Ultimamente não tenho dado muita atenção a futebol, principalmente depois que o Santos FC “pisou no freio” e o Campeonato Brasileiro começou a ficar meio esquisito.
E por falar em “pisar no freio”: Fórmula 1, então, desde aquela palhaçada da Ferrari no GP da Alemanha, quando a equipe constrangeu Felipe Massa a deixar Fernando Alonso passar - com direito a “ridiculous!” por rádio e tudo o mais -, parei de ver.
Massa, aliás, não teve muita sorte esportiva desde que entrou na escuderia italiana:
Em 2008, foi prejudicado pela equipe em duas corridas “ganhas” e, na última, perdeu o título para Hamilton, que ultrapassou Timo Glock na última curva. Já em 2009, graças a uma porca de Rubinho, quase foi desta para uma melhor equipe, onde, com certeza, o Chefe jamais o mandaria dar passagem para um “primeiro piloto”, pois todos são iguais perante Ele.
Este, principalmente depois do GP alemão, Massa desandou. Quando à Barrichello: nunca andou e, para completar, a equipe de di Grassi foi uma desgraça e a de Bruno Sena não ficou muito atrás. Por sinal, as duas é que ficaram muito atrás. Que tristeza!
Este domingo, no entanto, eu fiz questão absoluta de assistir o GP de Abu Dhabi, por algumas razões bastante significativas:
A primeira foi porque raras vezes, nas últimas décadas, um campeonato chegou ao derradeiro GP com quatro pilotos disputando o título. A segunda, porque soube que o dono da RBR, depois daquela coisa vergonhosa da Ferrari, proibira o chefe de sua equipe de fazer qualquer tipo de distinção entre seus pilotos. E a terceira, porque eu estava num entusiasmo só para torcer, com todas as minhas forças, para Alonso não ser campeão! Ainda mais depois das declarações arrogantes – o que não é nenhuma novidade - que ele dera no sábado, praticamente se julgando tri-campeão.
Ninguém nega as qualidades do piloto espanhol, mas ele é uma das figuras mais desagradáveis que esse esporte teve nos últimos tempos.
Torcer para quem, então?
Hamilton? Não, pois ainda não digeri aquele campeonato de 2008, sobre Massa.
Webber? Bem, ele se julgava primeiro piloto da RBR e andava reclamando muito de Vettel apenas porque ele estava subvertendo essa “ordem das coisas” dentro da pista, ou seja, por seu próprio mérito e arrojo!
Ora, escolha natural: Vettel! E o garoto de apenas 23 anos não decepcionou: mandou ver desde o início!
Para melhorar mais ainda, a corrida teve atuações soberbas de Kubica e seu companheiro de Renault, Petrov – que tem vitalidade até no pré-nome, Vitaly – não deu nenhuma chance de ultrapassagem para Alonso. E com classe!
Aí, para manter a fama de ridículo, ao final da corrida o espanhol emparelhou com o russo para fazer gestos desaforados.
O que ele queria? Que mandassem Petrov dar passagem para ele, mesmo sem ser retardatário? Será que na cabeça desse indivíduo todo mundo que está na frente dele é segundo piloto, ainda que não seja de sua equipe?
Bem fez o russo, que retribui com um sinal do tipo: “vai ver se eu estou na curva...”!
Assim, nesse domingo voltei a ter prazer em ver um GP de Fórmula 1, pois a corrida foi bem disputada e o resultado foi honesto, como sempre deveria ser! Além disso, um recorde foi batido: Vettel passou a ser o mais jovem campeão da história!
Valeu Sebastião, quer dizer, Sebastian!
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