domingo, 29 de agosto de 2010




Cem Anos de Adoniran


In Memoriam de Adoniran Barbosa, Boêmio,
Ator, Radialista, Cantor, Compositor, Inventor, Biriteiro
Faria 100 Anos em Agosto 2010


Se o senhor não tá lembrado vou contando
Em agosto deste insano ano e mês de 2010
Adoniran Barbosa estaria se seculando
Porque cem anos são remos e asas nos pés
Das coisas que vão e voltam se entranhando

Se o senhor não tá lembrado; eu sou fã
Era belo domingo de sol de antiga manhã
Que eu o vi saudosa maloca no Paissandu
Tomou um aperitivo rabo-de-galo e caracu
Chapéu e bigode a la carlitos era Adoniran

Se o senhor não tá lembrado é bom que eu diga
Depois o vi num barzinho risca-facas no Bixiga
Tomando a saideira que nunca ali terminaria
Talvez o trem das onze a milanesa ainda o siga
Na corda mi da garoa em percursão e harmonia

Se o senhor não tá lembrado do “Era uma vez”
Cem anos Adoniran faria neste agosto que era e é
Um eu você qualquer ritmo que se pinte paulistanês
Do centro à zona leste Sampa via Jaçanã ou Tatuapé
Adoniram boêmio é mano que samba paulistano fez

-0-

Silas Correa Leite, Santa Itararé das Letras/Samparaguai
Blogue:
www.portas-lapsos.zip.net
E-mail: poesilas@terra.com.br

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

NOSSO LAR, estréia dia 3 de setembro


Por: Nair Lúcia de Britto

Está prevista para o dia 3 de setembro a estréia do filme NOSSO LAR, baseado num Clássico da Literatura Espírita, um dos livros psicografados por Chico Xavier e um dos mais vendidos pela sua grande importância. A obra procura esclarecer, entre tantas outras, os mistérios da Espiritualidade.

Através do médium Chico Xavier, o médico André Luiz, que viveu no Rio de Janeiro, no início do século XX, relata a experiência vivenciada por ele, ao chegar numa colônia espiritual, após sua última existência no plano terrestre.

Segundo pesquisa, colônia espiritual (são muitas as colônias) é uma espécie de cidade onde os espíritos se reúnem para trabalhar entre uma encarnação e outra.
"Nessas colônias, "Nosso Lar" relata questões relacionadas ao trabalho justo e edificante e à Lei da Causa e Efeito.

Na novela A viagem, transmitida pela rede Globo, Ivani Ribeiro foi a primeira escritora a inspirar-se na obra "Nosso Lar", para escrevê-la. Foi um marco na literatura espírita pois a partir daí outras obras surgiram sobre esse vasto tema; cujo conhecimento traz a luz da qual precisamos para entender o porquê da nossa existência na Terra e o que nos espera, depois; segundo nossas ações voltadas para o Bem ou para o Mal.

O filme é uma superprodução nacional, com excelente direção de arte e efeitos especiais nunca vistos antes.
A direção e o roteiro são de Wagner de Assis. Eu acho que esse é um filme que ninguém deve perder!

sábado, 21 de agosto de 2010

Frederico Barbosa, o Poeta Que Promove a Poesia




Poeta Frederico Barbosa, um Portentoso Promotor Lítero-Cultural em Sampa


-Gerenciando técnico-administrativamente com qualidade humana e cultural a famosa Casa das Rosas, na Avenida Paulista, em Sampa; promovendo a poesia que, autofágica, cada vez mais se alimenta de si mesma, Frederico Barbosa é, certamente, um pilar da literatura popularizada na maior capital da sulamérica afrolatina em pó, um verdadeiro paladino das lidas lítero-culturais, ele mesmo tremendo poeta, segundo segue, pra começo de conversa, num breve currículo pinçado da web, porque, enquanto o site Cronópios é o melhor da literatura contemporânea brasileira, Frederico Barbosa é o maior batalhador da arte poético-cultural-literária dessa meio Sampa e meio Samparaguai que ergue e destrói coisas belas:

