatamente isso e que apresenta a mesma desinência que diplomado,condecorado, medicado, etc. , para indicar quem recebe um diploma, uma condecoração, um medicamento. Não se é diplomista, condecorista, mediquista.
Arthur Virmond de Lacerda Neto arthurlacerda@onda.com.br
Página pessoal : http://spaces.msn.com/members/arthurdelacerda "
Eu, amante das mudanças - puras ou nem tanto... tortas e deliciosas! - já discuti o bastante com ele a respeito.
Passo a bola! Vai que é tua!
"Por ocasião de competições, como o atual PAN, os meios de comunicação empregam o vocábulo "medalhista", para indicar quem obteve alguma medalha.
Ora, medalhista não existe; é termo originado por jornalistas desconhecedores do idioma.
Quem recebe uma medalha, é medalhado, termo que existe para designar exatamente isso e que apresenta a mesma desinência que diplomado,condecorado, medicado, etc. , para indicar quem recebe um diploma, uma condecoração, um medicamento. Não se é diplomista, condecorista, mediquista.
Arthur Virmond de Lacerda Neto arthurlacerda@onda.com.br
Página pessoal : http://spaces.msn.com/members/arthurdelacerda "
Eu, amante das mudanças - puras ou nem tanto... tortas e deliciosas! - já discuti o bastante com ele a respeito.
Passo a bola! Vai que é tua!
Não cansei
Apesar de não estar mais engajado em nenhuma organização partidária e muito menos em outros movimentos organizados, eu não cansei. Acho uma idiotice que a cada "pum", acidente, "volta da violência (sic)", ou alguma "sacanagem" a mais de um governante, pessoas saírem do limbo para propor MOVIMENTOS.
A vida na prática é bem melhor. Muitos dos que propõe ou encabeçam estes movimentos estão sempre dando suas derrapadas em outras ladeiras.
Cheguei ao momento de que não podemos nem ser "chapa branca" e muito menos um do "contra" toda hora. Não há santos, muito menos milagres!
A começar pela mídia. Muito interessante aliás o comentário do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva sobre o livro Os jornais podem desaparecer?, de Phillip Meyer. O pesquisador americano tem como tese principal a de "que o jornal não vende informação, mas influência" (Folha de S. Paulo. pág E1., 4/08/2007).
Cansei, cansamos, abrochei, abrochamos, sacanei, sacaneamos não tem sentido, nem consistência se não for efetivado no dia a dia, nas nossas atividades mais simples e descompromissadas.
Movimentos fortes e consolidados são dão certo após muita organização, luta, desempenho e militância (esta sim cansativa).
A vida na prática é bem melhor. Muitos dos que propõe ou encabeçam estes movimentos estão sempre dando suas derrapadas em outras ladeiras.
Cheguei ao momento de que não podemos nem ser "chapa branca" e muito menos um do "contra" toda hora. Não há santos, muito menos milagres!
A começar pela mídia. Muito interessante aliás o comentário do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva sobre o livro Os jornais podem desaparecer?, de Phillip Meyer. O pesquisador americano tem como tese principal a de "que o jornal não vende informação, mas influência" (Folha de S. Paulo. pág E1., 4/08/2007).
Cansei, cansamos, abrochei, abrochamos, sacanei, sacaneamos não tem sentido, nem consistência se não for efetivado no dia a dia, nas nossas atividades mais simples e descompromissadas.
Movimentos fortes e consolidados são dão certo após muita organização, luta, desempenho e militância (esta sim cansativa).
e-mail que recebi nessa semana...e que vale divulgar!
TEMOS QUE FAZER A NOSSA PARTE!
Esta semana foi lançado o projeto "Quero + Brasil", projeto que visa obter apoio popular para exigir dos políticos algumas das reformas de que o nosso país precisa. Os meios de comunicação estão dispostos a apoiar este movimento, e pressão dos mesmos sobre os políticos (que só se fará se nós nos manifestarmos). Para "contabilizar" estas manifestações, foram oferecidos 3 meios:
-(a) um número de telefone local : 4002-8988;
- (b) um site www.queromaisbrasil.com.br
- (c) assinaturas nas lojas do grande varejo que começarão em breve.
Se este movimento ganhar força, teremos uma ótima chance de fazer uma pressão organizada por mudanças. Apoiam o movimento 150 entidades das mais variadas (como OAB, FIESP, Força SIndical,etc.) e o conselho é formado por pessoas como Bernardinho, Viviane Senna, Jorge Gerdau, e outros. No entanto, todo o trabalho feito até agora, e todo o apoio que a mídia se comprometeu a dar, só será transformado em pressão positiva se o povo participar.
Por isto, peço a você que:
1. Se manifeste AGORA (ligue para 4002-8988 ou acesse o site: www.queromaisbrasil.com.br e deixe sua mensagem;
2. Envie este email aos seus amigos e peça que eles façam o mesmo Vamos nos dar as mãos para passar este país a limpo.
Tem gente séria e a sua participação é importante.
Esta semana foi lançado o projeto "Quero + Brasil", projeto que visa obter apoio popular para exigir dos políticos algumas das reformas de que o nosso país precisa. Os meios de comunicação estão dispostos a apoiar este movimento, e pressão dos mesmos sobre os políticos (que só se fará se nós nos manifestarmos). Para "contabilizar" estas manifestações, foram oferecidos 3 meios:
-(a) um número de telefone local : 4002-8988;
- (b) um site www.queromaisbrasil.com.br
- (c) assinaturas nas lojas do grande varejo que começarão em breve.
Se este movimento ganhar força, teremos uma ótima chance de fazer uma pressão organizada por mudanças. Apoiam o movimento 150 entidades das mais variadas (como OAB, FIESP, Força SIndical,etc.) e o conselho é formado por pessoas como Bernardinho, Viviane Senna, Jorge Gerdau, e outros. No entanto, todo o trabalho feito até agora, e todo o apoio que a mídia se comprometeu a dar, só será transformado em pressão positiva se o povo participar.
Por isto, peço a você que:
1. Se manifeste AGORA (ligue para 4002-8988 ou acesse o site: www.queromaisbrasil.com.br e deixe sua mensagem;
2. Envie este email aos seus amigos e peça que eles façam o mesmo Vamos nos dar as mãos para passar este país a limpo.
Tem gente séria e a sua participação é importante.
ZERO A ESQUERDA OU FORA DE SÉRIE?
ZERO A ESQUERDA OU FORA DE SÉRIE?
(Antonio Brás Constante)
Números. Números. Números. Não passamos de um conjunto numérico, perdido em uma equação qualquer. Uma equação ainda não totalmente resolvida, conhecida como vida. O ser humano na sua essência é feito de números. Somos compostos orgânicos com bilhões de células disto, sei lá mais quantos bilhões de outras células formando aquilo, etc.
Os números determinam padrões na sociedade. Somos classificados por um número variável chamado: “idade”, e nos dizem que devemos agir conforme esta idade. Ou seja, em alguns casos somos muito velhos, em outros nos acham muito novos e ainda em outros temos a idade certa, mesmo que seja para algo que naquele momento não nos interessa.
Apesar de não nos darmos conta, nós somos geralmente atraídos pelos números que compõe as outras pessoas. Por exemplo, na busca por relacionamentos amorosos, muitos procuram saber sobre a altura, peso, quadril, busto, idade e até conta bancária de seus pretendentes.
Ainda na parte dos relacionamentos, podemos imaginar a seguinte situação: você sai para passear com sua amada. Resolve levá-la a um lugar especial, onde possam namorar, trocando beijos e carícias. Então você, aproveitando aquele momento lindo, totalmente enlouquecido de amor, dá uma, duas, três, até quatro idéias de como o futuro seria maravilhoso se vocês ficassem juntos para sempre. É a matemática do amor, agindo nos pensamentos do enamorados.
Também no trabalho somos um mero número, conhecidos no sistema como o funcionário de matricula tal, que tem o RG tal e o CPF etecétera e tal. Em qualquer novo plano diretor, onde haja necessidade de cortes para maximizar custos, o fator humano é logo substituído por algum índice matemático, e de um instante para outro passamos de nove para seis, ou seja, nossa vida vira de cabeça para baixo.
A própria empresa é um emaranhado de números, que aparentemente parece ser feita de tijolos e movida através de carne e sangue, mas que no fim de cada semestre passa a ser um relatório contábil repleto de números e indicações positivas ou negativas, traçando geralmente perfis pouco amistosos sobre ações futuras.
Um assunto como este pode até causar insônia, algo que tentamos amenizar contando carneirinhos lanosos, que para desespero de qualquer fazendeiro, conseguem pular cercas com extrema facilidade. Em outros casos apenas contamos com algum tipo de calmante. Então percebemos que nossa saúde também é vista através de números, que medem pressão, batimentos cardíacos, taxa de glicose, entre outros tantos pontos que flutuam em nossos exames. Se notarmos, a própria política começa com a escolha de números, onde muitos se elegem apenas para fazer número e, principalmente, desviar números.
Sua classe social, sua localização em sua rua ou mesmo no universo (latitude e longitude), ou o máximo de caracteres que devo digitar neste texto, tudo é formado por números. Podemos dizer que Deus é um número. Talvez o número mais básico que exista e por isso tão complexo. Algo similar ao computador, que é capaz de efetuar maravilhas, feitas a partir da combinação de dois únicos dígitos (0s e 1s) que formam o código binário.
Enfim, na matemática da vida, não devemos ser apenas mais um número. Devemos somar esforços, dividir os problemas na busca de soluções, subtrair pensamentos negativos, e elevar a enésima potência às energias e ações positivas, passando a ser multiplicadores de algo melhor, deixando de ser um zero a esquerda para nos tornamos pessoas fora de série.
Frase do Autor: “Ninguém cometeu maior erro, do que aquele que errou ao fazer tudo errado”.
