sexta-feira, 30 de março de 2012

"Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende." CORA CORALINA






Cora Coralina

O QUE É VIVER BEM!?!


Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense. Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso. 

Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia. 
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
 Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então silêncio!
 Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?
 
Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
 Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

 Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
 Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. 

Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.


(Cora Coralina)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Discussão de obras de ficção pode mudar visão sobre Ciência


Por Júlio Bernardes - jubern@usp.br
Uma pesquisa do Instituto de Física (IF) da USP mostra que a leitura de textos de ficção científica em sala de aula pode ir além da introdução de conceitos científicos e se tornar um debate sobre o papel da Ciência e suas implicações sociais e políticas. O estudo de Adalberto Anderlini, professor de Física do ensino médio, apresenta projetos realizados com estudantes que buscam desenvolver entre eles uma visão mais crítica da Ciência.
Ficção pode ajudar a entender questões sociais que envolvem a Ciência
O professor conta que no início da pesquisa a ficção científica era encarada de uma forma mais lúdica. “Trazê-la para a sala de aula seria principalmente uma forma de cativar os estudantes para o ensino de Ciências”, aponta. No entanto, ao longo do estudo, com as reflexões teóricas e o trabalho em sala de aula, houve uma mudança de foco. “O que se percebeu é que os textos de ficção científica poderiam servir para compreender as questões sociais que envolvem a Ciência”.
A partir dos estudos do educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997), do psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934) e do filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), o pesquisador procurou direcionar as discussões sobre obras de ficção científica em sala de aula para as questões políticas enraizadas na produção cultural. O trabalho de Mary Elizabeth Ginway, professora da Universidade da Flórida (EUA) e especialista em literatura brasileira fantástica e de ficção científica, também ajudou Anderlini a aprimorar o debate.
“É possível ler um conto sobre robôs e se concentrar apenas em questões técnicas, como a construção de um cérebro artificial”, aponta o professor. “No entanto, a relação entre homens e robôs é servil, como se fosse uma espécie de escravidão, o que pode ajudar a entender questões sobre preconceito racial, da mesma forma que uma história de alienígenas pode trazer questões sobre xenofobia, o medo do que vem de fora”, acrescenta.
Discussão
Anderlini relata em sua pesquisa três projetos que desenvolveu em uma escola na cidade de São Paulo, onde dá aulas de Física e Astronomia para estudantes do ensino médio. “Cabe lembrar que nesta escola as classes são pequenas, com média de 15 a 20 alunos por sala, o que facilitou o trabalho”. Depois de ter defendido o mestrado, orientado pelo professor João Zanetic, do IF, Anderlini continua a realizar projetos com os alunos, aplicando os conceitos que discutiu no estudo.
Uma das atividades consistia em uma discussão livre sobre o conto “O cair da noite”, do escritor norte-americano nascido na Rússia, Isaac Asimov (1920-1992), publicado no livro de mesmo nome. “Em certo ponto da história, no entanto, Asimov menciona a Lei de Gravitação de Newton”, aponta. “Assim, foi possível introduzir nas aulas de física a questão da gravidade.”
Os alunos também tiveram de escolher um livro do gênero para ler e elaborar um questionário com 20 perguntas. “Dessa forma, era feita uma leitura crítica de cada obra”, diz o professor. Entre as opções de livros, estavam obras de autores clássicos do gênero, como Júlio Verne (1828-1905), H.G. Wells (1866-1946), Ray Bradbury (1920) e Arthur Clarke (1917-2008). Com o tempo, a lista passou a incluir romances policiais, poesias, teatro, distopias (textos com visões negativistas do futuro da sociedade), entre outros gêneros literários, desde que envolvam a Ciência de alguma forma. A partir do segundo ano do ensino médio, são incluídos autores mais sofisticados, como Philip K. Dick (1928-1982), Stanislaw Lem (1921-2006) e Anthony Burguess (1917-1993).
Por fim, os alunos escreveram seus próprios contos de ficção científica, o que serviu para evidenciar a visão de Ciência que eles possuíam. “Na maioria dos casos, os contos estavam de acordo com a versão culturalmente aceita, de que a Ciência é dona da verdade absoluta e os cientistas são pessoas neutras e imparciais”, aponta Anderlini. “A partir dos textos, foi possível iniciar uma discussão sobre filosofia da Ciência e as questões sociais e políticas envolvidas na atividade científica, unindo Ciência e Humanidades nas análises.”
Imagem: Wikimedia Commons

Declaração à imprensa da Presidenta da República, Dilma Rousseff, após a IV Cúpula do BRICS



Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Apresentação do relatório de Estudo Econômico do BRICS - 1
Presidenta Dilma Rousseff posa para foto com Chefes de Estado durante apresentação do relatório de Estudo Econômico do BRICS. (Nova Délhi - Índia, 29/03/2012)

Dilma afirmou ainda que, durante seu governo, tomará medidas para que a carga tributária seja menor.
“Eu tenho plena consciência que o Brasil precisa reduzir sua carga tributária. Dentro do meu período governamental eu farei o possível para reduzi-la. Eu sei perfeitamente que devido ao fato de que há vários interesses envolvidos na questão de uma reforma tributária, eu até julgo que pode ter um momento no futuro que seja possível encaminhar uma reforma global. Agora o que eu tenho feito é tomar medidas pontuais que permitam que no conjunto se crie uma desoneração maior dos tributos no país que é fundamental para fazer o país crescer.” (Planalto)


Declaração à imprensa da Presidenta da República, Dilma Rousseff, após a IV Cúpula do BRICS


29/03/2012 às 17h25



Nova Délhi-Índia, 29 de março de 2012





Eu quero agradecer ao governo e ao povo indiano, mais uma vez, a hospitalidade e a qualidade com que nos receberam neste fascinante país.


