Espaço de discussão da revista virtual Partes (www.partes.com.br) Entre e deixe seu recado
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
A tecnologia com o pé no chão da sala de aula
(*) Antônio Sérgio Martins de Castro
Assim que os primeiros computadores começaram a chegar às escolas, ainda na década de 1980, começaram a ser notadas certas dificuldades que marcariam, desde então, a disseminação do uso da tecnologia como estímulo à aprendizagem. Alguns equívocos e preconceitos tornaram-se marcas ainda atuais. Por exemplo, a ideia de que primeiramente se investe em infraestrutura, depois em formação.
Ainda hoje, basta entrar na conversa de uma roda de educadores – gestores ou professores – para descobrir quantos equipamentos de alta tecnologia estão parados ou subaproveitados. Vários colégios têm sites muitas vezes não-atualizados e sem uso efetivo pela comunidade. No início, era assim com os PCs, hoje são as lousas eletrônicas e outros dispositivos. Tudo porque a tecnologia chegava (e continua chegando) à escola como uma visita formal e incômoda. Todos sabem que é necessária, oportuna, importante, mas ninguém se preparou para recebê-la tão rapidamente e muitos até se constrangem pela falta de intimidade.
Qual é a razão para esse estado de coisas? Há muitos nomes e formas, mas poderíamos talvez traduzi-lo como a necessária transição cultural que deve acontecer nas instituições de ensino. Isso englobaria todos os graus de distanciamento que separam os educadores do pleno uso do potencial tecnológico, que hoje poucos discutem. Há quem fale em diferenças geracionais (os chamados nativos analógicos x nativos digitais), em atitudes individuais que variam dos resistentes aos iniciados, ou no desencontro entre projeto pedagógico e recursos da informática. O fato é que estamos em um ponto em que, se não ampliarmos as discussões sobre a importância do uso da tecnologia na aprendizagem, estaremos longe de uma escola onde as imensas possibilidades desses recursos sejam bem aproveitadas.
No universo educacional, basta ver como a tecnologia chega à escola vestida de uma aura que não contempla o fazer diário e as demandas imediatas do professor. O mesmo educador que usa diariamente os recursos do internet banking só usa a tecnologia em seu trabalho para digitar provas, e olhe lá. Ele um dia poderá até fazer bom uso daquilo, mas há uma enorme distância entre suas práticas atuais (sedimentadas no tempo da cultura escolar, que é caracteristicamente conservadora) e os recursos disponibilizados.
Em suma, é preciso fazer com que o professor sinta a tecnologia como uma demanda imediata, que seja incorporada ao seu trabalho como ferramenta, para que então comece a se criar um círculo virtuoso, no qual mais uso gera mais demanda, e vice-versa. É preciso a picadinha de uma mosca, e não a dentada de um leão que atemoriza os docentes, especialmente os que já passaram da faixa dos 30 anos.
Chegamos ao coração dessa reflexão. Para que nossa escola seja digital, é preciso que sejamos mais compreensivos com a realidade do professor, não para nos conformarmos com os limites, mas para ganharmos sucessivamente novos patamares de uso do potencial das ferramentas tecnológicas. Até porque há efetivamente diferentes graus de utilidades da informática, adequada aos mais diferentes momentos do trabalho do professor.
Isso significa que precisamos conhecer melhor o trabalho do docente em sala de aula e procurar lhe oferecer recursos para aqueles momentos e situações reais. É preciso sair da lógica de criar projetos que envolvam tecnologia para a lógica de usar tecnologia para aprimorar o que é feito agora. Isso fará com que, no jargão da área, as ferramentas se tornem mais “amigáveis” e se incorporem de forma mais natural ao cotidiano do educador.
