segunda-feira, 26 de maio de 2014

“Ensino médio deve ser plataforma de políticas para a juventude”,

“Ensino médio deve ser plataforma de políticas para a juventude”, diz Alexandre Padilha em seminário sobre educação Neste sábado (24), o coordenador da Caravana Horizonte Paulista, o ex-ministro Alexandre Padilha, discutiu o futuro da educação paulista com estudantes e especialistas São Paulo, maio de 2014 – As escolas públicas do ensino médio no estado de São Paulo devem ser uma plataforma para várias políticas voltadas à juventude, proporcionando cultura, esportes, lazer e saúde num local atraente para os estudantes e com aprendizado efetivo. A avaliação é do coordenador da Caravana Horizonte Paulista, o ex-ministro Alexandre Padilha, que participou de dois seminários sábado passado, na capital, com os temas “Tecnologia, Currículo e Educação” e “Política de Ensino Médio e Juventude: trabalho, Cultura e Ciência”. Padilha fez o comentário ao apontar o ensino médio como uma das três prioridades para a educação no estado de São Paulo. As outras prioridades, diz o coordenador da caravana, são a expansão do ensino técnico e profissionalizante, “valorizando o potencial econômico de cada região do estado”, e a formação do professor. Segundo Padilha, hoje o conteúdo que o estudante recebe no ensino médio não dialoga com a sua realidade. “Tenho andado muito na periferia de São Paulo e tenho visto uma verdadeira ‘tropicália’ cultural, iniciativas que acontecem fora da escola, com jovens produzindo literatura, fazendo música, cultura. Queremos essa realidade dentro da escola, queremos uma escola que seja uma plataforma para várias políticas de juventude, que ele tenha acesso à cultura, esportes, lazer, saúde e tecnologia dentro da escola de ensino médio”. Na sua opinião, iniciativas desse tipo vão atrair e manter o estudante, reduzindo a evasão escolar e proporcionando ganhos de aprendizado. Sobre a expansão do ensino técnico, Padilha avalia ser indispensável levar em consideração as características e o potencial de cada região. “A expansão do ensino técnico tem que estar vinculada ao potencial econômico de cada uma das regiões do nosso Estado, do contrário não é efetiva”. Para a formação dos professores, Padilha afirma pretender montar academias para formação de professores em parceria com as universidades públicas. “Precisamos agir por uma formação do professor com qualidade, uma formação conectada às novas tecnologias, uma formação atraente para o professor”. Padilha apontou ainda a necessidade urgente de se reestruturar física e arquitetonicamente as escolas públicas do estado. Segundo ele, hoje apenas 1% das mais de 5 mil escolas da rede pública estadual têm, num mesmo espaço, laboratório de informática, de ciências e acessibilidade para pessoas com deficiência. “A estrutura física das escolas do estado foi sucateada ao longo dos últimos 20 anos. É preciso rever inclusive a arquitetura: tem escola que mais parece presídio tal a quantidade de grades, a falta de acesso da comunidade e da família. O estudante tem até hora para o banho de sol”, disse Padilha ao relembrar o relato de um estudante durante o seminário.

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