“Frederico Barbosa (Recife, Pernambuco, 20 de fevereiro de 1961), Medidor Cultural, Mediador Cultural, Promotor Cultural é um poeta, crítico literário e professor de literatura brasileiro. Barbosa se formou em Física e Grego pela Universidade de São Paulo, onde ele se especializou em Língua portuguesa, Literatura Brasileira e Portuguesa. Crítico literário do Jornal da Tarde e Folha de São Paulo por alguns anos, ele atualmente dirige um dos centros culturais mais importantes do Brasil, a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. Obras: Rarefato (São Paulo, Iluminuras, 1990); Nada Feito Nada (São Paulo, Perspectiva, 1993); Contracorrente (São Paulo, Iluminuras, 2000); Louco no Oco sem Beiras – Anatomia da Depressão (São Paulo, Ateliê Editorial, 2001); Cantar de Amor entre os Escombros (São Paulo, Landy Editora, 2002); Brasibraseiro (em parceria com Antonio Risério), (São Paulo, Landy, 2004); A Consciência do Zero (Rio de Janeiro, Lamparina, 2004). Fonte: Wikipedia Página do autor na web:
http://fredbar.sites.uol.com.br/

Opinando sobre a poesia de Frederico Barbosa, diz Amador Ribeiro Neto:

“A poesia brasileira atual precisa muito da poesia-míssil de Frederico Barbosa — o mais significativo poeta surgido na década passada e um dos mais expressivos poetas contemporâneos brasileiros. Isto porque Frederico Barbosa continua a perseverante e bem sucedida trajetória de fazer poesia do não, da recusa, do nada, da rarefação, do rigor, do conciso, do exato. Com invenção. Frederico não escreve para o público: prefere formar público para a sua obra. Seus quatro livros o comprovam à vera.”

Exemplo (passageiro/indicativo/fragmento) de Poema dele:

CARTA A KIRILOV

este tremendo desejo de por fim por fim finalizar acabar por fim no pingo na gota do i e serenar ir embora já seja tarde seja já se já tarde tá arde ainda se já tarde talvez se tal já tal tarde seja já se tarde mas arde antes tarde por fim o fim treme fim final em fim antes treme tarde desejo de por vir treme ainda tal impronto ponto finalizar tal ainda antes já
(Do livro Rarefato)
Por essas e outras, pelo que Frederico Barbosa – Diretor do Espaço de Poesia Contemporânea Haroldo de Campos – (agregando Itaú Cultural ou o próprio projeto Dulcinéia Catadora), faz pela poesia brasileira em Sampa, e pela poesia de Sampa miscigenada à brasileira desses tantos brasis gerais aqui acantonados, preciso é reconhecer sua labuta limpa, sua garra transparente, sua dedicação direta e portentosa, porque é por causa dele, Frederico Barbosa, que São Paulo nem agoniza e nem morre a rama da poesia, antes, viça a poesia, entre música, teatro, viradas culturais, lançamentos, agitos boêmios, e a Casa das Rosas, base de Frederico, levanta as vozes das ruas, das academias, dessa juventude desvairada, a chamada Geração Teflon (quer aderência mas não esquenta assunto), dos criadores por atacado, sonhadores do criar possível e impossível, neomalditos até, dando espaço, tempo, voz e luz para os que ainda teimam em lavrar, tecer, clarificar.

Por essas e outras, é preciso parabenizar Frederico Barbosa e dizer que ele é sim, mais um migrante brilhante que dá palco iluminado nesse chão de estrelas que precisa sim, sobreviver na sensibilidade, tipo “Faz escuro mas eu canto”, tipo “É importante que a emoção sobreviva”, e, entre letras, músicas, teatro, poesia, Frederico Barbosa é agora sim, um reconhecido patrimônio íntegro e labutador de todos que “amam-odeiam” essa Sampa de sobrevivencial (riquezas injustas, lucros impunes, propriedades-roubos, neoescravismo da terceirização neoliberal do DEMO) a uma Samparaguai demonizada no narcotráfico informal sistêmico (e impunidade generalizada por atacado desde as privatarias), onde um professor ganha trinta por cento a menos do que o educador do Piauí, e, mesmo assim, um incompetente candidato culpado disso - tipo pinóquio de chuchu - tem aterrador quase 50% de chance de ser de novo eleito governador. Já pensou? Ai de ti paulicéia desvairada! Nesses condições, ai de nós, ai de nós (parafraseando o Pan Antonio Abujamra da propositalmente falida TV Cultura/Fundação Padre Anchieta) nesses tempos tenebrosos, poetar, mais do que nunca é preciso.

