A LIÇÃO DO CAFÉ
Diariamente somos agentes ativos ou passivos na comunicação:
Quando falamos, agimos como ativos. Quando ouvimos, somos passivos.
Tais relações, marcam sensivelmente as nossas experiências definidas pelas emoções.
É preciso cuidado com as palavras ao nos dirigirmos ao próximo.
Algumas vezes estamos mais predispostos à brincadeiras que podem ser levadas à sério pelo outro e o resultado pode ser um grande desentendimento.
Como eu disse, as palavras marcam as nossas emoções!
Num rápido conto, se encontra o caso da moça recém-casada, que todas as manhãs, acordava feliz e ia logo providenciar o café.
Aroma de café fresquinho, quentinho, passado na hora, é algo que se alastra ao redor.
Para a moça, aquela atividade era simples. Um hábito que herdara dos pais. Isso era rotina e não via nada de exuberante, que fosse capaz de causar algum impacto na vizinhança... mas causava!
Certa vez, uma pessoa que frequentava a sua casa, fez um comentário, até certo ponto maldoso, dizendo que o café estava ruim. A moça, ficou sem jeito.
A ocasião se repetiu, e novamente a visita disse que o café não estava bom. Mais uma vez, a moça não sabia o que fazer, pois acreditava ter feito o café na medida certa.
Para arrematar, as visitas eram frequentes e nada de um elogio sequer na hora do cafezinho...
No registro das emoções, começou a observar que até os de casa já não saboreavam com apetite.
Muito jovem e boa de coração, a moça acreditou na visita e decidiu que nunca mais faria café!
Em parte, problema resolvido!
Não tinha mais visita, pois a mesma vinha guiada pelo aroma do café.
Sem visita, sem comentários indesejados.
O café passadinho com o coador foi substituído por chás, achocolatados e pelos solúveis com preparo no ato do consumo.
Anos passaram até que uma circunstância muito especial colocou a moça, ora já mulher, em confronto com a seguinte proposição:
Preparar o café para as pessoas do trabalho, ou ignorar e deixar todos com fome?...
O tempo passou, mas apesar do péssimo sentimento nos afetos culinários, a mulher continuava bondosa, e assim, foi para a cozinha.
Em dez minutos, o café já era percebido por todos, com aquele cheirinho gostoso de bom dia!
Depois disso, o café retornou à mesa do casal também.
Com esse pequeno conto, percebemos o quanto podemos ser atingidos pelas opiniões dos outros, ou ao inverso...
Há quem diga que não se importa com o alheio... Vai que é mesmo de não se importar, mas mesmo assim, esquivar-se com sabedoria é sempre uma grande dica!
Pela consciência do nosso comportamento,
e ao lado de uma térmica
cheia de café que
tem sabor do café de pescador
herdado dos meus pais:)
BOM DIA!
***
CAFÉ DE PESCADOR = Feito cedinho... logo ao acordar.
***Bem cedo = antes de sair para a pesca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário