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PRIMAVERA II
És uma estação maravilhosa, Com poder de revigorar, Aos chegares já vás tratando de dar vida à natureza, Que com a tua falta, estava a se lamentar.
Pois sem ti a alegria não é a mesma, Sem ti o sentimento até se extingue, Sem ti a poesia fica calada, Contigo nada morre tudo vive.
És a estação que nos eleva, Que nos alimenta, sem exceção! Pois não só nos dás vida, e alimentas a natureza, Como também dás vida a nossa alma, e aos nossos corações. Vivaldo Terres |
A Tecnologia Incorporada à Educação
Uma vez que o sistema educacional sofre poucas mudanças numa estrutura normativa complexa, não é de se estranhar a dificuldade com que as instituições escolares enfrentam o choque do contemporâneo. Celulares proibidos em sala de aula, calculadoras e tablets excluídos da rotina e computadores utilizados apenas como chamariz para disputas de mercado; esta é a situação que se encontra tanto na rede pública e privada e nos diversos níveis de ensino. A incapacidade de lidar com o novo e de tirar proveito das vantagens da tecnologia remetem tudo à proibição. Há mais de quatro décadas as calculadoras portáteis surgiram no mercado e até hoje são raras as escolas brasileiras que destinam alguma atenção ao ensino para o manuseio e para o proveito de seu uso; o que dizer então dos computadores e celulares. Há uma necessidade de mudança paradigmática na visão da escola para a tecnologia, principalmente pela velocidade com que tudo se torna obsoleto.
Segundo Manolo Perez, coordenador pedagógico da Ponto Cursos e Concursos, apesar da utilização das novas tecnologias ser inevitável, há muita resistência entre professores e instituições de ensino. "O uso de smartphones, tablets e computadores em sala de aula instaura uma certa anarquia quando o processo é visto do ponto de vista de uma educação disciplinar. Esse não é o caso quando implementamos um projeto pedagógico interdisciplinar". Segundo o professor, mestre em Supervisão Educacional e doutor em Educação e Currículo pela PUC/SP, algumas experiências já existem nesse sentido, algumas produzidas como pesquisas vinculadas ao GEPI – Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade. Estas experiências mostraram que muitas vezes o aluno está melhor preparado que o professor na utilização das novas tecnologias, o que gera desconforto em docentes que veem seu papel como sendo de alguém que não pode mostrar falhas ou desconhecimento. Dessa maneira ele perde a oportunidade de aprender com o aluno apresentando ao mesmo tempo um olhar reflexivo sobre a tecnologia, coisa que este ainda não tem preparo para fazer.
As tendências sociais apontam inexoravelmente para a incorporação das novas tecnologias em todas as experiências de ensino, no entanto essa adoção irá nos desafiar nos próximos anos em relação ao papel que alunos e professores devem tomar nas salas de aula reais e virtuais.
"A velocidade com que se conseguem informações, imagens e videos sobre quase todos os assuntos, fazendo uso dos novos equipamentos de uso diário como celulares, note ou netbooks, tablets, etc. deve ser encarada como uma vantagem didática", afirma Perez.
A tecnologia é aliada do saber, e lidar com suas possibilidades e transformações deveria ser parte do currículo escolar em todos os momentos para que não existam abismos cada vez maiores entre aqueles que se aproximam das novas ferramentas e aqueles que as abominam, gerando novos tipos de "analfabetismos".
Há alguns anos, saber usar um computador distinguia toda uma nova geração de uma geração anterior pouco informatizada e virtualizada; nestes anos, nota-se que a distinção vai além do uso dos computadores, e se refere à capacidade de lidar e de se adaptar a mudanças em paradigmas informacionais e midiáticos.
Infelizmente o que pouco se vê nas escolas são aulas das diferentes disciplinas ganhando em riqueza de possibilidades com a ousadia de professores em abraçar a tecnologia ao seu alcance.
Fica difícil imaginar aulas de Geografia, História, Literatura ou Biologia sem o uso de imagens, sons e canais interativos. Mesmo que a escola, ou o professor não tenha em mãos esses canais, basta que um dos alunos os tenham para que ocorra a socialização na sala de aula, e todos aprendam pelo menos como poderão tirar proveito disto.