Silas Correa Leite – Vila Sonia, Butantã, São Paulo
Site:
www.portas-lapsos.zip.net
E-mail: poesilas@terra.com,br
Livros CAMPO DE TRIGO COM CORVOS, Contos, Editora Design e Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP, à venda no site: www.livrariacultura.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Primeiro Show do Centenário

Está chegando o dia mais aguardado pelos torcedores alvinegros!  

Para começar a festa, o Sport Club Corinthians Paulista apresenta o Primeiro Show do Centenário. Dia 29 de agosto, a partir das 18h, a dupla sertaneja sensação do momento, Fernando & Sorocaba, fará um show completo que vai agitar o Parque São Jorge.

Shows de abertura: Bateria dos Gaviões da Fiel, Beijo na Trave e Henrique & Diego.

Primeiro Show do Centenário
Data: 29 de Agosto de 2010
Horário: a partir das 18h
Local: Parque São Jorge

Ingressos:

Pista (Sócio*): R$ 25
Pista (Fiel Torcedor*): R$ 30
Pista (Não-sócio): R$ 35
Área Vip: R$ 50 

 

domingo, 15 de agosto de 2010

Errações - Auto-Retrato Testemunhal

Silas na Casa das Rosas em São Paulo


Poema

ERRAÇÕES (Auto-Retrato Testamental)

(Inferno astral de agosto de 2010)

