sábado, 5 de abril de 2025

Raoni recebe medalha de Lula e alerta sobre exploração de petróleo

                        Líder indígena citou advertência espiritual sobre riscos ambientais

© Ricardo Stuckert / PR

m uma visita histórica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta sexta-feira (4), na Aldeia Piaraçu, Terra Indígena Capoto-Jarina, no Mato Grosso, com o cacique Raoni Metuktire, do Povo Kaiapó, uma das mais importantes e reconhecidas lideranças indígenas do planeta. Na ocasião, o presidente condecorou Raoni, que tem 93 anos, com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, maior honraria do Estado brasileiro, em reconhecimento às realizações do líder indígena em favor dos povos originários e da proteção do meio ambiente.

"Raoni é uma liderança que inspira paz, sabedoria ancestral e profundo conhecimento sobre as necessidades da terra e a relação do homem com a natureza. Por isso mesmo, atrai atenção e apreço de tanta gente em todo mundo, anônimos, intelectuais, celebridades nacionais e internacionais", afirmou Lula.

O presidente se reuniu com Raoni e outros caciques indígenas de diferentes etnias que também vivem no Parque Nacional do Xingu.

"Hoje é um dia de homenagem, mas também de escuta das demandas de vocês e encaminhamento das soluções. Somos um governo que respeita os povos indígenas, reconhece seus direitos e trabalha dia e noite, noite e dia, para que eles sejam assegurados", acrescentou o presidente.

Em seu discurso, cacique Raoni enalteceu o compromisso de Lula com os povos indígenas e pediu que o presidente trabalhe um sucessor que dê continuidade às políticas indigenistas do governo.

"Eu quero pedir para o senhor pensar no seu sucessor, que tem que ser o próximo presidente, para continuar sua forma de trabalho, e defender nossos indígenas e territórios", afirmou.

Raoni também aproveitou a oportunidade para criticar a possibilidade da exploração de petróleo na Margem Equatorial, região marítima do estado do Amapá a 550 quilômetros da Foz do Rio Amazonas.

Como pajé, Raoni falou sobre advertência espiritual que tem recebido acerca dos riscos da exploração. A iniciativa na Marquem Equatorial é criticada por ambientalistas e indígenas, mas conta com autorizações preliminares do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em favor da Petrobras.

"Eu estou sabendo que lá na Foz do Rio Amazonas, o senhor está pensando no petróleo debaixo do fundo do mar. Eu penso que não [é adequado]. Essas coisas, na forma como estão, garantem que a gente tenha o meio ambiente e a Terra com menos poluição e menos aquecimento. Se isso acontecer [exploração do petróleo], eu sou pajé também, eu já tive contato com espíritos que sabem do risco que a gente tem de continuar trabalhando dessa forma, de destruir, destruir e destruir, com consequências muito grandes que não conseguiremos parar", alertou.

Também presente ao evento na Aldeia Piaraçu, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou que o atual governo assinou 13 decretações de terras indígenas e emitiu 11 novas portarias declaratórias, avançando em procedimentos de demarcação.

"Nós estamos fazendo um trabalho de fazer as pessoas entenderem o papel que os povos indígenas e seus territórios exercem para o Brasil e para o mundo. Por isso, a gente segue com a nossa bandeira de luta maior, que é a demarcação das terras indígenas", afirmou.

O convite para a visita ao território foi feito no mês passado, quando o presidente recebeu lideranças da região no Palácio da Alvorada.

O Parque Nacional Indígena do Xingu ocupa uma área de mais de 2,6 milhões de hectares, em uma zona de transição entre o Cerrado e a Amazônia, onde vivem mais de 5,5 mil indígenas de diferentes etnias e territórios: Yawalapiti, Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kĩsêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Wauja, Tapayuna, Trumai e Yudja.



segunda-feira, 10 de março de 2025

Carta com visão brasileira sobre COP30 reforça urgência climática

 O presidente e a diretora executiva da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), embaixador André Correa do Lago e Ana Toni apresentaram, nesta segunda-feira (10), uma carta com a visão brasileira sobre a cúpula que ocorrerá em novembro, em Belém (PA). O documento de 11 páginas reforça a importância da união entre os países para o enfrentamento de um desafio e preocupação comum a toda humanidade.

“A mudança é inevitável – seja por escolha ou por catástrofe. Se o aquecimento global não for controlado, a mudança nos será imposta, ao desestruturar nossas sociedades, economias e famílias”, destaca a carta.