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)
E-mail: abrasc@terra.com.br
NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).
NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Obrigado pela preferência".
ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".
(Antonio Brás Constante)
Números. Números. Números. Não passamos de um conjunto numérico, perdido em uma equação qualquer. Uma equação ainda não totalmente resolvida, conhecida como vida. O ser humano na sua essência é feito de números. Somos compostos orgânicos com bilhões de células disto, sei lá mais quantos bilhões de outras células formando aquilo, etc.
Os números determinam padrões na sociedade. Somos classificados por um número variável chamado: “idade”, e nos dizem que devemos agir conforme esta idade. Ou seja, em alguns casos somos muito velhos, em outros nos acham muito novos e ainda em outros temos a idade certa, mesmo que seja para algo que naquele momento não nos interessa.
Apesar de não nos darmos conta, nós somos geralmente atraídos pelos números que compõe as outras pessoas. Por exemplo, na busca por relacionamentos amorosos, muitos procuram saber sobre a altura, peso, quadril, busto, idade e até conta bancária de seus pretendentes.
Ainda na parte dos relacionamentos, podemos imaginar a seguinte situação: você sai para passear com sua amada. Resolve levá-la a um lugar especial, onde possam namorar, trocando beijos e carícias. Então você, aproveitando aquele momento lindo, totalmente enlouquecido de amor, dá uma, duas, três, até quatro idéias de como o futuro seria maravilhoso se vocês ficassem juntos para sempre. É a matemática do amor, agindo nos pensamentos do enamorados.
Também no trabalho somos um mero número, conhecidos no sistema como o funcionário de matricula tal, que tem o RG tal e o CPF etecétera e tal. Em qualquer novo plano diretor, onde haja necessidade de cortes para maximizar custos, o fator humano é logo substituído por algum índice matemático, e de um instante para outro passamos de nove para seis, ou seja, nossa vida vira de cabeça para baixo.
A própria empresa é um emaranhado de números, que aparentemente parece ser feita de tijolos e movida através de carne e sangue, mas que no fim de cada semestre passa a ser um relatório contábil repleto de números e indicações positivas ou negativas, traçando geralmente perfis pouco amistosos sobre ações futuras.
Um assunto como este pode até causar insônia, algo que tentamos amenizar contando carneirinhos lanosos, que para desespero de qualquer fazendeiro, conseguem pular cercas com extrema facilidade. Em outros casos apenas contamos com algum tipo de calmante. Então percebemos que nossa saúde também é vista através de números, que medem pressão, batimentos cardíacos, taxa de glicose, entre outros tantos pontos que flutuam em nossos exames. Se notarmos, a própria política começa com a escolha de números, onde muitos se elegem apenas para fazer número e, principalmente, desviar números.
Sua classe social, sua localização em sua rua ou mesmo no universo (latitude e longitude), ou o máximo de caracteres que devo digitar neste texto, tudo é formado por números. Podemos dizer que Deus é um número. Talvez o número mais básico que exista e por isso tão complexo. Algo similar ao computador, que é capaz de efetuar maravilhas, feitas a partir da combinação de dois únicos dígitos (0s e 1s) que formam o código binário.
Enfim, na matemática da vida, não devemos ser apenas mais um número. Devemos somar esforços, dividir os problemas na busca de soluções, subtrair pensamentos negativos, e elevar a enésima potência às energias e ações positivas, passando a ser multiplicadores de algo melhor, deixando de ser um zero a esquerda para nos tornamos pessoas fora de série.
Frase do Autor: “Ninguém cometeu maior erro, do que aquele que errou ao fazer tudo errado”.
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
(Site: www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)
E-mail: abrasc@terra.com.br
NOTA DO AUTOR: Divulgue este texto para seus amigos. (Caso não tenha gostado do texto, divulgue-o então para seus inimigos).
NOVA NOTA DO AUTOR (agora com muito mais conteúdo na nota): Caso queira receber os textos do escritor Antonio Brás Constante via e-mail, basta enviar uma mensagem para: abrasc@terra.com.br pedindo para incluí-lo na lista do autor. Caso você já os receba e não queira mais recebe-los, basta enviar uma mensagem pedindo sua retirada da lista. E por último, caso você receba os textos e queira continuar recebendo, só posso lhe dizer: "Também amo você! Obrigado pela preferência".
ULTIMA NOVA NOTA DO AUTOR: Agora disponho também de ORKUT, basta procurar por "Antonio Brás Constante".
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Namôro de Amizade
Hoje, 03/08/07, a crônica "Namôro de Amizade", de autoria do nosso colaborador Adilson Luiz Gonçalves, foi lida
na Rádio Bandeirantes, no Programa Grande Sampa. Quem desejar ouví-la, ao
som de bossa nova, basta acessar:
http://radiobandeirantes.terra.com.br/noticias.asp?PDT=55&ID=138
na Rádio Bandeirantes, no Programa Grande Sampa. Quem desejar ouví-la, ao
som de bossa nova, basta acessar:
http://radiobandeirantes.terra.com.br/noticias.asp?PDT=55&ID=138
Dia Mundial Sem Carro
O Movimento Nossa São Paulo, que busca recuperar para a sociedade os valores do desenvolvimento sustentável, da ética e da democracia participativa, convida para o lançamento oficial da campanha para o Dia Mundial Sem Carro. A iniciativa é adotada em dezenas de países anualmente, sempre em 22 de setembro.