Breve e agudo, epigramático, irônico, cara e coragem verbalizando
Esperança-utopia sempre – um outro mundo (as letras! as letras!)
Idílios pastoris, epifanias, e cortes na própria carne. Ai de mim!
Corte seco na linguagem espandongada, verve satírica, contundente
Resíduo cru da Geração 45 ainda (misticismo poético), nos Anos 60
Condensações – essências e medulas – eis o estilo quando não desenfreado
Às vezes a metralhadora dialética – sai de baixo; os vazamentos gerais
Às vezes o paradoxal, enxuto, anti-retórico – os versos – e os véus
Haiquases, microcontos, twitter-poemas, alma-olaria – a alma-nau
A palo seco vez em quando (vice-versos) – rigor concreto (neoconcreto)
Lucidez verbal; jorro neural - polaridades – chorumes em verso e prosa
Visibilidades, pertencimentos – humanismo de resultados, goya-marx
Remontagens de vocábulos – pensadilhos, trilhas, urbes, hangares, o caos
Jogam-se palavras no macadame das idéias, mixórdias, consertos críticos
Paródias, refabulações, letras de rocks e blues, hinos, louvações gerais
Desmontagens de palavras, parágrafos, trocadilhos, kamikazes urdidos
Ideologia-guaraná, signo não verbal, vanguarda, e-book, morte à matéria
Ficção-angústia: e chistes espirituosos, cracas, contentezas, barulhanças...
Volúpia, paixão de escreviver: estrelamentos, ilhamentos-crusoés na web
Prazer lúdico: jogo palavreal – o avesso do haver-se (palavras cruzadas)
Neologismos-chistes: salmos contemporâneos, existir dói o sobreviver
Romance com loucura-lucidez, vários finais, técnicas de lesmo com asas
Contraposições – desvairados inutensilios, bem-te-vi, bem-te-ri, aleluias
Significados e metalinguagens: metáforas etílicas, carpideiro cervejólogo
O que o poeta no fundo é? Errações & erranças – sal da terra oxidado
O inconsciente: clarificações – campo de trigo com corvos – porta-lapsos
O sentido de sobreviver, o retiro letral: ensaios-estúdios, homem-cerveja
Ensaísta de ocasião, resenhista e outros istmos. Ilhações-cibalenas: diques
Rações de subvida: existencialismo com placas de capturas: range a rede
Santa Itararé das Letras, Cidade poema, terra-mãe, auto-exilio íntimo
O pântano da condição humana - desterro de pasárgada: shangri-lá...
Sagrado coração de ser-se: inventário de partilhas, testamento-vazão
Escrever é éter, é ter, é ter-ser(se): código de barros macunaímicos
Épico-cético: o cínico estado mínimo, ai de ti neoliberalismo-câncer
O antivida: exílio literário, ócios do oficio nas enlivrações-bastilhas
Lacônico ou exagerado: complexo, obstinado, transliterário-purgação
Abismal subjetivo, declínio e levitação, aqui jazz o que se escreveu pra ser
Itararé-mãe: o neomaldito - fuga do ser de si em verbos-cálices, fermentos
O poeta finge a dor: solidão-coivara, solidão-albatroz, surrealismo ópio
A provinciana metrópole: Samparaguai, roubismo desde os bandeirantes
Neo século: ansiedade, Rosangela musa-vítima: salvação da lavoura
Onírico: fantasmas, fantasias e espiritualidades – consciência-remorso
Sacrifício, fome, dormir na rua, máscaras mortuárias, escombros de ler
Poemetos-feições. Prêmios, midia, tv – escrever é fuga do não se achar
Prosa cênica: Provocações (Pan-Abujamra), tudo a ler. Escrita catarse
O grotesco, a sozinhez da alma – geração teflon em infovias efêmeras
Vestígios de ausências. Guardados incontidos, poesilhas e entretextos
Não necessariamente nessa ordem o testamento letral do inferno agosto
Surrealismo, realismo fantástico, meio século-banzo: inquietudes.
Neruda-Lorca-Whitman-Rilke-Maiakovski-Jorge de Lima, Lispector
Alma-vida insana, precariedades, olhar-furacão, tez chão, ultrapássaro
Luz sobre as trevas: eu estive lá-aqui-mesmo: condenação a viver é isso
Escrever cetras e carbonos, vagações e poemas, contos, nas errações
Dei testemunho de mim escrevendo. Corto os pulsos com poemas, singro
A literatura como tábua de carne da vida. Condenaram-me a sobreviver
Destilo prosas e versos, pastoreio poemas, delato, testemunho, assino só
A passagem pela vida como se arrastasse a dor, a tristeza e a solidão
Escrever válvula de escape: A vida é um erro? Fermento odes-errações
Na tábua de carne da vida, onde me sirvo em penúria do existencialismo
Possível; quase cárcere de tentativa. Olhando os martírios das lavrações!
-0-
Silas Correa Leite – Augusta Sampa/Santa Itararé das letras
E-mail:
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Blogue: portas-lapsos.zip.net






sábado, 14 de agosto de 2010

Salve a Rádio e TV Cultura

Movimento Salve a Rádio e TV Cultura ganha força e adesão
Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
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13 de agosto de 2010

José Augusto Camargo (Guto) e Sérgio Ipoldo

Jornalistas, radialistas, artistas, intelectuais e sindicalistas de diversas entidades como a CUT/SP, CTB, ETESP, Sindicato dos Radialistas de São Paulo, entre outras, participaram do lançamento do Movimento Salve a Rádio e TV Cultura, realizado no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, na noite desta quinta-feira, 12 de agosto.


