Por Antonio Carlos Quinto - acquinto@usp.br
Projeto introduz a física moderna nas escolas públicas do estado de São Paulo
Um projeto de pesquisa está viabilizando a introdução da física moderna no ensino médio de escolas públicas do estado de São Paulo. Desde 2003, a iniciativa vem introduzindo no currículo escolar três conceitos básicos da física moderna: espaço e tempo com base na teoria da relatividade de Einstein; fundamentos da mecânica quântica; e partículas elementares. De acordo com o professor Maurício Pietrocola, titular da área de Metodologia do Ensino, da Faculdade de Educação (FE) da USP, o projeto também visa formar professores multiplicadores para a rede estadual de ensino.
Segundo Pietrocola, os alunos tinham acesso a conceitos da física elaborados até o século 19. “E isso ainda acontece em muitos países do mundo e em outros estados brasileiros”, conta o professor. “A partir de nosso projeto, os estudantes passam a ter acesso a teorias que conheceriam somente no ensino superior. Isso se estudarem na área de exatas. Caso contrário, passam pela vida sem esse tipo de conhecimento”, ressalta.
Iniciado em 2003, há três anos (desde 2008) o projeto teve desdobramentos junto à rede pública do Estado, quando os currículos de Física do Ensino Médio passaram a incluir conceitos de teorias modernas. “Foram cinco anos de preparação onde estudamos os limites e possibilidades do ensino da física moderna. “A etapa atual é formar professores multiplicadores capazes de transitar do ensino de Física clássica para o ensino de Física Moderna”, conta Pietrocola.
Iniciado em 2003, há três anos (desde 2008) o projeto teve desdobramentos junto à rede pública do Estado, quando os currículos de Física do Ensino Médio passaram a incluir conceitos de teorias modernas. “Foram cinco anos de preparação onde estudamos os limites e possibilidades do ensino da física moderna. “A etapa atual é formar professores multiplicadores capazes de transitar do ensino de Física clássica para o ensino de Física Moderna”, conta Pietrocola.
Fase inicial
A primeira fase do projeto compreendeu a realização de cursos anuais que foram ministrados a 90 professores da rede pública estadual de ensino de todo o estado. Os cursos aconteceram em 2009, 2010 e 2011. Estes cursos possibilitaram atingir cerca de mais 200 professores de Física da rede, até este ano.
A primeira fase do projeto compreendeu a realização de cursos anuais que foram ministrados a 90 professores da rede pública estadual de ensino de todo o estado. Os cursos aconteceram em 2009, 2010 e 2011. Estes cursos possibilitaram atingir cerca de mais 200 professores de Física da rede, até este ano.
Pietrocola conta que um dos maiores ganhos até o momento é que o projeto conseguiu desmistificar a imagem de que a física moderna é algo complicado, até mesmo para os professores. “A percepção pessoal dos professores está, agora, em outro nível em relação ao ensino e aprendizagem da matéria”, garante o professor. A próxima etapa do programa já teve início com a disponibilização pela internet de materiais de apoio destinado aos professores do ensino médio. “Ainda estamos numa versão preliminar”, adianta o professor.
A versão completa do material deverá estar concluída e disponível em 2013, o que compreende a segunda fase do projeto. “Para isso estamos em negociação com a Secretaria Estadual da Educação para que nos apoie em mais esta etapa”, diz Pietrocola. O material disponibilizado até o momento pode ser acessado no endereço www.nupic.fe.usp.br/Projeto e Materiais .
Parcerias
Pietrocola conta que a FE conta com importantes parceiras no projeto. Na USP envolveu pesquisadores do Instituto de Física (IF) do campus da Capital e de São Carlos. Apesar da dimensão do projeto, o professor lembra que todo o programa teve início com apenas 3 pesquisadores e estudantes de pós-graduação das três unidades da USP.
Pietrocola conta que a FE conta com importantes parceiras no projeto. Na USP envolveu pesquisadores do Instituto de Física (IF) do campus da Capital e de São Carlos. Apesar da dimensão do projeto, o professor lembra que todo o programa teve início com apenas 3 pesquisadores e estudantes de pós-graduação das três unidades da USP.
No exterior, o professor conta que há trabalhos conjuntos com a Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, e com a Universidade Tecnológica de Dresden, na Alemanha. “Estas parcerias são importantes para que os conteúdos sejam testados também com estudantes de outros países”, justifica o pesquisador.
O ensino de conceitos de física moderna possibilita que os alunos do ensino médio tenham acesso a conhecimentos que os aproximam de estudos de ponta e das pesquisas de laboratórios. “Os conteúdos oferecidos nas escolas eram referentes aos estudos de física formulados até 1870 do século passado”, conta o professor. “Eram raras as instituições que proporcionavam o acesso aos princípios da física moderna”, lembra, reforçando que, “em pleno século 21 não faz sentido os estudantes limitarem seu aprendizado a conteúdos do século 19.”
O projeto vem contando com financiamentos do CNPq, Fapesp e Capes.
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