Fotógrafo Otavio Valle mostra como a obra de Adoniran Barbosa continua viva nas ruas de São Paulo.
Uma exposição com 20 fotos da cidade de São Paulo, inspiradas nas músicas de Adoniran Barbosa (1910-1982), começa na segunda-feira, dia 15, no SESC Consolação, na Capital paulista.
O fotógrafo Otavio Valle desenvolveu o projeto Cidade Adoniran a partir das histórias contadas pelo sambista. "Adoniran foi um dos grandes cronistas de São Paulo. O artista traduziu como ninguém a alma dos paulistas. Sua obra traz uma infinita coleção de retratos da gente que ajudou construir a metrópole", conta o autor do trabalho que estará exposto até 30 de setembro.
Otavio Valle escolheu homenagear Adoniran especialmente em função da história de vida do artista. "Distante dos aristocráticos círculos de intelectuais da sua época, o poeta e compositor popular encarnou em seus personagens e canções a mistura da cultura de caipiras, negros, nordestinos, estrangeiros que moldou a capital", aponta. "A vida dura e pobre dos imigrantes, as experiências nos cortiços, os trabalhos informais que experimentou contribuíram muito na construção dos personagens que povoam o universo de seus sambas."
Sobre Adoniran Barbosa - Filho de imigrantes italianos, Adoniran Barbosa nasceu em 1910 em Valinhos (SP). Seu nome de registro era João Rubinato. Antes de ser artista, foi entregador de marmitas, mascate, pintor, encanador, garçom e chofer. Em 1932, vivendo em São Paulo, começa a compor e adota o nome artístico: Adoniran, emprestado de um amigo dos Correios, e Barbosa, do músico Luiz Barbosa. Em 1936, casa-se com Olga Rodrigues e grava seu primeiro samba: "Agora pode chorar". No ano seguinte, nasce a filha, Maria Helena Rubinato. Em 1951, os Demônios da Garôa gravam sua primeira interpretação de Adoniran, o samba "Malvina" e, nesse mesmo ano, Adoniran grava "Saudosa Maloca" - considerado um dos maiores sucesso do artista, a música "estourou" com os Demônios em 1955. A consagrada "Trem das Onze" também deve seu sucesso ao grupo, que a gravou em 1964. Foi só em 1974 que Adoniran gravou seu primeiro LP.
A carreira artística de Adoniran não se limitou à música. Ele passou pela Rádio Cruzeiro do Sul, pela Rádio e TV Record e pela TV Tupi, onde participou da primeira versão da novela "Mulheres de Areia", em 1971. No cinema, vale mencionar sua atuação nos filmes "Pif-Paf" (1945), de Adhemar Gonzaga; "O Cangaceiro" (1953), do Lima Barreto; e na pornochanchada "Elas são do baralho" (1976), com Vera Fischer.
Otavio Valle escolheu homenagear Adoniran especialmente em função da história de vida do artista. "Distante dos aristocráticos círculos de intelectuais da sua época, o poeta e compositor popular encarnou em seus personagens e canções a mistura da cultura de caipiras, negros, nordestinos, estrangeiros que moldou a capital", aponta. "A vida dura e pobre dos imigrantes, as experiências nos cortiços, os trabalhos informais que experimentou contribuíram muito na construção dos personagens que povoam o universo de seus sambas."
Sobre Adoniran Barbosa - Filho de imigrantes italianos, Adoniran Barbosa nasceu em 1910 em Valinhos (SP). Seu nome de registro era João Rubinato. Antes de ser artista, foi entregador de marmitas, mascate, pintor, encanador, garçom e chofer. Em 1932, vivendo em São Paulo, começa a compor e adota o nome artístico: Adoniran, emprestado de um amigo dos Correios, e Barbosa, do músico Luiz Barbosa. Em 1936, casa-se com Olga Rodrigues e grava seu primeiro samba: "Agora pode chorar". No ano seguinte, nasce a filha, Maria Helena Rubinato. Em 1951, os Demônios da Garôa gravam sua primeira interpretação de Adoniran, o samba "Malvina" e, nesse mesmo ano, Adoniran grava "Saudosa Maloca" - considerado um dos maiores sucesso do artista, a música "estourou" com os Demônios em 1955. A consagrada "Trem das Onze" também deve seu sucesso ao grupo, que a gravou em 1964. Foi só em 1974 que Adoniran gravou seu primeiro LP.
A carreira artística de Adoniran não se limitou à música. Ele passou pela Rádio Cruzeiro do Sul, pela Rádio e TV Record e pela TV Tupi, onde participou da primeira versão da novela "Mulheres de Areia", em 1971. No cinema, vale mencionar sua atuação nos filmes "Pif-Paf" (1945), de Adhemar Gonzaga; "O Cangaceiro" (1953), do Lima Barreto; e na pornochanchada "Elas são do baralho" (1976), com Vera Fischer.
Sobre o fotógrafo - Otavio Valle nasceu em São Paulo em 1972. Formado em jornalismo pela Unesp de Bauru em 1993, sempre dedicou-se ao foto-jornalismo. Foi professor da Unesp Bauru, de 1997 a 2000, e editor do Diário da Região em São José do Rio Preto (SP), de 2000 a 2007. Atualmente, desenvolve o projeto Olho no Celular (http://olhonocelular.blogspot.com/), oferece oficinas de Fotografia e é editor assistente do jornal Agora São Paulo/Grupo Folha.
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