Mais adiante, o documento aponta o caminho a ser seguido: a escolha dos países pela resiliência e pela ação para combater a catástrofe, o cinismo e o negacionismo. “Como nação do futebol, o Brasil acredita que podemos vencer "de virada". Isso significa lutar para virar o jogo quando a derrota parece quase certa”, destaca.

Coleção Pantaneira da Sherwin-Williams ambienta a exposição "Um Lugar - Cadeiras Brasileiras Contemporâneas"

 


As cores da Coleção Pantaneira, da Sherwin-Williams, vão ambientar a exposição "Um Lugar - Cadeiras Brasileiras Contemporâneas", idealizada pelos designers e empreendedores Pedro Luna e Gabriel De La Cruz e um dos eventos âncora do DW! Semana de Design de São Paulo 2025, que acontece de 10 a 23 de março, na Galeria Metrópole, em São Paulo. A cenografia da exposição com as cores da Pantaneira, principalmente os verdes, reforça a atmosfera de brasilidade da mostra. São cores com profunda conexão com a natureza e o fazer manual do Pantanal, criando um ambiente envolvente para um evento que celebra o design nacional.

“Um Lugar” reúne cadeiras produzidas entre 2005 e 2025 e destaca o mobiliário como expressão de identidade, funcionalidade e experimentação estética, selecionando peças de nomes consagrados do design brasileiro, como Paulo Mendes da Rocha, Humberto Campana e Cláudia Moreira Salles, ao lado de peças de uma nova geração de talentos. A curadoria da arquiteta Carolina Gurgel e a consultoria da pesquisadora e crítica de design Adélia Borges valorizam a diversidade e a inovação, evidenciando a interseção entre o tradicional e o contemporâneo na produção de mobiliário nacional.

A Coleção Pantaneira, elaborada em uma parceria entre a Sherwin-Williams e o designer e pesquisador Rodrigo Ambrosio, é composta por doze cores que exaltam as tonalidades e texturas do artesanato das comunidades originárias do Pantanal, além de referenciar a fauna e flora desse bioma. A paleta foi desenvolvida a partir de um estudo aprofundado sobre os materiais e a estética dos povos Terena, Kinikinau e Kadiwéu, ressaltando a riqueza visual e cultural do Brasil profundo. Ambrosio também assina uma das peças presentes na exposição.

“Ao integrar as cores da Coleção Pantaneira ao espaço expositivo, "Um Lugar" fortalece a expressão da brasilidade por meio da cor e do design. Em uma mostra que coloca a cadeira como um objeto símbolo do cotidiano e da cultura material, as tonalidades inspiradas no Pantanal evocam uma sensação de pertencimento e identidade, ressaltando a conexão entre a criatividade e os elementos naturais do Brasil”, afirma Patrícia Fecci, especialista em cores e gerente de marketing da Sherwin-Williams.

Serviço - Um Lugar - Cadeiras Brasileiras Contemporâneas

Local: Galeria Metrópole – Av. São Luís, 187 – 3° andar, loja 14, República, São Paulo – SP

Data: de 10 a 23 de março

Horário: 10h às 20h



TVE celebra o Mês da Mulher com shows, séries, documentários e entrevistas

 



A TVE, que ao longo do ano exibe conteúdos que valorizam a trajetória, a voz e os direitos das mulheres, preparou uma programação especial para celebrar o mês da mulher na emissora pública. A partir desta segunda-feira (10) até o final do mês, a emissora exibirá uma série de conteúdos, incluindo shows, séries, documentários e entrevistas com mulheres. 


Nesta segunda-feira, 10 de março, às 20h, a TVE exibe a série baiana ‘Donas do Baba’ sobre as diversas relações das mulheres com o futebol. Dirigida por Tais Bichara e Rodrigo Luna, a produção vai além do futebol feminino, destacando histórias de personagens movidas pela paixão pelo esporte. A obra teve apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura do Governo Federal.


Em parceria com a Rede de Televisões da América Latina (Rede TAL) a TVE exibe também, a partir da terça-feira (11), a série ‘Tempo de Luta’. A obra, de quatro episódios, vai ao ar às 20h30, e acompanha mulheres lésbicas e trans no Uruguai, trazendo histórias inspiradoras e reflexões sobre o passado e o presente.


No sábado (15), às 20h, a emissora apresenta o documentário ‘Sim, Estivemos! Mulheres na História', também em parceria com a Rede TAL. O documentário tem direção de Patrícia Howell e retoma a história de oito mulheres, que durante o século XX mudaram o rumo da história da Costa Rica e abriram caminho para o reconhecimento dos direitos humanos no país. Suas histórias se entrelaçam em torno de um mesmo eixo: a possibilidade que tiveram de acesso à educação.


