Silas na Casa das Rosas em São Paulo
Poema
ERRAÇÕES (Auto-Retrato Testamental)
(Inferno astral de agosto de 2010)
Breve e agudo, epigramático, irônico, cara e coragem verbalizando
Esperança-utopia sempre – um outro mundo (as letras! as letras!)
Idílios pastoris, epifanias, e cortes na própria carne. Ai de mim!
Corte seco na linguagem espandongada, verve satírica, contundente
Resíduo cru da Geração 45 ainda (misticismo poético), nos Anos 60
Condensações – essências e medulas – eis o estilo quando não desenfreado
Às vezes a metralhadora dialética – sai de baixo; os vazamentos gerais
Às vezes o paradoxal, enxuto, anti-retórico – os versos – e os véus
Haiquases, microcontos, twitter-poemas, alma-olaria – a alma-nau
A palo seco vez em quando (vice-versos) – rigor concreto (neoconcreto)
Lucidez verbal; jorro neural - polaridades – chorumes em verso e prosa
Visibilidades, pertencimentos – humanismo de resultados, goya-marx
Remontagens de vocábulos – pensadilhos, trilhas, urbes, hangares, o caos
Jogam-se palavras no macadame das idéias, mixórdias, consertos críticos
Paródias, refabulações, letras de rocks e blues, hinos, louvações gerais
Desmontagens de palavras, parágrafos, trocadilhos, kamikazes urdidos
Ideologia-guaraná, signo não verbal, vanguarda, e-book, morte à matéria
Ficção-angústia: e chistes espirituosos, cracas, contentezas, barulhanças...
Volúpia, paixão de escreviver: estrelamentos, ilhamentos-crusoés na web
Prazer lúdico: jogo palavreal – o avesso do haver-se (palavras cruzadas)
Neologismos-chistes: salmos contemporâneos, existir dói o sobreviver
Romance com loucura-lucidez, vários finais, técnicas de lesmo com asas
Contraposições – desvairados inutensilios, bem-te-vi, bem-te-ri, aleluias
Significados e metalinguagens: metáforas etílicas, carpideiro cervejólogo
O que o poeta no fundo é? Errações & erranças – sal da terra oxidado
O inconsciente: clarificações – campo de trigo com corvos – porta-lapsos
O sentido de sobreviver, o retiro letral: ensaios-estúdios, homem-cerveja
Ensaísta de ocasião, resenhista e outros istmos. Ilhações-cibalenas: diques
Rações de subvida: existencialismo com placas de capturas: range a rede
Santa Itararé das Letras, Cidade poema, terra-mãe, auto-exilio íntimo
O pântano da condição humana - desterro de pasárgada: shangri-lá...
Sagrado coração de ser-se: inventário de partilhas, testamento-vazão
Escrever é éter, é ter, é ter-ser(se): código de barros macunaímicos
Épico-cético: o cínico estado mínimo, ai de ti neoliberalismo-câncer
O antivida: exílio literário, ócios do oficio nas enlivrações-bastilhas
Lacônico ou exagerado: complexo, obstinado, transliterário-purgação
Abismal subjetivo, declínio e levitação, aqui jazz o que se escreveu pra ser
Itararé-mãe: o neomaldito - fuga do ser de si em verbos-cálices, fermentos
O poeta finge a dor: solidão-coivara, solidão-albatroz, surrealismo ópio
A provinciana metrópole: Samparaguai, roubismo desde os bandeirantes
Neo século: ansiedade, Rosangela musa-vítima: salvação da lavoura
Onírico: fantasmas, fantasias e espiritualidades – consciência-remorso
Sacrifício, fome, dormir na rua, máscaras mortuárias, escombros de ler
Poemetos-feições. Prêmios, midia, tv – escrever é fuga do não se achar
Prosa cênica: Provocações (Pan-Abujamra), tudo a ler. Escrita catarse
O grotesco, a sozinhez da alma – geração teflon em infovias efêmeras
Vestígios de ausências. Guardados incontidos, poesilhas e entretextos
Não necessariamente nessa ordem o testamento letral do inferno agosto
Surrealismo, realismo fantástico, meio século-banzo: inquietudes.
Neruda-Lorca-Whitman-Rilke-Maiakovski-Jorge de Lima, Lispector
Alma-vida insana, precariedades, olhar-furacão, tez chão, ultrapássaro
Luz sobre as trevas: eu estive lá-aqui-mesmo: condenação a viver é isso
Escrever cetras e carbonos, vagações e poemas, contos, nas errações
Dei testemunho de mim escrevendo. Corto os pulsos com poemas, singro
A literatura como tábua de carne da vida. Condenaram-me a sobreviver
Destilo prosas e versos, pastoreio poemas, delato, testemunho, assino só
A passagem pela vida como se arrastasse a dor, a tristeza e a solidão
Escrever válvula de escape: A vida é um erro? Fermento odes-errações
Na tábua de carne da vida, onde me sirvo em penúria do existencialismo
Possível; quase cárcere de tentativa. Olhando os martírios das lavrações!