Nos nossos sistemas de ensino Agora e Ético, desde o início procuramos olhar para a tecnologia como algo para o aqui e agora, sem esse viés futurista. Nosso foco continua sendo a realidade concreta vivida pelos professores, e isso implica desenvolver ferramentas para os diferentes perfis de uso. Os educadores das escolas parceiras têm e terão cada vez mais acesso a materiais que lhes permitam tornar suas aulas mais interativas, ricas, diversificadas e próximas do universo do aluno, sem nunca perder de vista os objetivos de aprendizagem.
Assim, desenvolvemos numerosos recursos, que vão de aulas em softwares de apresentação mais conhecidos (como o PowerPoint), com animações e uso de diferentes mídias, ao desenvolvimento de materiais pedagógicos para leitura nos novos suportes que chegam ao mercado com perspectivas de uma difusão explosiva, como é o caso dos tablets.
É essa diversidade de ferramentas, aplicáveis nos diferentes contextos de uso, que paulatinamente fará com que o professor veja a tecnologia como aliada e facilitadora de seu trabalho, e não como um desafio a mais, entre tantos outros a serem vencidos. E é assim que precisa ser.
(*) Antônio Sérgio Martins de Castro é gerente de mídias digitais da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva (www.souagora.com.br e www.sejaetico.com.br)
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Dilma deseja à delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos “confiança” e “otimismo”
14/10/2011 - 17h43
Luciana Lima
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff enviou hoje (14) uma mensagem de apoio aos atletas brasileiros que participarão dos Jogos Pan-Americanos deste ano. A cerimônia de abertura do evento ocorre na noite de hoje (14), na cidade de Guadalajara, no México. De acordo com Dilma Rousseff, “a mensagem do povo brasileiro aos nossos 519 atletas é de confiança, de otimismo e de orgulho".
A presidenta diz que "junto com os treinadores e todas as equipes de apoio, vocês venceram barreiras e obstáculos e se prepararam para estar aí. Todos vocês são exemplos de dedicação e de sucesso no esporte. Sabemos que o verde e amarelo do nosso país vai fazer bonito no México".
"Recebam a torcida, o carinho e o abraço de todos os brasileiros. E meu especial desejo de boa sorte", conclui a presidenta da República.
Edição: Aécio Amado
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O educador de hoje é quem prepara o amanhã
Artigo:
Dia do professor:
O educador de hoje é quem prepara o amanhã
Amanhã é dia 15 de outubro. Trata-se de um dia muito especial, pois é quando se homenageia os professores brasileiros. Aqui se comemora o dia do professor na mesma data em que Dom Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil: o dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila.
O modelo tradicional de escola, com lousa e anotações como principais ferramentas de ensino, usadas desde muito antes do decreto do imperador, persiste em todo o Brasil. É claro que, como tudo, o ato de lecionar também vem se modernizando ao longo dos séculos e hoje é quase impossível dissociar o aprendizado das novas tecnologias como a internet, que oferece o acesso global à informação.
Por isso, a a inclusão digital dos professores é mais do que uma tendência, é uma necessidade para garantir que o profissional esteja ´up to date` com a própria evolução do mundo. Além, disso, com a nova geração de acessórios para o apoio ao ensino, é fundamental que os educadores estejam preparados para absorver e gerenciar os recursos disponíveis para tornar as aulas muito mais eficientes e dinâmicas.
Segundo declarações da assessora especial do Ministério da Educação, Linda Goulart, o Brasil quer chegar a 2022 com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) igual ao de países desenvolvidos, com o analfabetismo erradicado e oportunidade para todos. Então por que não lançar mão de ferramentas que vão facilitar o alcance desses objetivos?
E é para ajudar o País nessa empreitada de melhorar a cada dia a qualidade do ensino que, nesse Dia do Professor, vale propor uma reflexão sobre a importância de qualificar cada vez mais os educadores que preparam nossas crianças e muitos adultos para construir o futuro que desejamos.
