As rápidas transformações e o vazio ético do jornalismo contemporâneo são temas centrais do livro Jornalismo na era virtual – Ensaios sobre o colapso da razão ética (141 páginas, R$ 21), do jornalista Bernardo Kucinski. Sob a ótica da ética profissional, o autor examina temas como direito à saúde, Internet, economia virtual, corrupção, paradoxos do jornalismo neoliberal, jornalismo econômico, mentira e imaginação. Para Bernardo Kucinski o fim da separação entre jornalismo e assessoria de imprensa, a concentração da produção e da propriedade na área de comunicação e, principalmente, a mentalidade individualista do novo profissional, cada vez mais distante da concepção idealista da profissão, são apontadas como principais causas do colapso da razão ética.
Analisar os expedientes e técnicas do jornalismo é o que se propõe Juvenal Zanchetta Júnior, em Imprensa escrita e telejornal (134 páginas, R$ 15), título da Coleção Paradidáticos. O autor identifica as características do texto jornalístico e abre uma discussão sobre a leitura e o papel do leitor, investigando a mídia, a notícia impressa, o fotojornalismo e o telejornal, para avaliar o que envolve sua produção. A obra aborda os veículos de comunicação não como uma “entidade abstrata, neutra ou isenta, mas como um organismo que catalisa e materializa boa parte das tensões dos diversos grupos sociais, das elites e classes profissionais até os leitores, passando pelas organizações públicas e privadas”.
Imprensa e cidade (136 páginas, R$ 15) aborda a história da imprensa no Brasil e seu papel na sociedade dominada pela velocidade das novas tecnologias. No livro, as historiadoras Ana Luiza e Tania partem do princípio que para compreender o cenário contemporâneo da imprensa, dominado pela fragmentação, imediatismo e bombardeio de notícias em meios como a Internet e até celulares, é importante acompanhar a trajetória da imprensa, desde o século XIX até os dias de hoje.
Em A boa escola no discurso da mídia (255 páginas, R$ 35), o autor Geraldo Sabino Ricardo Filho elabora um estudo sobre a representação midiática do conceito de "boa escola", tomando por objeto de análise as edições da revista Veja, publicadas entre os anos de 1995-2001. Como objeto, faz uso do discurso da revista como fonte de representações de parcela importante da sociedade brasileira e, por fim, faz uma discussão sobre a criação do consenso de um ideal de boa escola.
Veja também:
Os desafios da escrita, de Roger Chartier (148 páginas, R$ 28)
Humanidades em Comunicação, de Clodoaldo M. Cardoso (266 páginas, R$ 25)
Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo site: www.editoraunesp.com.br ou telefone (11) 3242-7171.
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