O programa Giro Nordeste também fará parte das homenagens trazendo entrevistas e debates com mulheres que são referências em suas áreas, ampliando a discussão sobre temas de interesses da sociedade. No dia 18, a atração recebe a médica mastologista e pesquisadora Vanessa Sanvindo e, no dia 25, a psicóloga Luciana Bezerra. A exibição acontece sempre às 19h.


A música também ganha espaço com apresentações que celebram grandes vozes femininas. No sábado (15), o Palco TVE exibe o álbum audiovisual de Sambaiana, gravado no Rio Vermelho e com participações especiais de A Dama e Paula Lima. No sábado seguinte (22), o público acompanha o show de Mariene de Castro, no Pelourinho, e, encerrando a programação musical, no último sábado do mês (29), a emissora pública exibe Samba Djanira, projeto audiovisual da cantora Illy, que interpreta clássicos do samba. Os shows serão exibidos às 18h30, com horários alternativos aos domingos, às 18h, e às sextas, às 20h.


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Serviço:

TVE celebra o Mês da Mulher com shows, séries, documentários e entrevistas

Quando: A partir de segunda-feira (10), em diversos horários

Onde: TVE

0/03 a 16/03 - Programação gratuita para para todos os públicos no Vale do Anhangabaú

 

O centro pulsante de São Paulo ganha vida com uma programação diversificada que une lazer, cultura e bem-estar

Créditos: Novo Anhangabaú

No centro histórico da cidade, o Novo Anhangabaú se firma como um espaço de encontro, arte e expressão. A cada semana, diversas atividades gratuitas são oferecidas ao público, proporcionando experiências enriquecedoras para todas as idades. De aulas de patinação e roller dance a oficinas culturais e danças afro, a programação reflete a diversidade e a energia vibrante de São Paulo. Confira os destaques de 10 a 16 de março a seguir:

Quer aprender a patinar? Deslizar sobre rodas pelo Vale do Anhangabaú é mais do que uma diversão: é um convite ao equilíbrio, à coordenação e à resistência física. As aulas de Patinação e Roller Dance acontecem às terças-feiras (11), das 19h às 22h, e oferecem desde técnicas básicas, como frear e se equilibrar, até manobras mais avançadas. Seja na patinação urbana, fitness ou speed, a prática melhora a confiança e o controle corporal. Para quem busca ritmo e expressão, a aula de roller dance é a escolha certa: um mix de patinação e coreografia, ao som de músicas contagiantes.

Créditos: Vitória Albanese

A MoveCentroSP, Ação e Movimento pelo Centro traz às quartas-feiras (12), das 18h às 22h, o Projeto Conexão, um encontro semanal para celebrar a diversidade cultural, artística e esportiva. No Vale, diferentes vozes ganham espaço para se expressar, unindo artistas de rua, pessoas pretas e LGBTQIAP+ em uma programação repleta de oficinas, ensaios, exposições de arte urbana e performances ligadas ao hip-hop e a outras vertentes artísticas. O projeto reforça a conexão entre movimentos sociais e culturais, resgatando a história e a identidade do centro da cidade.

Os pequenos também têm um espaço garantido no Vale! O Espaço Kids oferece aos sábados, das 12 às 17h, um ambiente lúdico para as crianças se divertirem com pintura, jogos, desenhos e a arte do origami. Com atividades criativas e interativas, a criançada pode soltar a imaginação e explorar novas formas de expressão.

Créditos: Novo Anhangabaú

A dança como ferramenta de cultura e empoderamento! Abrindo o final de semana, no sábado (15), das 14h às 18h, o Afro Dance Class proporciona uma imersão nos ritmos e nas histórias da dança afro. As aulas combinam técnicas tradicionais e modernas, promovendo uma vivência autêntica e educativa sobre a cultura afro-brasileira e africana. Com foco na expressão corporal e no respeito às raízes históricas, a atividade é aberta a todos os públicos e níveis de experiência, incentivando o pertencimento e a troca de conhecimentos através da música e da dança.

O ritmo contagiante do forró invade o Vale do Anhangabaú: O Campeonato Raízes do Forró chega em sua primeira edição celebrando essa tradição musical e de dança. Com uma competição de dança amadora aberta ao público no sábado, das 17h às 22h, o evento é uma parceria entre os Coletivos Forró do Bom, Forró Pé de Calçada e Casa Fuzuê. Em clima de festa, os participantes mostram talento e paixão pelo forró em um evento vibrante, que resgata e valoriza a cultura nordestina no centro de São Paulo.