*Vivian Manso é especialista em Tecnologia Educacional e durante os últimos sete anos atuou ativamente na implantação de Soluções Colaborativas e Interativas em Instituições de Ensino Privadas e da Rede Pública. Também participou de iniciativas em empresas, nacionais e globais. Ainda dentro do segmento das Tecnologias Educacionais, trabalhou em parceria com grandes nomes do mercado, como Intel, Dell e Microsoft, em projetos-piloto que validaram experiências de sucesso em escolas públicas. Atualmente, é Gerente Regional da Hitachi Solutions, coordenando projetos no segmento Educacional da empresa no Brasil. Além disso, mantém um blog em que discute a dinâmica das Lousas Interativas na Sala de Aula, bem como o uso de soluções complementares - http://lousasinterativasemuitomais.blogspot.com/
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
LOJISTAS DO SHOPPING ""MODA SHOP"" NO BAIRRO BOQUEIRÃO EM CURITIBA, HOMENAGEIAM AS CRIANÇAS COM LIVROS DE LITERATURA INFANTIL!
www.partes.com.br
Em comemoração ao dia da criança, o PROJETO DE LEITURA CRIANÇA FELIZ e alguns logistas do novo empreendimento comercial: "MODA SHOP", estiveram unidos em uma campanha literária muito criativa!
De acordo com a escritora , o benefício da atividade com os livros em 09/10/2011, alcançou tanto os comerciantes que puderam aderir ao evento, quanto os consumidores: felizes com a oportunidade de receber além da sua compra, uma lembrança, um livro!
PARABÉNS aos lojistas que demonstraram na adesão pela oferta dos livros, a solidariedade! e no seu ramo de vendas, uma ótima estrutura com os excelentes produtos nas lojas!
FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!
Em comemoração ao dia da criança, o PROJETO DE LEITURA CRIANÇA FELIZ e alguns logistas do novo empreendimento comercial: "MODA SHOP", estiveram unidos em uma campanha literária muito criativa!
De acordo com a escritora , o benefício da atividade com os livros em 09/10/2011, alcançou tanto os comerciantes que puderam aderir ao evento, quanto os consumidores: felizes com a oportunidade de receber além da sua compra, uma lembrança, um livro!
PARABÉNS aos lojistas que demonstraram na adesão pela oferta dos livros, a solidariedade! e no seu ramo de vendas, uma ótima estrutura com os excelentes produtos nas lojas!
Poema - Criança
CRIANÇA
Criança é a nossa alegria
Com seu sorriso puro e inocente
Nos trás paz e tranqüilidade,
O que nos alegra o coração e a mente.
Mas também há preocupação
Pois Deus a colocou em nosso caminho
Sabemos todos que ela, hoje e flor
Mas amanhã poderá ser espinho.
Depende muito do ensinamento,
E da educação que dermos a ela
Temos que regá-la com o
Liquido chamado amor e ternura
Pois isso é essencial para que
Permaneça o que existe nela.
Vivaldo Terres
TÁ NA HORA, TÁ NA HORA! POR MARLI GONÇALVES
Estou mesmo adorando ver nesses tempos de internet todo mundo virando um pouco mais criança na frente da tela. Se você frequenta alguma rede social deve ter notado que nesses últimos dias grande parte das fotos das pessoas sumiu, dando lugar a figurinhas divertidas e coloridas das memórias de infância de cada um. Tem marmanjo que virou Garibaldo, Tintim, Hommer Simpson e as mulheres viraram fadas e princesas, embora algumas tenham escolhido bruxas como a Madame Min, ou a Maga Patalójika, apropriada para ser a ministra Iriny Patológica, isso sim.
Corri para mudar também. Virei Luluzinha no Twitter e a minha predileta Ariel, a pequena sereia, no Facebook. Na brincadeira também vale usar um avatar (como se chama essa coisa) com uma foto sua, meiga, de quando era criança, gugudadá.
Mas é brincadeira séria, embora nem todo mundo saiba. É forma de se manifestar, parte de uma campanha virtual contra a violência infantil, que aproveita a data que está aí, 12 de outubro. Datinha, aliás, engraçada: vale por três ou mais. É feriado por causa de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. Poderia ser folga também, mas não é, por causa do Descobrimento da América. E tem também o tal Dia da Criança, mas essa data foi inventada só para vender. Primeiro, por um deputado nos anos 20; depois ressuscitada nos anos 60 para vender produtos Johnson & Johnson, brinquedos Estrela e bebês rosáceos, branquinhos e gordinhos.
Se o Brasil fosse um país sério - calma...Não é! - a data ganharia a partir deste ano mais uma boa lembrança. Seria o dia em que milhões e milhões de brasileiros em todo o país sairam às ruas marchando céleres e serelepes contra a corrupção, em um protesto que há dias vem circulando com chamadas pela rede. Mas por que eu tenho dúvidas se isso ocorrerá? Talvez por já não ser mais criança e nem acreditar em Papai Noel. Talvez porque conheça a malemolência de nossa gente, que já viu situação muito pior ainda do que está e fica, e não fez nada - durante bons 20 anos - digamos, tão volumoso a ponto de virar marca. Que me lembro, as últimas das melhorzinhas foram os encontros pelas Diretas-Já! Cobri o movimento, lembro bem, e tinha um tom festivo, no melhor sentido, o de felicidade, as pessoas se davam as mãos em uma única direção. Depois disso só vi grandes ajuntamentos nas paradas gays e religiosas.
As pessoas, como as crianças, precisam brincar, se divertir, ver o lúdico da vida. E esta manifestação que está convocada agora, ao contrário, está chata, mal humorada, cinza, sem cara, sem lenço e sem documento. Ela realmente seria um sucesso se cada um dos bilhões de e-mails passados e repassados ao ponto se materializasse de verdade em gente nas ruas. Mas, amigos, é dia santo, feriado, meio da semana, faz calor, o tempo está seco, não sabemos se pode levar o cachorro, se a polícia vai bater, se vai ter corrupto infiltrado, se põe boné ou não, se levo vassoura ou rodo, se vai ter jogo do timão ou dos timinhos, o que vai passar na televisão na sessão da tarde (o protesto será às três da tarde), onde almoçar, etc.
Estamos muito esquisitos. E, como crianças, inclusive, treinando bullyng na escolinha, grudando chicletes nos cabelos uns dos outros, pondo cascas de banana no caminho. Eu digo que você é feio. Alguém responde mais feio é você que não está falando do tempo do FHC. Eu digo que o governo está extrapolando. Outro pentelhinho vem falar sobre o fim dos miseráveis (onde?onde?). Eu digo que você gosta de lua e estrela; você diz que sou tucano, canarinho, periquito.
Estamos um país tutelado como uma criança. A verdade é que estamos todos nos tratando uns aos outros como crianças e isso está escorrendo para a política. Temos uma mamãezona rigorosa no poder, saindo para trabalhar, enquanto papai bonzinho Lula vai viajar. Temos uns primos que metem a mão na cumbuca e uns tiozinhos da hora. Temos umas senhoras de Santana - com a diferença que parece que estas de hoje estudaram um pouquinho - se metendo até na programação de tevê, em prol da "defesa da dignidade", o novo nome do que elas acham que é moral ou bons costumes.
Nosso vocabulário também está ficando tatibitati, pobre, com poucos termos. Estamos sempre indignados. É indignado isso. Indignado aquilo. Quantas vezes você ouviu essa palavra nos últimos dias?
Diga se não seríamos mais felizes se voltássemos de verdade à infância, mesmo que por momentos, junto com as imagens que trocamos nos perfis das redes sociais. Diga se não conseguiríamos maior repercussão. Não precisaria muito, apenas o espírito da coisa. Ou você vai dizer que nunca foi Frajola atrás do Piu-piu, ou não conhece nenhuma Alice, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Luluzinha, Mafalda, Mágico de Oz, Batman, Superman, Simpson, Teletubbie, Bolinha, Peninha, Donald, Patinhas, Margarida, Metralhas, Zorro, Barbie, Cascão, Cebolinha, Monica, Emilia, Narizinho, Pateta, Professor Ludovico, Popeye, Olivia?...
Já pensou todos na mesma história? O Plunct Plact Zum, pode partir sem problema algum.
Corri para mudar também. Virei Luluzinha no Twitter e a minha predileta Ariel, a pequena sereia, no Facebook. Na brincadeira também vale usar um avatar (como se chama essa coisa) com uma foto sua, meiga, de quando era criança, gugudadá.
Mas é brincadeira séria, embora nem todo mundo saiba. É forma de se manifestar, parte de uma campanha virtual contra a violência infantil, que aproveita a data que está aí, 12 de outubro. Datinha, aliás, engraçada: vale por três ou mais. É feriado por causa de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. Poderia ser folga também, mas não é, por causa do Descobrimento da América. E tem também o tal Dia da Criança, mas essa data foi inventada só para vender. Primeiro, por um deputado nos anos 20; depois ressuscitada nos anos 60 para vender produtos Johnson & Johnson, brinquedos Estrela e bebês rosáceos, branquinhos e gordinhos.
Se o Brasil fosse um país sério - calma...Não é! - a data ganharia a partir deste ano mais uma boa lembrança. Seria o dia em que milhões e milhões de brasileiros em todo o país sairam às ruas marchando céleres e serelepes contra a corrupção, em um protesto que há dias vem circulando com chamadas pela rede. Mas por que eu tenho dúvidas se isso ocorrerá? Talvez por já não ser mais criança e nem acreditar em Papai Noel. Talvez porque conheça a malemolência de nossa gente, que já viu situação muito pior ainda do que está e fica, e não fez nada - durante bons 20 anos - digamos, tão volumoso a ponto de virar marca. Que me lembro, as últimas das melhorzinhas foram os encontros pelas Diretas-Já! Cobri o movimento, lembro bem, e tinha um tom festivo, no melhor sentido, o de felicidade, as pessoas se davam as mãos em uma única direção. Depois disso só vi grandes ajuntamentos nas paradas gays e religiosas.
As pessoas, como as crianças, precisam brincar, se divertir, ver o lúdico da vida. E esta manifestação que está convocada agora, ao contrário, está chata, mal humorada, cinza, sem cara, sem lenço e sem documento. Ela realmente seria um sucesso se cada um dos bilhões de e-mails passados e repassados ao ponto se materializasse de verdade em gente nas ruas. Mas, amigos, é dia santo, feriado, meio da semana, faz calor, o tempo está seco, não sabemos se pode levar o cachorro, se a polícia vai bater, se vai ter corrupto infiltrado, se põe boné ou não, se levo vassoura ou rodo, se vai ter jogo do timão ou dos timinhos, o que vai passar na televisão na sessão da tarde (o protesto será às três da tarde), onde almoçar, etc.
Estamos muito esquisitos. E, como crianças, inclusive, treinando bullyng na escolinha, grudando chicletes nos cabelos uns dos outros, pondo cascas de banana no caminho. Eu digo que você é feio. Alguém responde mais feio é você que não está falando do tempo do FHC. Eu digo que o governo está extrapolando. Outro pentelhinho vem falar sobre o fim dos miseráveis (onde?onde?). Eu digo que você gosta de lua e estrela; você diz que sou tucano, canarinho, periquito.
Estamos um país tutelado como uma criança. A verdade é que estamos todos nos tratando uns aos outros como crianças e isso está escorrendo para a política. Temos uma mamãezona rigorosa no poder, saindo para trabalhar, enquanto papai bonzinho Lula vai viajar. Temos uns primos que metem a mão na cumbuca e uns tiozinhos da hora. Temos umas senhoras de Santana - com a diferença que parece que estas de hoje estudaram um pouquinho - se metendo até na programação de tevê, em prol da "defesa da dignidade", o novo nome do que elas acham que é moral ou bons costumes.
Nosso vocabulário também está ficando tatibitati, pobre, com poucos termos. Estamos sempre indignados. É indignado isso. Indignado aquilo. Quantas vezes você ouviu essa palavra nos últimos dias?
Diga se não seríamos mais felizes se voltássemos de verdade à infância, mesmo que por momentos, junto com as imagens que trocamos nos perfis das redes sociais. Diga se não conseguiríamos maior repercussão. Não precisaria muito, apenas o espírito da coisa. Ou você vai dizer que nunca foi Frajola atrás do Piu-piu, ou não conhece nenhuma Alice, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho, Luluzinha, Mafalda, Mágico de Oz, Batman, Superman, Simpson, Teletubbie, Bolinha, Peninha, Donald, Patinhas, Margarida, Metralhas, Zorro, Barbie, Cascão, Cebolinha, Monica, Emilia, Narizinho, Pateta, Professor Ludovico, Popeye, Olivia?...
Já pensou todos na mesma história? O Plunct Plact Zum, pode partir sem problema algum.
(*) Marli Gonçalves é jornalista. Aprendeu a brincar sozinha, construindo os brinquedos que não podia comprar, lendo HQ e assistindo a desenhos animados. Ainda se diverte muito com tudo isso. Só acha que tem é muita gente brincando com os sentimentos dos outros, e isso dá vontade enorme de abrir o berreiro.
E-mails:
marli@brickmann.com.br
marligo@uol.com.br
O desafio de educar para a diversidade
(*) Francisca Romana Giacometti Paris
No filme Entre os muros da escola (França, 2008), em uma sala de aula marcada por diferentes ordens de conflitos, a certa altura uma aluna adolescente de ascendência árabe questiona seu professor, com ironia, sobre o porquê de os livros didáticos trazerem personagens apenas com nomes franceses, como se não existem pessoas com nomes árabes. Com isso, queria ilustrar o desconforto sentido por ela e diversos outros jovens de origem não francesa e o choque cultural vivido naquela sala, naquela escola e, claro, em toda a França.
Evidentemente, essa é uma situação tipicamente vivida na Europa, onde o tema da atenção à diversidade na Educação ganha corpo já há algumas décadas. São problemas reais, enfrentados com grande dificuldade pelo sistema escolar. Mas não queremos falar da França e da Europa. Apenas ilustrar, com um exemplo já trazido para o cinema – num filme provocativo, que vale a pena assistir –, um dos mais importantes desafios da escola contemporânea brasileira: a educação para a diversidade.
No Brasil, o tema da diversidade está cada vez mais presente em livros, seminários, oficinas. Mas, como costuma acontecer em nossa tradição pedagógica, ainda vivemos em dois mundos – o das boas teorias e, ao mesmo tempo, o das práticas defasadas.
Somos um país que tem a diversidade cultural em suas raízes históricas, amalgamando influências indígenas, negras, europeias. Há um século, recebemos um dos maiores fluxos migratórios da história recente, e agora chegam bolivianos, peruanos, argentinos. Mais: do ponto de vista social, nossa escola reúne crianças nas diferentes situações socioeconômicas, que têm suas próprias experiências e aprendem em seu próprio ritmo.
Contudo, de modo geral, as escolas brasileiras ainda parecem funcionar como se tivessem apenas um tipo de estudante: o aluno ideal, que corresponde a todos os estereótipos daquilo que desejamos consciente ou inconscientemente. Parafraseando o autor português João Barroso, ainda educamos a muitos como se fossem um só, e não a todos como se fossem “cada um”. A diversidade cultural é tratada muitas vezes de modo quase folclórico; já as diferenças individuais, especialmente as ligadas às questões sociais, são simplesmente ignoradas.