Rose Nogueira durante fala no debate
O movimento pretende resistir e protestar contra as (más) intenções do governo do Estado de São Paulo, através do presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da RTV Cultura), João Sayad, de liquidar com a única TV pública existente do Estado, patrimônio cultural do povo paulista e demitir cerca de 1.500 funcionários, entre jornalistas, radialistas e setor administrativo.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto) disse que a sociedade está se mobilizando contra o desmonte da TV Cultura. Na tarde de quinta-feira (dia 12), o dirigente esteve reunido com o presidente da Fundação Padre Anchieta (gestora da Rádio e TV Cultura), que disse que não vai haver demissões. “O Sindicato, em sua função institucional, preocupa-se com os empregos dos trabalhadores. Mas não pode deixar de se manifestar contra o fim de um espaço que não pertence a uma gestão da Fundação e sim a todo o povo paulista”.
Já o representante do Sindicato dos Radialistas de São Paulo, Sérgio Ipoldo, disse que é funcionário da TV Cultura há 23 anos e que sempre, quando há troca de diretoria, há ameaças de demissões. 
Durante o debate, a diretora de Comunicação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Rose Nogueira, relembrou a história da TV Cultura de qual fez parte. Ela era repórter na TV quando o jornalista Vladimir Herzog foi detido pela repressão em 1975 e foi torturado e assassinado nas dependências do DOI-CODI.
A representante do Movimento Salve Manos e Minas, Maria Amélia Rocha Lopes, que foi funcionária da TV Cultura há anos e que retornou recentemente à emissora como PJ, também presente no encontro. Ela relatou a maneira que a TV Cultura acabou com o programa, de uma hora para outra e que ficou sabendo de seu fim pela imprensa. O programa dava voz a cultura de rua e a periferia. “O Manos e Minas, da TV Cultura, foi o veículo dessa voz que agora está sendo calada. João Sayad, o presidente da Fundação Padre Anchieta, tirou Manos e Minas do ar – o único programa que mostrou que periferia não é sinônimo de bandidagem. Ali nascem também artistas, trabalhadores e músicos, gente que faz Cultura de verdade”, diz o texto do abaixo-assinado criado pelo movimento.
Várias mensagens de apoio chegaram ao e-mail criado para apoiar o Movimento Salve a Rádio e TV Cultura. Eles não param de chegar no salvertvcultura@sjsp.org.br . Se você ou sua entidade pretendem aderir, mande sua mensagem. Veja abaixo algumas delas:

“Nossas entidades apóiam o movimento Salve a TV Cultura, uma TV que até hoje se preocupa em produzir e transmitir programas de real comprometimento de conhecimento para a sociedade”.  - Associação Cultura Arte e Movimento – ACARMO; Comissão Nacional dos Pontos de Cultura – Mobilização e Gênero – CNPC; Ponto de Cultura da Biblioteca do Fórum Social Mundial _ PCBSM e Rede Nacional da Promoção e Controle da Saúde das Lésbicas Negras – Rede Sapatá

“Como ouvinte e telespectadora constante da Rádio e TV Cultura, apoio integralmente todo e qualquer movimento que vise a preservar suas características como entidade pública, exclusivamente voltada para o aprimoramento cultural do nosso povo. Nesse sentido, firmo minha adesão ao Movimento Salve a Rádio e Televisão Cultura”, Pérola de Carvalho, tradutora.
“Sou doutora em comunicação pela Universidade do Rio de Janeiro e quero aqui deixar meu protesto quanto à possibilidade da extinção da TV Cultura. Considero-a uma boa televisão com uma programação rica em vários aspectos. Não tirem esse veículo do ar, não privem o telespectador dessa opção televisa”. Lilian Fontes Moreira, professora doutora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
"Por favor, salvem a TV Cultura da amputação, do economismo, da facilidade. Um cultor da cultura para salvá-la"! Renata Pallottini, escritora.

Extraído do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo http://www.sjsp.org.br/

Silas Correa Leite na Minha Revista RJ


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Twitter-Poemas, Seleta Desvairados Inutensílios




Seleta Twitter – Desvairados Inutensílios


“Poesia é musica./Quem tem olhos para ouvir/Que sinta.”
Silas Correa Leite (Literal)

Parte UM



DESCONECTUDES

a)-A ocasião faz o lampião

b)-Exibir é ócio

c)-Do nada viemos, ao nada voltaremos, somos o nada com e pré e pós-graduação

d)-berrar é humano

e)-Rio, nuvem, chuva: a água é o mistério da vida em exercício de lastro, lágrima e levitação

f)-perder-se é divino

g)-quem quer alguém para chamar de self?

