terça-feira, 25 de setembro de 2012

ATIVIDADES DE ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. ENSINAR POR MEIO DE ATIVIDADES DE ROTINA, ATIVIDADE REPETITIVA É = ROTINA

MANUAL DE ROTINA INFANTIL PELOS CUIDADOS DE UM EDUCADOR: As atividades de rotina podem passar desapercebidas por muitas pessoas. Porém, para o professor, a rotina presta grande serventia no ofício de ensinar os pequeninos! Devido a necessidade laboral dos pais para conseguirem equilibrar todas as despesas do lar, sabemos que a nossa realidade está focada na inclusão o quanto mais cedo das crianças nas creches e instituições de ensino. Como conquistar a atenção das crianças pequenas dentro de um trabalho pedagógico através da rotina? Bem, de acordo com uma valiosa pesquisa entitulada "A ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL NA VISÃO DAS CRIANÇAS: UM ESTUDO SOBRE ROTINAS", que muito contribuiu para novos olhares no patamar educacional sobre a rotina, podemos citar o estudo de SILVANA MEDEIROS e LOURDES FRISON*****(ofertado para melhor leitura e aprofundamento na fonte: http://www.ufpel.edu.br/cic/2009/cd/pdf/CH/CH_01261.pdf) No artigo destacamos alguns referenciais, como por exemplo: BARBOSA (2006), que diz que: "alguns dicionários de pesquisa e ensino, como o escrito por CAMPAGNE (s.d pág.545 que traz que: "ROTINA É UM PROCESSO ATÉ CERTO PONTO MECÂNICO PARA FAZER OU ENSINAR ALGUMA COISA" (...) "ROTINA É UMA PRÁTICA TRANSMITIDA E TORNADA HABITUAL". Contudo, analisamos que a rotina é a atividade que se repete, portanto repetitiva. E é aqui que alguns pontos de vista precisam visualizar que a mecanicidade é aliada ao bem formar infantil. Imaginem que desta "atividade determinada" (a rotina, atividade que se repete)por exemplo, em horário certo, irá causar familiaridade para a criança que desperta a compreensão para reconhecer a hora de fazer uma atividade, após um lanche, após seu soninho, daí banheiro, depois as brincadeiras no parque e horário de sair. O supracitado exemplo é clássico! VEJAMOS: Mesmo que o educador precise alterar o horário das atividades como por exemplo: "o brincar no parque" com " fazer uma atividade em folha de sulfite", estes são como pontos móveis dentro do planejamento. A rotina repetitiva fica estabelecida quanto aos imutáveis horários de início da aula, lanche, banheiro e saída. Obviamente há o respeito da não delimitação para as necessidades fisiológicas, por dependência da porção orgânica individual. Mas o momento da ida aos sanitários integra o cronograma perto das refeições ou do recreio e com os demais elementos fixos do planejamento diário, e esses não se alteram e geram a segurança habitual o que corrobora com um cotidiano no limiar de confiabilidade e conforto para a criança. Com isso, surge em sua concepção interior, a certeza de que durante a sua jornada na escola, rotineiramente existe o horário certo para chegar, comer, higienizar, brincar e retornar para casa. Tão notório é este escalonamento, que a rotina torna-se a noção de representação diária na menorzinha idade, favorecendo desde o trabalho auxiliar na educação de esfíncteres e indubitavelmente refletindo-se eficaz na organização propiciada com harmonia durante o desenvolvimento de cada dia. Outro exemplo rotineiro, chega unindo a participação familiar, quando os familiares questionam e a criança responde de pronto: - VOCÊ FOI PARA A ESCOLA HOJE?; - VOCÊ LANCHOU? (comeu todo seu lanche?); - VOCÊ BRINCOU?;*** À estas situações percebemos como rotinas necessariamente repetitivas e elas integram a base letiva principalmente na educação infantil. Por outro lado, ao questionarmos: - "QUAL ATIVIDADE VOCÊ FEZ HOJE"? A resposta virá livremente, o que denominamos de ponto móvel na escala diária, visto que inúmeras atividades poderão compor o quadro dirigido. Por exemplo: segundas,quartas e sextas temos aula de artes; terças e quintas: ballet e judô. Estas são as rotinas semanais. Agora, qual o conteúdo explorado em cada uma dessas rotinas é a essência da aprendizagem. O conteúdo sempre variado, completa, enriquece e aperfeiçoa o trabalho do educador. Ainda, paralelamente, apontamos o método costumeiro de alguns professores com a utilização de painéis para trabalhar o calendário diário (dia, mês e ano), noções climáticas (o tempo está como? tem sol? tem chuva? está nublado?). Ou seja, são rotinas também repetitivas, pois sugerem um acompanhamento diário das representações de localização e reconhecimento de tempo e