Outras atividades da semana:


A programação conta ainda com Jiu-Jítsu  (segunda, das 20h às 21h), Skate Park Iniciantes (terça, das 18h às 20h), Lab Breaking (quarta, das 19h às 22h), Ensaio Aberto: Fanfarra Camaleoa (quinta, das 20h às 22h), É Noite de Samba Rock (sexta, das 19h às 23h), Aula de Patins (domingo, das 16h às 18h). 


Confira a programação completa do Novo Anhangabaú no site ou nas redes sociais.


Serviço - Programação Novo Anhangabaú

Local: Vale do Anhangabaú, s/n – Centro – São Paulo – SP

Como chegar: Metrô - Estações São Bento e Anhangabaú

Instagram: @novoanhangabau 

Tik Tok: @novoanhagabau

Gratuito 

sábado, 8 de março de 2025

A intuição feminina

 

*Camila Carvalho Duarte

A intuição pode ser, por vezes, confundida com o que algumas pessoas costumam chamar de “sexto sentido”, porém a intuição é muito mais profunda e palpável. Esta percepção feminina tem muito mais a ver com sensibilidade, fruto de uma sabedoria herdada de nossas mães e avós. É uma capacidade de discernir diferente em situações decisivas ou críticas

Mesmo que alguns homens possam ter certa sensibilidade, somos diferentes. Homens e mulheres são por essência diferentes, possuem talentos e experiências próprias. Por isso, a intuição é uma característica bem mais comum à mulher. 

E como, então, a mulher pode contribuir com a sociedade a partir da sua percepção mais aguçada e sensível? Te convido a refletirmos um pouco acerca disso. 

Sabe aquele sentimento que surge do nada e incomoda frente a um perigo ainda não iminente, sem sabermos explicar sua origem? É a intuição. Isto é, a capacidade de dizer o que é, por vezes, inexplicável. Aquela opinião solicitada por seu esposo ou namorado frente a algo que ele está inseguro de decidir, fazer. Aquela visão esclarecedora que ele espera de você, esta é a intuição. Nessas e em tantas outras situações, a intuição pode ser colocada a serviço próprio e também do outro. 

Obviamente que nós, mulheres, não podemos usar deste artifício para nos considerarmos “donas da verdade”. Se o meu e o seu coração não estiverem intimamente ligados ao Senhor e ao discernimento no Espírito Santo, sairão de nossas bocas apenas palavras soltas, palavras vãs, das quais o mundo está cheio!

Recordo sempre de uma cena em que meu esposo diz que foi decisiva  para ele me pedir em namoro. Éramos amigos e frequentávamos o ambiente universitário por algumas horas. Certo dia, ele disse que, ao atravessar o portão de entrada da faculdade, me viu parada no pátio, contemplando e tentando tirar uma foto do lindo pôr do sol que estava por detrás de uma árvore. Naquele momento ele disse a si mesmo que queria se casar comigo, pois enquanto ele (homem) só via mais um dia comum, eu (mulher) via uma cena incrível da natureza a nos presentear em mais um dia de vida. Ele sabia que precisava, na vida dele, de alguém que visse as coisas com outros olhos.

Para mim, minha atitude no pátio era algo natural, mas para ele fez toda a diferença. E saber disso, que trago outro olhar e sensibilidade para a vida do outro, não é algo trivial. Por isso, não devemos nos acostumar com o que sentimos, com nossas atitudes que consideramos apenas pessoal. Devemos transformar nosso dom e sensibilidade em dedicação, em serviço ao outro. 

Usemos dos dons que Deus nos deu para sermos melhores e fazermos o mundo se encantar com a beleza que passa despercebida na correria do dia a dia. Que Deus abençoe seus dons, sua intuição! Com carinho, Camila Carvalho Duarte.



*Camila Carvalho Duarte é colaboradora da Fundação João Paulo II e atua como educadora no PROGEN (Projeto Geração Nova) e no CAC (Centro de Atendimento Comunitário), duas Unidades pertencentes à Rede de Desenvolvimento Social Canção Nova. Instagram: @camilacarvalhoduarte

Raoni recebe medalha de Lula e alerta sobre exploração de petróleo

                         Líder indígena citou advertência espiritual sobre riscos ambientais © Ricardo Stuckert / PR m uma visita histórica,...