sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Supervisão Escolar: Capitalismo e Ideologia

Supervisão Escolar: Capitalismo e Ideologia


Vamos colocar em ênfase a supervisão escolar, apontando as habilidades com fins e inspeção, administração, planejamento e orientação. Para falar de tais ideias, devemos observar que vivemos em meio ao processo de aceleração militarizada do ensino. A reforma universitária de 1968 consagrou a militarização do ensino superior; no entanto o sistema educacional tradicional ofereceu algumas resistências, provando que o sistema escolar não pode ser substituído rapidamente por outro. Mas as intenções mesmo estando em prática não foram totalmente aplicadas.
Convém acrescentar que esta concepção de militarização foi trazida para o Brasil por especialistas norte-americanos, que tende á reprodução dos privilégios desta classe; militar e burguesa.
Referindo a tal ideia, podemos observar que o curso de pedagogia, tem por função de formar a "oficialidade" os "dirigentes", criando uma separação dentro da escola, entre o "comando" e as "bases" (professores e alunos). E isto pode ser regra de quartéis, não regra na escola; porém o curso de pedagogia não pode formar os dirigentes; estes só conhecem a parte teórica e sem a prática, sem o trabalho na escola eles não podem ter um olhar de dirigente ou supervisor.
A supervisão é uma atividade que nasceu com a empresa capitalista, ou seja, com a industrialização, criada com objetivo de promover lucro máximo com mínimo tempo, mas com sua evolução, foi se tornando mais sofisticada e a ideologia industrial penetrou na escola, a transformando em uma empresa, a qual não só resistiu como também passou a utilizar o dicionário economicista. A supervisão escolar é um exemplo, embora tenha desviado de suas origens, ultrapassando as concepções integradoras, coordenadoras; fica claro que para substituir a "supervisão escolar" por "coordenação pedagógica" deve-se muda a ideologia.
De modo geral, para colocar em pratica a ideologia correta do ensino, precisamos de técnica administrativas, as quais são muito criticadas não pelo seu grau de importância e sim pela sua insuficiência para a realização dos exercícios amplos e das tarefas pedagógicas.
Para da concretibilidade de tal ideia podemos mostra passagens de vivida, as quais afirma que nós como professores devemos ser educadores e não domesticadores, neste sentido o supervisor deve produzir aprendizagem não apenas intelectuais, mas igualmente afetiva, ética, social e política.
Pois uma boa supervisão é aquela onde a produção e aprendizagem na escola é decorrente das relações humanas, que estabelece um trabalho coletivo. Em meio as contradições citadas, foi fundamental para criar a contra-ideologia que, tornou-se válidas na medida em que se concretiza.


Dhiogo José Caetano 

dhiogocaetano@hotmail.com

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