h)-Princesa moderna não beija sapo, não quer os efeitos colaterais

i)-Pimenta no Orkut dos outros é YouTube


Parte Dois




REFABULAÇÕES


1)-As raposas estão verdes, dizem as uvas vaidosas e cheias de si


2)-Pra baixo todo coveiro ajuda


3)-atrás do arco-íris há uma passeata gay


4)-sanduíche de elefantes? Sinto muito, acabou o pãozinho




Parte Três


SELETA DE PARTICULIARIDADES ÍNFIMAS


***O papagaio amarelinho cantava de maduro


***Debaixo do tapete das etiquetas, penas pra que te quero


***O absurdo: o surdo não se toca que é táctil

*** O saxofone desafinava feito um pistom roufenho com surdina rachada


***Tempestade em copo dágua: alka-seltzer


***Debaixo dos caracóis de seus cabelos, Cingapura de piolhos


***Caiu na rede é gol


***Dinheiro trai felicidade


***No juízo final os manetas e os aleijados das pernas aplaudirão de pé e sairão correndo para a luz libertária


***Surto-circuito: poesia como jorro neural


***Nos rodeios alguns dos piores animais estão todos engalanados com arreios íntimos na platéia


***Purgante não, neoliberal. O que dá na mesma...


***Diabético em lua-de-mel faz cuscuz doce


***Mim Tarzã, You Tube


***Chorar escondido na poesia: silêncio líquido


***A tristeza-bumerangue de estar longe de Itararé: sempre voltamos ao lugar de origem


***Escrever é limo


***Às vezes o porco está do outro lado da feijoada


***Ler é luxo


***No futuro continente chino-brasilis, seremos todos índios com chips das máfias orientais


***Sofro mas desligo


***Quem não chora não Brahma


***Quem tem orkut tem medo




Twitter-Microcontos


Amor em Tempos de Aids

-Foi bom para você?

-Quem é você?


Lost

-Você vem sempre aqui?

-O que é aqui?





FINAL


(Excluída por exceder o limite permitido)




Na Antiga Rússia havia uma policia secreta, mas tão secreta, que até hoje não conseguiram provar se ela existiu mesmo



-0-



Silas Correa Leite
Santa Itararé das Letras, São Paulo, Brasil
Blogue premiado do UOL:
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Contra a violência na escola.

A Udemo realizará, nesta sexta-feira, dia 13 de agosto, uma passeata em frente à Secretaria da Educação, contra a violência na escola.
O ato ocorrerá entre 19:00 e 21:00, e visa chamar a atenção das autoridades para o grave problema em que se converteu a falta de segurança nas escolas da rede pública estadual.
Sem segurança, aumentou a insegurança, a violência, a criminalidade, fatores estes que são responsáveis, em grande parte, pela diminuição do aproveitamento e pela baixa aprendizagem dos alunos da rede pública, principalmente das escolas de periferia dos grandes centros urbanos.
O governo extinguiu o projeto de segurança nas escolas, preventivo e intensivo, que era prestado pela Polícia Militar, corpo feminino, não colocando nada em seu lugar. Como consequência, muitas escolas ficaram ao abandono e sob o domínio de marginais.
A educação desses alunos e a vida dos seus educadores estão em jogo, e o governo só contempla e discursa.
Na prática, e na realidade, há o abandono.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

REFLEXO



REFLEXO

Mas, nada me alcança sem razão
e todo foco me centraliza
no percebido

Percebo-me nas coisas que vejo
e sinto neste encontro
dos meus olhos com as coisas
um atingir
fundo de mim
com o outro que me fita

Dentro dos meus olhos
vivo dentro do outro que fito

domingo, 8 de agosto de 2010

AO MEU PAI...

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Papai, abre as portas do céu
Quero te homenagear...
Meu beijo vai numa estrela
Meu abraço, num raio de luar...
 