Neste ano, a campanha está sendo protagonizada pelo Movimento Nossa São Paulo e conta com o envolvimento das cerca de 600 organizações sociais, empresas e cidadãos que o integram. Um cardápio de atividades culturais, esportivas e de mobilização está sendo programado para todo o dia 22 de setembro (sábado, véspera do início da Primavera), nas regiões das 31 subprefeituras da capital paulista.
A idéia é promover a participação ativa e cidadã da população na melhoria da qualidade de vida da cidade a partir do tema transporte, saúde pública, segurança, qualidade do ar e do combustível e mobilidade viária.
Data: 08 de agosto, quarta-feira - 10h às 12h
Local: Espaço Rosa Rosarum - Rua Francisco Leitão, 416
Neste ano, a campanha está sendo protagonizada pelo Movimento Nossa São Paulo e conta com o envolvimento das cerca de 600 organizações sociais, empresas e cidadãos que o integram. Um cardápio de atividades culturais, esportivas e de mobilização está sendo programado para todo o dia 22 de setembro (sábado, véspera do início da Primavera), nas regiões das 31 subprefeituras da capital paulista.
A idéia é promover a participação ativa e cidadã da população na melhoria da qualidade de vida da cidade a partir do tema transporte, saúde pública, segurança, qualidade do ar e do combustível e mobilidade viária.
Data: 08 de agosto, quarta-feira - 10h às 12h
Local: Espaço Rosa Rosarum - Rua Francisco Leitão, 416
Reforma da Previdência, a Auto-Avaliação da Gestão de Lula e a Base de Apoio "Fazendo Água”
Trasncrevo abaixo a carta do sociólogo William Gerab:
A Reforma da Previdência, a Auto-Avaliação da Gestão de Lula e a Base de Apoio "Fazendo Água” são questões que, pelo meu entendimento, podem nos indicar caminhos para entender e avaliar o momento político, que vivemos, contribuindo para que possamos melhor definir os nossos próximos procedimentos.
As posições do governo Lula têm demonstrado um grande desprezo por um projeto de desenvolvimento ambientalmente sustentável no Brasil, o que envolveria, também, a redução das desigualdades sócio-econômicas e injustiças sociais. Aí estão os exemplos do que está acontecendo com os nossos biomas e as ameaças a eles: arrendamentos das florestas, projetos e execução de obras de barragens e transposições de rios desvalorizando os necessários estudos prévios, abordagens descuidadas da problemática das usinas nucleares, apoio e incentivo às colossais monoculturas – lembremo-nos das posturas frente aos agronegócios e, agora, frente à idéia de produção de biodiesel e etanol. No campo sócio-econômico, podemos exemplificar com o descuido nas áreas da saúde, da segurança alimentar, do transporte, da educação, da moradia e do ainda alto desemprego. Atacar o direito de greve parece ter sido o disfarce escolhido para o governo esconder a sua falta de soluções.
Ascende-se, talvez tardiamente, a luz vermelha do apagão e dos acidentes aéreos. Os sinais dados sobre o péssimo desempenho na administração pública, com os grandes escândalos envolvendo corrupção, de tanta reincidência, parecem terem provocado calos de apatia na pele governamental. Primeiro as vaias na abertura do Panamericano-Rio-2007 e,agora,a emersão de movimentos dos setores sociais conservadores, como o “Cansei” e “CRIA”, começam a indicar, de forma inconfundível, que se Lula e o PT não resgatarem e fortalecerem o apoio dos setores populares, que elegeram e reelegeram o atual governo, podem acabar sofrendo uma queda vertiginosa do seu patamar de sustentação política, pois quem foi favorecido até agora pelas gestões ameaça retirar seu apoio.
Para quem olha esse labirinto, no qual se meteram Lula e o PT, do ângulo dos trabalhadores e demais setores oprimidos da sociedade, cabe não se deixar confundir com a oposição de direita, seja dos partidos no parlamento e instâncias do executivo nos estados e municípios, seja dessa base social, que depois de décadas recomeça a pretender tomar as ruas. Mas, a diferença entre os interesses e as ações haverão de mostrar com clareza qual a pretensão de cada manifestação e manifestação, não permitindo confusões. As atividades, que estão sendo organizadas, pela anulação do leilão da Cia. Vale do Rio Doce, contra a reforma da previdência do atual governo, o questionamento das dívidas externa e interna e das altas tarifas, particularmente, da de energia elétrica, devem evidenciar a diferença entre as oposições nessa situação.
Um abraço,
William
03/08/2007.