-0-
Silas Correa Leite – Augusta Sampa/Santa Itararé das letras
E-mail: poesilas@terra.com.br - Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Blogue: portas-lapsos.zip.net
ERRAÇÕES (Auto-Retrato Testamental)
(Inferno astral de agosto de 2010)
Breve e agudo, epigramático, irônico, cara e coragem verbalizando
Esperança-utopia sempre – um outro mundo (as letras! as letras!)
Idílios pastoris, epifanias, e cortes na própria carne. Ai de mim!
Corte seco na linguagem espandongada, verve satírica, contundente
Resíduo cru da Geração 45 ainda (misticismo poético), nos Anos 60
Condensações – essências e medulas – eis o estilo quando não desenfreado
Às vezes a metralhadora dialética – sai de baixo; os vazamentos gerais
Às vezes o paradoxal, enxuto, anti-retórico – os versos – e os véus
Haiquases, microcontos, twitter-poemas, alma-olaria – a alma-nau
A palo seco vez em quando (vice-versos) – rigor concreto (neoconcreto)
Lucidez verbal; jorro neural - polaridades – chorumes em verso e prosa
Visibilidades, pertencimentos – humanismo de resultados, goya-marx
Remontagens de vocábulos – pensadilhos, trilhas, urbes, hangares, o caos
Jogam-se palavras no macadame das idéias, mixórdias, consertos críticos
Paródias, refabulações, letras de rocks e blues, hinos, louvações gerais
Desmontagens de palavras, parágrafos, trocadilhos, kamikazes urdidos
Ideologia-guaraná, signo não verbal, vanguarda, e-book, morte à matéria
Ficção-angústia: e chistes espirituosos, cracas, contentezas, barulhanças...
Volúpia, paixão de escreviver: estrelamentos, ilhamentos-crusoés na web
Prazer lúdico: jogo palavreal – o avesso do haver-se (palavras cruzadas)
Neologismos-chistes: salmos contemporâneos, existir dói o sobreviver
Romance com loucura-lucidez, vários finais, técnicas de lesmo com asas
Contraposições – desvairados inutensilios, bem-te-vi, bem-te-ri, aleluias
Significados e metalinguagens: metáforas etílicas, carpideiro cervejólogo
O que o poeta no fundo é? Errações & erranças – sal da terra oxidado
O inconsciente: clarificações – campo de trigo com corvos – porta-lapsos
O sentido de sobreviver, o retiro letral: ensaios-estúdios, homem-cerveja
Ensaísta de ocasião, resenhista e outros istmos. Ilhações-cibalenas: diques
Rações de subvida: existencialismo com placas de capturas: range a rede
Santa Itararé das Letras, Cidade poema, terra-mãe, auto-exilio íntimo
O pântano da condição humana - desterro de pasárgada: shangri-lá...
Sagrado coração de ser-se: inventário de partilhas, testamento-vazão
Escrever é éter, é ter, é ter-ser(se): código de barros macunaímicos
Épico-cético: o cínico estado mínimo, ai de ti neoliberalismo-câncer
O antivida: exílio literário, ócios do oficio nas enlivrações-bastilhas
Lacônico ou exagerado: complexo, obstinado, transliterário-purgação
Abismal subjetivo, declínio e levitação, aqui jazz o que se escreveu pra ser
Itararé-mãe: o neomaldito - fuga do ser de si em verbos-cálices, fermentos
O poeta finge a dor: solidão-coivara, solidão-albatroz, surrealismo ópio
A provinciana metrópole: Samparaguai, roubismo desde os bandeirantes
Neo século: ansiedade, Rosangela musa-vítima: salvação da lavoura
Onírico: fantasmas, fantasias e espiritualidades – consciência-remorso
Sacrifício, fome, dormir na rua, máscaras mortuárias, escombros de ler
Poemetos-feições. Prêmios, midia, tv – escrever é fuga do não se achar
Prosa cênica: Provocações (Pan-Abujamra), tudo a ler. Escrita catarse
O grotesco, a sozinhez da alma – geração teflon em infovias efêmeras
Vestígios de ausências. Guardados incontidos, poesilhas e entretextos
Não necessariamente nessa ordem o testamento letral do inferno agosto
Surrealismo, realismo fantástico, meio século-banzo: inquietudes.
Neruda-Lorca-Whitman-Rilke-Maiakovski-Jorge de Lima, Lispector
Alma-vida insana, precariedades, olhar-furacão, tez chão, ultrapássaro
Luz sobre as trevas: eu estive lá-aqui-mesmo: condenação a viver é isso
Escrever cetras e carbonos, vagações e poemas, contos, nas errações
Dei testemunho de mim escrevendo. Corto os pulsos com poemas, singro
A literatura como tábua de carne da vida. Condenaram-me a sobreviver
Destilo prosas e versos, pastoreio poemas, delato, testemunho, assino só
A passagem pela vida como se arrastasse a dor, a tristeza e a solidão
Escrever válvula de escape: A vida é um erro? Fermento odes-errações
Na tábua de carne da vida, onde me sirvo em penúria do existencialismo
Possível; quase cárcere de tentativa. Olhando os martírios das lavrações!
-0-
Silas Correa Leite – Augusta Sampa/Santa Itararé das letras
E-mail: poesilas@terra.com.br - Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Blogue: portas-lapsos.zip.net
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