Isso precisa mudar, por todos os motivos. Nossas salas de aula são de uma diversidade incrível, que produzem, naturalmente, grande riqueza humana. São um espaço fecundo para as trocas, para que as crianças se expressem, ganhem autoestima, que se orgulhem do que são e se encontrem em país multicultural.
A questão da diversidade precisa definitivamente estar contemplada nos materiais empregados, nas práticas pedagógicas cotidianas. Mais do que isso, precisamos preparar nossos professores para uma mudança de atitude, para criar um ambiente onde as diferenças sejam o combustível de uma maravilhosamente rica experiência educativa.
(*) Francisca Romana Giacometti Paris é pedagoga, mestre em Educação e diretora de serviços educacionais do Agora Sistema de Ensino (www.souagora.com.br)e do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva
domingo, 9 de outubro de 2011
Como você vai comemorar o Dia das Crianças?
Todos os dias, mais de 18 mil crianças são espancadas no país, segundo dados da UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância. As mais agredidas são meninas entre sete e 14 anos. 100 crianças morrem por dia no Brasil, vítimas de maus tratos – negligência, violência física, abuso sexual e psicológico, segundo pesquisa realizada pelo Laboratório de Estudos da Criança/USP. Dados do Ministério da Saúde revelam que 38% das mortes de pessoas com até 19 anos são causadas por agressões.
Disque 100 - Denuncie!
O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), em parceria com a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) e o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria).
• No Brasil, com uma população de quase 67 milhões de crianças de até 14 anos, são registrados, por ano, 500 mil casos de violência doméstica de diferentes tipos. Em 70% dos casos os agressores são os próprios pais biológicos.
A violência contra a criança é crescente e nem sempre ocorre na forma de abuso sexual. Levantamento do Núcleo de Atenção à Criança Vítima de Violência, da Universidade do Rio de Janeiro(UFRJ) mostra, com base de dados coletados entre 1996 a 2011 que:
• 29,1% de meninos e meninas são vítimas de abuso físico.
• A violência sexual aparece em segundo lugar – 28,9%
• 25,7% sofreram negligência(todo tipo de abandono)
• 16,3% abuso psicológico(pressão)
300 mil meninas são vítimas de incesto todos os anos e mais um terço delas tenta o suicídio.(Lacri-USP)
.11,5% das crianças de oito e nove anos são analfabetas, segundo o IBGE.
• 114.000.000 (cento e catorze milhões) de crianças não recebem instrução sequer ao nível básico;
• 6.000.000 (seis milhões) de crianças morrem por ano por má nutrição, antes de fazer cinco anos de idade;
• 800.000.000 (oitocentos milhões) de pessoas deitam-se todas as noites com fome; 300.000.000 trezentos milhões são crianças;
• 50.000.000 (cinquenta milhões) de abortos são cometidos no mundo por ano.
A UNICEF estima que existem 158 milhões de crianças menores de 15 anos vítimas de trabalho infantil em todo o mundo e que mais de 100 milhões, quase 70 por cento da população laboral infantil, trabalham na agricultura em áreas rurais onde o acesso à escola e ao material educativo é muito limitado.
No Brasil, Cerca de 4 milhões de crianças trabalham no meio rural e somente 29% delas recebem remuneração. São escravas. Entre as crianças de 5 a 9 anos, somente 7% recebem remuneração e um grande número não têm acesso à educação.
O Brasil tem mais de 680 mil crianças que não freqüentam a escola.
Relatório divulgado pela Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação (CNE) concluiu que faltam 245 mil professores no ensino médio.
Não é falta de profissionais excelentes e qualificados, faltam profissionais que suportem “viver” com o salário que se paga ao professor.
Você não vai poder resolver o problema da fome, do abandono, da falta de professores, da escassez de assistência aos clamores da humanidade! Impossível! Então, comece a atender o grito de socorro da sua família, do seu vizinho, da sua cidade!