A Reforma da Previdência, a Auto-Avaliação da Gestão de Lula e a Base de Apoio "Fazendo Água” são questões que, pelo meu entendimento, podem nos indicar caminhos para entender e avaliar o momento político, que vivemos, contribuindo para que possamos melhor definir os nossos próximos procedimentos.
As posições do governo Lula têm demonstrado um grande desprezo por um projeto de desenvolvimento ambientalmente sustentável no Brasil, o que envolveria, também, a redução das desigualdades sócio-econômicas e injustiças sociais. Aí estão os exemplos do que está acontecendo com os nossos biomas e as ameaças a eles: arrendamentos das florestas, projetos e execução de obras de barragens e transposições de rios desvalorizando os necessários estudos prévios, abordagens descuidadas da problemática das usinas nucleares, apoio e incentivo às colossais monoculturas – lembremo-nos das posturas frente aos agronegócios e, agora, frente à idéia de produção de biodiesel e etanol. No campo sócio-econômico, podemos exemplificar com o descuido nas áreas da saúde, da segurança alimentar, do transporte, da educação, da moradia e do ainda alto desemprego. Atacar o direito de greve parece ter sido o disfarce escolhido para o governo esconder a sua falta de soluções.
Ascende-se, talvez tardiamente, a luz vermelha do apagão e dos acidentes aéreos. Os sinais dados sobre o péssimo desempenho na administração pública, com os grandes escândalos envolvendo corrupção, de tanta reincidência, parecem terem provocado calos de apatia na pele governamental. Primeiro as vaias na abertura do Panamericano-Rio-2007 e,agora,a emersão de movimentos dos setores sociais conservadores, como o “Cansei” e “CRIA”, começam a indicar, de forma inconfundível, que se Lula e o PT não resgatarem e fortalecerem o apoio dos setores populares, que elegeram e reelegeram o atual governo, podem acabar sofrendo uma queda vertiginosa do seu patamar de sustentação política, pois quem foi favorecido até agora pelas gestões ameaça retirar seu apoio.
Para quem olha esse labirinto, no qual se meteram Lula e o PT, do ângulo dos trabalhadores e demais setores oprimidos da sociedade, cabe não se deixar confundir com a oposição de direita, seja dos partidos no parlamento e instâncias do executivo nos estados e municípios, seja dessa base social, que depois de décadas recomeça a pretender tomar as ruas. Mas, a diferença entre os interesses e as ações haverão de mostrar com clareza qual a pretensão de cada manifestação e manifestação, não permitindo confusões. As atividades, que estão sendo organizadas, pela anulação do leilão da Cia. Vale do Rio Doce, contra a reforma da previdência do atual governo, o questionamento das dívidas externa e interna e das altas tarifas, particularmente, da de energia elétrica, devem evidenciar a diferença entre as oposições nessa situação.
Um abraço,
William
03/08/2007.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Roberto Amaral: "As empresas de aviação passaram a operar movidas apenas pela ganância do lucro"
Passados os primeiros dias de comoção da tragédia em Congonhas, a abertura da "caixa preta" do airbus da TAM revelou que houve falha no equipamento de freio do avião. Mesmo assim, parte da mídia insiste agora em culpar os pilotos - numa clara tentativa de encobrir o que está cada vez mais explícito: as razões da crise no setor vão além de questões pontuais. A discussão sobre as práticas selvagens das companhias aéreas em busca do lucro segue silenciada.Vice-presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral acompanha há anos o desenrolar da crise aérea brasileira. Segundo ele, o caos atual nos aeroportos "vem de longe", desde a desastrada privatização da extinta VASP. Para Amaral, são diversas as causas da colapso, entre elas o fato de as empresas de aviação, despreparadas e sem experiência, operarem hoje sob um regime de "quase-monopólio" privado, no limite de suas possibilidades, movidas apenas pela ânsia de lucro: "Redução de custos passou a ser a religião da aviação comercial brasileira", alerta o ex-ministro, em entrevista exclusiva ao Portal PSB.
Portal PSB: Quem fica mais prejudicado com o caos da aviação brasileira? Roberto Amaral: A crise da aviação comercial brasileira explodiu no colo do governo e atingiu mortalmente centenas de brasileiros. O inventário dos prejuízos - as irreparáveis perdas humanas, principalmente - e os danos materiais, os atrasos, os apagões, o desconforto dos passageiros, ainda está por ser feito e jamais será conclusivo. Se a derrubada do avião da Gol foi sua advertência, a queda do avião da TAM foi apenas o momento mais doloroso de uma seqüência de erros e omissões, que vêm de longe.