Eu estou certa de que a agenda que o BRICS está construindo renderá muitos frutos para os nossos países e também para o mundo. A declaração assinada pelo conjunto de nossos cinco países é de alta relevância para definir os nossos caminhos nos próximos anos.


Esta Cúpula, esta IV Cúpula realiza-se em contexto econômico internacional ainda adverso. A combinação dos países envolvidos em problemas financeiros, baixo crescimento, excessiva injeção de liquidez exporta a crise para os países emergentes, atingindo nossas moedas e nossos sistemas produtivos.


Os países BRICS têm, na nossa relação, uma plataforma, e essa plataforma permite que nós olhemos para uma nova política baseada na expansão do mercado das principais economias mundiais e no crescimento equilibrado do comércio internacional.


A principal frente de expansão para a economia mundial é hoje a incorporação de milhões de pessoas à sociedade de consumo de massa. Essa expansão deve estar fundada no crescimento equilibrado entre consumo e investimento e deve estar, também, baseada num equilíbrio entre as nossas economias e a relação internacional de comércio.


Os BRICS continuam sendo elemento dinâmico da economia global, e vão responder por uma parcela significativa do comércio.


A notável expansão, nos últimos anos, do comércio intra-BRICS evidencia também o potencial das nossas relações. Nós passamos de US$ 27 bilhões em 2002 para estimados US$ 250 bilhões em 2011. Este é um dos pilares do nosso dinamismo.


Outro pilar, sem sombra de dúvida, é esse acordo que foi assinado hoje entre os bancos de desenvolvimento dos nossos países, que permite que nós usemos as nossas moedas nas relações comerciais entre nós.


Além disso, a definição de um grupo de trabalho para estudar o banco dos BRICS é também um indício muito positivo dessa disposição dos BRICS de investir em projetos produtivos e de infraestrutura.


Dessa maneira, nós transmitimos ao mundo uma mensagem que eu acredito ser muito positiva. Essa mensagem é: crescer, gerar empregos, distribuir renda é possível e, sobretudo, é necessário. São temas prioritários para todos os países BRICS.


Manifestei aos meus colegas a disposição brasileira de contribuir, por meio do Fundo Monetário, para a solução coletiva da crise, se isso for necessário, que deve ser acompanhada de avanços concretos também na reforma das instituições financeiras.


A legitimidade e a efetividade dos organismos internacionais, dos organismos financeiros depende da capacidade de representar o peso de nossas economias no cenário econômico internacional. Além disso, a reforma da governança econômico-financeira mundial, ela deve ser acompanhada pela melhoria da governança política, incluindo o Conselho de Segurança da ONU.


Eu reitero a opção brasileira pela diplomacia preventiva como estratégia para reduzir o risco de conflitos armados e a perda de vidas humanas. Nosso governo, do Brasil, repudia a violência, as violações de direitos humanos e, ao mesmo tempo, é contra toda a escalada retórica de violência e toda a política de bloqueio que não seja definida no ambiente do direito internacional e das Nações Unidas.


Nós coincidimos com a urgência de solucionar pacificamente todos os conflitos armados, em especial a questão palestina, imprescindível e inadiável para a paz em toda aquela região.


Queridos colegas,


Brasileiros, russos, indianos, chineses e sul-africanos são tão diferentes em suas ricas culturas quanto iguais em seu desejo de desenvolvimento pleno. Essa diversidade é o nosso maior patrimônio. Por isso, reiterei também a meus colegas o convite para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que é um ponto em comum entre todos nós. O engajamento dos BRICS na Rio+20 vai contribuir para a construção de um novo paradigma de desenvolvimento baseado na inclusão social, no respeito ao meio ambiente e no crescimento econômico.


Muito obrigada, e espero que nós todos nos vejamos no Rio de Janeiro, em junho, nos dias 20, 21 e 22. 

MEC divulga lista dos livros que serão distribuídos às escolas em 2013


Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (29) a lista das 125 obras selecionadas para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2013. Os livros vão compor o Guia do Livro Didático, que será apresentado às escolas para que elas escolham quais títulos irão receber no próximo ano letivo. Este guia contém resenhas das coleções para ajudar na escolha.
Em 2013, o programa irá distribuir novos livros de ciências, matemática, alfabetização e letramento, língua portuguesa, história e geografia. O processo de seleção das obras que farão parte do PNLD obriga as editoras a inscrevem os títulos que são submetidos a uma avaliação pedagógica feita por universidades públicas, observando as diretrizes e critérios do MEC. Os avaliadores emitem um parecer e caso o livro seja aprovado é incluído no guia.
As escolas selecionam as obras com que desejam trabalhar no próximo ano, o governo faz a compra dos livros e os exemplares são enviados para as escolas. O processo de escolha deve levar em consideração quais são os títulos, dentre os disponíveis para 2013, que mais se adaptam ao projeto pedagógico da instituição de ensino.
A lista completa das obras está disponível no Diário Oficial da União.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr Fernandes

Millôr Fernandes foi um gênio brasileiro, um ícone do humorismo. Brilhante jornalista, com a mesma maestria tornou-se escritor, cartunista e dramaturgo. Autodidata, traduziu para o português dezenas de obras teatrais clássicas. Atuou em diversos veículos de comunicação, além de ter sido fundador de publicações alternativas. Com sua morte, o Brasil e toda a nossa geração perdem uma referência intelectual.




Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


"Com a morte de Millôr Fernandes, o Brasil perde uma referência de humor refinado, criatividade e bagagem cultural. Sua vida foi um exemplo de retidão e princípios que ajudou muito na formação do pensamento democrático brasileiro".


Prefeito Gilberto Kassab






Faleceu ontem, mas só foi noticiado pela família hoje de manhã, o humorista, cartunista e escritor Millôr Fernandes. Mauricio de Sousa fez um breve depoimento sobre sua referência desde criança, que foi Millôr:

"Conheci o Millôr antes de ele ser Millôr Fernandes. Assinava Van Gogo, na revista O Cruzeiro. Eu me alimentava com as tiradas geniais, algumas que, por ser muito jovem, nem entendia. Era um humor atilado, sofisticado. Com o tempo, fui perdendo o Van Gogo e conhecendo a majestade do humor de Millôr. Nos últimos anos, acompanhei como e quando pude, aquela visão de mundo que ele nos passava. E aqui e ali, com críticas super-inteligentes, deixa um legado para a eternidade."
 Mauricio de Sousa - cartunista




Recebi, com muita tristeza, a notícia da morte do escritor e jornalista Millôr Fernandes. Como poucos, ele conseguiu mostrar seu brilhantismo em todos os gêneros em que atuou: nos desenhos, na dramaturgia, na literatura, na poesia, na tradução de clássicos mundiais e até nas breves e irônicas frases, marcadas pelo humor crítico. Seu talento único encontrou espaço tanto em grandes veículos de comunicação como na imprensa alternativa, já que foi um dos fundadores dos jornais “Pif-Paf” e “O Pasquim”. Hoje, perdemos a inteligência e a apurada visão do mundo de Millôr, mas fica sua contribuição para a cultura brasileira. 
  
Andrea Matarazzo 

Secretário de Estado da Cultura







Amigos e admiradores se despedem de Millôr

29/03/2012 - 14h04
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Dezenas de amigos e admiradores estiveram no velório do desenhista, jornalista, tradutor e escritor Millôr Fernandes nesta manhã (29), no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, zona portuária do Rio. Após as 15 horas, o corpo será cremado em cerimônia fechada.
“Foi o amor da minha vida, é tudo que posso dizer”, comentou, emocionada, a escritora Cora Rónai. “Foi a melhor pessoa que conheci, a única que posso dizer que realmente foi um gênio sem medo de achar que estou falando bobagem”.
O irmão, Hélio Fernandes, também jornalista, disse ter sido o mais antigo amigo e fã de Millôr. “Quando ele nasceu eu tinha 2 anos. Fui seu primeiro amigo. Era um gênio completo e insubstituível, um dos mais ecléticos que já conheci, pois não teve um setor que ele não descobrisse no qual não fosse verdadeiramente fantástico”.
Para o escritor Ruy Castro, os textos e ideias de Millôr sempre iluminavam uma conversa que o ajudava a compreender o Brasil e o mundo. “Todos os pensadores internacionais juntos em um liquidificador não dariam meio copo do Millôr. Era um idealista e queria que o mundo funcionasse direito”.
O cartunista Chico Caruso chamou o amigo de batalhador e competitivo e elogiou o fato de Millôr ter usado ferramentas da internet, como o Twitter, para se comunicar até o ano passado quando adoeceu. “Ele não admitia que ninguém fosse mais inteligente que ele, inclusive o computador, então ele brigou muito com o computador e se tornou um especialista”.
Segundo a atriz Marília Pêra, Millôr era um homem livre. “Não tinha time de futebol, não era ligado a nenhuma religião, era muito culto e engraçado”.
Carioca nascido em 1923, Millôr iniciou sua carreira de jornalista na revista O Cruzeiro. Mais tarde dirigiu a revista em quadrinhos O Guri e Detetive, de contos policiais e colaborou em inúmeras revistas como colunista. Traduziu vários livros e escreveu outros tantos, além de roteiros de cinema e peças de teatro, alguns premiados, como Pigmaleoa.
Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, em 1969, e da revista Pif-Paf, em 1974, que o consolidaram como um dos jornalistas que mais combateu a ditadura militar no país por meio de textos e charges.
Na última década, trabalhou como colunista em vários jornais e revistas.
Millôr Fernandes havia recebido alta em novembro passado, após passar cinco meses internado em um hospital da zona sul do Rio, devido a um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Ele morreu na noite de terça de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca em sua casa em Ipanema, na zona sul do Rio.
Millôr deixou dois filhos, Ivan e Paula.
Edição: Fábio Massalli

sexta-feira, 23 de março de 2012

Nota de pesar – Chico Anysio


A morte de Chico Anysio entristece a cultura. Ao longo de 65 anos de carreira, os mais de 200 personagens que criou não só trouxeram alegria aos brasileiros, como também fizeram pensar sobre os problemas políticos e sociais do país. Seu legado, no entanto, permanece, não só por meio dos registros de suas atuações em filmes e programas de TV, como na geração de atores e humoristas que influenciou diretamente. 