Olha o que está na lei:
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.” (Art. 5º. Estatuto da Criança e do Adolescente)
Um lembrete:
A violência faz-se passar sempre por uma contraviolência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia. Jean Paul Sartre
Uma sugestão:
Criminalizar a incompetência política!
Ivone Boechat
i.boechat@terra.com.br
Disque 100 - Denuncie!
O serviço do Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes é coordenado e executado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), em parceria com a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobrás) e o Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria).
• No Brasil, com uma população de quase 67 milhões de crianças de até 14 anos, são registrados, por ano, 500 mil casos de violência doméstica de diferentes tipos. Em 70% dos casos os agressores são os próprios pais biológicos.
A violência contra a criança é crescente e nem sempre ocorre na forma de abuso sexual. Levantamento do Núcleo de Atenção à Criança Vítima de Violência, da Universidade do Rio de Janeiro(UFRJ) mostra, com base de dados coletados entre 1996 a 2011 que:
• 29,1% de meninos e meninas são vítimas de abuso físico.
• A violência sexual aparece em segundo lugar – 28,9%
• 25,7% sofreram negligência(todo tipo de abandono)
• 16,3% abuso psicológico(pressão)
300 mil meninas são vítimas de incesto todos os anos e mais um terço delas tenta o suicídio.(Lacri-USP)
.11,5% das crianças de oito e nove anos são analfabetas, segundo o IBGE.
• 114.000.000 (cento e catorze milhões) de crianças não recebem instrução sequer ao nível básico;
• 6.000.000 (seis milhões) de crianças morrem por ano por má nutrição, antes de fazer cinco anos de idade;
• 800.000.000 (oitocentos milhões) de pessoas deitam-se todas as noites com fome; 300.000.000 trezentos milhões são crianças;
• 50.000.000 (cinquenta milhões) de abortos são cometidos no mundo por ano.
A UNICEF estima que existem 158 milhões de crianças menores de 15 anos vítimas de trabalho infantil em todo o mundo e que mais de 100 milhões, quase 70 por cento da população laboral infantil, trabalham na agricultura em áreas rurais onde o acesso à escola e ao material educativo é muito limitado.
No Brasil, Cerca de 4 milhões de crianças trabalham no meio rural e somente 29% delas recebem remuneração. São escravas. Entre as crianças de 5 a 9 anos, somente 7% recebem remuneração e um grande número não têm acesso à educação.
O Brasil tem mais de 680 mil crianças que não freqüentam a escola.
Relatório divulgado pela Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de Educação (CNE) concluiu que faltam 245 mil professores no ensino médio.
Não é falta de profissionais excelentes e qualificados, faltam profissionais que suportem “viver” com o salário que se paga ao professor.
Você não vai poder resolver o problema da fome, do abandono, da falta de professores, da escassez de assistência aos clamores da humanidade! Impossível! Então, comece a atender o grito de socorro da sua família, do seu vizinho, da sua cidade!
Olha o que está na lei:
“Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.” (Art. 5º. Estatuto da Criança e do Adolescente)
Um lembrete:
A violência faz-se passar sempre por uma contraviolência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia. Jean Paul Sartre
Uma sugestão:
Criminalizar a incompetência política!
Ivone Boechat
i.boechat@terra.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)
“Fizemos história pelas crianças no G20”, diz adolescente em evento inédito da Save The Children e Plan International Brasil
Ynara, 17, foi uma das adolescentes que entregou uma carta de 50 mil crianças a líderes do G20. Painel contou com a presença ministros e a...
-
Pequena Resenha Crítica NOITE DOS PEREGRINOS “Se eu pudesse eu abrir um buraco/ Metia os pés dentro, criava raiz/ Virava coqueiro, trepava e...
-
Carregando Tabela do Brasileirão Central Brasileirão , hospedado por KingHost Hospedagem de sites ...