Portal PSB: A caixa preta do avião da TAM revelou falha do sistema de freio da aeronave... Que outras causas podem ser apontadas para o acidente? Roberto Amaral: A tragédia de Congonhas começou a ser montada com a desastrada privatização da VASP, uma companhia até então eficiente, com frota própria, e que se orgulhava, na propaganda de serviços, de alardear a pontualidade de seus vôos. Essa empresa foi vendida por alguns tostões a um empresário de ônibus de Brasília, evidentemente sem qualquer experiência na área, sem os necessários recursos e, principalmente, sem a necessária idoneidade. Mas era 'moderno' privatizar... A partir da posse dos novos mandatários, começou a empresa a exaurir-se, e seu fim era uma questão de tempo. Quando seus aviões ficaram presos ao solo - e é uma tristeza vê-los ainda parados, ao tempo, nas pistas dos aeroportos do país - ninguém pôde alegar surpresa, pois estávamos diante de uma morte anunciada. Mas foi lenta sua agonia, durante a qual o poder público revelou-se em impávida omissão. A mesma omissão que se repetiria com a também esperada falência da TRANSBRASIL, cujas aeronaves também permanecem nos pátios, paradas. O pano de fundo de tudo isso é a política neoliberal de fragilização do Estado, de redução de sua capacidade gestora, de precarização de nossa infra-estrutura, afetando portos, aeroportos, rodovias e a segurança do espaço aéreo.O último acidente nada tem a ver com as condições da pista; se tivesse, centenas de outros acidentes teriam ocorrido, como outros podem ocorrer, com aviões trombando em arranha-céus. Por que a concentração de vôos em Congonhas? Porque ele é mais lucrativo. O eixo de tudo: lucro.
Portal PSB: Como se desenvolveu o processo de privatização do setor aéreo?Roberto Amaral: Essas duas empresas, já inadimplentes, sujeitas a administrações depredadoras, foram aquinhoadas com rotas para o exterior, com o argumento de que ´precisavam se dolarizar´. A aventura se revelou um desastre, que só serviu para aumentar, pelo acordo da reciprocidade, a freqüência dos vôos de companhias internacionais para o Brasil. Assim, enquanto hoje - mal e porcamente - voamos aos Estados Unidos pela TAM, os americanos podem chegar ao Brasil pelas asas da American Airlines, pela Delta, pela Continental e pela United. Já vinha dessa época a agonia prorrogada da VARIG, a principal rede doméstica e praticamente a única bandeira internacional do país. E com ela se foi a experiência acumulada de mais de 75 anos!Na seqüência, o cartel TAM-GOL - que domina a malha doméstica - se transforma em quase-monopólio dos vôos internacionais, quando a GOL adquire a VARIG, tomando suas linhas e jogando na lata do lixo sua experiência. Nosso capitalismo é assim: não admite a concorrência e a imprensa que condena o monopólio público se cala diante do monopólio privado. Já estamos com saudades de um tempo não longínquo no qual o passageiro podia escolher a empresa de sua preferência e essa preferência era disputada pelas empresas com o aprimoramento dos serviços. Foi-se o tempo em que nossos céus conheciam as bandeiras da VARIG, VASP, TRANSBRASIL, Cruzeiro... Foi-se o tempo da concorrência comercial. É a vez do capitalismo monopolista.
Portal PSB: A iniciativa privada não é capaz de administrar companhias aéreas ao mesmo tempo lucrativas e seguras? Roberto Amaral: O caos aéreo verificado hoje mostra que não. Veja a concorrência que havia antes e que agora não existe mais... O que se colocou em seu lugar? Em meses, uma empresa até então pequena, regional, recordista em acidentes aéreos, transformou-se na principal companhia brasileira e hoje opera um número de aeronaves superior ao da VARIG em seu melhor momento. Concomitantemente, um outro grupo de empresários de ônibus (liderado por esse Nenê Constantino, sócio do Roriz em maracutaias) monta uma nova empresa aérea, fundada na precarização dos serviços de terra e bordo em nome da redução de custos operacionais, o que foi saudado pela imprensa como exemplo de administração moderna. Redução de custos, aliás, passou a ser a religião das duas empresas, que controlam a aviação comercial brasileira. Instalou-se o virtual monopólio privado. O fim da concorrência, com as duas empresas perseguindo segmentos distintos de público, determinou a queda dos serviços... Daí, a seqüência de overbooking (venda de mais passagens do que o número de assentos disponíveis nos vôos), superlotação, atrasos, queda no serviço de bordo, queda no atendimento de terra, manutenção precária e irresponsável teria de refletir-se, igualmente, na manutenção.
Portal PSB: Então a falta de concorrência conduz à falta de segurança, entre outras conseqüências... Roberto Amaral: É bom lembrar que estamos falando da exploração de serviço público especial, pois em um país de nosso tamanho - e sem opções de outras vias - o transporte comercial aéreo é item de segurança. Mas passou a ser dominado pela ganância, pelo desrespeito ao usuário, às leis, à ética, à educação. Eis a lição desse capitalismo selvagem: enquanto os serviços são precarizados, enquanto as aeronaves caem e matam, os lucros da TAM e da Gol se revelaram estratosféricos!