                                                      Nair Lucia de Britto

DIA DOS PAIS

Encaminhado por Nair Lúcia de Britto,
em homenagem a todos os pais...
 
 
PAI, NOME BEM PEQUENINO
QUE ENCERRA TANTO VALOR
TRADUZ CONFIANÇA, CARINHO
FORÇA, BONDADE E AMOR
 
(Walter Nieble de Freitas)
www.peregrinaçãocultural.wordpress.com

DIA DOS PAIS

Encaminhado por Nair Lúcia de Britto,
em homenagem a todos os pais...
 
 
PAI, NOME BEM PEQUENINO
QUE ENCERRA TANTO VALOR
TRADUZ CONFIANÇA, CARINHO
FORÇA, BONDADE E AMOR
 
(Walter Nieble de Freitas)
www.peregrinaçãocultural.wordpress.com

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Romance SAL DA TERRA de Caio Porfirio Carneiro




Pequena Resenha Crítica


Romance “SAL DA TERRA” de Caio Porfírio Carneiro: O Encharcamento de Almas Carentes Expropriadas


“Cada escritor vai soprar no espaço em branco o
seu próprio carma, a sua sabedoria cavada no
atordoamento causado pelo tanto de mistério que
nos constitui e humaniza” - João Gilberto Noll




Com uma narrativa realista a palo seco, o Romance “Sal da Terra” de Caio Porfírio Carneiro, um dos pilares da UBE-União Brasileira de Escritores faz tanto tempo, com brilho de estréia já no seu lançamento em 1965 (Editora Civilização Brasileira, RJ), depois relançado em 1980 e 1984 pela Editora Ática, SP, retorna agora, quarta edição em todo o seu esplendor, pela Editora LetraSelvagem (Taubaté-SP), mantendo ainda o mesmo vigor como se fosse romance atual, porque ainda encanta e abre os olhos para a realidade-sal de uma região, de um tempo, de um espaço-lugar, como fosse momento atual numa joiada literatura de já-hoje.

Parias, tarefeiros, brabos e mansos, nas lidas das Salinas do Ceará, sofrido nordeste brasileiro. E os nominados personagens sofrendo calos, cegueiras, entre maxixes, deformações, meretrício, mais águas salobras, cloreto de sódio, ainda a agonia, tragédia, crueldades, exploração humana, sangrias desatadas, aqui e ali na técnica do leque, abrindo e fechando parágrafos entre diálogos cortantes que enredam a compreensão do historial como um todo.

Guedegue, Cristina Louca, Bibio, Cego Delfino, Mestre Nonato, entre outros, personagens fortes e marcantes vão se passando e pontuam as acontecências entre os paradoxos de beleza e horror, no cotidiano doloroso da sobrevivência tornada possível a custo alto, preço infame, feito uma geografia de dezelo humano, com implicâncias de impropriedades sociais, o próprio continente branco (“impurezas no branco”), a diversidade beleza/sordidez, mais miséria, exploração, o homem brucutu feito peão ou fantoche expropriado entre o sal, o sol e o ser, ou bisonho sub-ser no caso, entre pirâmides de sal grosso e a própria miséria urdida; miserabilidade branca de uma solidão aterrorizantemente branca-selvagem, em que a pior aridez é a relação de troca capital/trabalho. Mudou muito desde então?

O peão tarefeiro brabo como abominável homem do trabalho pesado e mal-remunerado, quase sub-servo, o ferro-de-cova; num formigueiro branco entre travessias de sub-operários com brechas na sola do pé, a cegueira precoce, a luminosidade de uma salina que também provocada viola e cega. Diz o Negro Valério: “Salina só tem beleza por fora(...). Come por dentro que nem rato”.

Sim, no romance SAL DA TERRA salina tem cor e lavra carpida de morte “caiação de cemitério”, todos os personagens como lazarentos desfilam cada um ao seu modo desconfigurado entre as rudezas de muito cloreto de sódio, o maldito e lucrativo sal.