espaço, permeando o início da repercussão temática. A atividade pode repeir de sgunda a sexta, o que não significa que as respostas apresentadas ou seja, que o conteúdo será o mesmo, pois nem todos os dias serão iguais. Um dia poderá ter sol, outro chuva, mas se houver dias seguidos de sol ou chuva, todos observarão como fatos normais da rotina da vida, a qual é inconstante, uma surpresa, um mistério maravilhoso. E quando o educador consegue atingir algo tão especial, alegra-se por perceber que realmente está refinando momentos, ensinando para a vida. Para BERTOLINI (apud BARBOSA 2006, pág.44), denominam-se "routine" as práticas realizadas que fazem parte necessária e imprescindível do trabalho de cuidado das crianças, como higiene, a alimentação e o sono. Em análise, dispomos a historicidade do estudo, justificado pelo questionamento de um aluno que queria saber "porque as coisas tem que ser sempre iguais". Segundo o investigador do citado artigo, a inquietação também acabou pousando sobre si, e desenvolveu-se então o texto, cuja finalização pressupõe que: "a escola trata de estabelecer horários para as diferentes ações, mas nem sempre essa organização favorece o trabalho pedagógico e as necessidades dos alunos". O nosso entendimento não tenciona desmerecer o estudo descrito, porém ampliamos sobremaneira o alcance da resposta a qual poderia ensinar que de fato, nem tudo é igual ou repetitivo, e certas repetições auxiliam a formação na idade inicial de aprendizagem onde a atenção e a organização são requisitos para o surgimento e estabelecimento de elos entre o ser, estar, agir, construir, aprender e assimilar. Finalizamos este pensamento com o enfoque educativo, demonstrando claramente que a rotina é a atividade repetitiva capaz de despertar a assimilação de um aprendizado. Por conseguinte, trabalhar sabiamente com as atividades de rotina é um instrumento de grande potencial na fixação cognitiva do aprendizado infantil (Claudia Ivanike). A ideia de construirmos um "manual de rotina infantil pelos cuidados de um educador", surgiu pela leitura de um artigo de levantamento bibliográfico responsável por traçar artigos e obras sobre o tema da educação no período de 0 a 6 anos. Fato que converge a minuciosamente transcrevemos um importante trecho da pesquisa disposta na fonte: http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt02/t021.pdf, elaborada por Alessandra Arce, cujo título contempla: "AS PESQUISAS NA ÁREA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: RE-CONSTRUINDO A HISTÓRIA DO ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS PEQUENAS NO BRASIL". De tal modo que acondicionado no corpo do texto original, estatui-se que as práticas educacionais na educação de crianças menores de 06 anos encontram-se inexplorados ou superficialmente re-visitados, tais como: Claparède, Dewey, Paper-Carpantier, Pauline Kergomard, Comenius entre outros. A existência de somente um trabalho dedicado ao estudo de educadores/as brasileiras/(levantamento datado do ano de 2003)os que se dedicaram à consolidação da educação de crianças menores de 06 no Brasil, apontando para uma lacuna profunda na difusão do pensamento educacional destinado a essa faixa-etária. A história dos conteúdos de ensino aparece apenas nos estudos sobre rotinas de trabalho na educação infantil, havendo assim uma carência no estudo dos manuais produzidos para serem utilizados com as crianças, bem como os produzidos para a formação de professores. Concluindo no sentido de que a rotina na educação infantil das atividades repetidas de todos os dias, precisam ocorrer de modo que entre uma e outra dessas circunstâncias diárias que não se tem como mudar ou deixar de fazer, haja um espaço para muitas e variadas formas extremamente criativas para introduzir, desenvolver ou dar continuidade ao aprendizado. Assim, o conceito do que é rotina diária não deve ser confundido com o conceito de aprendizagem. Pela repetição, a rotina ensina. Pela criatividade,  o ensino gradativamente derruba os parâmetros da repetição dentro da rotina. Esta reflexão é importantíssima pois objetiva formar uma base de apoio para o profissional educador, cuja responsabilidade de inserir a criança no desenvolvimento comum, dispõe de regras e limites que são utilizados sem que firam o jeito livre e  a naturalidade da criança. Saber estabelecer esta diferença é muito importante na arte de ensinar. (Claudia Ivanike).

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