Portal PSB: Um conhecido liberal disse, certa vez, que tinha medo de avião porque o foco das empresas capitalistas é o lucro e não a segurança... Roberto Amaral: E esse é, também, o foco da chamada 'grande imprensa' brasileira. Ela, que se apresenta como defensora da 'modernidade', do capitalismo selvagem, do neoliberalismo, da privataria, olímpica, como se nada tivesse com nada, pairou soberana, a procurar responsáveis pela tragédia. Não apresentou nenhuma palavra sobre essa forma predatória de o capitalismo brasileiro privatizar o público.
Portal PSB: Ao explorar a comoção pública da tragédia, qual seria verdadeiramente o objetivo das emissoras? Roberto Amaral: Um amigo meu, o Jaime Cardoso, telefonou-me ontem lembrando o papel desempenhado pelos camioneiros chilenos na desestabilização do governo Allende e a preparação do golpe (ocorrido no Chile, na década de 70). Acho que ele está exagerando...
Portal PSB: Quem fica mais prejudicado com o caos da aviação brasileira? Roberto Amaral: A crise da aviação comercial brasileira explodiu no colo do governo e atingiu mortalmente centenas de brasileiros. O inventário dos prejuízos - as irreparáveis perdas humanas, principalmente - e os danos materiais, os atrasos, os apagões, o desconforto dos passageiros, ainda está por ser feito e jamais será conclusivo. Se a derrubada do avião da Gol foi sua advertência, a queda do avião da TAM foi apenas o momento mais doloroso de uma seqüência de erros e omissões, que vêm de longe.
Portal PSB: A caixa preta do avião da TAM revelou falha do sistema de freio da aeronave... Que outras causas podem ser apontadas para o acidente? Roberto Amaral: A tragédia de Congonhas começou a ser montada com a desastrada privatização da VASP, uma companhia até então eficiente, com frota própria, e que se orgulhava, na propaganda de serviços, de alardear a pontualidade de seus vôos. Essa empresa foi vendida por alguns tostões a um empresário de ônibus de Brasília, evidentemente sem qualquer experiência na área, sem os necessários recursos e, principalmente, sem a necessária idoneidade. Mas era 'moderno' privatizar... A partir da posse dos novos mandatários, começou a empresa a exaurir-se, e seu fim era uma questão de tempo. Quando seus aviões ficaram presos ao solo - e é uma tristeza vê-los ainda parados, ao tempo, nas pistas dos aeroportos do país - ninguém pôde alegar surpresa, pois estávamos diante de uma morte anunciada. Mas foi lenta sua agonia, durante a qual o poder público revelou-se em impávida omissão. A mesma omissão que se repetiria com a também esperada falência da TRANSBRASIL, cujas aeronaves também permanecem nos pátios, paradas. O pano de fundo de tudo isso é a política neoliberal de fragilização do Estado, de redução de sua capacidade gestora, de precarização de nossa infra-estrutura, afetando portos, aeroportos, rodovias e a segurança do espaço aéreo.O último acidente nada tem a ver com as condições da pista; se tivesse, centenas de outros acidentes teriam ocorrido, como outros podem ocorrer, com aviões trombando em arranha-céus. Por que a concentração de vôos em Congonhas? Porque ele é mais lucrativo. O eixo de tudo: lucro.
Portal PSB: Como se desenvolveu o processo de privatização do setor aéreo?Roberto Amaral: Essas duas empresas, já inadimplentes, sujeitas a administrações depredadoras, foram aquinhoadas com rotas para o exterior, com o argumento de que ´precisavam se dolarizar´. A aventura se revelou um desastre, que só serviu para aumentar, pelo acordo da reciprocidade, a freqüência dos vôos de companhias internacionais para o Brasil. Assim, enquanto hoje - mal e porcamente - voamos aos Estados Unidos pela TAM, os americanos podem chegar ao Brasil pelas asas da American Airlines, pela Delta, pela Continental e pela United. Já vinha dessa época a agonia prorrogada da VARIG, a principal rede doméstica e praticamente a única bandeira internacional do país. E com ela se foi a experiência acumulada de mais de 75 anos!Na seqüência, o cartel TAM-GOL - que domina a malha doméstica - se transforma em quase-monopólio dos vôos internacionais, quando a GOL adquire a VARIG, tomando suas linhas e jogando na lata do lixo sua experiência. Nosso capitalismo é assim: não admite a concorrência e a imprensa que condena o monopólio público se cala diante do monopólio privado. Já estamos com saudades de um tempo não longínquo no qual o passageiro podia escolher a empresa de sua preferência e essa preferência era disputada pelas empresas com o aprimoramento dos serviços. Foi-se o tempo em que nossos céus conheciam as bandeiras da VARIG, VASP, TRANSBRASIL, Cruzeiro... Foi-se o tempo da concorrência comercial. É a vez do capitalismo monopolista.