Andrea Matarazzo 
Secretário de Estado da Cultura







RISADARIA LAMENTA A MORTE DE CHICO ANYSIO

Os idealizadores, realizadores, curadores e artistas do Risadaria lamentam a morte do humorista Chico Anysio.
Neste momento, solidarizamo-nos com os familiares e com os milhões de fãs espalhados pelo Brasil.
O comediante foi o grande homenageado da primeira edição do festival, em 2010.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Furação: a maior torcida do Paraná


Por: Monique Silva (Furacao.com)


A mais recente pesquisa realizada para mensurar o tamanho do potencial consumidor das torcidas no País apontou, mais uma vez, a supremacia da torcida do Atlético. A pesquisa, realizada pela Pluri Consultoria, atestou que o Furacão tem a 17ª maior torcida do país, cerca de 1,2 milhão de torcedores.

Mesmo sem muitas novidades e apontando que mais de 60% dos paranaenses não torce para nenhum clube da capital, a pesquisa confirma a superioridade do Furacão, perante Coritiba e Paraná. A consulta foi realizada em janeiro deste ano em 144 cidades do Brasil e com 10.545 pessoas, com uma margem de erro de 2,4%.

Na pesquisa também é possível observar que o Estado do Paraná, considerado a quinta força futebolística do país, tem 33% da população sem nenhuma preferência clubística. É o único estado entre os oito principais do país que apresenta um nível acima da média nacional de desinteresse por algum clube.

Em 2010, segundo levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas sobre a preferência clubística no Estado do Paraná, apontou que 25% se dizem atleticanos, 15% coxas e 7% tricolores. Analisando só os números de Curitiba, o Furacão mantém a preferência no coração da galera, com 31% dos torcedores, enquanto Coritiba e Paraná aparecem, respectivamente, com 24% e 11%. 

Clique aqui para conferir tudo sobre a pesquisa da Pluri Consultoria.

terça-feira, 20 de março de 2012

Arquitetura, Porto Alegre e Barcelona



                 Fermín Vázquez*

Toda pessoa que veja o Museu Iberê Camargo de Porto Alegre, projetado pelo genial Álvaro Siza, dar-se-á conta, imediatamente, de estar ante magistral obra arquitetônica e um edifício extraordinariamente bem construído, a partir de um pressuposto superior ao de um prédio convencional. Porém, a efetiva razão de sua qualidade é que ela advém da atitude das pessoas que participaram do processo.
Em recente conversa com o arquiteto José Luiz Canal, responsável por sua impecável execução, ele confirmou algo que se deve esperar no Brasil e em qualquer lugar: o custo de construir bem não é necessariamente superior ao de construir mal. Uma arquitetura bem projetada e bem edificada não só pode ser menos onerosacomo mais econômica e socialmente muito rentável.
Barcelona é um bom exemplo nesse aspecto da qualidade, que pode ser útil neste momento em que o Brasil realiza grandes obras para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.  Considero bastante positiva a aposta que a cidade espanhola fez na planificada transformação estratégica e de qualidade. Todo o conceito de urbanismo que permeou sua transformação nasceu com o trabalho de Cerdá para a primeira expansão (Eixample) da cidade, onde a insistência na qualidade tem sido promovida e apoiada nas últimas décadas pela administração pública e a sociedade.
Tão inspiradora quanto o caso de Barcelona é a experiência do Cais Mauá de Porto Alegre, no Rio Grande doSul, que recupera para a cidade uma área pública de muita importância para a sua transformação e que fará com que o centro entre em contato com o cais do rio Guaíba.  A capital gaúcha aproveita inteligentemente a circunstância de ser sede da Copa do Mundo para potencializar a capacidade regeneradora de uma operação urbana.
         A reincorporação ao centro da cidade de um terreno inacessível até agora para os cidadãos é o objetivo fundamental do projeto. A nossa proposta para a transformação do porto, juntamente com o grande arquiteto brasileiro Jaime Lerner, foi feita para uma concessão, mas pensando exclusivamente no interesse público, criando um pedaço de cidade para todos e pensando acima de tudo no futuro. Esperamos que a evidente priorização do interesse público, a profunda reflexão sobre a multiplicidade de atividades, o desenho dos novos edifícios e a proteção do patrimônio façam do Cais de Mauá uma nova referência de revitalização de frente portuária capaz de superar, se não em volume, ao menos em qualidade conceitual e arquitetônica ao não muito distante e bem-sucedido exemplo do Porto Madero, na Argentina.
Impressiona a alguém, como eu, que tenha trabalhado em muitos projetos similares na Espanha, onde com frequência as transformações políticas tornam impossíveis projetos importantes, o quanto em Porto Alegre todos os órgãos públicos alinharam-se, independentemente da sua orientação político-partidária, para não perder uma oportunidade excepcional. Assim, em poucos meses deverão ser iniciadas obras de um projeto que recorda algumas das transformações de Barcelona dos últimos anos, a começar pelo essencial apoio popular.

*Fermín Vázquez é diretor da b720 Arquitectos, com escritórios na Espanha (Barcelona e Madri) e no Brasil.

Ricardo Teixeira renuncia ao cargo de membro do Comitê Executivo da Fifa

Da BBC Brasil
Brasília - Uma semana depois de ter deixado a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o comitê local de organização da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira renunciou hoje (19) ao cargo de membro do Comitê Executivo da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Em carta enviada à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Teixeira alegou motivos pessoais para a renúncia, "em caráter irrevogável". Ele ocupava o cargo desde 1994.
Teixeira deixou a CBF e a organização do Mundial em 12 de março, após ter sido alvo de críticas sobre sua gestão e de divergências com o governo de Dilma Rousseff.

