sexta-feira, 29 de abril de 2016

Impeachment servirá para diminuir verba de programas sociais, diz Dilma

A presidenta Dilma Rousseff fez um alerta, nesta terça-feira (26), acerca do risco sobre a continuidade dos programas sociais caso o processo de impeachment do seu mandato avance no Congresso Nacional. A afirmação foi feita em Salvador, durante a entrega simultânea de 5.293 moradias do programa Minha Casa Minha Vida.
Em discurso, Dilma afirmou que a expressão “revisitar programas sociais, que vem sendo usada pelos que pretendem assumir seu mandato após o impeachment, é um eufemismo para não dizer que cortarão verba de programas sociais que beneficiam a população, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.
Querem chegar, sentar na minha cadeira, mas sem voto. Esse é que é o problema. Isso é muito confortável. Não tem de prestar conta para o povo brasileiro. O programa deles começa com uma coisa muito grave. Eles falam assim: nós vamos revisitar os programa sociais. O que é revisitar os programas sociais? Revisitar programas é diminuir a quantidade de dinheiro que o governo federal investe para diminuir a prestação da casa própria que vocês pagam hoje. Isso se chama revisitar programas sociais.
Aos gritos de "não vai ter golpe" e "fica, querida", a presidenta disse que o processo de impeachment também representa o impedimento dos programas sociais estabelecidos nos últimos 13 anos no Brasil.
Juntos conseguiremos impedir, paralisar, não deixar caminhar esse golpe. Golpe contra a democracia do nosso país. É um golpe também contra tudo que construímos nesses 13 anos. É um golpe contra o Bolsa Família, contra o Minha Casa Minha Vida[…] contra o Pronatec, contra o Orçamento que tem parte importante destinada à população do Pais. Nós sempre seremos vencedores porque a democracia sempre será o lado certo, disse.
Dilma também reiterou que está sendo vítima de uma grande injustiça, já que está para ser julgada por medidas que tomou para melhorar a vida do povo brasileiro.
Eles falam que o impeachment é previsto na Constituição. É previsto, só que tem que eles não completam o resto da frase. Qual é o resto da frase? É permitido o impeachment quando há crime de responsabilidade. Acontece que eu não cometi nenhum crime de responsabilidade. Por que eu digo isso? Digo isso porque insistem em dizer que não é golpe. Ficam incomodados porque não é golpe. E não há crime. Eu nunca recebi dinheiro de propina, eu não tenho contas no exterior. Eu não sou acusada de corrupção. […] E o mais importante: o pior é que quem me julga é corrupto. Essa pessoa que é o presidente da Câmara [deputado Eduardo Cunha] é uma pessoa que todo mundo sabe que tem conta no exterior, que é acusado pela Procuradoria-Geral da República.
A presidenta enfatizou ainda que as chamadas pedaladas fiscais não configuram crime de responsabilidade e são praticadas desde 1994. “Aí em 2015, virou crime. E isso significa o quê? Dois pesos e duas medidas, significa injustiça”, criticou. Além de agradecer as manifestações de solidariedade e apoio da população, Dilma citou nominalmente cada um dos 24 deputados baianos que votaram contra a abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados.
Fico muito feliz e agradeço toda a solidariedade, mostrando que vocês não se conformam contra esse processo, que vão lutar contra esse processo. Ninguém pode se conformar com isso.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Blog do Planalto

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