Portal PSB: A iniciativa privada não é capaz de administrar companhias aéreas ao mesmo tempo lucrativas e seguras? Roberto Amaral: O caos aéreo verificado hoje mostra que não. Veja a concorrência que havia antes e que agora não existe mais... O que se colocou em seu lugar? Em meses, uma empresa até então pequena, regional, recordista em acidentes aéreos, transformou-se na principal companhia brasileira e hoje opera um número de aeronaves superior ao da VARIG em seu melhor momento. Concomitantemente, um outro grupo de empresários de ônibus (liderado por esse Nenê Constantino, sócio do Roriz em maracutaias) monta uma nova empresa aérea, fundada na precarização dos serviços de terra e bordo em nome da redução de custos operacionais, o que foi saudado pela imprensa como exemplo de administração moderna. Redução de custos, aliás, passou a ser a religião das duas empresas, que controlam a aviação comercial brasileira. Instalou-se o virtual monopólio privado. O fim da concorrência, com as duas empresas perseguindo segmentos distintos de público, determinou a queda dos serviços... Daí, a seqüência de overbooking (venda de mais passagens do que o número de assentos disponíveis nos vôos), superlotação, atrasos, queda no serviço de bordo, queda no atendimento de terra, manutenção precária e irresponsável teria de refletir-se, igualmente, na manutenção.
Portal PSB: Então a falta de concorrência conduz à falta de segurança, entre outras conseqüências... Roberto Amaral: É bom lembrar que estamos falando da exploração de serviço público especial, pois em um país de nosso tamanho - e sem opções de outras vias - o transporte comercial aéreo é item de segurança. Mas passou a ser dominado pela ganância, pelo desrespeito ao usuário, às leis, à ética, à educação. Eis a lição desse capitalismo selvagem: enquanto os serviços são precarizados, enquanto as aeronaves caem e matam, os lucros da TAM e da Gol se revelaram estratosféricos!
Portal PSB: Um conhecido liberal disse, certa vez, que tinha medo de avião porque o foco das empresas capitalistas é o lucro e não a segurança... Roberto Amaral: E esse é, também, o foco da chamada 'grande imprensa' brasileira. Ela, que se apresenta como defensora da 'modernidade', do capitalismo selvagem, do neoliberalismo, da privataria, olímpica, como se nada tivesse com nada, pairou soberana, a procurar responsáveis pela tragédia. Não apresentou nenhuma palavra sobre essa forma predatória de o capitalismo brasileiro privatizar o público.
Portal PSB: Ao explorar a comoção pública da tragédia, qual seria verdadeiramente o objetivo das emissoras? Roberto Amaral: Um amigo meu, o Jaime Cardoso, telefonou-me ontem lembrando o papel desempenhado pelos camioneiros chilenos na desestabilização do governo Allende e a preparação do golpe (ocorrido no Chile, na década de 70). Acho que ele está exagerando...
Os erros da cobertura apressada, segundo Nassif
Vale a pena ler hoje, no blog do Luis Nassif o comemtário Os erros da cobertura apressada Coluna Econômica – 02/08/2007
Veja alguns trechos:
No meu livro "O Jornalismo dos anos 90" relato quase duas dezenas de casos de cobertura da mídia em que o "efeito manada" produziu erros gigantescos. Aparentemente, não se aprende. A mais nova reedição do caso "Escola Base" está na cobertura do acidente com o Airbus da TAM, que vitimou mais de duzentas pessoas; o “japonês” do acidente aéreo foi um morto que não podia se defender: o piloto"
"Deixou-se de lado o jornalismo para se ficar numa ladainha única, em que nenhuma outra hipótese era investigada. E essa algaravia escondeu outras interpretações comentadas por especialistas, mas que não chegavam às páginas dos jornais. "
"O culpado passou a ser um morto, que não podia se defender. Com a divulgação dos diálogos registrados na cabine, muda o quadro. Um piloto alerta o outro que o reverso esquerdo estava paralisado; o outro concorda...."
"Semanas de cobertura intensiva desmentidas, todas as afirmações peremptórias desmascaradas, a voz do morto, saindo dos arquivos da caixa preta para absolvê-lo. Como ficamos? Como fica o jornalismo? Tem que haver limites para o show. "
Veja alguns trechos:
No meu livro "O Jornalismo dos anos 90" relato quase duas dezenas de casos de cobertura da mídia em que o "efeito manada" produziu erros gigantescos. Aparentemente, não se aprende. A mais nova reedição do caso "Escola Base" está na cobertura do acidente com o Airbus da TAM, que vitimou mais de duzentas pessoas; o “japonês” do acidente aéreo foi um morto que não podia se defender: o piloto"
"Deixou-se de lado o jornalismo para se ficar numa ladainha única, em que nenhuma outra hipótese era investigada. E essa algaravia escondeu outras interpretações comentadas por especialistas, mas que não chegavam às páginas dos jornais. "
"O culpado passou a ser um morto, que não podia se defender. Com a divulgação dos diálogos registrados na cabine, muda o quadro. Um piloto alerta o outro que o reverso esquerdo estava paralisado; o outro concorda...."
"Semanas de cobertura intensiva desmentidas, todas as afirmações peremptórias desmascaradas, a voz do morto, saindo dos arquivos da caixa preta para absolvê-lo. Como ficamos? Como fica o jornalismo? Tem que haver limites para o show. "
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