Provinha Brasil vai mudar para que o MEC possa avaliar a qualidade da alfabetização de crianças

Da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou hoje (19) em encontro com empresários em São Paulo que irá mudar o atual modelo da Provinha Brasil, para que sirva de instrumento para aferir a alfabetização de crianças até 8 anos de idade. A avaliação é aplicada desde 2008 aos alunos do 2º ano do ensino fundamental e serve como diagnóstico para o próprio professor identificar o nível de alfabetização dos estudantes. Mas, até hoje, os resultados do exame não são divulgados e o MEC não tem controle sobre esse indicador.
A nova Provinha Brasil será ponto central do programa Alfabetização na Idade Certa, que o ministério pretende lançar em breve. De acordo com o ministro, o objetivo é garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos. Para isso, será necessário estabelecer parcerias com as rede municipais de ensino, responsáveis pelas escolas de educação básica. Mercadante disse que as mudanças serão aplicadas na edição de 2013.
Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC. Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.
Edição: Vinicius Doria

segunda-feira, 19 de março de 2012

MinC indica o MAM para a proponência da 30ª Bienal de São Paulo


Ministério da Cultura

NOTA DE ESCLARECIMENTO
MinC indica o MAM para a proponência da 30ª Bienal de São Paulo
Pautado pelo interesse público, o Ministério da Cultura (MinC) vem se empenhando para viabilizar a continuidade da Bienal de São Paulo, um evento cultural existente desde 1951, notoriamente reconhecido pela sua grande importância no cenário artístico do País, o que repercute também no cenário externo, onde se situa como um dos principais acontecimentos da agenda internacional das artes visuais.
No entanto, a Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), tradicional realizadora do evento, encontra-se inadimplente em função de projetos de anos anteriores em situação de Tomada de Contas Especial (TCE), junto à Controladoria Geral da União. Os processos em questão tiveram suas prestações de contas reanalisadas pelo MinC, por determinação desta CGU, emitida em julho de 2009, quando este Ministério deu ciência à atual Diretoria da FBSP.
Tendo em vista que a Fundação Bienal de São Paulo (FBSP) encontra-se impedida de operar os recursos de incentivo fiscal da Lei nº 8.313/1991 (Rouanet), o MinC buscou uma solução para tornar exequível a 30ª Edição da Bienal de São Paulo, prevista para ocorrer no segundo semestre deste ano. Tal solução não acarretará interrupção dos processos de prestação de contas em apuração.
Por meio de sua Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic), elaborou a Nota Técnica nº 0116/2012, em 16 de fevereiro de 2012, propondo a alteração de proponente, para uso dos recursos de incentivo à cultura. A Nota Técnica foi analisada pela Consultoria Jurídica do MinC, órgão da Advocacia Geral da União, o que resultou no Parecer nº 133/2012, de 22 de fevereiro de 2012, favorável à troca de proponente, o que deverá ocorrer nos limites da lei.
Para essa substituição, foram convidadas três instituições com sede no Estado de São Paulo, detentoras de comprovada capacidade técnica, de experiência na gestão de projetos na área da arte contemporânea, com alcance nacional e internacional, e de experiência na execução de projetos com benefícios da Lei Federal de Incentivo à Cultura: o Instituto Tomie Ohtake, o Museu de Arte Moderna (MAM) e a O.S. Pinacoteca do Estado de São Paulo. Das três instituições, duas responderam positivamente ao convite do MinC. A Pinacoteca declinou tendo em vistas características estatutárias impeditivas.
A fim de dar segurança jurídica ao ato, MinC está preparando um Termo de Ajustamento de Conduta, em conjunto com a Advocacia Geral da União (AGU), que permita a alteração de proponente dos projetos “Projeto Curatorial da 30ª Bienal de São Paulo - PRONAC 10-11262” e ¨30ª Bienal de São Paulo - PRONAC11-9340”.
Para decidir pelo novo proponente, as equipes técnicas do MinC realizaram uma série de encontros com as instituições convidadas e com a FBSP.
Apesar de ter sido constatada a competência de ambas as instituições, deliberou-se pela maior tradição do Museu de Arte Moderna, pesando inclusive o fato dessa instituição ter sido a realizadora das primeiras edições da Bienal.
Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura

sexta-feira, 16 de março de 2012

Novo exame diagnostica crianças com dificuldade de fala


Por Paloma Rodrigues - paloma.rodrigues@usp.br 
Crianças com deficiência na fala podem realizar o novo exame
Um novo exame permite que crianças com problemas na percepção e processamento de informações auditivas possam ser precocemente diagnosticadas, mesmo quando não possuem recurso de fala ou o apresentem de maneira prejudicada. O método foi desenvolvido nos Estados Unidos há cerca de dez anos e acaba de ser validado no Brasil pela pesquisadora Caroline Nunes Rocha Muniz, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). “Foi importante conseguir trazer este equipamento para o Brasil e testá-lo em crianças brasileiras. Ele se mostrou ser um exame eficiente e sensível, que pode ser aplicado em qualquer parte do mundo, pois são ondas elétricas cerebrais em resposta a estímulos”, diz Caroline.
O equipamento para realizar o exame foi importado com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e se encontra no laboratório de investigação fonoaudiológica em processamento auditivo da FMUSP.
O estudo Processamento de sinais acústicos de diferentes complexidades em crianças com alteração de percepção da audição ou da linguagem foi realizado no Centro de Docência e Pesquisa em Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FMUSP, no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Processamento Auditivo. A tese foi defendida em 2011 e orientada pela professora Eliane Schochat.
Exame
Para validar o exame, Caroline selecionou 75 crianças, com idades entre 6 e 12 anos. Elas foram divididas igualmente em grupos de “crianças normais”, que não apresentam nenhuma dificuldade de fala;  “crianças com Distúrbio Específico de Linguagem”, que apresentam alterações no desenvolvimento de linguagem, sem possuir nenhuma causa ou razão aparente; e “crianças com Transtorno de Processamento Auditivo”, que possuem audição normal, mas apresentam dificuldades em perceber e processar sons, em compreender a fala na presença de ruídos, têm dificuldade em concentrar-se em uma informação e podem apresentar problemas escolares, como na escrita e na leitura, por exemplo.
Todas foram submetidas aos mesmos testes, que consistiam na exposição a ruídos e a diferentes estímulos, como cliques e o som de fala (sílaba /da/). Essa exposição acontecia por meio de fones de ouvidos e a captação da resposta era feita pelos eletrodos, colocados em pontos específicos da cabeça dos pacientes.
No primeiro teste, chamado supressão das emissões otoacústicas, as crianças ouviam um estímulo em uma orelha e um ruído na outra. O cérebro libera uma série de ondas em resposta a esses sinais e, dependendo da forma que o cérebro processa esses sons, é possível monitorar o padrão das respostas. “O cérebro é bastante fiel àquilo que ouve. Ele reproduz perfeitamente aquilo que conseguiu ouvir através de ondas. Dessa forma, eu podia comparar o quadro de ondas de sons emitidos para a criança e a resposta que o cérebro delas deu àquilo. Por isso, pudemos ter a noção de como os sons de fala estavam sendo codificados pelas crianças”, explica Caroline.
Quando se tratava de crianças normais, os dois quadros de ondas eram extremamente similares, as ondas do som e as ondas de resposta do cérebro. Já quando havia alguma alteração na audição, certos pontos divergiam entre os quadros de ondas. “Os dois grupos que apresentavam alguma deficiência mostraram problemas da decodificação dos sons. Os picos de ondas não se pareciam com o pico de ondas das crianças com desenvolvimento normal, por exemplo”.
Diagnóstico
Ao contrário da metodologia tradicional, esse exame permite que crianças com extrema dificuldade de fala fala, linguagem e percepção auditiva sejam mais precocemente diagnosticadas. O processo usual consistia na percepção que os pacientes diziam ter do que tinham ouvido, era uma observação comportamental deles durante a realização dos testes. “Agora nós podemos fazer um estudo eletrofisiológico, por meio das respostas elétricas que o cérebro do paciente emitiu. Nesse caso, não precisamos da resposta comportamental do paciente, por isso o exame pode ser realizado em pacientes com dificuldades ou não de se comunicar”.
O novo equipamento permite colocar as crianças em grupos mais específicos. “Alguns desvios de fala não necessariamente tem a ver com problemas auditivos. Há uma série fatores que podem influenciar essas alterações e é importante saber onde eles se encontram, da maneira mais específica possível”, explica Caroline.
O exame poder ser feito em qualquer parte do mundo, por não variar de acordo com a língua da população. Além disso, ele também pode ser aplicado antes mesmo do paciente aprender a falar. “Futuramente, podemos realizar os testes em bebês, apenas monitorando os sinais de codificação neural que eles emitem. Assim, um trabalho fonoaudiológico já poderia começar a ser desenvolvido, de modo a impedir a evolução da deficiência”.
Mais informações: email carolrocha@usp.br, com Caroline Nunes Rocha Muniz 

Blatter diz que recebeu de Dilma garantia de que compromissos com a Fifa serão cumpridos


Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter, disse hoje (16) que recebeu da presidenta Dilma Rousseff a garantia de que todos os compromissos assumidos pelo Brasil com a entidade para a realização da Copa do Mundo de 2014 serão cumpridos. Pela manhã, ele se reuniu durante mais de uma hora com a presidenta, no Palácio do Planalto.
“Dilma assegurou que todas as garantias para a Copa do Mundo serão entregues para a Fifa”, disse Blatter após o encontro. As declarações do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que também participou da reunião, seguiram na mesma direção. “O governo brasileiro está empenhado em cumprir suas garantias e seus compromissos para que Copa se transforme em um êxito.”
Ontem (15), o relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Cândido (PT-SP), informou que manterá em seu parecer a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, ao contrário da informação divulgada na quarta-feira (14) de que os líderes dos partidos na Câmara haviam construído um acordo para manter a proibição, prevista no Estatuto do Torcedor.
A mudança no relatório se deu após uma informação que o deputado recebeu na quarta-feira à noite, em reunião na Casa Civil, de que a permissão para a venda de bebidas alcoólicas durante os jogos da Copa não fazia parte dos compromissos que o governo assumiu com Fifa. Ontem, Vicente Cândido disse que se confundiu. Achou que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disseram que não havia esse compromisso do governo com a Fifa.
A reunião de Blatter com a presidenta ocorreu após mal-estar provocado por declarações do negociador da Fifa no Brasil, Jérôme Valcke, que foram consideradas ofensivas pelo governo. O dirigente da Fifa, no entanto, não deixou claro se Valcke continuará como o interlocutor da entidade com o Brasil. Perguntado mais de uma vez por jornalistas sobre a permanência de Valcke, Blatter disse que precisa de um tempo para solucionar o problema.
“Jérôme continua trabalhando para a Fifa, o problema entre Jérôme Valcke e o Brasil é um problema que pertence ao presidente da Fifa e que o presidente da Fifa tem que solucionar. Vocês podem dar um tempo para ele solucionar o problema?”, respondeu Blatter, que, assim como o ministro do Esporte, saiu da reunião falando em cooperação, trabalho conjunto, harmonia e estreitamento de laços entre a entidade e o governo brasileiro.
O presidente da Fifa disse que ele e Dilma precisam se reunir com mais frequência e reiterou a confiança no Brasil para a realização do Mundial. “Temos a certeza total de que o Brasil vai realizar a melhor Copa de todos os tempos”.
Enquanto o governo e Fifa falaram em cooperação, o embaixador do Brasil para a Copa de 2014, o Pelé, lembrou o clima de desentendimento que se estabeleceu desde a declaração de Jérôme Valcke e também a polêmica em torno da venda de bebidas nos estádios. “Pedi para que Blatter fizesse o esforço de fazer essa reunião com nossa presidenta e o ministro do Esporte para resolver todas as dúvidas e mal-entendidos que estavam acontecendo antes da Copa.”
“Disse para a presidenta Dilma que agora não era para ela me chamar de ministro, mas de bombeiro, porque estou aqui para apagar as fogueiras e é isso que estou fazendo. Daqui para a frente, vamos caminhar em harmonia, sem nenhuma confusão”, completou Pelé.
A reunião de hoje ocorreu a pedido de Blatter. Além de Aldo Rebelo e Pelé, o encontro teve a participação do ex-jogador Ronaldo, que integra o Comitê Organizador Local da Copa de 2014.
Edição: Juliana Andrade

quinta-feira, 15 de março de 2012

Semana de Acción Mundial 2012,


Abiertas las inscripciones para la Semana de Acción Mundial 2012

Accede a la página de la SAM: http://www.globalactionweek.org
Foto: UNESCO/Carolina Jerez
Foto: UNESCO/Carolina Jerez
 
Están abiertas las inscripciones para coaliciones nacionales de educación, escuelas, organizaciones de la sociedad civil y personas que deseen participar en la Semana de Acción Mundial 2012, a través de la página http://www.globalactionweek.org. Este ano, la SAM abraza la consigna ¡Derechos desde el principio! Educación y cuidados de la primera infancia ya.
 
La Campaña Mundial por la Educación recuerda que aunque muchos Estados firmaron y ratificaron convenciones y tratados internacionales, comprometiéndose con los derechos de la niñez, este sigue siendo uno de los temas más descuidados en materia de políticas educativas. De cara a este desafío, se hace urgente desarrollar un programa completo por los derechos de la primera infancia, que tenga el objetivo de dignificarla y darle plenitud, reconociendo que los niños y a las niñas son sujetos de derecho. Es fundamental partir de un enfoque integral, en que el derecho a la educación esté articulado a la protección, a la salud, a la nutrición.
 
Por estos motivos, la SAM 2012 es una oportunidad adicional de demandarles  a los gobiernos:
• Que le den prioridad a la Educación y a los Cuidados de la Primera Infancia
• Que desarrollen el currículo y el cuerpo docente
• Que instituyan mecanismos y políticas para ponerle fin a la discriminación
• Que aumenten la inversión en educación y cuidados de la primera infancia
 
Para echar a andar esta movilización, la SAM propone una actividad llamada el “Gran Dibujo”: se propondrá a niños y niñas en las guarderías y escuelas de educación inicial que dibujen, pinten y/o saquen fotografías relativas de su experiencia educativa, estimulando a que expresen sus recomendaciones para mejorar la educación. Seguramente que maestros y maestras, padres y madres y la comunidad como un todo también se unirán en estas actividades, escuchándo a las niñas y niños y construyendo el diálogo colaborativo alrededor de la propuesta de garantizar el derecho a la educación desde el principio, sin discriminación.
 
Otras formas de participar y divulgar los mensajes de la SAM 2012 son:
• Creación de páginas web o blogs en donde se puedan colgar los dibujos y fotografías, noticias importantes sobre la SAM, el tema de la primera infancia y recomendaciones.
• Procurar dialogar con los departamentos gubernamentales que se ocupan de la primera infancia, incidiendo para que puedan garantizarse los derechos de la niñez y trabajando para establecer canales permanentes de participación pública en la formulación y en la toma de decisiones políticas -inclusive la participación de niñas y niños.
 
Lo  más importante, al mismo tiempo, es que las personas de junten en esta ola creativa, participando con propuestas y actividades de su interés y contribuyendo para la garantía efectiva de los derechos de la niñez. La CLADE dará seguimiento, acompañará y difundirá todas las actividades de la Semana en la página webhttp://www.campanaderechoeducacion.org/primerainfancia.