“A viração vibrava nas frinchas do telhado e as pilhas de sal, enfileiradas no barranco, branquejavam ao luar como estátuas silenciosas. Acordes tristonhos de um violão para o lado do puteiro. Gritos ao longe de um menino apanhando (pg. 38)”. Essa é a cruenta tônica narrativa, ora entintando os núcleos desumanos dos negredos do aldeamento, ora uma fluidez do real translucidando o próprio verbo salgar as carnes que foca, conta, liga, entrelaça, permeia. A última capa do livro aponta o cenário: “As mazelas de um meio físico e social hostil e degradante”.

Escombros humanos salinizados. Prosa propositalmente crua, sendo ela mesma também salinizada. Desalento. Melancolia, a própria brancura de certa forma paradoxalmente turvando a lucidez dos expropriados, entregues à própria sorte, ao deus-dará, os tais tarefeiros obtusos. Sal marinho e carne humana enquanto o subviver. O charque social. O achaque do explorador, os parasitas e as paranóias do entorno.

“Uma grande paz branca envolve a salina. As águas claras dos escoadeiros corriam em filetes como compridas tranças (pg.46)” Iniciação de mão-de-obra quase escrava que aleija, degrada... Iniciações amorosas. Relações de conflito. Caio Porfio Carneiro fala de sua terra com mostra de quem contundentemente bem exercita o verbo escrever com olhos que resvalam para um devão sócio-crítico da antropologia.

George Lukács diz que romance é a história de um herói insatisfeito que busca valores artísticos num mundo degradante. Assim é o romance SAL DA TERRA de Caio Porfírio Carneiro. Uma obra entrecortada de diálogos justapostos, conferindo desfechos, inclusive no pré-final que implicita um desdizer, o possível que, o talvez de; manejos de véus literais e assim por diante, bulindo com a imaginação e a sensibilidade do leitor nos sentidos tácitos ou nas aproximações das narrativas, quando não num proposital distanciamento dos quadros cênicos descritivos, levando e trazendo o leitor para aqui e ali, indicativos do que elucida no contar. O homem sal da terra? O escritor sal da terra, dando a sua temperança no olhar, descrever, fabular?

Turvam-se águas e salinas, para descobrir-se a transparência da terra em transe; buscando-se a transparência humana, o homem também como sal de si mesmo. Sem contar não podemos parecer humanos. E contando mostramos o desumano. Esse mundo não é falso, esse mundo é um erro, diria Mia Couto. Escrever é exercitar a paciência para descrever núcleos de remorsos incontidos?

A terra e o feitio do homem. O homem o bicho da terra. A terra sal do homem. O fatalismo regional. Nonato o Mestre da Salina. O sertão-sol-mar. O submundo do trabalho expropriado e o próprio sentido metáfora do sal nesse intento salgando idéias, corações, músculos, almas; secando-as ao sol para o charque lacrimal do devir a vidas carentes expropriadas na mixórdia da sobrevivência difícil. A subvida, ou a vida-cloaca no pântano da condição humana. O homem pântano do homem.

Caio Porfírio Carneiro destrincha a carne, o sangue e o eio do sal do que conta. Tempera parágrafos, nunca salga demais as contações, não se excede nas errações. Mas a vida (vida?) das salinas está muito bem exposta literariamente e o livro SAL DA TERRA é testemunhal.

Obstáculos existem na sobrevida, detalhes pungentes enredam, a selva-salina na salmoura em testamento de vidas ao rés do chão saltam aos olhos na leitura; sinais e desejos, lumes e limos, contextualizando atos e passagens, compartilhando assim com texto tenso a invisibilidade dos comuns na brancura fria das salinas, feito vazamentos de águas paradas, rabiscando luzes literais nelas, para um romancear que traz o pertencimento dos inválidos, encharcados pela rudeza crua da sobrevivência roubada nesses brasis gerais com a tez chão dos que vegetam a mingua.

Escrever é colocar sal na ferida vida dessa brasilidade expropriada. E Sal da Terra de Caio Porfírio Carneiro resgata isso num belo romance.

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Silas Correa Leite
E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.itarare.com.br/silas.htm

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

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