A proibição e o conservadorismo podem ter efeitos terríveis sobre a escola ampliando a separação entre o academicismo e a prática, tão inseparáveis na construção de uma sociedade em constante formação.
Os sons do piano, tambor, chocalho, maracás e agogô se misturaram à voz de Verônica Padrão para apresentar o Hino Acreano na abertura da 3ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres do Acre, que deu início às etapas nacionais. A plateia contava com a presença de mais de 200 mulheres. O governador Tião Viana, o senador Jorge Viana, a secretária-executiva de Políticas para as Mulheres, Rosana Ramos, entre outras autoridades participaram da mesa e assistiram ao espetáculo.
Na plateia da conferência, secretárias de Estado, juízas, advogadas, políticas e médicas participavam ao lado de professoras, sindicalistas, ativistas, trabalhadores rurais, parteiras, formando um leque representativo de todos os segmentos das mulheres acreanas. Todas, independentemente de religião, orientação sexual, idade ou beleza, estavam juntas pelos mesmos objetivos, àqueles aos quais a presidente Dilma Rousseff se referiu ao ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral das Nações Unidas: "igualdade de oportunidades neste século das mulheres".
DIÁLOGO - Para Rosana Ramos, as conferências são um momento de diálogo entre a sociedade civil e o poder público.
"Este é um momento rico. E ver este auditório lotado, para mim, confirma o que a presidente Dilma falou em seu discurso à ONU: este é o século das mulheres. Não é pouca coisa o que estamos fazendo", comentou.
Rosana iniciou seu fala citando o colóquio da presidenta na ONU, o qual abordou questões de gênero e empoderamento das mulheres. Também destacou a importância do processo das conferências na construção de uma sociedade mais justa entre mulheres e homens.
Ao final, Rosana fez uma palestra sobre os indicadores de pobreza entre as mulheres, com informações sobre o número de chefes de família no Brasil e no Acre, de famílias monoparentais e da porcentagem de mulheres que recebem o bolsa-família, entre outras.
SAIA-JUSTA - O governador Tião Viana fez um discurso descontraído e preocupado ao mesmo tempo. Ele brincou com a rosa de tecido que colocou no peito, símbolo da conferência, e com a suposta "saia-justa" em que a vereadora Ariany Cadaxo o teria colocado, aos falar sobre a licença-maternidade de 180 dias.
Viana disse ainda que sofre profundamente ao visitar a ala feminina do presídio e ver que a situação da maioria daquelas mulheres poderia ter sido evitada. Ele também falou sobre as desigualdades entre mulheres e homens. "Temos que superar essas diferenças. O Brasil caminha para isso. A eleição da presidenta Dilma é um exemplo", destacou.
"A nossa caminhada só vai ser vencida quando respirarmos a democracia todos os dias, em todas as nossas ações, em todos os níveis. Venho aqui a esta conferência dizer a vocês que a agenda das mulheres é a agenda do governo", finalizou.
AVANÇOS - O senador Jorge Viana também fez menção ao discurso histórico da primeira mulher a abrir uma conferência da ONU, uma brasileira, presidente do Brasil.
"Isso é histórico e nos mostra o quanto avançamos. O presidente Lula poderia ter indicado qualquer pessoa para disputar a Presidência. Ele indicou uma mulher. O Brasil vive um momento muito especial. É hora de fazer o que o Tião está fazendo aqui, que é consolidar as questões de gênero e a valorização das mulheres", disse.
"Nesse processo das conferências, despertamos sonhos e esperanças em 364.929 mulheres acreanas, segundo os dados do IBGE 2010. E levamos a elas o compromisso e a mão estendida do governo do Estado. Essas propostas que construiremos aqui farão parte de um documento que será defendido em Brasília, e o que desejamos é que nesses dois dias de encontro possamos ter propostas concretas sobre o que pensamos e queremos", disse a secretária de Políticas para Mulheres, Concita Maia.
*Camila Carvalho Duarte A intuição pode ser, por vezes, confundida com o que algumas pessoas costumam chamar de “sexto sentido”, porém a i...