Em defesa da Lei do Piso


POSICIONAMENTO PÚBLICO
Em defesa da Lei do Piso
Brasil, 15 de março de 2012.
O piso salarial dos professores, regulamentado pela Lei 11.738/2008, recebeu importante atenção da opinião pública e da sociedade brasileira nas últimas semanas. Diversas foram as notícias sobre o cumprimento ou descumprimento da lei por estados e municípios, especialmente após o reajuste do valor do piso para 2012, anunciado em 27 de fevereiro pelo Ministério da Educação (MEC). Aplicando a fórmula da Lei, o MEC concluiu – com grave atraso – que o valor do vencimento inicial dos professores é de R$ 1.451,00 (mil quatrocentos e cinquenta e um reais), retroativos a janeiro, para uma jornada de 40 horas.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede composta por mais de 200 entidades distribuídas em todo o país, considera o cumprimento integral da Lei do Piso um imprescindível primeiro passo para a consagração do direito à educação pública de qualidade para todos os brasileiros e todas as brasileiras. Inclusive, no dia 13 de março, lançou em parceria com a ONG Ação Educativa, a publicação “A lei do piso salarial no STF: debates sobre a valorização do magistério e o direito à educação”, que narra e analisa a bem-sucedida atuação da rede, admitida como Amicus Curiae (Amiga da Corte), na defesa da constitucionalidade integral da Lei do Piso perante o STF (Supremo Tribunal Federal), diante do questionamento empreendido em 2008 pelos então governadores do Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Frente aos debates desencadeados após o anúncio do valor do piso para 2012 – reajustado em 22% – e, principalmente, diante da justa pauta de reivindicações que subsidia os três dias de mobilização nacional empreendida pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) nos dias 14/3 (ontem), 15/3 (hoje) e 16/3 (amanhã), a Campanha Nacional pelo Direito à Educação considera indispensável e irrevogável que:
          1. Os governos dos estados, do Distrito Federal e dos municípios empreendam todo o esforço possível para o cumprimento integral da Lei do Piso, especialmente quanto ao respeito ao disposto no artigo 212 da Constituição Federal de 1988, que determina a vinculação de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da receita resultante de impostos – incluídas aquelas resultantes de transferências – em educação.
         2.  A União lidere a constituição da Mesa de Negociação composta por representantes do MEC, CNTE, Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) para viabilizar o cumprimento integral da Lei do Piso em todo o país. Após anunciar sua intenção em estabelecer prontamente esta Mesa de Negociação no encerramento da Conae (Conferência Nacional de Educação), ocorrido em 1º. de abril de 2010, nada mais foi feito pelo Poder Executivo Federal.
        3.  A União convoque e realize os encontros da Comissão Técnica estabelecida pela Portaria do MEC no. 213 de 2 de março de 2011, formada por representantes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), CNTE, Undime e Consed. Após ser instituída, por força de resolução da “Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade” do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação), esse grupo de trabalho nunca se reuniu, vencido o período de um ano. Sem o trabalho efetivo dessa Comissão Técnica nenhum município ou estado pode pleitear os recursos da complementação da União para o cumprimento do valor do piso. Desse modo, portanto, a Portaria tem se configurado como uma mera carta de intenção.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação entende que a valorização docente exige, obrigatoriamente, o comprometimento dos governos estaduais, distrital e municipais. Contudo, verifica que o injusto sistema tributário e fiscal brasileiro, entre outros fenômenos perversos, permite que a União seja o ente federado que arrecada mais e, contraditoriamente, invista menos em políticas sociais. Detentora de 57,1% dos recursos disponíveis arrecadados, no caso das políticas educacionais, segundo dados do Inep (Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, vinculado ao MEC), a cada R$ 1,00 (um real) gasto com educação no Brasil em 2009, o Governo Federal dispendeu apenas R$ 0,20 (vinte centavos), contra R$ 0,41 (quarenta e um centavos) dos estados e Distrito Federal e R$ 0,39 (trinta e nove centavos) dos municípios.
Por ter raízes na escola pública e por reconhecer a centralidade da valorização docente para a qualidade da educação, a rede da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, após participar da aprovação da Lei do Piso no Congresso Nacional e colaborar com a CNTE na defesa de sua constitucionalidade perante o STF (Supremo Tribunal Federal), entende que o desafio agora é a sua implementação.
As gritantes desigualdades regionais brasileiras e o injusto sistema arrecadatório vigente no país torna imprescindível uma participação decisiva do Governo Federal no financiamento da educação básica. Inclusive, isso deve ocorrer em respeito às disposições do artigo 211 da Constituição Federal, que trata do Regime de Colaboração e estabelece que cabe à União assistir técnica e financeiramente estados e municípios.
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação não tergiversa quanto à defesa integral da Lei do Piso. Para as mais de 200 entidades que compõe sua rede, o cumprimento desta e de todas as demais peças jurídicas e normas educacionais deve ser tratado como máxima prioridade, mobilizando consequentemente todo o Estado brasileiro, o conjunto de seus poderes, níveis de governo e instituições. Por outro lado, a vigilância em busca da consagração plena do direito constitucional à educação pública de qualidade é uma responsabilidade de toda a sociedade brasileira, de cada cidadã e cidadão. E é, por isso, que participação democrática e o controle social são princípios inalienáveis, fundantes e incondicionais de cada organização e ativista que constrói e compõe cotidianamente a rede Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Comitê Diretivo – Campanha Nacional pelo Direito à Educação:
Ação Educativa
ActionAid Brasil
Cedeca - CE (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará)
Centro de Cultura Luiz Freire
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente
Mieib (Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil)
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
Uncme (União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação)
Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação)

“Fizemos história pelas crianças no G20”, diz adolescente em evento inédito da Save The Children e Plan International Brasil

  Ynara, 17, foi uma das adolescentes que entregou uma carta de 50 mil crianças a líderes do G20. Painel contou com a presença ministros e a...